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  • Filatelia: hobby absorvente e negócio lucrativo
  • Despertai! — 1995
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Despertai! — 1995
g95 8/1 pp. 16-18

Filatelia: hobby absorvente e negócio lucrativo

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA GRÃ-BRETANHA

DIZEM que a filatelia, ou hábito de colecionar selos de correio, é o “maior hobby do mundo”. Os primeiros selos eram simplesmente ‘pedacinhos de papel revestidos no verso com uma fina camada pegajosa, que o usuário, umedecendo um pouco, colava atrás da carta’, segundo o britânico Sir Rowland Hill (1795-1879), reformador postal. Seus ‘pedacinhos de papel’ se tornaram tão populares que hoje em dia os selos de correio são saudados como invenção que mudou o rumo das comunicações em todo o mundo.

Para colecionadores e negociantes, o valor dos selos varia de uma ninharia a somas astronômicas de milhões de dólares, ou mais. Qual é a razão disso, visto que os selos são tão corriqueiros? E o que os torna tão cativantes e valiosos?

O ímpar Penny Black

O mercador William Dockwra, que em 1680 fundou a empresa postal London Penny Post, foi quem teve a idéia de carimbar as cartas para comprovar pagamento antecipado da postagem. A correspondência depositada na casa de recepção era carimbada com a estampa de um triângulo dentro de outro e as palavras PENNY POST PAID (postagem de um penny) e então era levada pelos mensageiros de Dockwra. Mas outros mensageiros e carteiros se opuseram ferrenhamente a esse sistema porque achavam que ameaçava seu meio de vida. O serviço postal do governo também encarou a empresa de Dockwra como violação de seu monopólio.

Foi só no princípio do século 19 que as reformas postais tornaram disponíveis a postagem por um penny a todo o país. Em maio de 1840, o primeiro selo postal adesivo foi colocado à venda na Grã-Bretanha e logo ficou famoso como o Penny Black. (Veja a foto.) Não era picotado; cada selo tinha de ser recortado duma folha.

Em 1843, o Brasil tornou-se o segundo país depois da Grã-Bretanha a emitir selos adesivos válidos em todo o país. Aos poucos, outros países foram adotando o selo para uso interno. Para facilitar entregas no além-mar, desenvolveu-se mais tarde uma união postal mundial. Hoje, a União Postal Universal, com sede em Berna, na Suíça, é uma agência especializada das Nações Unidas.

As coleções contam uma história

Conforme aumentavam as comunicações internacionais, cada país criava e imprimia selos distintivos. Alguns, chamados de comemorativos, ilustram eventos e pessoas notáveis; outros, chamados de definitivos, são emitidos numa série de valores para uso regular a fim de satisfazer as variadas necessidades postais. No decorrer dos anos, umas 600 administrações postais emitiram estimadamente 10.000 novos selos por ano. Tanto os que levam o estudo dos selos a sério (filatelistas) como os que simplesmente gostam de colecioná-los apenas por passatempo podem encontrar algo do seu agrado nos cerca de 250.000 selos diferentes emitidos até agora!

É óbvio que com tanta quantidade e variedade de selos, nenhum colecionador, sozinho, pode esperar possuir um exemplar de cada selo que já foi emitido. Assim, muitos optam por colecionar selos segundo temas. Abelhas, agricultura, animais, Antártida, Bíblia, carvão, cavernas, cinema, Cruz Vermelha, energia, espaço, esperanto, esportes, Europa, flores, fogo, fotografia, fungos, geologia, indústria, Jogos Olímpicos, medicina, música, ONU, países, pássaros, pontes, religião, serviços postais, transporte, vôo e até mesmo as condições meteorológicas são temas de coleções. Há selos sobre qualquer tema imaginável.

Outros colecionadores se concentram nas variações de um mesmo selo. O que está envolvido nisso? Dê outra olhada no Penny Black. Notou as letras impressas nos cantos de baixo do selo? Originalmente, esses selos eram impressos numa folha de 240 selos dispostos em 20 fileiras horizontais de 12 selos cada fileira. O primeiro selo da fileira de cima tinha as letras AA; o último da fileira, AL, continuando alfabeticamente até TA e TL, no início e no fim da vigésima fileira. As letras eram furadas manualmente nos cantos do desenho, nos estágios finais da confecção das chapas. O funcionário do correio desconfiaria de falsificação se visse selos com os mesmos dois caracteres em muitas cartas.

Embora tenham sido impressos estimadamente 68 milhões desses selos, um colecionador que possui hoje um Penny Black que não foi usado tem algo raro e de valor: na faixa de US$ 4.200 a US$ 6.800.

Excetuando-se variações sutis de desenho, os selos impressos por chapas diferentes, em papel com marca d’água diferente (desenho pálido no papel, visível quando este é segurado contra a luz), e mesmo os que têm número diferente de picotes (furos nas bordas) despertam o interesse de colecionadores especializados. Para conseguir detectar essas variações, os especialistas precisam mais do que pinças (nunca use os dedos!) e lupas. Instrumentos de medição detectam diferenças no picotamento; lâmpadas ultravioleta revelam danos, fosforescência oculta e outros minúsculos detalhes.

Certos colecionadores mostram interesse especial em erros no desenho e na impressão do selo. Para eles, o importante é possuir algo que os outros colecionadores desperceberam. Veja só a diferença de valor. De acordo com estimativas de 1990, um Penny Red de 1841 com a letra A faltando, um erro no primeiro selo da segunda fileira de uma folha, valia umas 1.300 vezes mais do que um Penny Red sem este erro!

Selos são um negócio lucrativo

Atualmente o hobby de colecionar selos atrai uma variedade de investidores. O investidor típico compra cartelas de selos clássicos raros que os negociantes crêem ser os que mais se valorizarão após determinado prazo. Quando o investimento amadurece, o negociante procura vender os selos de seu cliente pelo melhor preço que conseguir. “Marcas suaves e legíveis do carimbo postal são um requisito para selos usados — em geral, os selos mais triviais com marcas ideais ou incomuns são comparativamente raros e valem um prêmio correspondente. O estado do selo é crucial para seu valor”, escreve James Watson, autoridade em filatelia.

Em 1979, uma reportagem do jornal londrino Daily Mail informou que “nos últimos cinco anos, os selos clássicos (os que datam de 1840 a 1870) valorizaram mais do que as ações e outras formas de investimento, e em muitos casos, até mais do que os imóveis”. Uma cartela com sete selos raros que custava US$ 84.700 em 1974 subiu para US$ 306.000.

Em 1990, um anúncio do semanário Time International dizia: “Como investimento, os selos tiveram seus altos e baixos. Na década de 70 os preços subiram muito depressa quando especuladores que procuravam lucrar com selos raros acumulavam cartelas de investimento. Mas quando Londres apresentou sua Mostra Mundial de Selos, em 1980, as esperanças foram por água abaixo, e os especuladores viram que as únicas pessoas preparadas para sustentar o mercado eram os colecionadores, e eles tinham se retraído sensatamente. ‘Quando os investidores tentaram vender suas cartelas, descobriram que muitos selos não eram tão raros como supunham’”, e tiveram prejuízos. Que aviso para quem investe em selos!

Portanto, se você é colecionador de selos ou mesmo filatelista, esforce-se a ser equilibrado. Divirta-se com seus selos. Aprenda deles — sobre o mundo, geografia, povos e culturas. Não deixe que sua coleção se torne uma obsessão. Avalie bem o seu interesse nos selos e compare-o com as coisas mais importantes da vida.

[Foto na página 17]

Penny Black

[Fotos na página 18]

Selos da Áustria, Espanha e Grã-Bretanha

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