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  • O mundo atual — tolerante ou indiferente?
  • Despertai! — 1984
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Despertai! — 1984
g84 8/5 pp. 7-11

O mundo atual — tolerante ou indiferente?

ALGUNS julgam que vivemos na Era da Tolerância — mundo em que, na maioria dos países, é algo inimaginável matar ou torturar pessoas por suas crenças religiosas. Todavia, qual é a profundeza real das raízes da tolerância? Poderia ser que a muito alardeada Era da Tolerância é meramente uma Era de Indiferença?

A Luta em Prol da Tolerância

Na realidade, a tolerância é uma conquista relativamente recente, mesmo na civilização ocidental. De acordo com o Webster’s Third New International Dictionary (Novo Dicionário Internacional de Webster, Terceira Edição; dicionário padrão para o inglês), a palavra inglesa correspondente a “tolerância” tem origem francesa. Afirma o Vocabulaire de la Philosophie (Vocabulário de Filosofia), de André Lalande: “A palavra [francesa] tolerância surgiu no século XVI em resultado das guerras religiosas entre católicos e protestantes. Os católicos acabaram tolerando os protestantes, e vice-versa.”

Na França, as Guerras da Religião findaram em 1598, com o Edito de Nantes, lei segundo a qual o Rei Henrique IV concedeu liberdade limitada aos protestantes. A liberdade de religião, porém, não estava ainda garantida na França. Em 1685, o Rei Luís XIV revogou este edito e os huguenotes enfrentaram outro século de encarceramentos, de serem mandados para as galés ou serem sumariamente mortos. Foi somente depois de se iniciar a Revolução Francesa em 1789 que a liberdade de religião obteve garantias legais na França.

Na Alemanha, as guerras entre os príncipes católicos e os príncipes luteranos findaram em 1555, com a Paz de Augsburgo. Esta, contudo, concedia-lhes o direito de impor sua religião a seus respectivos súditos. Não havia liberdade religiosa alguma para os dissidentes. A Guerra dos Trinta Anos, entre os católicos e os protestantes europeus, findou em 1648, e a Paz de Westfália concedeu a liberdade de religião aos calvinistas. Mas não foi senão em 1781 que o Edito de Tolerância alemão concedeu liberdade de adoração a todos os não-católicos, e assim mesmo tal liberdade era restrita.

A Inglaterra, também, travou longa e amarga luta em prol da tolerância. Os católicos, os anglicanos e os puritanos assumiram, cada grupo, a sua vez de perseguirem uns aos outros, ao assumirem sucessivamente o poder. Em 1689, sob o Rei Guilherme III, protestante, editou-se o Ato de Tolerância inglês, mas este proibia qualquer pregação contrária à Trindade, e os dissidentes não podiam assumir cargos políticos. No século 18, promulgaram-se várias leis que concediam progressivamente a liberdade religiosa para aqueles que não eram membros da Igreja Anglicana. Contudo, os católicos, os judeus e os dissidentes foram privados de certos direitos civis. Não foi senão na década de 1820 que se eliminou a maioria destas restrições, e não foi senão em 1880 — há apenas um século — que se permitiu que os dissidentes religiosos na Inglaterra sepultassem seus mortos de acordo com suas crenças.

Ecumenismo — Tolerância ou Indiferença?

Pode-se dizer, por conseguinte, que a aparente tolerância atual tem raízes muito curtas na História. Assim, o que motiva as atitudes tolerantes que hoje predominam? Será o reconhecimento sincero dos direitos alheios, ou é a indiferença religiosa?

A Igreja Católica Romana nutre esta última opinião. The Catholic Encyclopedia declara isto sem rodeios: “A tolerância só surgiu com o desaparecimento da fé.” Afirma esta mesma obra: ‘A Igreja, portanto, parece mostrar estranha incoerência, pois, ao passo que exige a tolerância e a liberdade para si, ela tem sido e ainda continua sendo, intolerante para com todas as outras religiões.”

Para ilustrar, no Concílio Ecumênico Vaticano II, que findou em 1965, a Igreja Católica Romana reconheceu, pela primeira vez na história, a necessidade de liberdade religiosa. Mas, cuidadosa leitura da declaração oficial de Paulo VI sobre tal liberdade revela que ele estava mais preocupado com a liberdade para a Igreja Católica nos países em que esta se acha ameaçada do que com a liberdade para as religiões não-católicas. E, a insistência do atual papa no que tange à adoração de Maria e o celibato clerical indica que o seu conceito de ecumenismo é que os protestantes retornem ao seio da Igreja de Roma.

Quanto ao ecumenismo hodierno, no qual o Conselho Mundial de Igrejas protestantes e ortodoxas se sobressai, The New Encyclopædia Britannica (Nova Enciclopédia Britânica) declara: “O movimento ecumênico do século 20 tem tentado contribuir para se vencer a divisão das igrejas, precisamente por meio do esclarecimento de fatores não-teológicos.” (O grifo é nosso.) Em outras palavras, o movimento ecumênico procura unir as igrejas em todos os assuntos, exceto os espirituais. Trata de questões sociais e políticas. O Conselho Mundial de Igrejas alegadamente fornece fundos para os “movimentos de libertação” em vários países. Recentemente, o Exército da Salvação se retirou do CMI, acusando-o de ser guiado “pela política, em vez de pelo evangelho”, e de prover sustentação financeira para guerrilhas. Por conseguinte, é bem evidente que a tolerância doutrinária do movimento ecumênico é, com efeito, sinal de indiferença doutrinal. Por outro lado, seu envolvimento político certamente não contribui para que seja apreciado por certos governos políticos.

Fortes Convicções sem Intolerância

Na Cyclopaedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature (Enciclopédia de Literatura Bíblica, Teológica, e Eclesiástica), de M’Clintock e Strong, lemos: “A Igreja de Cristo, em sua pureza, desconhece a intolerância, e, por conseguinte, jamais pode ser culpada de perseguição.” (O grifo é deles.) A Cyclopaedia cita John Jortin, protestante inglês do século 18, filho de pais huguenotes franceses, que afirmou: “Onde começa a perseguição, finda o Cristianismo.” Declara mais: “Foi depois de o Cristianismo ter sido confirmado como a religião do império [romano], e depois de riquezas e honrarias terem sido conferidas a seus ministros, que o monstruoso mal da perseguição adquiriu força gigantesca, e exerceu sua nefasta influência sobre a religião do Evangelho.”

Sim, foi somente depois de a apostasia ter início que os “cristãos” tornaram-se perseguidores intolerantes. Predizendo tal apostasia, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque vai chegar um tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina . . . Deixando de ouvir a verdade, eles se voltarão para as fábulas.” (2 Timóteo 4:3, 4), Bíblia Mensagem de Deus) Os credos das igrejas da cristandade contêm muitas fábulas ou mitos humanos, e foi precisamente com relação a tais mitos que os cristãos apóstatas tornaram-se perseguidores. Para exemplificar: o mito das “três Pessoas divinas em um só Deus” deu origem à violenta dissensão e perseguição entre os chamados cristãos no século 4 EC. Através dos séculos, os antitrinitários continuaram a ser perseguidos.

Os cristãos verdadeiros, porém, não são perseguidores. Isto não significa, contudo, que não nutram fortes convicções religiosas, nem que não combatam o erro. O apóstolo Paulo declarou a verdadeira posição cristã: “Porque as armas de nosso combate não são carnais, mas poderosas em Deus para demolir as coisas fortemente entrincheiradas. Pois estamos demolindo raciocínios e toda coisa altiva levantada contra o conhecimento de Deus; e trazemos todo pensamento ao cativeiro, para fazê-lo obediente ao Cristo.” — 2 Coríntios 10:4, 5.

As Testemunhas de Jeová empregam igualmente as verdades bíblicas como suas únicas armas para derrubar mitos religiosos humanos fortemente entrincheirados. Jamais, porém, utilizam a coação, nem perseguem aqueles que discordam delas, embora elas mesmas tenham sido vítimas de perseguição cruel por parte de poderes religiosos e políticos. Seguem o conselho de Paulo: “Não retribuais a ninguém mal por mal. Provede coisas excelentes à vista de todos os homens. Se possível, no que depender de vós, sede pacíficos para com todos os homens. Não vos vingueis, amados, mas cedei lugar ao furor; pois está escrito: ‘A vingança é minha; eu pagarei de volta, diz Jeová.’” — Romanos 12:17-19.

Alguns, contudo, argumentariam que as Testemunhas de Jeová são, efetivamente, intolerantes porque expulsam da congregação os malfeitores e as pessoas que não se coadunam com suas crenças religiosas. No entanto, tal praxe não é devida a alguma norma humana ou preconceito pessoal. É Deus quem ordena que os cristãos expulsem os malfeitores. (1 Coríntios 5:9-13) Não obstante, as Testemunhas de Jeová não denegrem, não caluniam e nem fustigam de qualquer forma os expulsos. Simplesmente seguem a ordem bíblica de deixar de associar-se com tais pessoas. Desta forma, preservam-se tanto a pureza como a identidade da congregação cristã. Quão diferente é esta medida daquela que é tomada pelas igrejas, que implacavelmente caçaram e perseguiram os dissidentes!

A Religião ‘Colhe O Que Semeou’

Certa vez, o apóstolo Paulo disse: “Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6:7) Isto certamente se aplica às organizações religiosas que, com o passar dos séculos, praticaram a intolerância para com outros.

No último livro da Bíblia, representa-se a religião falsa como uma meretriz que comete “fornicação” com “os reis da terra”. (Revelação 17:1, 2; 18:9) Isto se refere à venda que a religião faz de si mesma à política, em vez de continuar ‘não fazendo parte do mundo’, em obediência à ordem de Jesus. (João 17:16) A Bíblia prediz que elementos políticos anti-religiosos se cansarão da interferência da religião e se voltarão contra ela. Por meio destes elementos, Jeová Deus ‘executará o julgamento na grande meretriz que corrompeu a terra com a sua fornicação’ e ‘vingará o sangue dos seus escravos derramado pelas mãos dela’. — Revelação 19:2; 17:16, 17.

Com este inesperado desenrolar dos eventos contra a religião, a intolerância aflorará como jamais aflorou na história. Até mesmo os cristãos verdadeiros não escaparão da ira da sociedade anti-Deus, que terá início com a destruição da religião falsa. Mas, o ataque subseqüente contra o povo fiel de Deus provocará a intervenção de Deus. Ele simplesmente não tolerará tais “reis”, “comandantes militares” e “homens fortes” que atacam o povo de Deus na terra! — Revelação 19:17-21; 17:14.

Todos os perseguidores caprinos, intolerantes, “partirão para o decepamento eterno”. Mas aos seus discípulos de disposição similar às ovelhas, muitos dos quais têm sido vítimas de perseguição intolerante, Cristo dirá: “Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:31-46) Por fim será respondida a oração dos verdadeiros cristãos, a saber: “Venha o teu Reino, seja feita tua vontade assim na terra, como no céu.” — Mateus 6:9, 10, Bíblia Vozes.

Qual será sua posição quando a intolerância para com a religião atingir seu ápice? Não se pode dar ao luxo de ser indiferente. Como explicou o apóstolo Paulo, em Romanos 9:22, 23: “Deus, . . . embora tendo vontade de demonstrar o seu furor e de dar a conhecer o seu poder, tolerou com muita longanimidade os vasos de furor, feitos próprios para a destruição, a fim de dar a conhecer as riquezas de sua glória nos vasos de misericórdia.” Sim, a intolerância de Deus para com a iniqüidade teve bom motivo: Tem dado tempo a pessoas inclinadas à justiça para que tomem sua posição a favor do que é correto. Todavia, Deus impôs um limite a esta tolerância. (Atos 17:30, 31) Toda a evidência indica que este período de tolerância está prestes a esgotar-se. Por conseguinte, a Bíblia o concita a abandonar a religião falsa antes que seja tarde demais! — Revelação 18:4, 5.

As Testemunhas de Jeová ficarão contentes de ajudá-lo a libertar-se da religião falsa, que no decorrer dos séculos demonstrou tamanha intolerância. Estude a Bíblia com as Testemunhas. Podem ajudá-lo a descobrir nela uma maravilhosa esperança, a de viver para sempre numa terra paradísica em que a intolerância do homem para com o próximo será coisa do passado.

[Foto na página 8]

As Testemunhas de Jeová utilizam as verdades bíblicas, e não a violência, para combater o erro.

[Foto na página 9]

Os poderes seculares se tornarão intolerantes com a religião mundanal, que é simbolizada por uma meretriz no livro de Revelação (Apocalipse).

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