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g83 22/7 pp. 5-11

Um paramédico apresenta seu relato

CERTO domingo de manhã veio uma chamada para os paramédicos lotados na sede do Corpo de Bombeiros de Huntington Beach, Califórnia. Uma voz frenética do outro lado da linha telefônica gritava: “Venham logo! Meu marido está morrendo!” Quando eu e meu companheiro chegamos, havia sangue espalhado em todos os quartos do apartamento, e um homem jazia no chão, apertando o pescoço com a mão. A cada batimento do coração, o sangue arterial jorrava. O que acontecera foi o seguinte: Ele saiu para beber, voltou para casa, espancou sua esposa e esta atravessou-lhe o pescoço com a lâmina de uns 20 cm de uma faca. Havia cortado uma das artérias carótidas que leva sangue ao cérebro. Em pânico, ele correu por todo o apartamento.

A essa altura, ele se contorcia no chão. Ele tinha certeza de que iria morrer. Pincei a artéria e passei a aplicar duas AIs (alimentação intravenosa), uma em cada braço, repondo o volume do sangue com um expansor substituto do volume do sangue chamado lactato de Ringer. Daí o encaminhamos às pressas ao hospital. Sendo domingo, havia pouca gente ali para ajudar o cirurgião na sala de cirurgia, de modo que eu ajudei. Uma veia retirada da perna dele foi ligada à artéria carótida. Ele sobreviveu.

Durante meus anos como paramédico, tal salvamento de pessoas da morte iminente me tem sido mui gratificante. Muito mais gratificante, porém, foi que esses acontecimentos dramáticos me fizeram avaliar a importância de outra obra salvadora de vidas. Uma obra muitíssimo mais importante, atinente a milhões de vidas, incluindo a minha.

A história começa quando eu tinha cinco anos de idade. Meu pai tornara-se Testemunha de Jeová. Pôs-se a educar a mim e a meus dois irmãos para sermos Testemunhas. Aos 16 anos, porém, tornei-me bastante rebelde. A vida de uma Testemunha de Jeová era muito restritiva para mim. Assim, pouco antes de completar 17 anos eu disse a meu pai que não mais desejava assistir às reuniões e pregar de casa em casa.

Bem, ele me fez ouvi-lo e explicou à base das Escrituras que o amor por Jeová era a coisa mais importante em sua vida. Disse que se eu quisesse continuar morando com ele, devia assistir às reuniões e continuar a atividade de pregação. Eu não entendia como alguém podia amar esse Deus Jeová mais do que a sua própria família. Assim, saí da casa de meu pai e fui morar com um colega do curso secundário.

Após terminar o curso secundário dediquei-me a adquirir algumas das coisas que achava serem realmente importantes. Também, continuei a namorar uma moça que eu conhecera no colégio. Aos 19 anos, eu achava não só que já sabia tudo, mas também que estava plenamente preparado para me casar. De modo que me casei com Pam, minha namorada de colégio. Continuamos casados nesses últimos 15 anos e temos duas meninas. A medida que amadurecia, fui vendo que a vida é mais do que o presente. Como seria a vida daqui a uns 5 ou 10 anos para essas minhas duas filhas? O que este sistema de coisas ofereceria a elas? E o que poderia eu lhes oferecer?

Deixei o emprego numa oficina mecânica que exigia longas horas de serviço com poucas oportunidades para progredir, e abracei a profissão de bombeiro. Trabalhando em turnos de 24 horas, eu ficava muitos dias inteiros de folga em casa. Tinha então mais tempo de folga do que eu queria!

Pensei: ‘Vou usar esses dias de folga para ganhar mais dinheiro e comprar mais coisas.’ Assim, arranjei um segundo emprego, em construção. Eu trabalhava num turno de 24 horas como bombeiro e daí emendava um dia inteiro em construção. Voltava para casa depois de estar fora umas 34 horas. Compreensivelmente, as relações familiares se tornaram tensas.

Foi nessa época que o Departamento do Corpo de Bombeiros de Huntington Beach lançou um novo programa, o programa paramédico. Participei nele e gastei os oito meses seguintes num curso intensivo na Universidade da Califórnia, no Centro Médico Irvine. Tudo o que aprendemos nesse treinamento de 16 horas diárias dizia respeito a tratamento médico de emergência. Médicos especialmente adestrados, chamados traumatologistas, nos ensinavam como lidar com situações em que há risco de vida, não em salas de cirurgia esterilizadas, em hospitais, mas sim lá fora, em casas carbonizadas, carros amassados, corredores sujos, bares enfumaçados, terrenos baldios, ou onde quer que fosse. Fiquei incontáveis horas ao lado de cirurgiões nas salas de cirurgia de emergência, observando-os realizar operações a coração aberto, operações a pulmão aberto, ou reconstituir corpos esmagados.

Nesse curso compreendi quão frágil é a vida. Eu refletia sobre coisas que meu pai me ensinara sobre Deus, o Criador. Muitas vezes também pensei nas palavras do salmista Davi, proferidas com reverência: “Fui feito maravilhosamente, dum modo atemorizante.” (Salmo 139:14) Passei a perceber a sabedoria e os desígnios divinos nas criações de Deus, não só no corpo humano, mas também nos animais, nas plantas, na terra, e nos bilhões de galáxias com seus bilhões de estrelas.

E daí, quando passei a compreender essas coisas, recordava-me de muitas palavras de meu pai. Lembro-me das ocasiões em que, anos depois de ter saído de casa, eu precisava dele. Ele estava sempre pronto para ajudar, com amor e bondade. Nunca me considerou um caso perdido. Providenciou que eu sempre recebesse as revistas A Sentinela e Despertai!, onde quer que eu estivesse. E, acima de tudo, lembro-me dessa lição aprendida: Nunca, jamais, considerem seus filhos um caso perdido — nunca! Nunca se sabe — pode dar um clique dentro deles, como no caso do filho pródigo da parábola de Jesus, como no meu caso, e eles poderão voltar para você, e servir a Jeová. — Lucas 15:11-24.

Ao terminar o curso de paramédico, de oito meses, fiz uma viagem de férias de dois meses com a família. Esses dois meses serenaram algumas das tensões familiares que se haviam desenvolvido. Simplesmente me apaixonei de novo por minha esposa. Compreendi que a havia negligenciado, e que não existe recompensa melhor para o homem do que uma esposa amorosa e apoiadora. Compreendi também que não há nada melhor que você possa dar a seus filhos do que de si mesmo.

Ao voltarmos, eu disse à minha esposa que achava que precisávamos de um estudo bíblico familiar. Eu desejava que fosse dirigido por uma Testemunha de Jeová. Ora, Pam havia sido criada num clima de ódio contra as Testemunhas de Jeová. De modo que fiquei tanto surpreso como feliz quando ela prontamente concordou. O estudo começou, e um ano mais tarde, em 1974, fomos batizados.

Já mencionei que durante o curso vim a compreender quão frágil é a vida, mas, qual paramédico praticante, impressionou-me quão tenazmente o corpo se apega à vida e luta para sarar alguns dos mais horripilantes ferimentos.

Um desses casos foi o esfaqueamento mencionado no início deste relato. Como mencionado, a vítima sobreviveu mas perdeu parcialmente a fala e a função de seu braço e perna esquerdos. Isso foi provocado pelo fluxo diminuído de sangue para o cérebro. Quando se recuperava, fui visitá-lo. Muitas vezes fazia isso, no caso dos a quem eu ajudara. Dava-me oportunidade de dar-lhes testemunho sobre a esperança que temos no Reino de Deus. Expliquei-lhe que sua recuperação atual era apenas temporária, que uma cura permanente era possível aqui na terra sob o governo daquele Reino. Eu e minha esposa estudamos a Bíblia com esse casal por quatro meses. Por fim eles se separaram, mas a última notícia que temos do marido é que continua a estudar com as Testemunhas de Jeová.

Noutra ocasião, atendi a um caso de afogamento. Quando eu e meu companheiro chegamos, um vizinho acabara de tirar uma menina de sete anos do fundo duma piscina. Estava sem batimentos cardíacos e não respirava. É o que na profissão médica chamam de morte clínica. Contudo, ela não estava ainda biologicamente morta. Ainda tinha dentro de si a centelha da vida. Demos início a uma AI e administramos drogas para o coração e também eletrochoques para estimular o coração a bater novamente.

A essa altura seus pais haviam chegado. Ambos ficaram histéricos e tiveram de ser contidos. Batalhamos com ela ao lado daquela piscina por 22 minutos sem que tivesse um só batimento cardíaco ou que respirasse sozinha. Em todas as ocorrências mantemo-nos em contato telefônico com um médico dum hospital central e neste caso ele nos disse que desistíssemos e a levássemos ao hospital. Mas, achávamos que estávamos em vias de reanimá-la e o médico nos deu permissão para tentar um pouco mais.

Continuamos a RCP (ressuscitação cardiopulmonar). Apliquei uma injeção no coração dela diretamente através da caixa torácica. O coração reagiu com um leve batimento! Continuamos a aplicar a respiração artificial, mas, à medida que os batimentos cardíacos se tornavam mais fortes, ela passou a respirar por si mesma. Sobreviveu. Sofreu algum dano cerebral que enfraqueceu as pernas, mas, devido sua juvenilidade ela se reabilitou satisfatoriamente, e hoje, sete anos depois, está ótima.

Certo dia eu ia de casa em casa com a mensagem do Reino e certa senhora estava muito irada comigo. Ela me mandou embora e até mesmo me seguiu até a rua, xingando-me o tempo todo. Ali virei-me para ela e perguntei: “Não é nesta casa que seis meses atrás um bebezinho perdeu a respiração e foi tido como morto?” Um olhar de completa surpresa lhe cobriu o rosto. Com voz reprimida, perguntou: “Como é que o senhor sabe disso?”

“Sou o paramédico que salvou a vida dele.”

Não fiz isso para embaraçá-la, mas para que soubesse que as Testemunhas de Jeová são pessoas úteis na comunidade, e não, como ela havia dito, apenas pragas que incomodam as pessoas nos fins de semana. Convidou-me a entrar. Falamos uns 20 minutos sobre a obra das Testemunhas de Jeová e por que vamos as casas das pessoas. Deixei com ela uma A Sentinela e uma Despertai!.

Situação similar ocorreu quando minha esposa ia de casa em casa com a mensagem do Reino. Ela se dirigiu a um senhor idoso que esbravejou: “Não quero isso! Dê o fora daqui!” Naquele momento eu falava em outra casa, mas, quando eu e Pam nos encontramos e voltávamos juntos para casa, ela me contou o ocorrido. Passamos em frente da casa dele. Ele estava fora. Eu o reconheci. Sua esposa havia sofrido um derrame grave e quase havia morrido. Fui o paramédico que atendeu esse caso. De modo que me dirigi a ele, com minha esposa ao meu lado, e perguntei-lhe: “Como vai a sua esposa?” Apresentei-lhe também minha esposa. Queria que soubesse que aquela com quem ele fora rude era minha esposa e que eu também participava nessa obra educacional bíblica. Isso fê-lo pensar. E pediu desculpas a Pam.

Noutra ocasião, bati a uma porta e uma senhora me atendeu. Apresentei-me por nome e comecei a falar. “Espere um momento!”, disse ela. O senhor é Larry Marshburn! Lembro-me do senhor! O senhor tirou meu marido de um avião em chamas!” Prosseguiu: “Vocês foram muito bons para comigo, me asseguraram de que meu marido sobreviveria, que ficaria bom.” Ele sobreviveu, mas com queimaduras graves. Ela se lembrava de meu nome, tivemos uma boa visita e deixamos publicações bíblicas com ela.

Casos similares têm ocorrido repetidamente, não só às portas. No supermercado, na rua, as pessoas me dizem: “O senhor socorreu minha filhinha”, ou, “o senhor salvou minha mãe”, ou qualquer outra coisa, dependendo de como foi a situação. Isso é gratificante.

Nem todos os casos são gratificantes, contudo. Num deles uma mulher apertou meu braço e disse: “Vou morrer.” Ela morreu, clinicamente. Eu e meu companheiro passamos a aplicar a RCP. O coração dela batia e parava, alternadamente. Batalhamos três horas com ela, até que finalmente a reanimamos. As primeiras palavras que ela me disse foram: “Você devia ter-me deixado morrer.” “Oh, não!”, murmurei. Ela era idosa, doente e estava cansada da vida. Levamo-la ao hospital. O coração dela estava tão enfraquecido que colocaram um marca-passo. Segundo a última notícia que tive, ela ainda vivia.

Noutra ocorrência, encontrei no local três bombeiros de uma corporação vizinha que já estavam lá quando cheguei. Estavam sentados na sala de estar, com os olhos umedecidos. Um deles apontou em direção à cozinha. Um casal idoso jazia no chão, ambos mortos. O homem era aleijado, não tinha pernas. Foi um assassíniosuicídio premeditado. A mulher, esposa dele, deitara-se no chão, com a cabeça num travesseiro, de costas para o marido, e ele atirara atrás da cabeça dela. Em seguida deitou-se ao lado dela, abraçou-a, levou o revólver à cabeça e suicidou-se. Os bilhetes deixados para os filhos indicavam que eles se amavam, mas os problemas econômicos e de saúde eram grandes demais, e estavam cansados da vida. Decidiram morrer juntos. Uma tragédia profundamente comovente. Não era para menos que os olhos dos bombeiros estivessem umedecidos.

Nos meus cinco anos que trabalhei como paramédico (agora faço preleções sobre prevenção contra incêndios, em todos os Estados Unidos, mas ainda atendo a algumas ocorrências como paramédico, todos os meses), eu vi 70 ou 80 pessoas morrerem. A vasta maioria aferrava-se à vida, agarrando-se a ela desesperadamente. Vi isso muitas vezes.

Fechando os olhos ainda posso ver aquele rapaz preso num automóvel virado e em chamas. Entrei me arrastando pela janela, o segurei, e ele, com o pânico estampado no rosto, me implorava que o salvasse. Eu sabia que ele iria morrer. Eu sabia o que ele não sabia — a metade inferior de seu corpo estava esmagada irreversivelmente. Não conseguíamos tirá-lo dali. Simplesmente segurei a cabeça dele e continuei falando com ele até que morreu.

No meu trabalho vejo tremendo abuso de drogas. Lembro-me de ter atendido casos e mais casos de pessoas que usaram cloridrato de fenociclidina, ou PCP, abreviado, usualmente chamado pó de anjo. Ele altera a mente e em ímpetos curtíssimos e esporádicos dá força inacreditável.

Certa ocasião, à uma da madrugada, fomos chamados pela mãe de um rapaz. Ela não conseguia fazê-lo reagir a nada. Ao chegarmos, ele estava sentado no sofá, na sala de estar. Tinha mais ou menos um metro e 70 de altura, era bem magro e pesava uns 60 quilos. Dois policiais estavam lá, tomando informações da mãe.

Eu e meu companheiro tentamos comunicar-nos com ele, mas ele estava “apagado”, alucinado. Não mexia os olhos nem piscava, e seus braços e pernas estavam levantados e esticados para frente. E já estava assim, com os braços e as pernas esticados, por 30 minutos. Sente numa cadeira e tente ficar com os braços e as pernas esticados e levantados para frente por três minutos, daí lembre-se — ele ficou assim por um período 10 vezes mais longo! Começamos por verificar seus sinais vitais — a pressão sangüínea, o batimento cardíaco, a respiração, e coisas dessa natureza. Parecia que estava numa condição estabilizada e que não corria perigo sério. Assim, decidimos levá-lo ao hospital. Ainda não sabíamos que droga ele havia tomado, mas um dos policiais suspeitava que fosse PCP.

A essa altura a ambulância havia chegado e tínhamos ali seis elementos da equipe de emergência. Quando o apanhamos para pô-lo na maca de rodas, ele explodiu em movimentos. Literalmente afastou dele a nós seis. Lembro-me de tê-lo segurado pelas costas, com o braço em volta do pescoço dele, e que ele simplesmente pôs as mãos para trás, me agarrou pela camisa e, literalmente por cima de sua cabeça, me atirou ao chão! Eu tenho um metro e oitenta de altura e peso 86 quilos, mas ele me arremessou como um pacote de açúcar de dois quilos! Finalmente, nós seis conseguimos dominá-lo, algemá-lo e prendê-lo à maca. Ele sobreviveu. O PCP em geral não mata, mas o uso contínuo dele, segundo certo farmacólogo que fez um estudo especial sobre a droga, pode “fritar” o cérebro — usando sua expressão. Quando a pessoa chega a esse estágio ela é incapaz de falar ou pensar por si mesma.

Noutra ocasião, eu e meu companheiro fomos chamados a uma festa desenfreada na praia, pela polícia, que já estava lá. Os policiais tentavam dominar um homem que estava sob o efeito do PCP. Com nossa ajuda, a polícia finalmente conseguiu algemá-lo. As algemas da polícia são resistentes, com uma forte ligadura de aço unindo as duas. Pois bem, esse rapaz ficou com tanta raiva que arrebentou a ligadura que une as duas algemas! Era o único recurso que os dois policiais, eu e o outro paramédico tínhamos para lançá-lo ao chão. Na verdade, um dos policiais finalmente teve de usar o cassetete para dominar o homem. Daí o prenderam com dois pares de algemas e conduzimo-lo ao hospital.

Esses dois exemplos mostram vividamente que o PCP dá uma força tão fenomenal que é impossível de se crer a menos que se veja pessoalmente. Mesmo ao vê-la, ainda é inacreditável.

Outra droga com que repetidamente nos deparamos é a heroina. É um depressivo do sistema nervoso central, que provoca parada respiratória. Atendi a uma chamada em que um homem havia sofrido um colapso decorrente do uso de heroína. Estava rodeado por outros, igualmente “embalados” por ela. A agulha ainda estava enfiada no seu braço. Não respirava e estava ficando roxo. Passei a aplicar-lhe uma AI e meu companheiro introduziu um tubo na garganta dele de modo que podíamos respirar por ele. Começou a ficar cor-de-rosa e lhe demos uma dose de Narcan, termo que, em inglês, é formado das iniciais de “antagonista do narcótico”. Ele reverte quase instantaneamente os efeitos da heroina. (Não existe, porém, tal droga para neutralizar os efeitos do PCP.) O homem reanimou-se em segundos. Quando os demais viciados viram isso tornaram-se ameaçadores, querendo tirar de nós o Narcan. Eles o queriam para tornar mais seguro o seu uso de heroína.

Não há suficientes palavras para fazer os jovens compreender o dano que as drogas causam à mente e ao corpo, mesmo 5 ou 10 anos depois que pararam de usar drogas. Recusam-se a crer porque não querem crer. Se eu pudesse levá-los apenas uma vez ao setor de saúde mental do Centro Médico UCI, na Califórnia, e lhes mostrar pessoas que por anos a fio haviam abusado de drogas — pacientes paranóicos e catatônicos — talvez abrissem os olhos. Tenho visto indivíduos que já fizeram mais de 1.000 “viagens” sob a ação do LSD, e que para todos os fins práticos não são mais humanos. Suas mentes pifaram. Levam uma vida quase vegetativa.

Ser paramédico e também Testemunha de Jeová é uma combinação ímpar. Qual paramédico ajudo pessoas feridas a ficarem boas, até mesmo reanimando algumas da morte clínica. É um trabalho gratificante. Ensinar às pessoas as verdades sobre o Reino de Jeová sob Cristo e curá-las espiritualmente, até mesmo ajudando-as a passar a viver, em sentido espiritual, é muito mais gratificante. O bem realizado qual paramédico é temporário; o realizado em sentido espiritual pode tornar-se duradouro numa terra paradísica. No trabalho qual paramédico vejo muito sofrimento; no trabalho qual Testemunha de Jeová posso mostrar como esse sofrimento será substituído por saúde permanente, felicidade e vida eterna. Meu coração dói ao ver tanta tristeza, dor e morte, mas se enche de alegria quando me lembro dessa promessa de Jeová:

“A tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda a lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” — Revelação [Apocalipse] 21:3, 4.

Quão feliz estou de que me recobrei, como o filho pródigo, e voltei a meu Pai celestial, Jeová Deus! — Narrado por Larry Marshburn.

[Destaque na página 6]

Nesse curso compreendi quão frágil é a vida.

[Destaque na página 7]

Apliquei uma injeção no coração dela diretamente através da caixa torácica. O coração reagiu com um leve batimento!

[Destaque na página 8]

“Não é nesta casa que seis meses atrás um bebezinho perdeu a respiração e foi tido como morto?”

[Destaque na página 8]

Simplesmente segurei a cabeça dele e continuei falando com ele até que morreu.

[Destaque na página 9]

Ele me agarrou pela camisa e, literalmente por cima de sua cabeça, me atirou ao chão.

[Destaque na página 10]

Ele arrebentou a ligadura que une as duas algemas!

[Fotos na página 11]

Como paramédico, vejo muito sofrimento; como Testemunha de Jeová, posso mostrar como esse sofrimento acabará.

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