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  • Despertai! — 1997
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Despertai! — 1997
g97 8/11 pp. 5-10

Barulho: o que se pode fazer a respeito

DEPOIS de um dia cansativo, você mergulha num sono profundo. De repente, é acordado pelos latidos de cachorros da vizinhança. Você se vira na cama, e espera que o barulho irritante logo acabe. Mas os cachorros não param de latir. Aborrecido, frustrado por ter dormido mal, e agora já bem acordado, você se pergunta como é que seus vizinhos suportam essa barulheira.

As pessoas variam muito na tolerância do barulho. Quem trabalha num aeroporto e mora na suas imediações se incomoda muito menos com o barulho dos aviões do que quem trabalha em serviços não relacionados com aviões. A dona-de-casa que usa um liquidificador tolera seu ruído com muito mais facilidade do que quem está no quarto ao lado tentando ler um livro ou ver TV.

O que é poluição sonora?

Os países variam na maneira de definir a poluição sonora. No México, barulho é “qualquer som indesejável que irrite ou prejudique as pessoas”. Na Nova Zelândia, o barulho é considerado excessivo quando “interfere desarrazoadamente na tranqüilidade, no conforto e na conveniência de uma pessoa”.

Dois cientistas famosos, Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, e Heinrich Hertz, um físico alemão, têm muito a ver com a medição do som. Béis, ou decibéis (um décimo de um bel) como é mais comum, medem a intensidade relativa, ao passo que hertz medem a altura, ou freqüência, do som. Na medição do barulho, o resultado em geral é fornecido em níveis de decibéis do ruído.a

Mas quem determina o grau de perturbação de um ruído? Você, o ouvinte. “O ouvido humano ainda é o melhor detector de ruídos irritantes”, observa o jornal londrino The Independent.

Os efeitos do barulho

Como “melhor detector” de barulho, o ouvido é obviamente o órgão mais sujeito a sofrer os danos. O dano às sensíveis células nervosas do ouvido interno pode causar perda auditiva permanente. A sensibilidade auditiva varia de pessoa para pessoa, é verdade. Mas, a repetida exposição a sons acima de 80 a 90 decibéis pode levar à gradativa perda de audição. De fato, quanto mais altos forem os níveis de som, tanto menos tempo você poderá passar diariamente nesse ambiente sem sofrer lesões auditivas.

A revista New Scientist informa que muitos tipos de walkman vendidos na França têm um fornecimento máximo de 113 decibéis. Segundo certo estudo citado, “a música de rock em volume máximo num walkman, durante uma hora, ultrapassou os 100 decibéis na maior parte do tempo e atingiu picos de uns 127 decibéis”. Ainda mais sério é o efeito do barulho nos concertos ao vivo. Um investigador observou pessoas agrupadas perto de pilhas de alto-falantes, em estado de torpor. “Minha visão se anuviou, as cavidades do corpo ressoavam com as batidas do contrabaixo”, ele conta, “e o barulho doía nos meus ouvidos”.

Como o barulho pode afetar você? Diz um especialista: “Barulhos constantes de níveis moderados a altos causam estresse, fadiga e irritabilidade.” “Ser atormentado pelo barulho não apenas tira a alegria da vida; pode desgastar a pessoa física e emocionalmente”, diz o professor Gerald Fleischer, da Universidade de Giessen, Alemanha. Segundo o professor Makis Tsapogas, o barulho acompanhado de outras situações estressantes pode provocar depressão e doenças orgânicas.

A prolongada exposição ao barulho pode afetar a sua personalidade. Quando pesquisadores do governo britânico perguntaram a vítimas da poluição sonora o que achavam dos que a causavam, as respostas falavam em ódio, vingança e até em assassinato. Por outro lado, muitos causadores de barulho tornam-se agressivos quando são alvos de repetidas queixas. “O barulho diminui o altruísmo das pessoas e gera agressão e hostilidade”, afirma um militante contra o barulho.

A maioria das vítimas da poluição sonora percebe um enfraquecimento gradativo na sua resistência ao distúrbio. Elas ecoam o conceito de certa mulher cujos vizinhos sempre tocavam música alta: “Ser obrigado a ouvir o que não se quer ouvir nos debilita. . . . Mesmo quando o barulho terminava, sabíamos que logo recomeçaria.”

Não existe, então, maneira de lidar com a poluição sonora?

O que se pode fazer

Com tanto barulho por toda a parte, muitos simplesmente não sabem que estão perturbando os outros. Se soubessem, alguns, sem dúvida, deixariam de fazer barulho. É por isso que falar amigavelmente com um vizinho ruidoso pode dar certo. Certo homem ficou irritado quando seus vizinhos apresentaram queixa oficial de que ele era ruidoso. Disse ele: “Eu presumia que eles viessem falar comigo, frente a frente, caso o barulho os estivesse incomodando.” Certa mãe que organizou uma festinha para algumas crianças ficou pasma diante de um fiscal que veio conferir uma queixa contra barulho. “Eu preferiria que aqueles que fizeram a queixa tivessem batido na minha porta e apresentado a sua reclamação”, observou ela. Assim, não admira que certo agente de saúde ambiental britânico se surpreendesse ao descobrir que 80% dos que se queixaram de barulho doméstico nunca haviam pedido a seus vizinhos que diminuíssem o barulho.

A relutância das pessoas em falar com vizinhos ruidosos indica falta de respeito mútuo. ‘Se eu quero ouvir música, eu posso. É um direito meu!’, é a resposta que esperam ouvir, e freqüentemente é a que ouvem. Elas temem um atrito, caso um vizinho ruidoso interprete como impertinência uma sugestão gentil de diminuir o volume. Que mau reflexo isso é da sociedade moderna! Com que perfeição isso se ajusta à declaração bíblica de que nestes “tempos críticos, difíceis de manejar”, as pessoas em geral seriam ‘amantes de si mesmas, soberbas, ferozes e teimosas’! — 2 Timóteo 3:1-4.

Muito depende do comportamento da vítima. A revista Woman’s Weekly sugeriu como resolver uma situação tensa, em que uma queixa agressiva tenha provocado uma reação irritada: “Um caloroso e muito humano ‘olha, eu lamento; eu perdi a cabeça, mas fico muito cansado quando não consigo dormir’, provavelmente baste para conciliar [vizinhos que ficam na defensiva].” Talvez de bom grado afastem o aparelho de som da parede divisória e abaixem um pouco o volume.

Realmente, vale a pena preservar boas relações com os vizinhos. Certas autoridades oferecem um serviço de mediação para reconciliar vizinhos em conflito. Em vista da forte hostilidade que as queixas oficiais provocam, chamar um fiscal deve ser encarado como “absoluto último recurso”.

Se pretende mudar-se para outra casa, seria sábio verificar possíveis fontes de barulho antes de fechar um contrato. Corretores recomendam que se visite o prospectivo lar em diferentes horas do dia para verificar a questão do barulho. Poderia pedir a opinião de vizinhos. Se tiver problemas depois de mudar-se para a nova casa, tente resolvê-los amistosamente. O litígio em geral fomenta a animosidade.

Mas que dizer se você mora numa vizinhança barulhenta, sem condições de se mudar? Está condenado a sofrer eternamente? Não necessariamente.

Como se proteger do barulho

Verifique o que dá para fazer para isolar a sua casa do ruído externo. Veja se há frestas nas paredes ou nos pisos que possam ser vedadas. Verifique em especial as tomadas elétricas. Estão bem afixadas?

O barulho geralmente entra na casa pelas portas e janelas. Um vidro duplo nas janelas pode atenuar os ruídos. Até mesmo uma fina tira de espuma no batente da porta garantirá um encaixe perfeito. Construir uma entrada com uma segunda porta talvez proteja os demais espaços de sua casa dos perturbadores ruídos do trânsito.

Embora o ruído no trânsito cresça assustadoramente, os fabricantes de automóveis desenvolvem continuamente novos materiais e métodos para reduzir os ruídos dentro do veículo. Pneus mais silenciosos também ajudam. Em muitos países, experiências com diferentes pisos de rodovia têm produzido produtos como “whisper concrete”, em que parte do agregado fica exposta, havendo assim apenas contato casual com os pneus. O uso desse piso alegadamente reduz os níveis de ruído em dois decibéis, no caso de veículos leves, e um decibel, nos caminhões. Embora pareça pouco, reduzir três decibéis equivale, em média, a diminuir o ruído do tráfego pela metade!

Atualmente, alguns construtores projetam rodovias que ficam ocultas atrás de barreiras ou bancos de terra, reduzindo efetivamente o ruído. Mesmo onde não houver espaço para isso, cercas especiais, como uma na zona leste de Londres, feita de ramos de salgueiro entrelaçados e de plantas sempre-verdes, protegem os moradores perto da rodovia do barulho indesejado.

Mascarar ruídos perturbadores com o chamado ruído branco — como estática ou correntes de ar — pode ser útil em alguns ambientes, como escritórios.b No Japão, chegaram ao mercado pianos silenciosos. Em vez de atingir a corda, o martelo ativa um circuito eletrônico que produz a nota nos fones de ouvido do tocador.

Os cientistas já dedicaram longas horas à pesquisa de produção do que chamam de anti-ruídos. Basicamente, isso envolve o uso de outra fonte de som para produzir vibrações que anulem os efeitos do ruído. Naturalmente, envolve também equipamento e despesas extras, e realmente não remove a fonte do problema. “Até que as pessoas passem a encarar o ruído como sujeira sônica”, observa a revista U.S.News & World Report, “o anti-ruído talvez seja a única maneira de se conseguir alguns momentos de silêncio”. Pode ser, mas é o silêncio o antídoto contra a poluição sonora?

Existe realmente uma perspectiva de paz e tranqüilidade para seu lar e sua vizinhança? O próximo artigo apresenta uma esperança real.

[Nota(s) de rodapé]

a Os níveis sonoros em geral são determinados pelo uso de um medidor de som em decibéis. Visto que o ouvido ouve algumas freqüências mais agudamente do que outras, o medidor é projetado para acusar resultados de maneira similar.

b Assim como a luz branca é uma mistura de todas as freqüências no espectro da luz, o ruído branco é som que contém todas as freqüências audíveis, a níveis aproximadamente iguais de volume.

[Quadro na página 6]

Como evitar ser um vizinho barulhento

● Leve em conta seus vizinhos quando fizer algo barulhento, e avise-os com antecedência.

● Coopere caso um vizinho lhe peça para reduzir o barulho.

● Entenda que seu prazer não deve levar à aflição de seu vizinho.

● Lembre-se de que o barulho e as vibrações passam facilmente por corredores e pisos.

● Use abafadores nos aparelhos domésticos barulhentos.

● Tenha alguém que possa chamar em casos de alarmes falsos da casa ou do carro.

● Não execute trabalhos barulhentos nem use aparelhos domésticos barulhentos tarde da noite.

● Não toque música tão alta que incomode os vizinhos.

● Não deixe cães sozinhos por longos períodos.

● Não permita que crianças pulem no chão, perturbando os vizinhos de baixo.

● Não buzine, não bata portas nem acelere motores à noite.

[Quadro/Foto na página 7]

O barulho e você

“O barulho é o perigo industrial mais comum na Grã-Bretanha hoje”, diz The Times, “e a surdez é a sua conseqüência costumeira”. Alguns estudos sobre saúde no trabalho indicam que o barulho acima de 85 decibéis pode prejudicar o feto. Danifica a audição do bebê, e a criança pode vir a ter distúrbios hormonais e defeitos congênitos.

A exposição a ruídos altos constringe os vasos sanguíneos e diminui o fluxo de sangue para os órgãos. O corpo reage produzindo hormônios que aumentam a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, resultando às vezes em palpitações ou até mesmo angina.

Quando o barulho interrompe a sua rotina, podem ocorrer outros problemas. Uma noite maldormida pode afetar as suas reações durante o dia. O barulho pode não alterar o seu ritmo geral de trabalho, mas pode influir no número de erros que comete.

[Quadro/Foto na página 9]

Proteção no trabalho

Se o barulho for um problema no seu trabalho, experimente usar algum tipo de protetor auricular.* Abafadores de ruído ajustam-se à cabeça como fones de ouvido e, em geral, são eficazes em locais de muito barulho. Eles têm a vantagem de que você ainda pode ouvir mensagens verbais e alarmes de máquinas, embora talvez lhe dificultem determinar com precisão a origem do som. Plugues de ouvido precisam ser do tamanho certo para a pessoa e são inadequados em caso de doenças no ouvido ou de irritação no canal auditivo.

Boa manutenção das máquinas pode reduzir as vibrações. Colocar o equipamento sobre plataformas de borracha, ou isolar uma máquina barulhenta, reduzirão a poluição sonora.

*A lei em muitos países exige que os empregadores se certifiquem de que seus trabalhadores usem uma adequada proteção auditiva.

[Foto na página 8]

Como se proteger do barulho produzido por uma sociedade motorizada?

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