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  • Quão perigosa é a radiação atômica?

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  • Quão perigosa é a radiação atômica?
  • Despertai! — 1982
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g82 22/9 pp. 9-12

Quão perigosa é a radiação atômica?

VOCÊ não as vê, não as sente, mas neste momento seu corpo está sendo inexoravelmente exposto a fogo cruzado de partículas subatômicas. Semelhantes a minúsculas balas de metralhadoras, essas partículas atingem diretamente as células de seu corpo cada dia por um enorme número de vezes. Embora sejam de tamanhos e formas diferentes, atinjam-no em velocidades variadas e produzam efeitos diferentes, são conhecidas coletivamente como radiação atômica. Que efeito tem essa radiação em você?

Uma pergunta simples, não é? Talvez deseje uma resposta simples. Infelizmente, não há uma resposta simples. O que a radiação causa nas pessoas hoje é uma das questões mais acaloradamente debatidas na ciência, na medicina e até mesmo na política modernas.

Talvez se lembre do caso do vazamento do reator atômico dos Estados Unidos em 1979, em Three Mile Island, Pensilvânia. Ninguém ficou diretamente ferido quando ocorreu o acidente, mas, em resultado deste, houve algum vazamento radioativo nos dias que se seguiram. Alguns cientistas estimaram que a radioatividade poderá no fim causar milhares de mortes por câncer no povo local. Por outro lado, o relatório oficial da Comissão do Presidente sobre o Acidente de Three Mile Island declarava: “Ou não haverá nenhum caso de câncer ou o número de casos será tão pequeno que jamais será possível detectá-los.”

Quem está com a razão? Ninguém sabe com certeza. Isto se dá em grande parte porque os habitantes perto de Three Mile Island receberam doses relativamente pequenas de radiação decorrente do acidente. Os cientistas são geralmente da mesma opinião quanto aos efeitos no caso em que se recebe uma dose muito grande de radiação. Um alto nível de radiação deixa logo a pessoa muito doente, e, se sobreviver, terá probabilidade minutíssimo incrementada de vir a ter câncer no futuro. É o efeito da radiação em dose baixa que não é muito bem entendido.

Afinal, Que É Radiação?

Nem toda radiação é igual. A radiação atômica é basicamente composta ou de pequeníssimos pedaços de átomos, tais como os eléctrons, ou de pequenas quantidades de energia chamadas fótons. Os núcleos de certos átomos são instáveis e se partem, emitindo radiação durante o processo. Diz-se que esses núcleos instáveis são radioativos. Quando partículas atômicas atingem uma célula, emitem certa energia, assim como uma bala em arremesso libera certa energia ao atingir um alvo.

A célula geralmente não está preparada para fazer face a essa súbita colisão. As células são constituídas de muitas espécies diferentes de moléculas muito complexas que precisam operar em combinação, em perfeita harmonia. Uma partícula de radiação atômica amiúde bate num eléctron, excluindo-o de uma dessas complexas moléculas e transformando a molécula em íon. Os íons podem ser muito perigosos para uma célula, porque tendem a ficar violentamente envolvidos em reações com outras moléculas ao procurarem desesperadamente substituir os eléctrons que perderam. Essas “agressões” moleculares podem ser desastrosas para a célula. A menos que os sistemas de reparo da célula restaurem as coisas, a harmonia celular fica transtornada, perigosas combinações de moléculas podem resultar disso e a célula pode até mesmo morrer.

A radiação capaz de causar esses perigosos dons é chamada, conforme já deve ter adivinhado, radiação ionizante. A radiação de mais baixa energia, como as microondas, não é ionizante.

Certa radiação atômica é composta de partículas sem peso que percorrem com muita rapidez, tais como os fótons de alta energia ou os raios gama. Fótons similares de alta energia podem ser produzidos pelo homem, sem o uso de uma fonte radioativa, e esses são usualmente chamados de raios X. Talvez seu médico ou seu dentista lhe tenha tirado uma radiografia com raios X. Tanto os raios X como os raios gama podem ser comparados a balas de um fuzil em alta velocidade. É interessante que esses mesmos fótons, que são às vezes perigosos como raios gama, são inofensivos em certas energias mais baixas. A luz, por exemplo, é também composta de fótons, mas não nos preocupamos com uma pequena luz! Em energias ainda mais baixas, os fótons são chamados de microondas e estas podem ser perigosas, embora não sejam ionizantes.

Existe um tipo bem diferente de radiação atômica na forma de partículas beta. Essas partículas são mais pesadas do que os fótons e percorrem mais lentamente. De fato, as partículas beta são apenas eléctrons, como os eléctrons que percorrem os fios para fazer sua torradeira funcionar. A única diferença é que esses eléctrons de alta energia foram violentamente expulsos de um núcleo radioativo. As partículas beta e os raios gama tendem a produzir efeitos similares quando atingem uma de suas células.

É mais diferente ainda a partícula alfa. As partículas alfa são milhares de vezes mais pesadas do que as partículas beta; de modo que geralmente não percorrem tão rápido ou tão longe. Mas, quando a sua célula é atingida por uma partícula alfa, cuidado! Se os fótons dos raios gama e as partículas beta são como as balas de um fuzil, então as partículas alfa são como as balas de um canhão, e podem causar grande dano dentro de uma célula. Embora a célula possa muitas vezes consertar o dano causado por partículas beta ou por raios gama, o dano causado pela partícula alfa é muito mais difícil de ser consertado pela célula. Formam-se partículas alfa quando um átomo radioativo lança para fora dois prótons e dois nêutrons, todos agrupados.

Às vezes, a radiação pode consistir em prótons e nêutrons sozinhos. Os raios cósmicos que bombardeiam a terra a partir do espaço são causados em grande parte por prótons de alta energia, e as bombas de nêutrons foram projetadas de modo a usarem nêutrons de alta energia para penetrarem em edifícios ou em tanques e matar as pessoas ali.

Visto que tipos diferentes de radiação atômica têm efeitos diferentes sobre as células das pessoas, os cientistas não são todos da mesma opinião sobre como se comparam precisamente entre si as doses de radiação de baixo nível. São os nêutrons (que podem fazer com que átomos comuns se tornem radioativos) duas vezes mais nocivos para nossas células do que os raios gama, ou são oito vezes piores? São as partículas alfa oito ou vinte vezes piores do que os raios gama? Os cientistas não sabem dizer com certeza.

Isto é importante, porque pessoas diferentes são expostas a diferentes tipos de radiação atômica. As pessoas submetidas a radiografias de raios X recebem em grande parte um só tipo, ao passo que os trabalhadores nas minas de urânio podem receber doses mais elevadas de outro tipo, e as vítimas da queda de resíduos de explosão atômica recebem um tipo ainda diferente desses.

Radiação de Fundo

Há um tipo de radiação à qual todos nós estamos expostos. É a radiação natural “de fundo”. Provém do solo em que pisamos, também dos tijolos de nossas casas, que contém pequenas quantidades de átomos radioativos. Um pouco mais provém dos raios cósmicos que bombardeiam a atmosfera da terra. Outra dose provém do nosso próprio corpo! As pessoas possuem muito carbono e potássio, e uma pequeníssima fração destes é radioativa.

O habitante mediano da América do Norte recebe cerca de um quarto da radiação de fundo que as pessoas que vivem em partes do Brasil e da Índia, onde há mais matéria radioativa no solo local. É perigosa a radiação extra existente no Brasil ou na Índia? Pode ser que seja. Por outro lado, a radiação de fundo é mais elevada em Colorado do que em Nova Iorque, mas o número de casos de câncer é mais baixo.

É muito difícil medir os efeitos das quantidades pequenas de radiação. Uma pequena dose de radiação não faz a pessoa sentir-se indisposta nem faz cair os cabelos, mas pode aumentar as probabilidades de ter câncer algum dia. Mas, suponhamos que venha a ter câncer. Como saberá se foi causado pela radiação? Poderá ter sido causado por diversas coisas. Conforme o Dr. Karl Morgan, engenheiro nuclear, indica: “Para determinado tipo de leucemia é preciso que haja talvez tantos quantos três eventos sucessivos (como ligar três chaves elétricas em série). Algumas dessas chaves podem ser ligadas por vírus, bactérias, substâncias químicas, lesões mecânicas ou radiação.”

Uma pequena dose de radiação pode ser muito mais perigosa para uma pessoa do que para outra. Uma criança que tem graves alergias pode ter três ou quatro vezes mais probabilidade de chegar a ter câncer do que uma criança normal. Talvez uma outra criança tenha sido exposta à radiação quando sua mãe foi submetida a uma radiografia de raios X quando estava grávida dela. Os riscos de tal criança chegar a ter leucemia seriam 50 por cento mais altos do que no caso da criança normal. Mas o que aconteceria se a criança alérgica tivesse sido exposta a esses raios X no ventre de sua mãe? Os riscos de vir a ter câncer seriam então não três ou quatro vezes maiores, nem mesmo seis ou oito vezes, mas cinqüenta vezes maiores do que os da criança normal!

Radiação “Extra”

A maioria das pessoas hoje recebe radiação “extra”, em adição à recebida pela radiação normal de fundo. Nos Estados Unidos, a dose média anual de radiação quase dobrou por causa dessas fontes extras, na maior parte em forma de raios X cilíndricos. Poderão os raios X do tórax que tirou no mês passado causar-lhe leucemia daqui a cinco anos? É possível, mas, antes de se alarmar, lembre-se de que todos os tratamentos médicos — até mesmo tomar uma aspirina — acarretam algum risco. Se os benefícios de uma radiografia forem maiores do que o levemente incrementado risco de câncer, então seu médico talvez lhe recomende que faça uma radiografia com boas razões.

Outra incrementada fonte comum de radiação extra é a conservação de energia na forma de material isolante nas casas! Como pode ser isso? Bem, os materiais de construção mais comuns contêm alguns átomos radioativos de rádio. Esses átomos se decompõem gradativamente em chumbo, passando durante o processo por diversos estágios. Em determinado momento os átomos de rádio se transformam em rádom, que é um gás radioativo. Enquanto os átomos de rádio permanecem rádio ficam presos dentro de cristais dos tijolos ou das pedras de sua casa. Mas, quando se transformam em rádom, ficam soltos e alguns deles se espalham no ar em sua casa.

Quando você respira o ar que contém átomos de rádom nele, alguns desses átomos podem ficar presos nos seus pulmões, onde se decomporão rapidamente em chumbo, emitindo durante esse processo partículas alfa. Lembra-se das partículas alfa? Estas são as “balas de canhões” subatômicas que podem causar muito dano às suas células. Se um átomo de rádio se decompuser em chumbo enquanto estiver preso na parede de sua casa, as partículas alfa que ele emitir nunca o atingirão. As partículas alfa têm dificuldade de percorrer distância muito grande, mesmo no ar. Mas uma vez que tiver respirado um ex-átomo de rádio (na forma de rádom) e essas partículas alfa forem emitidas dentro de seu corpo, podem ser muito prejudiciais.

Os perigos do gás rádom foram provados por gerações de mineiros de urânio que têm sofrido elevado índice de casos de câncer pulmonar. Ninguém ficaria muito surpreso de saber que há entre os mineiros de urânio elevado índice de câncer, mas por que o câncer pulmonar? Porque as minas de urânio contêm elevadas concentrações de gás rádom (as minas modernas atualmente são mais bem ventiladas) e a radiação alfa, proveniente do gás, contribui para o câncer pulmonar.

Portanto, a radiação não é apenas uma coisa que você recebe de uma usina nuclear em sua localidade. Recebe-a de seus próprios ossos ligeiramente radioativos, dos raios X clínicos, do seu TV em cores (que emite alguns raios X), de seu vôo no avião (os raios cósmicos são mais intensos em grandes altitudes) e de sua casa bem insulada e com bom rendimento de energia.

Quão perigosa é a radiação de baixo nível? Ninguém sabe com certeza, mas não é má idéia tomar precauções razoáveis contra uma exposição desnecessária!

[Destaque na página 10]

Se os raios X e os raios gama são como balas de um fuzil em alta velocidade dentro da célula, então as partículas alfa são como as balas de um canhão.

[Destaque na página 11]

Se os benefícios de uma radiografia forem maiores do que o levemente incrementado risco de câncer, então seu médico talvez lhe peça que faça uma radiografia com boas razões.

[Foto na página 9]

Three Mile Island

[Quadro na página 12]

Precauções Que Poderá Tomar

Evite relógios de pulso ou outros com pintura florescente de rádio. O rádio emite partículas alfa e deixa escapar gás rádom. Desfaça-se de tais itens se o cristal estiver rachado.

Conserve na devida capa protetora os cartões de identidade ou cartas de motorista que tenham radioatividade.

Guarde um registro de suas radiografias e não peça a seu médico para tirar radiografias que ele não acha que precisa. Quando é submetido a raios X, peça que lhe coloquem a devida proteção.

Se possui TV em cores, mantenha-o em bom estado de conservação e olhe de longe.

Se tiver de trabalhar por perto de radiação, siga estritamente as precauções de segurança.

Certifique-se de que sua casa seja devidamente ventilada para impedir acúmulo de gás rádom. Isto pode ser feito sem sacrificar o rendimento de energia usando-se permutadores térmicos.

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