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BAAL

[mestre, dono].

Nas Escrituras, a palavra hebraica bá‘al é empregada com referência (1) a um marido, como dono de sua esposa (Gên. 20:3), (2) aos proprietários (ou donos) de terra (Jos. 24:11), (3) aos “donos das nações” (Isa. 16:8), (4) aos confederados (literalmente, “donos de um pacto”) (Gên. 14:13), (5) aos donos ou possuidores de bens corpóreos (Êxo. 21:28, 34; 22:8; 2 Reis 1:8), (6) às pessoas ou às coisas que possuem algo característico de sua natureza, maneira, ocupação ou coisa, semelhante; por exemplo, um arqueiro (literalmente “dono de flechas”) (Gên. 49:23), o “credor de [uma] dívida” (literalmente, “dono de [uma] dívida”) (Deut. 15:2), “dado à ira” (literalmente, “dono da ira”) (Pro. 22:24), “meu adversário em juízo” (literalmente, “dono de meu julgamento”) (Isa. 50:8), “[que tinha] dois chifres” (literalmente, “dono dos dois chifres”) (Dan. 8:6), (7) a Jeová (Osé. 2:16), (8) aos deuses falsos. — Juí. 2:11, 13.

Sempre que o termo bá‘al se aplica ao falso deus Baal, ele se distingue do substantivo comum pelo artigo definido. Nas Escrituras, a expressão hab-Be‘alím (“os Baals” ou “Baalins”) parece referir-se às deidades locais que se pensava serem donas ou possuírem determinado lugar, e terem influência sobre ele, ao passo que hab-Bá‘al (“o Baal”) é a designação aplicada a um específico deus cananeu. Originalmente, a designação “Baal” pode ter sido um título que, com o tempo, veio a ser usado quase que exclusivamente em lugar do nome do deus.

Às vezes, na história de Israel, Jeová foi mencionado como “Baal”, no sentido de ser o Senhor ou Marido daquela nação. (Isa. 54:5) Também, os israelitas talvez tivessem ligado incorretamente Jeová a Baal, em sua apostasia. Isto parece ser comprovado pela profecia de Oséias, de que viria o tempo em que Israel, depois de ir para o cativeiro e ser dele restaurado, penitentemente chamaria Jeová de “Meu marido”, e não mais de “Meu dono” (“Meu Baal”, CBC). O contexto sugere que a designação “Baal” e suas ligações com o deus falso jamais passariam de novo pelos lábios dos israelitas. — Osé. 2:9-17.

BAAL SEGUNDO FONTES BÍBLICAS E EXTRABÍBLICAS

Pouco se sabia sobre a adoração de Baal, à parte das muitas referências bíblicas a ele, até que as escavações em Ugarite (a moderna Ras Xamra, na costa síria, do lado oposto à ponta NE da ilha de Chipre) trouxeram à luz muitos artefatos religiosos e centenas de tabuinhas de argila. Imagina-se que muitos destes documentos antigos, agora conhecidos como os textos de Ras Xamra, sejam liturgias dos que participavam nos rituais das festas religiosas, ou eram palavras proferidas por eles.

Nos textos de Ras Xamra, Baal (também chamado Aliyan [aquele que prevalece] Baal) é mencionado como “Zabul [Príncipe], Senhor da Terra”, e “o Cavaleiro das Nuvens”. Isto se harmoniza com uma representação de Baal, mostrando-o a segurar na mão direita uma clava ou maça, e, na esquerda, uma faísca estilizada de relâmpago, com uma ponta de lança. Também é representado usando um capacete com chifres, sugerindo íntima ligação com o touro, símbolo da fertilidade.

Normalmente, de fins de abril até setembro dificilmente chove na Palestina. Em outubro, começam as chuvas, e elas continuam durante todo o inverno e vão até abril, resultando em abundante vegetação. Pensava-se que as mudanças das estações e os efeitos resultantes delas vinham em ciclos, por causa dos conflitos infindáveis entre os deuses. A cessação das chuvas e a morte da vegetação eram atribuídas ao triunfo do deus Mot (morte e aridez) sobre Baal (chuva e fertilidade), compelindo Baal a retirar-se para as profundezas da terra. Cria-se que o início da estação chuvosa indicava que Baal tinha despertado para a vida. Isto, imaginava-se, tornara-se possível pelo triunfo de Anate, irmã de Baal, sobre Mot, permitindo que o irmão dela, Baal, retornasse ao seu trono. A conjunção carnal de Baal com sua esposa, presumivelmente Astorete, segundo se cria, assegurava a fertilidade no ano seguinte.

Os cananeus, lavradores e criadores de gado, provavelmente imaginavam que empenharem-se num ritual prescrito, uma espécie de mágica congenial, ajudava a estimular seus deuses à ação, segundo o padrão representado em suas festas religiosas, e era necessário para garantir safras produtivas e rebanhos férteis no ano vindouro, e evitar secas, pragas de gafanhotos, etc. Por isso, a vinda de Baal de novo à vida, para ser entronizado e unido à sua consorte, pelo que parece, era celebrada com licenciosos ritos de fertilidade, assinalados por orgias sexuais de irrestrita devassidão.

Sem dúvida, cada cidade cananéia construía seu santuário de Baal, em honra ao seu Baal padroeiro local. Designavam-se sacerdotes para realizar a adoração nestes santuários e nos muitos relicários nos topos das colinas vizinhas, conhecidos como “altos”. (Compare com 2 Reis 17:32.) Os relicários podiam conter imagens ou representações de Baal, ao passo que fora deles, próximo dos altares, podiam ser encontrados colunas de pedra (provavelmente símbolos fálicos de Baal), postes sagrados da deusa Axerá, e pedestais-incensários. (Compare com 2 Crônicas 34:4-7.) Varões e mulheres prostitutos serviam nos altos e, além da prostituição cerimonial, praticava-se até mesmo o sacrifício de crianças. (Compare com 1 Reis 14:23, 24; Oséias 4:13, 14; Isaías 57:5; Jeremias 7:31; 19:5.) A adoração de Baal também era realizada nos terraços das casas das pessoas, de onde se via freqüentemente subindo a fumaça sacrificial para seu deus. — Jer. 32:29; veja POSTE SAGRADO.

Há indícios de que Baal e outros deuses e deusas do panteão cananeu estavam relacionados, na mente de seus adoradores, com certos corpos celestes. Por exemplo, um dos textos de Ras Xamra menciona uma oferta feita à “Rainha Sapas (o Sol) e às estrelas”, e outro alude “ao exército do sol e à hoste do dia”. Baal, também, tem sido visto como deus-sol, conforme indicado por The International Standard Bible Encyclopcedia (Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional), Volume 1, página 345: “O Bel-Merodaque bab[ilônico] era um deus-Sol, assim como também o era o Baal can[aneu], cujo título pleno era Baal-Samaim, ‘senhor do céu’.”

Por conseguinte, é digno de nota que a Bíblia tece várias referências aos corpos celestes, em conexão com a adoração de Baal. Descrevendo o proceder obstinado do reino de Israel, declara o registro bíblico: “Continuaram a abandonar todos os mandamentos de Jeová . . ., e começaram a curvar-se diante de todo o exército dos céus e a servir a Baal.” (2 Reis 17:16) A respeito do reino de Judá, é digno de nota que, bem no templo de Jeová, vieram a existir “utensílios feitos para Baal, e para o poste sagrado, e para todo o exército dos céus”. Também, o povo em todo Judá fazia “fumaça sacrificial a Baal, ao sol e à lua, e às constelações do zodíaco, e a todo o exército dos céus”. — 2 Reis 23:4, 5; 2 Crô. 33:3; veja também Sofonias 1:4, 5.

Cada localidade possuía seu próprio Baal ou “senhor” divino, e o Baal local amiúde recebia um nome que indicava que estava sendo ligado a uma localidade específica. Por exemplo, o Baal de Peor (Baal-Peor), adorado pelos moabitas e midianitas, obteve seu nome do monte Peor. (Núm. 25:1-3, 6) Os nomes destes Baals locais vieram mais tarde a ser transferidos, por uma figura de retórica (metonímia) para as próprias localidades, como, por exemplo, Baal-Hermom, Baal-Hazor, Baal-Zefom, Bamote-Baal. Embora houvesse oficialmente muitos Baals locais entre os cananeus, entendia-se que na realidade só havia um deus Baal.

[Foto na página 182]

Estela de Baal, deus cananeu, encontrada em Ras Xamra, em 1932.

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