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  • Despertai! — 1994
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Despertai! — 1994
g94 22/11 pp. 16-19

Ilhas Canárias: clima saudável, paisagem cativante

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA ESPANHA

BEM do outro lado do mar, segundo se dizia, além das colunas de Hércules, havia algumas ilhas encantadoras. O solo era tão fértil, o clima tão saudável, que qualquer coisa crescia nelas. Tratava-se das ilhas Afortunadas, que agora conhecemos como ilhas Canárias, palavra que se deriva do latim canis, e refere-se aos cães grandes e ferozes que certa vez povoavam a ilha.

Esta combinação romântica de fato e ficção, idealizada por escritores romanos e gregos, baseava-se nos contos de alguns intrépidos marinheiros que navegavam o Atlântico antes do tempo de Cristo. Hoje, são os turistas que refazem o trajeto desses marinheiros antigos. As ilhas existem de verdade, embora parte da magia e a maior parte do mistério tenham desaparecido. Seu clima é mesmo saudável, suficientemente cativante para atrair milhões de visitantes que fogem dos invernos rigorosos do norte da Europa.

O clima ameno não é a única atração. As ilhas abrigam uma variedade singular de paisagens e vegetação que mais do que justifica a criação de parques nacionais em quatro das sete ilhas principais.

Tenerife: jardim rochoso acima das nuvens

A maior das ilhas, Tenerife, é dominada pelo Pico de Teide, um vulcão inativo que se eleva acima das nuvens, que sobem em grande quantidade do Atlântico. Em volta do cume arredondado do vulcão, há um enorme anfiteatro de erosão subalpino, que junto com o majestoso vulcão constitui o Parque Nacional do Teide. O parque abriga uma flora ímpar, que viceja no fim da primavera e no início do verão, quando as plantas aproveitam a umidade acumulada da neve do inverno. Subitamente, o árido terreno vulcânico transforma-se num jardim rochoso de cores muito vivas.

Duas das flores mais incomuns do parque não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo. São a tajinaste vermelha e a violeta de Teide. A tajinaste vermelha é, plausivelmente, a planta mais impressionante do arquipélago — inumeráveis cachos de flores vermelhas que crescem em espirais bem juntos, em volta de um único caule, que chega a atingir um metro e oitenta de altura ou mais. As flores altas se parecem com chaminés florais vermelhas saudando o céu azul vívido.

A violeta de Teide, que decora a garganta do vulcão com uma grinalda lilás, é notável por sua tenacidade. Cresce a apenas alguns metros do topo de 3.700 metros, onde nenhuma outra vegetação sobrevive.

La Palma: caldeira vulcânica verdejante

La Palma tem uma das maiores crateras do mundo. Sua beirada tem um diâmetro de cerca de 27 quilômetros e quase 2.400 metros de altura. A imensa depressão abaixo, que ocupa o centro da ilha, é um vulcão desmoronado, esculpido no decorrer dos anos pelo vento e pela chuva até ficar parecido com uma grande caldeira. Daí o nome espanhol caldera, palavra que é aplicada a crateras semelhantes em todo o mundo.a

A caldeira, que na sua inteireza é agora um parque nacional, é quase completamente coberta de uma magnificente floresta de pinheiros. Com exceção das encostas mais íngremes, o pinheiro da Canária, a árvore predominante, cobre toda a caldeira, protegendo suas paredes de mais erosão. Quase isolada do mundo exterior devido a sua inacessibilidade, a caldeira, intocada, é um refúgio de beleza e paz para os amantes da natureza que se aventuram no seu interior.

Gomera: alpondra para a América

Foi desta ilha obscura que Colombo velejou rumo ao desconhecido. Havia sido conquistada recentemente pelos espanhóis, e Colombo parou no pequeno porto de San Sebastián para abastecer-se de água e provisões.

Na época de Colombo, os ilhéus, chamados guanchos, ainda levavam uma vida primitiva, mas eram um povo adaptável. Por causa do terreno montanhoso, eles desenvolveram um idioma ímpar, que consiste em assobios que os permitiam conversar entre si, de um cume para outro, a vários quilômetros de distância. Embora esquecida pela maioria, esta técnica de “teleassobios” ainda é usada pelos mais idosos quando querem transmitir rapidamente uma notícia. As Testemunhas de Jeová que pregam em aldeias isoladas já ouviram em mais de uma ocasião a mensagem “as Testemunhas de Jeová estão aqui!”, assobiada do cume dos montes.

Nas encostas mais altas da ilha acha-se um parque nacional criado para proteger a floresta primitiva. Seu interior sombrio, invariavelmente envolto em névoa e repleto de galhos retorcidos cobertos de líquen leve e delicado, evoca lembranças de contos de fada há muito esquecidos. Estranho como pareça, aqui geralmente chove embaixo das árvores. A água das nuvens, agitadas sobre a floresta pelos ventos predominantes do norte, é sugada pelas árvores. Assim, embaixo das árvores geralmente há uma garoa constante, embora a céu aberto não esteja chovendo nem um pouco.

Restos fósseis indicam que esta floresta de loureiros (chamada laurisilva) certa vez existia em toda a região do Mediterrâneo. Mas a mudança de clima milênios atrás reduziu drasticamente sua extensão a apenas o topo de algumas colinas das ilhas Canárias.

Lanzarote: uma ilha desértica diferente

Lanzarote é uma ilha que, embora não seja desabitada, assemelha-se bastante com um deserto. Quase não chove ali. A vida sempre foi difícil para sua pequena população, mas, daí, dois séculos atrás, uma série de erupções vulcânicas violentas transformou a superfície da ilha. Os vulcões trouxeram morte e vida. Morte no sentido de que um quarto da ilha foi soterrado pela lava, trazendo um fim abrupto a muitos povoados e propriedades. Vida no sentido de que, das cinzas vulcânicas, os ilhéus têm conseguido ganhar a vida.

Graças a vastas quantidades de cascalho poroso vulcânico, subproduto das erupções, os ilhéus conseguem cultivar frutas e hortaliças embora não chova por meses. Os campos estão cobertos com uma camada de dez centímetros de cascalho que não somente conserva a umidade do solo subjacente, mas realmente capta a umidade do ar noturno e a transmite para o solo, embaixo. Vinhas, figueiras, tomates, milho e outras culturas brotam inesperadamente do cascalho negro.

O Parque Nacional de Timanfaya inclui crateras espetaculares e uma vasta área vizinha soterrada pela lava que as crateras expeliram. O clima seco preservou a lava solidificada quase intacta, e os turistas que visitam o parque bem que podem pensar que as erupções só cessaram ontem. A impressionante paisagem vulcânica, junto com os pitorescos povoados brancos, dá à ilha uma beleza surrealística toda sua.

Provavelmente, essas fascinantes ilhas vulcânicas são um tributo à capacidade de adaptação de seus habitantes e da vegetação que cresce nelas. Acima de tudo, sua beleza natural move o visitante reverente a dar louvor ao Criador de tal variedade.

[Nota(s) de rodapé]

a O lago Crater, em Oregon, EUA, é uma caldeira famosa que subseqüentemente se encheu de água.

[Quadro/Fotos na página 18]

A fauna e a flora das ilhas Canárias

Canário. (1) Esse pássaro, que deve seu nome ao arquipélago, ainda é abundante nas ilhas, embora em estado selvagem não seja tão colorido como os populares canários que vemos em gaiolas, cujas cores vívidas são o resultado de mais de quatro séculos de cruzamentos seletivos.

Espécie Aeonium. (2) Mais de duas dúzias de tipos são encontradas em todas as ilhas, muitas crescendo em fendas de rochas. Algumas, tais como a Aeonium lancerottensis, (3) chegam a crescer em lava petrificada.

Violeta de Teide. (4) Essa flor delicada cresce num ambiente vulcânico hostil, a quase 3.700 metros acima do nível do mar.

Bananeira. (5) A banana é cultivada nas ilhas Canárias há séculos. Os colonizadores espanhóis levaram-na para o Caribe pouco depois da descoberta da América.

Tajinaste vermelho. (6) Cachos de minúsculas flores vermelhas crescem em espirais em volta de um único caule, que com freqüência atinge mais de um metro e oitenta de altura.

Dracaena draco. (7) A mais incomum e querida árvore das ilhas, afirma-se que este exemplar tem três mil anos de idade. Espécimes antigos como este são cuidadosamente tratados nos parques municipais.

[Mapa]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

La Palma

Tenerife

Gomera

Hierro

Lanzarote

Fuerteventura

Grande Canária

[Fotos]

Tenerife é dominada pelo pico de Teide, um vulcão inativo

1. Canário

2. Espécie Aeonium

3. Aeonium lancerottensis

4. Violeta de Teide

5. Bananeira

6. Tajinaste vermelho

7. Dracaena draco

[Fotos nas páginas 16, 17]

1. Granadillo

2. Tabaiba Majorera

3. Verol dulce

4. Ercila

5. Hierba blanca

6. Violeta de Teide

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