ALFARROBA
[Gr., kerátion]. Na ilustração do filho pródigo, Jesus descreve o jovem faminto como desejoso de comer as alfarrobas que eram dadas aos porcos. (Luc. 15:16) Tais alfarrobas crescem na alfarrobeira, atraente sempre-verde que brota por toda a Palestina, bem como no resto da área do Mediterrâneo. A árvore atinge uma altura de até 9 m, com pequenas folhas reluzentes, semelhantes às do freixo. Os frutos ou vagens possuem brilhante casca coriácea de cor purpurino-castanha e, em harmonia com seu nome em grego (kerátion, que significa “pequeno chifre”), têm uma forma curva de chifre. Medem de 15 a 25 cm de comprimento, e cerca de 2,5 cm de largura. Dentro deles há várias sementes parecidas à ervilha, separadas uma da outra por uma polpa doce e pegajosa.
São amplamente usadas até o dia de hoje como alimento para cavalos, vacas e porcos. Somente a ilha de Chipre produzia uma safra anual de cerca de trinta a quarenta mil toneladas (27.216.000 a 36.288.000 quilos) de alfarrobas. (1969) Utiliza-se o enxerto das árvores para a produção de frutos de melhor qualidade, iguais ao trigo em qualidades nutritivas. Há pessoas que também as comem, e as vagens ressecadas são moídas e usadas na fabricação de confeitos. As alfarrobeiras não-enxertadas, contudo, produzem frutos pobres em açúcar, finos e secos. Talvez acontecesse que as alfarrobas que Jesus tinha presente em sua ilustração fossem desta espécie. A alfarrobeira também é conhecida como a “árvore-gafanhoto” e as vagens são freqüentemente chamadas de pão-de-são-joão, devido à idéia errônea de que era este fruto que João Batista comia, ao invés de gafanhotos, insetos mesmo.