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  • Dengue: febre numa picada
  • Despertai! — 1998
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g98 22/7 pp. 21-24

Dengue: febre numa picada

Do correspondente de Despertai! nas Filipinas

SEM ser notado, o mosquito pousa no braço da menininha. Mais que depressa, o inseto pica sua pele e começa a sugar o sangue. Instantes depois, a mãe olha para a filha e percebe o mosquito. Um tapa rápido e pronto, acabou! Fim da história? Talvez não. O mosquito morreu, mas sua breve incursão na corrente sanguínea da criança deixou organismos indesejáveis que podem causar doenças.

No espaço de duas semanas, a criança sente calafrios, tem dores de cabeça e atrás dos olhos, muita dor nas articulações e febre alta. Com a evolução da doença, aparecem erupções vermelhas na pele e a criança se sente esgotada. Ela contraiu dengue, uma febre transmitida pela picada do mosquito.

Especialmente se já teve dengue, a criança pode desenvolver uma forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica (DH). Nela, ocorre vazamento dos capilares, resultando em hemorragias na pele e, às vezes, internas. Sem o devido tratamento, o paciente pode ter um choque profundo e insuficiência circulatória, que leva à morte rápida.

O que exatamente é a dengue? Você pode contraí-la? Como você e sua família podem se proteger? Vamos saber mais detalhes.

O que é a dengue?

A dengue, também chamada febre quebra-ossos, é só uma dentre várias doenças transmitidas por meio de picada de mosquito. A verdadeira causa da doença é um vírus. Um mosquito infectado (isto é, um mosquito que já havia picado um humano infectado) transporta o vírus nas suas glândulas salivares. Ao picar alguém para sugar o sangue, ele transfere o vírus para o ser humano.

Há quatro tipos de vírus da dengue. Quem é infectado por um tipo não adquire imunidade aos outros três. Após uma infecção, se a vítima for picada por um mosquito que hospeda outro tipo, o resultado pode ser a DH.

“Dois quintos da população mundial” correm risco

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue ameaça 2,5 bilhões de pessoas, “dois quintos da população mundial”. A revista Asiaweek informou: “Mais de 100 países tropicais e subtropicais comunicaram surtos de dengue, e dezenas de milhões de casos são notificados todos os anos, 95% dos quais de crianças.”

Não se sabe com certeza quando a dengue estreou no cenário. Uma matéria sobre uma certa “febre do joelho”, no Cairo, em 1779, pode ser uma referência à dengue. Desde então, casos de dengue já foram notificados em todas as partes do mundo. Especialmente desde a Segunda Guerra Mundial, ela tem causado um impacto significativo na saúde humana, começando pelo sudeste da Ásia. Vários tipos do vírus começaram a circular, levando à variedade hemorrágica, mais perigosa. Uma publicação da OMS diz: “O primeiro surto real de febre hemorrágica na Ásia foi reconhecido em Manila, em 1954.” Logo surgiu em outros países, com destaque para a Tailândia, o Vietnã, a Malásia e regiões vizinhas. Esses primeiros surtos no sudeste da Ásia tiveram taxas de mortalidade entre 10% a 50%, mas com o aumento do conhecimento sobre a doença, essas taxas caíram.

A partir dos anos 60, o relaxamento nos programas de controle do mosquito que hospeda o vírus contribuiu para um aumento explosivo da dengue. Com a sua propagação, aumentaram também os casos de DH. Antes de 1970 a epidemia estava circunscrita a 9 países, mas em 1995 esse número já subira para 41. A OMS calcula que, anualmente, 500.000 casos de DH requeiram hospitalização.

Embora a doença seja menos conhecida fora das regiões tropicais, houve casos de pessoas que viajaram para regiões de risco, foram infectadas, e levaram a doença para casa. Por exemplo, em fins de 1996, The New York Times informou casos de dengue nos Estados Unidos — nos estados de Massachusetts, Nova York, Oregon e Texas.

Perigos exclusivos da DH

Conforme mencionado, a DH é uma forma de dengue que ameaça a vida do doente. Um dos perigos da DH é que as pessoas tendem a se enganar, achando que não é nada sério. Muitos confundem os sintomas com gripe. Essa demora em agir permite que a doença evolua para um estágio mais grave, no qual a contagem de plaquetas cai drasticamente, ocorrem hemorragias (internas ou pelas gengivas, narinas ou pele), e a pressão sanguínea cai. O paciente pode sofrer um colapso. Quando a família percebe a seriedade da situação, ele já está entrando em choque. A família o leva às pressas ao hospital. Os médicos constatam que o paciente já apresenta sinais de insuficiência circulatória. Por causa da situação crítica, inicia-se a reposição de fluído via intravenosa.

Como proteger sua família

O que se pode fazer para minimizar os efeitos da doença? Se a família vive numa região em que a dengue é comum, e um de seus membros apresentar febre alta por mais de um dia, é necessário consultar um médico, especialmente se o doente apresenta outros sintomas da dengue, tais como erupção na pele ou dores nos músculos, nas articulações, ou atrás dos olhos.

O médico talvez peça um exame de sangue. O tratamento da dengue não-hemorrágica normalmente é simples. Mas se o resultado do exame for DH, o médico provavelmente recomendará um cuidadoso tratamento com fluidos. Este pode incluir soluções de reidratação oral, como as usadas na diarréia, ou, em casos críticos, reposição intravenosa de fluidos, usando-se a solução de Ringer, soluções salinas ou outras. Em casos de choque, o médico talvez receite certos medicamentos para ajudar a pressão do sangue a subir e restaurar os níveis de plaquetas.

Se o sangramento for significativo, os médicos talvez recomendem uma transfusão de sangue, sem considerar alternativas. Contudo, além de ser contra a lei de Deus, em geral a transfusão é desnecessária. (Atos 15:29) A experiência tem mostrado que o controle cuidadoso dos fluidos circulatórios desde o início da doença é o fator mais importante do tratamento. A cooperação entre médico e paciente pode evitar confrontos na questão da transfusão de sangue. Isso frisa a importância de ação imediata em caso de suspeita de DH. — Veja o quadro “Quais são os sintomas?”.

Medidas preventivas

Um dos principais portadores do vírus da dengue é o mosquito Aedes aegypti. Essa espécie é comum nas regiões tropicais e subtropicais do globo. (Veja o mapa.) O Aedes aegypti prolifera-se em áreas densamente povoadas. O controle do mosquito é uma das chaves para se controlar a doença.

Controlar o mosquito em escala mundial não é fácil. Mas há coisas que você pode fazer para reduzir o risco perto de sua casa. A fêmea do mosquito põe os ovos na água. As larvas podem desenvolver-se em qualquer recipiente que contenha água por cerca de uma semana, como pneus velhos abandonados, latas, garrafas ou cascas de coco abertas que foram jogadas fora. Eliminar esses recipientes acaba com os locais em que o mosquito se reproduz. É recomendável também virar baldes e barcos para baixo e retirar a água parada de valas. É interessante que no início do ano letivo de 1997/98, a secretaria de saúde das Filipinas desincentivou o uso de vasos de flores nas salas de aula por essa razão.

Se alguém em sua casa contrair dengue, tome medidas para que ele não seja picado por outros mosquitos, que poderiam transmitir a infecção a terceiros. Telas nas janelas e nas portas e ar-condicionado podem ser de proteção.

Ainda não se encontrou uma vacina eficiente contra a dengue. Há pesquisas nessa direção, mas o problema é que a proteção total requer a imunização contra os quatro tipos de dengue. Uma vacina contra um só tipo apenas aumentaria o risco de DH. Pesquisadores esperam desenvolver uma vacina eficaz em cinco a dez anos.

Alguns pesquisadores tentam outra estratégia. Usando a engenharia genética, esperam poder impedir que o vírus da dengue se reproduza na saliva do mosquito. Se isso funcionar, esses mosquitos geneticamente alterados passariam à sua prole a resistência à dengue. Embora já se tenha feito algum progresso, resta ver quanto êxito isso terá.

Atualmente não parece possível erradicar a dengue. Mas algumas medidas práticas podem ajudar você e sua família a evitar as perigosas complicações da dengue, a febre numa picada.

[Quadro na página 22]

Quais são os sintomas?

Sintomas comuns à dengue e à dengue hemorrágica (DH)

• Febre alta repentina

• Dor de cabeça fortea

• Dor atrás dos olhos

• Dores nas articulações e nos músculos

• Nódulos linfáticos inchados

• Erupções na pele

• Prostração

Sintomas mais específicos da DH

• Colapso repentino

• Hemorragia na pele

• Sangramento generalizado

• Pele fria, sudorese

• Agitação

• Choque com pulso fraco (síndrome do choque da dengue)

Não demore em procurar um médico se observar esses sintomas. Especialmente as crianças correm risco

[Nota(s) de rodapé]

a As autoridades médicas recomendam evitar aspirinas, que podem agravar a hemorragia.

[Quadro na página 23]

Dicas para quem vai viajar

Quem viaja para zonas tropicais às vezes é infectado com dengue, mas casos de dengue hemorrágica são bem mais raros, porque normalmente esse tipo mais grave é contraído numa segunda infecção da dengue. Algumas sugestões para os viajantes:

• Use camisa de mangas compridas e calça comprida

• Use repelente de mosquito

• Mantenha-se longe de áreas densamente povoadas

• Hospede-se num local em que se possa fechar as janelas e manter os mosquitos fora

• Se tiver febre depois de voltar para casa, informe ao médico o lugar para onde viajou

[Mapa/Foto na página 23]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Áreas em que vive o “Aedes aegypti”, o mosquito transmissor da dengue

Áreas com recentes casos de dengue

Áreas de risco de epidemia de dengue

[Créditos]

Fonte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 1997

© Dr. Leonard E. Munstermann/Fran Heyl Associates, NYC

[Fotos na página 24]

Possíveis focos de procriação são (1) pneus velhos abandonados, (2) calhas de telhado, (3) vasos de plantas, (4) baldes ou outros recipientes, (5) latas velhas, (6) tonéis

[Crédito da foto na página 21]

© Dr. Leonard E. Munstermann/Fran Heyl Associates, NYC

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