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  • Quem deve decidir o tamanho da família?
  • Despertai! — 1996
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Despertai! — 1996
g96 8/10 pp. 12-14

Quem deve decidir o tamanho da família?

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NO BRASIL

COM apenas três dias de idade, o menininho foi abandonado numa sacola de plástico numa estação de metrô. Mas, um jornal brasileiro noticiou que várias famílias se ofereceram para adotá-lo.

Embora incidentes assim sejam raros, o número de crianças indesejadas e abandonadas aumenta no mundo inteiro. Demasiadas vezes os pais não assumem a sua responsabilidade. É a contracepção a solução? Seria errado planejar o tamanho da família?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 50% das gravidezes no mundo não são planejadas. Inúmeras vezes a gravidez é tanto não-planejada como indesejada.

Muitos tentam evitar a gravidez, talvez por razões de saúde, moradia ou trabalho. Assim, os métodos contraceptivos, tais como pílulas anticoncepcionais ou preservativos, são comuns. O aborto e a esterilização também são usados como métodos de controle da natalidade. Sobre o aborto no Brasil, o jornal O Estado de S. Paulo diz: “A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 5 milhões dos 13 milhões de mulheres que engravidam no Brasil por ano interrompem a gravidez clandestinamente.” E a revista Time disse que 71% das brasileiras em idade de ter filhos e que vivem com um companheiro praticam o controle da natalidade. Destas, 41% usam pílulas e 44% foram esterilizadas.

Uma pesquisa mostra que 75% dos brasileiros acham ser necessário planejar o número de filhos. Outros rejeitam o planejamento familiar por causa da crença no destino ou porque acham ser da vontade divina que a família ‘tenha o número de filhos que Deus mandar’. Quem deveria decidir o tamanho da família: o casal, ou interesses nacionais ou religiosos?

Por que é polêmico?

Embora permita o método rítmico, a Igreja Católica Romana, a maior religião do Brasil, é contra os métodos contraceptivos, sejam eles abortivos ou não. Declarou o Papa Paulo VI: “Qualquer ato matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida.” O Papa João Paulo II disse: “A contracepção, julgada objetivamente, é tão profundamente ilícita que jamais poderá, por motivo algum, ser justificada.” Por isso, muitos católicos hesitam em controlar o tamanho de sua família, achando que a contracepção é pecado.

Por sua vez, a revista médica Lancet declara: “Milhões viverão sem instrução, sem emprego, sem moradia adequada e sem acesso aos mais básicos serviços de saúde, assistência social e saneamento, e o crescimento populacional incontido é um fator causativo de peso.” Assim, temendo a superpopulação e a pobreza, certos governos incentivam o planejamento familiar, apesar das objeções da Igreja. Por exemplo, “a Costa Rica reduziu de 7 para 3 o número médio de filhos [por família]”, diz o biólogo Paul Ehrlich.

A publicação Facts for Life—A Communication Challenge (Fatos da Vida — Desafio de Comunicação), da ONU, diz: “Depois de a mulher ter tido quatro filhos, outra gravidez aumenta os riscos à vida e à saúde tanto da mãe como da criança. Em especial se os nascimentos anteriores não tiveram um espacejamento de mais de dois anos, o corpo da mulher pode facilmente ficar exausto de repetidas gravidezes, partos, amamentação e de cuidar de crianças pequenas.”

Famílias grandes ainda são comuns onde a taxa de mortalidade infantil é alta, especialmente em zonas rurais da África, Ásia e América Latina. Por quê? Muitos não conhecem os métodos contraceptivos. Outro fator em algumas regiões pode ser, como disse certa legisladora, “que o homem só se considera um verdadeiro homem se a sua esposa engravidar todos os anos”. O Jornal da Tarde menciona outro possível fator, especialmente do ponto de vista da mulher: “As crianças são uma de suas raras fontes de prazer e trazem uma sensação de realização pessoal.” Também, Paulo Nogueira Neto, ex-secretário do meio ambiente no Brasil, declarou: “A criança é o seguro social da população pobre.”

O que a Bíblia diz

Sabia que a Palavra de Deus, a Bíblia, deixa a critério do marido e da esposa decidir o tamanho de sua família? Ela mostra também que o casamento é próprio e correto, seja para fins de procriação, seja para demonstração de afeto por meio de honrosa intimidade sexual. — 1 Coríntios 7:3-5; Hebreus 13:4.

Mas não disse Deus a Adão e Eva, no Paraíso, que ‘fossem fecundos, se tornassem muitos, e enchessem a Terra’? (Gênesis 1:28) Sim, mas nada na Bíblia indica que estamos hoje sujeitos a essa mesma ordem. O escritor Ricardo Lezcano destacou: “Resulta ser bastante obtuso querer aplicar a quatro bilhões de seres a mesma fórmula que se aplicou aos dois únicos habitantes do planeta.” Mesmo se a decisão for não ter filho nenhum, é uma escolha pessoal que deve ser respeitada.

Curiosamente, a New Catholic Encyclopedia observa que o conceito das Testemunhas de Jeová tem base na Bíblia. Diz: “Exceto o controle da natalidade, que deixam ao critério do casal, sua moralidade conjugal e sexual é bastante rígida.” E acrescenta: “Consideram a Bíblia como sua fonte de crença e regra de conduta.”

São válidos todos os métodos de limitação do tamanho da família? Não. Sendo que a vida é sagrada, a Lei de Deus a Israel decretava que quem provocasse um aborto devia ser tratado como assassino. (Êxodo 20:13; 21:22, 23) No caso da esterilização, como por meio da vasectomia, a decisão fica por conta da consciência da pessoa, visto que a Bíblia não menciona especificamente esse assunto. “Cada um levará a sua própria carga.” (Gálatas 6:5)a E, sendo que existem vários métodos de controle da natalidade, a orientação médica poderá ajudar o casal a decidir usar, ou não, certo método.

Faça decisões realistas

Nem tudo na vida pode ser planejado. Mas, compraria um carro ou uma casa sem considerar bem o que está envolvido? Um carro ou uma casa podem ser revendidos, mas filhos não são restituíveis. Assim, ao planejar uma gravidez, não deveria a capacidade do casal de prover as necessidades da vida ser levada em conta?

Obviamente, não gostaríamos de ter uma família desnutrida, nem de ser uma carga para outros. (1 Timóteo 5:8) E, além de casa e comida, os filhos precisam de educação, valores morais e amor.

Além de calcular o custo em termos de trabalho, dinheiro e paciência, deve-se levar em conta a saúde da esposa. A boa escolha da época da gravidez salva vidas e promove melhor saúde. Facts for Life diz: “Uma das melhores maneiras de reduzir os perigos da gravidez e do parto, tanto para a mãe como para a criança, é planejar a época dos nascimentos. Os riscos de ter filhos aumentam quando a prospectiva mãe tem menos de 18 ou mais de 35 anos, ou quando já engravidou quatro vezes, ou mais, ou ainda quando há um intervalo de menos de dois anos entre um parto e outro.”

Os casais que planejam ter filhos devem lembrar-se de que, como a Bíblia predisse, estamos cercados de um mundo cheio de crime, fome, guerra e incerteza econômica. (Mateus 24:3-12; 2 Timóteo 3:1-5, 13; Revelação [Apocalipse] 6:5, 6) O genuíno amor pelos filhos ajudará os casais a serem realistas a respeito do mundo em que vivemos, reconhecendo que criar filhos hoje é um grande desafio. Assim, em vez de simplesmente deixar que as coisas aconteçam e ter tantos filhos quantos vierem, esperando que no fim tudo se ajeite, muitos preferem controlar o tamanho da família, para dar aos filhos mais felicidade e segurança.

Além de nos ajudar a tomar decisões sensatas em questões familiares, a Palavra de Deus nos dá uma sólida esperança para o futuro. A Bíblia mostra que o propósito do Criador é que os humanos vivam eternamente em paz e felicidade na Terra paradísica. Para isso, Deus em breve acabará com este perverso sistema de coisas. Daí, num novo mundo justo, sem pobreza e sem superpopulação, as crianças nunca mais serão abandonadas ou indesejadas. — Isaías 45:18; 65:17, 20-25; Mateus 6:9, 10.

Obviamente, mostrar consideração um pelo outro e para com os prospectivos filhos, bem como um conceito equilibrado sobre a procriação, ajudará o casal a decidir o tamanho de sua família. Em vez de simplesmente deixar que as coisas sigam o seu próprio rumo, o casal deve, com oração, buscar a orientação de Deus. “A bênção de Jeová — esta é o que enriquece, e ele não lhe acrescenta dor alguma.” — Provérbios 10:22.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja A Sentinela de 1.º de maio de 1985, página 32.

[Foto na página 12]

Milhões de crianças são abandonadas

[Foto na página 13]

As crianças necessitam de ternos cuidados

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