Quando cessará o terror?
EM PAÍSES como os Estados Unidos, em que o terrorismo organizado raras vezes põe suas mangas de fora, existem, não obstante, ‘bombas-relógio’ humanas prontas para explodiram em distúrbios raciais, rebelião de jovens ou outras formas de anarquia social. Essas convulsões sociais abalam as estruturas sociais e políticas mesmo em nações fortes. Elas temem que agitadores profissionais assumam o controle dos amotinadores e os liderem em terrorismo organizado.
Em alguns países os terroristas dispõem de armas modernas. Vão desde sofisticadas metralhadoras automáticas, bombas de alto teor explosivo, foguetes SAM de fabricação soviética e mísseis antiaéreos portáteis até a parafernália bélica de ar-e-terra à disposição da OLP em sua guerra com Israel. Na maioria dos países estão disponíveis armas químicas capazes de envenenar as reservas de água duma cidade. Mas, acima de tudo, as nações temem o dia em que algum grupo terrorista venha a possuir uma bomba nuclear. Poderia então manter países inteiros como reféns? Ou enganar nações nucleares, levando-as a pensar que uma atacou a outra?
O medo é a derradeira arma dos terroristas. O medo da morte faz desfalecer corações mesmo nas mais poderosas nações. Quando se espalhou o boato de que o coronel Khadafi (líderes americanos o consideram terrorista) estava enviando “pistoleiros” aos Estados Unidos para matarem o presidente Reagan e outros (a quem Khadafi considera terroristas), uma agência de notícias de Washington informou que “nunca nada igual ao pânico causado pela suposta presença líbia tomou conta desta cidade, pelo menos não em tempo de paz”.
A Todos os de Alma Amargurada
Não existe meio de banir o medo? Nenhum poder para minorar a desconfiança, o ódio e a amargura que envenenam o coração dos homens? Talvez os homens acalentassem tal bênção quando decoraram uma amurada defronte do edifício das Nações Unidas com estas palavras da Bíblia:
CONVERTERÃO AS SUAS ESPADAS EM ENXADÕES E AS SUAS LANÇAS EM FOICES: NÃO LEVANTARÁ ESPADA NAÇÃO CONTRA NAÇÃO, NEM APRENDERÃO MAIS A GUERREAR.
Dois profetas contemporâneos, Isaías e Miquéias, registraram essas palavras mais de 700 anos antes de Cristo. (Isaías 2:4; Miquéias 4:3, Almeida, revista e corrigida) Devido às terríveis animosidades entre si, algumas nações e alguns homens talvez desdenhem qualquer coisa procedente da Bíblia. A Bíblia, porém, não é um “livro judaico”, como também não é um “livro cristão”. Recue distante na história, para a época em que não existiam judeus. Recue a uns 2.300 anos antes de Cristo — a Sem, filho de Noé. O Deus da Bíblia é “Jeová, Deus de Sem”, diz Gênesis 9:26. Sem foi avô de Éber, ancestral dos judeus, é verdade. Mas Sem, segundo peritos bíblicos, foi também ancestral dos assírios, caldeus, elamitas, arameus e lídios. Esses antigos ocupavam partes do que hoje é o Irã, Iraque, Arábia Saudita, Jordânia, Síria e Turquia. Houve tempo em que Jeová, o Deus de Sem, tinha Suas testemunhas naquelas terras.
Ele tem hoje Suas testemunhas nessas terras. Efetivamente, Ele as tem em todo o mundo. Milhões de Testemunhas de Jeová vivem irmanados numa paz global. Muitas delas eram antes como aqueles que acorreram ao jovem Davi, quando ele mesmo era fugitivo do Rei Saul, de Israel. “Todos os homens em aperto, e todos os homens que tinham credor, e todos os homens de alma amargurada começaram a reunir-se a ele, e ele veio a ser chefe sobre eles.” Em duas ocasiões, alguns incitaram Davi a assassinar Saul. Com o tempo Davi tornou-se rei, mas não por meio de táticas terroristas. — 1 Samuel 22:2; 24:4-6; 26:8-11; 2 Samuel 5:1-3.
Os homens que confiam nas Nações Unidas talvez não se apercebam que aquilo que gravaram na amurada da Praça da ONU é uma profecia divina. Será cumprida, não segundo os moldes do meliorista — que crê que o mundo tende a melhorar naturalmente e, especialmente, que pode ser melhorado por meio de esforços humanos. A profecia aponta para a vinda do Reino de Deus. Os homens não estabelecem o Reino de Deus, por meios políticos, prestando favor a Deus. O Todo-poderoso introduz seu Reino, a partir dos céus, por meio de seu Filho, o herdeiro do “trono de Davi”. — Lucas 1:32; Isaías 2:2-4; Daniel 2:44; 7:13, 14.
Antes que esse Reino exerça o domínio pleno sobre a terra, Deus faz com que suas testemunhas o anunciem, em testemunho a todas as nações. As pessoas que atentam a essas boas novas já demonstram que, pelo poder de Deus, podem converter seu espírito belicista em espírito de paz. Não mais aprendem a guerrear.
Dois outros profetas bíblicos, Ezequiel (38:21) e Zacarias (14:13), predisseram que, na sua ruína rodopiante, o mundo chegará ao fim com a mão de cada um levantada contra seu próximo. Quem sabe que papel desempenharão nisso as terroristas “guerras internas”? Mas, o método deste mundo para aliviar as amargas animosidades e a dor no coração dos homens, exclusivamente por exaurir seu sangue, não precisa ser o seu método. Em qualquer país que você more, independente de suas circunstâncias, por que não compartilha com as Testemunhas de Jeová o conhecimento bíblico preciso, por meio do qual a nossa própria natureza é transformada em nova personalidade “criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”? — Efésios 4:22-24, 31, 32.
[Destaque na página 9]
Pessoas que atentam à Palavra de Deus não mais aprendem a guerrear.