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  • Envenenamento por chumbo — um dilema mundial
  • Despertai! — 1992
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Despertai! — 1992
g92 22/11 pp. 3-5

Envenenamento por chumbo — um dilema mundial

A EXPEDIÇÃO de Sir John Franklin para encontrar a lendária Passagem do Noroeste estava em apuros. Seus dois navios estavam bloqueados pelo gelo e o longo inverno ártico mal começara. Um marujo já havia morrido de maneira estranha — havia ficado lentamente irracional, daí ficou histérico e, por fim, definhou até a morte. Após isso a demência se espalhou. Outros homens morreram. Depois que o saldo de mortos chegou a duas dúzias nos dois anos seguintes, os sobreviventes da expedição estavam tão decididos a se afastar de seus navios que se aventuraram numa desesperada jornada rumo ao sul através da superfície congelada, arrastando enormes trenós carregados de muitos pertences desnecessários, até mesmo itens de luxo. Nenhum membro da expedição sobreviveu. Isto foi em 1848. Por uns 140 anos, a causa da demência deles foi um mistério. Mas na última década, testes em fragmentos de cabelo e de ossos revelaram uma peça-chave do quebra-cabeça: chumbo. Os homens haviam comido carne conservada em latas soldadas a chumbo. Haviam sido envenenados por chumbo!

O envenenamento por chumbo já era um problema muito antes dessa fatídica expedição, e transformou-se desde então numa ameaça à saúde mundial. Em anos recentes, muita coisa foi escrita a respeito dos perigos do envenenamento por chumbo. Organizações de saúde ao redor do mundo não sabem como enfrentá-lo. Especialmente em países como os da América Latina e da Europa Oriental, onde o controle do meio ambiente é limitado, o envenenamento por chumbo virou um problema crescente. As nações industrializadas também se preocupam.

Uns dez anos atrás, alarmadas pela crescente evidência de que o envenenamento por chumbo se tornara uma doença bem alastrada, autoridades sanitárias da Alemanha, Austrália, Dinamarca, Escócia, Estados Unidos e México começaram estudos para determinar os reais perigos que níveis até mesmo bem baixos de chumbo representam para os seres humanos, em especial para as crianças.

Quão Perigoso É?

Poderia a exposição a um metal simples e comum realmente ser tão perigosa? O Dr. Richard Wedeen, autor de O Veneno na Panela: O Legado do Chumbo (em inglês), crê que o chumbo pode muito bem contaminar toda função bioquímica do corpo humano. Assim, ele conclui que “o chumbo pode estar ligado a pressão sanguínea alta, derrames, ataques cardíacos e doenças renais”. Wedeen crê que certos adultos que sofrem de grave envenenamento por chumbo podem até tornar-se alcoólatras e acabar em instituições de tratamento mental.

A enciclopédia World Book alista outros sintomas, tais como anemia, sonolência, câimbras musculares, fraqueza, paralisia, dores de estômago e vômitos. “Nos casos graves ocorrem dano cerebral, coma e convulsões, e casos extremos de envenenamento por chumbo têm causado a morte”, diz a enciclopédia. E uma proporção significativa daqueles que se recuperam de casos graves sofrem de dano cerebral residual, escreve certo médico de renome.

Mas o que é que o chumbo faz para produzir esses sintomas? O que acontece é que o corpo confunde o chumbo com cálcio, de modo que nada faz para livrar-se dele. Solto na corrente sanguínea, o chumbo causa dano onde quer que vá. No sangue, ele inibe a produção de hemoglobina, prejudicando a capacidade do sangue de transportar oxigênio. No cérebro e no sistema nervoso ele se liga a proteínas-chaves, chamadas de enzimas, e as nulifica. Os ossos coletam chumbo e o armazenam, às vezes liberando-o bem mais tarde, causando mais danos.

Dois aspectos do envenenamento por chumbo tornam-no especialmente perigoso. Primeiro, pode ser um tipo de doença sutil e que surge gradualmente, sendo difícil de detectar. Segundo, em grande medida por causa da revolução industrial, o chumbo está presente em praticamente toda parte no nosso meio ambiente.

Um Metal Presente em Toda Parte

Hoje, a única coisa que limita a utilização do chumbo é a imaginação humana. Desde a década de 20 até recentemente, por exemplo, milhões de toneladas de chumbo foram adicionados à gasolina para melhorar o rendimento do motor. O chumbo tem sido usado largamente como componente de tintas, ainda que alguns países já tenham limitado drasticamente o seu uso.

Mas mesmo que você viva num país em que o uso de chumbo há muito foi banido na tinta ou na gasolina, talvez não esteja inteiramente a salvo da exposição a ele. Talvez resida, por exemplo, numa casa ou num apartamento que foi pintado antes de essas leis entrarem em vigor. Ou talvez na sua localidade existam muitos carros mais antigos que ainda queimam gasolina com aditivo de chumbo, lançando ao ar gases com compostos de chumbo que contaminam o ar e o solo ao seu redor.

O chumbo também tem sido usado amplamente em encanamentos de água e na solda. Materiais de proteção de chumbo são usados para proteger contra a radiação prejudicial os técnicos de raios X e os que trabalham com energia nuclear. Bebedouros com tanques com solda de chumbo ainda são usados, bem como latas de alimentos lacradas com solda de chumbo. Cristal de chumbo é comum em copos de vinho e em garrafas de servir bebidas. Até mesmo algumas mamadeiras são feitas de cristal de chumbo. Há placas de chumbo nas baterias de carros. Balas e balins de chumbo são usados aos milhões. A lista parece interminável.

Embora o envenenamento por chumbo entre adultos preocupe seriamente a classe médica, as vítimas mais vulneráveis desse mal são as crianças. Por que as crianças? E como pode você proteger a elas e a si mesmo dessa doença física e mentalmente debilitante?

[Destaque na página 4]

Pode a exposição a um metal comum realmente ser tão perigosa?

[Destaque na página 4]

Solto na corrente sanguínea, o chumbo causa dano onde quer que vá.

[Destaque na página 5]

“O chumbo pode estar ligado a pressão sanguínea alta, derrames, ataques cardíacos e doenças renais.”

[Crédito da foto na página 3]

Foto: Quadro de Thomas Smith, cortesia do Maritime Museum, Greenwich, Inglaterra.

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