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  • g85 8/12 pp. 20-22
  • As fascinantes conchas

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  • As fascinantes conchas
  • Despertai! — 1985
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Despertai! — 1985
g85 8/12 pp. 20-22

As fascinantes conchas

Do correspondente de “Despertai!” nas Filipinas

ACONTECEU no ano 1838, na ilha de Bohol, nas Filipinas. O acontecimento quase fez com que um cavalheiro inglês desmaiasse de excitação. Este senhor era Hugh Cumming, conquiliologista, isto é, um naturalista estudioso das conchas. Nessa ocasião, Cumming encontrou três conchas conhecidas como Conus gloria-maris, que significa “Glória do Mar”.

Toda aquela excitação só por causa de três conchas marinhas? Sim, deveras! Hugh Cumming tinha realizado os sonhos dum colecionador. A Glória do Mar é uma variedade rara, belíssima e valiosa de concha. Até 1965, só se tinham encontrado 25 delas. Certa coleção nas Filipinas contém a maior delas. Embora fossilizada, pode valer, segundo se diz, até mais de US$ 1.000 (uns Cr$ 10 milhões).

As Filipinas são um paraíso para o colecionador de conchas. Três das 13 conchas mais valiosas do mundo provêm deste país. A publicação Shells and the Philippines (Conchas e as Filipinas) declara: “Sem comparação, a mais fabulosa [região], devido à diversidade de seus animais dotados de conchas é a do indopacífico, uma vasta amplidão de água que se estende desde o mar Vermelho e a costa oriental da África até o oceano Índico, e para o Pacífico, além do Havaí e a ilha da Páscoa. . . . Mas o centro desta ampla região e a meca para os colecionadores de conchas é o arquipélago das Filipinas, com seus milhares de ilhas recifes, canais, baías, mares, e um recorde de abismos ao largo da costa.”

De Onde Procedem as Conchas?

Na maior parte, as conchas servem de proteção para os moluscos, que são animais de corpo mole, sem ossos. Incluem caracóis, mariscos e ostras. Os moluscos geralmente possuem órgãos internos, cabeça, pé, e um manto parecido com uma pele. O manto secreta um líquido que se transforma em concha. Ela é formada em camadas e se torna mais dura do que o vidro. É preciso dispor de ferramentas especiais para cortar tal substância.

Não existem duas conchas exatamente iguais. Existe um padrão hereditário básico para cada espécie, e fatores ambientais desempenham também seu papel. A cor e o adorno originam-se de glândulas especiais, localizadas no manto. O maior molusco vivo, dotado de concha externa, é o tridacna (Tridacna gigas). Chega a atingir 1,5 metro de comprimento. No entanto, já foram encontradas conchas fossilizadas com até 4,60 metros de comprimento.

Cinco Grupos Principais

Falando-se de modo geral, os moluscos se dividem em cinco categorias principais. Uma é a dos anfineuros, nome que provém das palavras gregas que significam “ambos” e “nervo”. Estes moluscos possuem dois cordões nervosos que circundam o corpo. Produzem uma concha do tipo “cota de malha” que apresenta oito placas superpostas seguradas por uma dobra dura do manto. A concha deriva este nome de sua semelhança com uma antiga armadura. Os anfineuros são criaturas dóceis que se arrastam sobre as rochas para retirar a vegetação usada como alimento. Sua única característica bélica é sua excelente habilidade de camuflar-se.

A maior classe de moluscos é a dos gastrópodes, nome que provém das palavras gregas que significam “ventre” e “pé”. Movem-se por meio dum pé que se estende por baixo do corpo. Há cerca de 50.000 espécies neste grupo principal, incluindo a notável Glória do Mar. Esta classe de moluscos também inclui caracóis, lapas, búzios e lesmas.

Os gastrópodes são chamados univalves, visto que só possuem uma valva (concha). Talvez tenha observado que as conchas dos caracóis apresentam um aspecto espiralado, ou torcido. A maior parte dos gastrópodes cresce por se enroscar na mesma direção dos ponteiros do relógio, embora alguns se contorçam para a esquerda. Geralmente ativos, os gastrópodes comem tanto vegetação como carne. Se perturbados, recolhem-se às suas conchas e fecham a “porta”, que é um disco cornífero chamado opérculo.

Outra classe de moluscos é a dos pelecípodes, nome que provém das palavras gregas que significam “machado” e “pé”. Possuem um pé muscular, em forma de machado, que lhes serve como meio de locomoção. Os moluscos desta classe são conhecidos como bivalves, devido a terem duas valvas simétricas. Os mariscos, as ostras, os mexilhões e as vieiras são membros conhecidos deste grupo, do qual se conhecem umas 10.000 espécies. Todos os bivalves são vegetarianos, e muitos deles estabelecem lares permanentes por se agarrarem a rochas ou por cavarem fundo na areia e na lama.

Uma quarta classe é a dos escafópodes, termo proveniente das palavras gregas que significam “barco” e “pé”. Há cerca de 350 espécies deste molusco. Vivem no oceano e têm pé pontudo que se parece um tanto com um pequeno barco. Com este, enfiam-se na areia, deixando uma ponta da concha virada para dentro da água. Seu corpo é recoberto por singular concha tubular, aberta em ambos os extremos. Por isso, muitos se referem a eles como “conchas-de-dentes”, ou “dentes-de-elefantes”. Tentáculos que se estendem por pequena abertura habilitam esta criatura a capturar pequenos organismos, como alimento.

A quinta classe talvez não seja prontamente reconhecida como de moluscos. São chamados de cefalópodes, nome que se deriva de duas palavras gregas que significam “cabeça” e “pé”. Esta classe se distingue por vários tentáculos (geralmente oito ou dez) agrupados em torno da cabeça e da boca. O calamar, o polvo e a siba (sépia) pertencem a este grupo. No entanto, dentre 800 espécies de cefalópodes, apenas o Nautilus possui concha externa.

Colecionar Conchas por Prazer

Acha que colecionar conchas seria algo prazeroso? Se achar, um bom lugar para começar a fazer isso é a praia. Tanto os bancos de areia como a praia contêm lindas conchas. Não deixe que o mau tempo o desanime, uma vez que as tempestades amiúde enchem as praias de reluzente gama de conchas.

Encontrar conchas atraentes, contudo, exige trabalho árduo. Deve estar disposto a cavar na areia, examinar as ranhuras e os buracos nas pedras, e procurar nos chapadões das marés e na zostera. Por nadar uma curta distância e revirar corais mortos e rochas, talvez depare com muitas descobertas exóticas. Poderá também encontrar uma variedade de conchas próximas dos rios e em terra seca. Por exemplo, há caracóis terrestres e arborícolas que exibem exuberantes formas e matizes.

Mas, tenha cuidado! Algumas conchas, os cones, por exemplo, escondem moluscos mortíferos, venenosos. Alguns deles são carnívoros, e dispõem de cinco ou seis agulhas hipodérmicas em forma de anzóis, com as quais podem paralisar sua presa. Atacarão indiscriminadamente um alimento em potencial ou a mão humana. A realidade disto é sublinhada pelas mortes registradas de alguns malacófilos. Recolha os cones numa rede ou num receptáculo. Jamais os segure pela extremidade estreita.

A limpeza cuidadosa e perita aprimorará tudo que encontrar. Alguns métodos são: a fervura das conchas, mergulhá-las em lixívia, limpá-las com água sanitária, remover todo o material incrustado e tratá-las com ácido clorídrico. Se não conseguir remover toda a carne pela fervura, com um anzol ou instrumento similar, não raro as formigas fazem um trabalho completo. Depois de qualquer tratamento, especialmente o tratamento da remoção das manchas com ácido, lave cabalmente as conchas em água corrente. Dispõe agora de excelentes conchas para exibir.

No entanto, ao pensar em limpar as conchas, é mister observar algumas proibições. Jamais deixe de molho as conchas em ácido. Evite colocá-las diretamente sob a luz solar. E não jogue conchas espessas em água fervente, visto que podem rachar.

Existem moluscos por toda a parte. Podem ser encontrados na superfície e nas profundezas das águas, bem como acima e embaixo do solo. Para muitos indivíduos, colecionar conchas, ou malacofilia, é deveras um passatempo agradável.

[Fotos nas páginas 21, 22]

Tridacna

O comum Wentletrap

Dente-de elefante

Nautilus

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