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Despertai! — 1996
g96 8/7 pp. 9-11

Habu: fique longe dessa cobra!

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! EM OKINAWA

A NOITE caía, abafada e sem brisa. Havia parado de chover instantes antes, e todos se abanavam para se refrescar. De repente, ouviram-se gritos: “Habu!” “Uma habu!” Os gritos assustaram os moradores da aldeia. Os adultos pegaram paus e saíram correndo; curiosas, as crianças foram atrás. Onde estava a cobra? Todos estavam na expectativa. Uma picada dessa serpente que chega a atingir uns 2 metros de comprimento pode ser fatal. Os aldeões sentiram-se aliviados quando os mais velhos deram pauladas na cabeça da cobra até deixá-la inconsciente. Em seguida ela foi colocada rapidamente num saco para ser vendida viva.

Nas ilhas Ryukyu, no mar da China Oriental, todos, das crianças aos idosos, querem distância da habu. Essa serpente é coberta de manchas amarelas e tem a cabeça em forma de lança. É uma víbora-de-fosseta nativa de algumas dessas ilhas, mas não de todas. Examinemos mais detidamente essa serpente assustadora. Mas lembre-se de ficar sempre a uma boa distância!

Design atemorizante

Há diferentes tipos de habus. Um deles tem malhas escuras, marrom-esverdeadas, que lhe dão uma camuflagem excelente no meio da vegetação rasteira e de folhas em decomposição. Outros têm uma coloração mais escura, bem apropriada para suas atividades noturnas e para sua tendência de esconder-se em lugares sombrios.

Essa criatura tem habilidades que nós não temos, embora seja um pouco míope. Possui as chamadas fossetas, que são orifícios, muito sensíveis ao calor, situados entre as narinas e os olhos, um de cada lado da cabeça. As duas fossetas ajudam-na a “ver” a radiação infravermelha, que é sentida pelo homem como calor. Com isso, uma habu pode mirar e acertar em cheio num pequeno camundongo de sangue quente mesmo na escuridão absoluta.

Você talvez já tenha visto uma cobra projetando a língua repetidamente para fora. Ela serve como um extraordinário segundo “nariz”. Ao fazer isso, a habu colhe moléculas do ar e pressiona a língua contra um órgão, localizado no céu da boca, que é sensível a essas moléculas. Usando esse segundo “nariz”, a habu obtém uma quantidade enorme de informações do ar.

Os pesquisadores R. M. Waters e G. M. Burghardt, da Universidade do Tennessee, EUA, observaram que, “logo após dar um bote, a habu aumenta a quantidade de vezes em que projeta a língua para fora da boca”. Por que procurar estímulos químicos no ar depois do ataque? A habu geralmente solta a vítima logo depois de dar o bote e injetar o veneno, porque sempre há o perigo de um contra-ataque por parte da presa desesperada. Então, enquanto o veneno faz efeito, a víbora localiza a presa “farejando” com a língua.

Ao encontrar a presa já indefesa, seja um camundongo, um filhote de ave ou um pássaro, a habu começa a engoli-la inteira: cabeça, patas, cauda, pêlos, penas, tudo. A parte de trás do maxilar inferior se desloca, permitindo que ele se distenda e que uma presa, mesmo grande, possa ser engolida. Um gato inteiro foi encontrado no estômago de uma habu, que está em exposição num dos centros de pesquisa sobre habu, em Okinawa.

Mas, e se ela perder uma das presas, semelhantes a seringas, num ataque? Nascerá outra. Ora, já foram encontradas algumas dessas serpentes com duas presas em cada lado da boca! Além do mais, mesmo que uma habu perca as presas, ela não morrerá de fome. Há registro de uma delas que viveu três anos só de água.

Como evitar ser atacado

Enquanto o veneno injetado pela naja do Sudeste Asiático e pela mamba-negra, da África, atua no sistema nervoso, o da habu é altamente hemorragênico. É chamado assim porque causa hemorragias ao destruir os vasos sanguíneos. Causa uma queimação e edema no local, e pode ser fatal.

Há quem acredite que as cobras fiquem à espreita, prontas para atacar, e que perseguem as pessoas, mas isso não é verdade. Para a habu, o homem não é nenhum petisco. Só se você pisar nela sem querer ou invadir seu território é que ela talvez o ataque. Muitos foram picados em áreas onde as habus estavam caçando, como em hortas e canaviais. Os moradores das ilhas nunca andam por lugares em que a vegetação é alta, sem proteção para as pernas e sempre levam uma lanterna à noite, quando a habu está especialmente ativa. Ah! e nunca se esqueça de que essas serpentes sobem muito bem em árvores, onde não é tão quente no verão e onde podem também estar perto de pássaros e pegá-los de surpresa. Assim, tome cuidado com a cabeça e com os pés ao andar perto do seu habitat!

A melhor maneira de lidar com essa víbora é não facilitar sua entrada em casa. Tape todos os buracos no alicerce e nas paredes externas da casa. Não deixe a vegetação crescer demais no quintal. Em outras palavras, não deixe um esconderijo para a habu.

E se você for picado?

E se você se deparar com uma dessas cobras venenosas? A habu talvez se enrole, com a parte de cima do corpo formando um S. Então, dá o bote! Lança dois terços do corpo em sua direção, os maxilares escancarados e as presas projetadas bem para a frente.

Não entre em pânico. Verifique se foi realmente uma habu que o atacou. Uma picada dessa cobra pode ser identificada por dois sinais avermelhados na pele, com cerca de 2 centímetros de distância um do outro. Já que algumas delas podem ter três ou quatro presas, o número de sinais avermelhados pode ser maior. Logo vem uma sensação de queimação, como se estivessem colocando sua mão perto do fogo, e essa sensação vai se intensificando. O que fazer? Peça ajuda. Daí, chupe o veneno e cuspa-o no chão. “Chupe o sangue e cuspa-o fora repetidamente pelo menos dez vezes”, diz o Handbook for the Control of Habu, or Venomous Snakes in the Ryukyu Islands (Manual para o Controle da Habu ou Serpentes Venenosas nas Ilhas Ryukyu). Vá a um hospital que tenha soro específico para o veneno de habu. Porém, nunca corra. Isso espalharia rapidamente o veneno pelo corpo, prejudicando-o mais e retardando a recuperação. Se não conseguir chegar a um hospital em 30 minutos, faça um torniquete na perna ou no braço atingido num local que fique mais perto do coração do que da picada, a fim de retardar a dispersão do veneno. Mas não o amarre muito apertado, pois é preciso manter a circulação. Para isso, alivie a pressão a cada dez minutos.

Masatoshi Nozaki e Seiki Katsuren, do setor de pesquisas sobre a habu, do Instituto de Saúde e Meio Ambiente, da Prefeitura de Okinawa, disseram a Despertai! que o homem, mesmo depois de picado, não desenvolve imunidade permanente ao veneno da habu. No passado, muitas vezes era necessário amputar o membro ferido, mas isso raramente acontece hoje em dia e menos pessoas ainda morrem de picada de habu. Graças a drogas e procedimentos médicos eficazes, atualmente 95% dos que são picados se salvam. Só quem não procura ajuda médica ou mora longe de onde há atendimento médico pode ficar gravemente afetado.

Habus à venda

A habu tem poucos inimigos naturais. Cães e gatos domésticos têm até a tendência de brincar com ela. Alguns dos seus predadores são uma cobra não-venenosa chamada akamata, certas doninhas, javalis e gaviões. O mangusto foi levado para as ilhas Ryukyu, para ajudar a controlar a população de habus, mas isso não conseguiu exterminá-la.

Seu pior inimigo natural é o homem. É só aparecer uma habu e muitos já ficam morrendo de vontade de capturá-la, igual aos aldeões que saíram atrás de uma no mesmo instante em que ouviram o grito: “Habu!” Apesar do perigo, seu valor de mercado, entre US$ 80 e US$ 100 cada uma, é uma grande tentação para muitos.

Como se usa a habu? Com ela prepara-se um licor medicamentoso. E da cobra seca se faz um pó também para fins medicinais. Muitas são exibidas ao vivo em espetáculos para atrair turistas. É claro que o couro é bom para fazer carteiras e cintos, ao passo que o veneno é usado para fazer soro antiofídico. Mas não importa como ela seja usada, o conselho ainda é o mesmo: fique longe da habu!

[Foto na página 10]

A habu tem presas semelhantes a seringas. O maxilar inferior se desloca para engolir uma presa maior que ela própria

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