BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g84 22/12 pp. 15-16
  • Os jogos olímpicos — são realmente “para a glória do esporte”?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Os jogos olímpicos — são realmente “para a glória do esporte”?
  • Despertai! — 1984
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • “Para a Glória do Esporte”?
  • Jogos olímpicos da Noruega: bastaram os ideais?
    Despertai! — 1994
  • Os jogos olímpicos — em ideal e na realidade
    Despertai! — 1973
  • A tocha olímpica tem seu lado sombrio
    Despertai! — 1989
  • Os ideais olímpicos em crise
    Despertai! — 2000
Veja mais
Despertai! — 1984
g84 22/12 pp. 15-16

Os jogos olímpicos — são realmente “para a glória do esporte”?

UMA festa religiosa realizada em Olímpia, no sul da Grécia, há mais de 2.760 anos, foi precursora dos eventos ocorridos em Los Angeles, Califórnia, EUA, que, provavelmente, cativaram seu interesse meses atrás. Tal festa se realizava em honra ao deus Zeus, que supostamente governava no monte Olimpo. Dela vieram os Jogos Olímpicos, primeiramente celebrados em 776 AEC. As diferentes cidades-estados da antiga Grécia enviavam seus melhores atletas para competir ali, a cada quatro anos.

Tal tradição perdurou até 393 EC, quando os antigos jogos foram realizados pela última vez. No ano seguinte, foram proscritos pelo imperador “cristão” Teodósio, que proibiu todas as práticas pagãs (não-cristãs) no Império Romano. Assim, como é que existem hoje em dia?

Em fins do século 19, Pierre de Coubertin, jovem educador francês, ficou impressionado pela utilização dos esportes nas escolas públicas inglesas. Ficou convicto de que a educação equilibrada devia incluir esportes. Mais tarde, como certo biógrafo relata, “ficou obsedado com o [reavivamento dos] Jogos Olímpicos”. Coubertin fez uma campanha bem-sucedida nesse sentido e, em 1896, os Jogos Olímpicos foram reiniciados, de forma apropriada, em Atenas, Grécia.

Entre outras coisas, Coubertin achava que tais Jogos, realizados a cada quatro anos, serviriam para a promoção da paz mundial. Nesse sentido, errou inteiramente o alvo. Desde 1896, já foram interrompidos duas vezes por duas guerras mundiais e amiúde foram afligidos pela política. Em 1974, lorde Killanin, então presidente do Comitê Olímpico Internacional, sentiu-se obrigado a dizer: “Faço um apelo a cada desportista, seja homem ou mulher, a não vir aos Jogos Olímpicos se deseja utilizar o esporte para fins políticos.”

Em 1976 e 1980, e agora também em 1984, seu conselho foi desprezado. Muitas nações boicotaram os Jogos precisamente para ressaltar suas queixas políticas. Daí, no fim dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, lorde Killanin fez outro apelo: “Imploro aos desportistas do mundo que se unam em paz, antes de acontecer um holocausto . . . Os Jogos Olímpicos não devem ser utilizados para fins políticos.” O simples fato de serem necessários tais apelos já indica o perigo que a política representa para os ideais olímpicos. A retirada de muitas nações comunistas dos Jogos Olímpicos de Los Angeles veio dar maior peso a tal ponto.

“Para a Glória do Esporte”?

Baseavam-se os antigos Jogos Olímpicos necessariamente na esportividade e na competição limpa? Em sua crítica literária do livro The Olympic Games: The First Thousand Years (Os Jogos Olímpicos: Os Primeiros Mil Anos), o escritor e perito inglês Enoch Powell comentou: “Eram essencialmente anti-esportivos e opostos ao espírito de esportividade. Não importava o jogo: tudo que importava era a vitória. Não havia ‘segundos colocados’; mas uma vitória, mesmo se obtida por uma falta punida . . . era uma vitória tão boa quanto qualquer outra. Eram perigosos e brutais.” Com efeito, esse livro declara:

“Os competidores oravam para conseguir ‘ou a coroa [da vitória] ou a morte’.”

As Olimpíadas modernas têm ostensivamente, motivação mais pura. Como declara o Credo Olímpico: “A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é ganhar, mas tomar parte, assim como a coisa mais importante na vida não é triunfar, mas batalhar. A coisa essencial não é vencer, mas ter lutado bem.” Um atleta repete o Juramento Olímpico, ou Promessa Olímpica, em nome de todos na abertura dos Jogos. Foi redigida por Coubertin, e declara: “Em nome de todos os competidores, prometo que tomarei parte nestes Jogos Olímpicos, respeitando e obedecendo as regras que os governam, no verdadeiro espírito de esportividade, para a glória do esporte e a honra de nossas equipes.”

Certamente, tudo isso soa muito nobre, mas sabe a uma era diferente. Qual é a realidade atual? Foram tais ideais realmente refletidos em Los Angeles, Califórnia, onde milhares de atletas competiram por algumas centenas de medalhas de ouro? Competiram eles segundo os ideais originais de Coubertin? Qual é a verdadeira força motivadora por trás dos Jogos Olímpicos? É a esportividade e o jogo limpo? Será que os Jogos promovem a paz e a amizade internacionais de modo significativo? Ou constituem outra rinha de galo, onde ressaltam as rivalidades políticas? Estas e outras perguntas serão oportunamente consideradas em edições futuras.

[Foto na página 16]

Os antigos Jogos Olímpicos eram “essencialmente anti-esportivos . . . Eram perigosos e brutais”.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar