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  • Sujeição as autoridades superiores

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  • Sujeição as autoridades superiores
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
w51 1/8 pp. 124-128

Sujeição as autoridades superiores

1. De que maneira o clero se constitui parte deste mundo, e como se justificam a fazer isso?

OS CLÉRIGOS da cristandade se fizeram parte deste mundo. Metem-se livremente na política deste mundo e introduzem a política nos seus templos religiosos. Em 1929, mediante uma concordata com o finado ditador fascista Mussolini, o religioso principal se restabeleceu por governador político sobre um estado político e atualmente recebe na sua corte os embaixadores, ministros plenipotenciários e interinos políticos das várias nações. Não só oram os clérigos pelas figuras políticas do estado e sua política, mas também em tempos de combate mortal entre nações eles deixam que se divida sua unidade religiosa e oram pelos partidos em disputa, cada partido orando ao mesmo Deus em nome do mesmo Cristo rogando que abençoe seu lado contra o outro, ao passo que metodista se empenha em destruir metodista, batista a batista, católico a católico, presbiteriano a presbiteriano, etc. O clero e seus rebanhos religiosos se justificam em tais atos afirmando que eles precisam dar a César o que pertence a César.

2. Como explicam Romanos 13:1? Com que efeito ao cristãos?

2 Os clérigos também citam o que o apóstolo escreveu em Romanos 13:1 (Al): “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.” Este texto, eles explicam, declara que César e semelhantes autoridades políticas são as “potestades superiores” ordenadas por Deus, e as almas cristãs devem estar sujeitas a elas, prestando-lhes plena obediência. Sob tal interpretação eclesiástica do texto foi fácil que supostos cristãos fossem atraídos aos movimentos políticos e se inclinassem aos ditadores nazistas, fascistas, comunistas e outros, que instituem um estado totalitário, perseguem brutalmente os verdadeiros adoradores de Jeová e os fiéis imitadores de seu Cristo e se iniciam numa carreira de agressão militar pela dominação do mundo e a sujeição de todos os povos a suas ideologias políticas e sociais.

3, 4. O que mostram duas reportagens jornalísticas como resultado de tal construção clerical das Escrituras?

3 Que fim levou tal construção clerical das Escrituras pode-se concluir de alguns relatos noticiários. Um despacho especial ao Times de Nova York datado “Moscou, 24 de abril” declarou: “A celebração elaborada da Páscoa ortodoxa russa iniciou-se ontem de noite com os serviços tradicionais à meia noite dirigidos pelo Patriarca Alexei na catedral Yelokhovsky de Moscou. A catedral estava repleta. Logo antes da meia noite, Alexei proferiu orações pelo povo soviético e pela preservação da paz e por uma BENÇÃO PARA O CHEFE DO ESTADO SOVIÉTICO, JOSÉ STALIN.” —Times de Nova York, 25 de Abril de 1949.

4 O outro despacho foi publicado pela Gazeta da Alemanha do Sul (Sueddeutsche Zeitung) em 7 de dezembro de 1945, e relata a confissão do bem conhecido pastor Niemoeller logo após a terminação da Segunda Guerra Mundial. Datado “Francfort-Sobre-o-Meno, 6 de dezembro (DANA)”, este artigo intitulado “Critica da Igreja Evangélica” disse: “O pastor Niemoeller pregou aqui no primeiro domingo do Advento à assistência de mil homens e mulheres de todas as profissões e de todas as idades. Expressou o desejo de paz e advertiu os que dizem que não é possível conseguir a paz. Com palavras fortes o pastor Niemoeller severamente criticou a Igreja Evangélica, que nos anos anteriores e por centenas de anos muitas vezes SANCIONAVA GUERRAS E BENZIA ARMAS. Apresentou em contraste com esses os combatentes corajosos que sem vacilar defenderam suas ideias, mencionando em especial os Bibelforscher [Estudantes da Bíblia, ou testemunhas de Jeová] que aos milhares sofreram a morte nos campos de concentração por amor da sua fé. A paz a que aspiramos, disse Niemoeller, e a obra que nos espera, não se tornarão possível por uma igreja influente, mas apenas por voltarmos de novo à modéstia e ao amor do próximo, o fundamento do cristianismo”.

A NECESSIDADE DE REEXAMINAR AS ESCRITURAS

5. Como foram afetadas muitas pessoas sinceras por tais coisas?

5 Não só na Alemanha senão em todos os países beligerantes o clero de todas as denominações pediu as bênçãos divinas sobre as armas carnais dos destruidores de vidas humanas e propriedades valiosas. Seus rebanhos religiosos aprovaram, aplaudiram e ampararam os avanços contra o adversário. Muitas pessoas sinceras, porém, viram os excessos aos quais a interpretação clerical das escrituras vitais conduzia os pretensos seguidores de Cristo Jesus, fazendo-os parvos dos ditadores totalitários que exigiam para “César” a abjeta sujeição do povo ao estado político. De modo que estavam cheias de dúvidas. Elas começaram a ver que havia necessidade de reexaminar as Escrituras Sagradas, pois de certo, não se devia interpretar a sagrada Palavra de Deus de tal maneira que conduzia a tais atos não cristãos. Em prova de semelhantes dúvidas nos corações honestos acha-se a notícia recebida ao mesmo tempo que o despacho acima da zona americana da então ocupada Alemanha

6. Em prova disto qual foi a notícia de Francfort-sobre-o-Meno?

6 Esta notícia foi no seguinte teor: Que “Em Francfort está em andamento um forte movimento dentro da Igreja Evangélica, o qual visa uma reforma da igreja também em sentido teológico. Nada nos últimos 12 anos foi de tão grande detrimento à Igreja Evangélica como os princípios teológicos expressos nas palavras: ‘Estejais sujeitos às potestades superiores, que têm autoridade sobre vós! — portanto também à ditadura hitlerista — e ‘Dai a César as coisas que são de César’ — e segundo isto, também ‘Ao Fuehrer as coisas que são do Fuehrer’. Esses ensinamentos facilitaram demais a transferência ao campo do socialismo nacional e abriram caminho para o passo adicional de benzer canhões para a guerra. Já se sobreviveu a ensinamentos desta espécie que foram bem compreensíveis do ponto de vista de Lutero. Nisto é necessário fazer uma reforma”.

7. Quando reexaminamos Romanos 13:1-7 e publicamos as conclusões? Que resultou de defender essas conclusões?

7 Não estamos preparados para dizer aqui até que ponto chegou a Igreja Evangélica da Alemanha em alterar o seu entendimento dos textos bíblicos acima mencionados. Mas na confissão do pastor Niemoeller acima citada ele mencionou os Bibelforscher ou testemunhas de Jeová na Alemanha e o procedimento cristão que seguiram mesmo debaixo da pressão da ditadura e da Segunda Guerra Mundial. Até 1928 elas, também, mantiveram a interpretação eclesiástica de Romanos 13:1-7 relativa às “autoridades superiores”. Mas naquele ano se reexaminou essa escritura, sobretudo em vista de que tinham terminado em 1914 E. C. os “tempos dos gentios” e daí tinha sido estabelecido nos céus o reino de Deus mediante Cristo para introduzir um novo mundo com bênçãos eternas para os homens obedientes de boa vontade. As conclusões às quais se chegou foram publicadas nos números de 1 e 15 de junho de 1929 de The Watchtower no artigo, em duas partes, titulado “As Autoridades Superiores”. A aderência a estas conclusões desde então custou a muitas das testemunhas sua liberdade pessoal e até sua vida. Contudo perseguições, prisões, exílio, e morte violenta foram também o preço que os fiéis apóstolos de Jesus pagaram por dar a Deus as coisas de Deus e a César apenas as coisas de César e por prestar a devida sujeição às genuínas “autoridades superiores.” Tais sofrimentos, porém, não se podem comparar com a remuneração eterna que receberam. De modo que, por causa da pertinência da matéria, já que se estão espalhando as ideias e práticas totalitárias e a idolatria ao estado político e seus emblemas, discutimos aqui o texto cruciante, Romanos 13:1-7.

8, 9. Como aplicaram os clérigos Romanos 13:1 o como se indica isso da dedicação da Versão Rei Jaime da Bíblia?

8 A Versão Rei Jaime ou Autorizada da Bíblia em inglês reza, em Romanos 13:1: “Toda alma esteja sujeita às potestades superiores. Porque não há potestade que não venha de Deus: as potestades que há foram ordenadas por Deus.” O apóstolo Paulo escreveu essas palavras à congregação cristã em Roma quando os césares dominavam no Império Romano. Os clérigos da cristandade têm interpretado o significado das “potestades superiores” aqui mencionadas por Paulo como sendo as autoridades políticas deste mundo. De forma que usaram estas palavras dele por instruções inspiradas sobre dar a César as coisas que pertencem a César. Entendendo que as autoridades políticas existentes fossem ordenadas por Deus, os tradutores da Versão Autorizada inglesa foram induzidos a dizer o seguinte na sua dedicação encontrada no frontispício de toda cópia desta versão:

9 “Ao Príncipe Altíssimo e Poderoso, Jaime, pela Graça de Deus, Rei da Grã-Bretanha, França, e Irlanda, Defensor da Fé, etc. Os Tradutores da Bíblia rogam Graça, Misericórdia e Paz por JESUS CRISTO nosso Senhor. Grandes e numerosas foram as bênçãos, ó augustíssimo Soberano, que o Deus Tudo-poderoso, o Pai de todas as misericórdias, cedeu a nós, o povo da Inglaterra, quando ele primeiro enviou a Pessoa Real de Sua Majestade para reger e reinar sobre nós. . . . O Senhor do céu e da terra abençoe Sua Majestade com muitos e felizes dias, para que, assim como sua mão celestial tem enriquecido Sua Alteza com muitas graças singelas e extraordinárias, assim também Vós sejais a maravilha do mundo nesta última época para alegria e verdadeira felicidade, em honra ao grande DEUS, e para o bem de sua Igreja, por intermédio de Jesus Cristo nosso Senhor e único Salvador.”

10. Romanos 13:1-7 são instruções para fazer pagamentos a quem? Por quê?

10 Mas antes de ser instruções pelo apóstolo de dar a César o que pertence a César, Romanos 13:1-7 desde 1929 foi entendido pelas testemunhas de Jeová como sendo instruções sobre dar a Deus o que pertence a Deus. Por quê? Porque a expressão “autoridades superiores” agora se entende que significa em primeiro lugar o Deus Altíssimo e seu reinante Filho Jesus Cristo. Certamente não há autoridades ou potestades mais altas do que estas. Conforme vertido pela Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs recém-publicada, Romanos 13:1 reza: “Toda alma esteja em sujeição às autoridades superiores, porque não há autoridade, exceto por Deus; as autoridades existentes permanecem designadas às suas relativas posições por Deus.” Jeová Deus é a Suprema e Original Autoridade. Sendo ele o Criador de todas as coisas, segue que ele é a fonte de toda a autoridade para fazer o que é justo. Porque ele é supremo e toda a criação depende dele, ninguém tem o direito de duvidar de como o Deus Altíssimo usa sua autoridade, ainda que por certo tempo não o entendamos. Ele faz o que lhe apraz, mas o que ele faz é sempre para o bem, desde que não pode haver nele nem injustiça nem inveridicidade. “O Todo-poderoso está além do nosso entendimento. Supremo em poder e rico em justiça, ele não viola nenhum direito.” “Uma coisa falou Deus; sim, duas vezes o tenho ouvido dizer: que o poder pertence a Deus” (Jó 37:23 e Sal. 62:11, Mo) O fato permanece incontestável que Jeová Deus é a Principal das Autoridades Superiores. Toda alma deve estar sujeita a ele.

11. Por que também nesse texto se quer dizer autoridade de Jesus?

11 Ao dizer “não há autoridade exceto por Deus”, o apóstolo Paulo também queria dizer a autoridade possuída pelo unigênito Filho de Deus Jesus Cristo. Jesus admitiu que sua autoridade vinha de Jeová Deus quando disse: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu filho, para que o filho te glorifique, assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que, quanto ao número inteiro que lhe confiaste, ele lhes dê a vida eterna.” “Pois assim como o Pai tem em si mesmo o dom da vida, assim também concedeu ao Filho ter o dom da vida em si mesmo. E deu-lhe autoridade para julgar, porque Filho do homem é. Eu não posso fazer coisa alguma da minha iniciativa, como ouço, assim julgo, e o juízo que pronuncio é justo, porque não procuro fazer a minha vontade mas a vontade daquele que me enviou.” (João 17:1, 2 e João 5:26, 27, 30, NM) Após Jesus ter provado sua completa sujeição a seu Pai celestial como sendo a Autoridade Suprema do universo, mesmo até morrendo no madeiro de tortura, Deus levantou-o dos mortos à vida imortal nos céus. Daí o ressuscitado Jesus disse aos discípulos: “É-me dada toda a autoridade no céu e na terra.” (Mat 28:18, NM) Essa plena autoridade foi o dom de Deus a ele pela sua perfeita fidelidade.

12. De que governo emanam os governos humanos até o presente? Como se mostra se isto sucedeu com autoridade divina?

12 Na interpretação clerical de Romanos 13:1 se baseia a doutrina católica do “direito divino dos reis.” Os governos humanos desde o dilúvio do dia de Noé brotam do governo de Ninrode em Babel ou Babilônia. “Cus [neto de Noé] foi pai de Ninrode, que foi a primeira pessoa na terra a ser déspota. . . . O núcleo do seu reino era Babilônia.” (Gên. 10:8-10 UTA; Mo) Recentemente se fez uma acusação pública em Quebec contra as testemunhas de Jeová nas seguintes palavras: “Afinal, as testemunhas são anarquistas, pois consideram que todos os governos do mundo, desde Ninrode até os nossos dias, têm estado sujeitos à inspiração de Satanás.”a Mas pode alguém dizer que Ninrode tinha o “direito divino dos reis” e que seu reino despótico em Babilônia foi estabelecido sob a inspiração de Jeová Deus e pela sua autoridade? A Sua própria Palavra, em Gênesis 10:8-10, descreve Ninrode como se elevando em oposição a Jeová, como sendo mais poderoso que Jeová. Nenhum dos governos políticos feitos pelo homem desde o dia de Ninrode pode provar da Palavra de Deus que recebem autoridade de Deus pela sua existência.

13, 14. Como revela Apocalipse 13:1-12 a fonte da sua autoridade?

13 A Bíblia descreve os governos políticos sob a forma de feras. (Dan. 7:1-24) O Apocalipse simboliza o sistema político mundial que dominou a terra desde os dias de Ninrode até o século vinte como sendo uma besta que subiu do mar. Simboliza o império que dominou a terra desde o século dezessete como sendo uma besta que saiu da terra. Simboliza Satanás o Diabo como sendo o dragão. Mostrando de forma simbólica a fonte da autoridade política mundana, diz:

14 “E o dragão [não Deus] deu à besta o seu poder e o seu trono e grande autoridade. E adoraram o dragão porque deu à fera a autoridade, e adoraram a fera . . . E vi subir da terra outra fera, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas começou a falar como dragão. Também exerce toda a autoridade da primeira fera na sua presença. —Apo. 13:12, 4, 12, NM.

15. Por que, então, não se podem corretamente acusar de anarquistas nem as testemunhas de Jeová nem o próprio Jesus?

15 A Bíblia não é anarquista por revelar esse fato, tão pouco o são as testemunhas de Jeová por ensinarem a Bíblia. Elas são o povo mais ordeiro e obediente à lei que há na terra. Jesus não era anarquista porque não quis desviar-se da lei de Deus para agradar aos homens e aos diabos. Porque ele reconheceu que os governos humanos não derivaram sua autoridade de Deus mas estavam sob a inspiração de Satanás, ele recusou meter-se neles ou tomar a chefia sobre eles. Foi Satanás o Diabo, e não Deus, que lhe ofereceu toda a autoridade e glória dos reinos deste mundo se Jesus praticasse um ato de adoração a Satanás. Mas Jesus estava ungido com o espírito de Deus ao reino dos céus, e ele recusou tentar formar um governo fusionado com Satanás a fim de obter a autoridade sobre os reinos deste mundo. Jesus até recusou ser eleito rei pelo voto popular do povo judeu, porque entendeu que vinha de Deus a designação e a autoridade de ser ele rei. Não derivou seu poder para governar do consentimento dos governados, isto quer dizer, do povo. (Luc. 4:5-8, João 6:14, 15) Assim ele permaneceu sujeito à Autoridade Suprema, Deus.

REFUTADOS OS ARGUMENTOS

16. Como se referem os clérigos a Nabucodonosor e a Ciro para apoiar seu argumento?

16 Os clérigos que insistem que os poderes políticos deste mundo são as autoridades superiores às quais havemos de estar sujeitos apresentam certos textos para apoiar seu argumento. Citam as palavras de Daniel ao interpretar o sonho a Nabucodonosor rei de Babilônia: “Tu, ó rei, és rei de reis, ao qual o Deus do céu deu o reino, o poder, a força e a gloria; e onde quer que habitem os filhos dos homens, nas tuas mãos entregou os animais do campo e as aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles.” E na noite em que Babilônia caiu ao conquistador persa Ciro, Daniel disse ao rei Baltasar: “O Altíssimo Deus, ó rei, deu a teu pai Nebuchadnezzar o reino e grandeza, e gloria, e majestade; e por causa da grandeza que lhe deu, todos os povos, nações e línguas tremiam e temiam diante dele.” (Dan. 2:37, 38; 5:18, 19) Em harmonia com isto Jeová Deus disse aos israelitas pelo profeta Jeremias: “Agora eu entreguei todas estas terras nas mãos do meu servo Nebuchadnezzar, rei de Babilônia”; e mandou os israelitas sair e sujeitar-se ao rei de Babilônia. (Jer. 27:5-13, 17) Então, também, há as palavras de Ciro o conquistador de Babilônia: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: Jeová, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá.” (2 Crô. 36:22, 23; Ecl. 1:1, 2) Não provam estas escrituras que os poderes políticos deste mundo hodierno tiram sua autoridade de Jeová Deus e são ordenados por ele?

17. Como respondemos a seu argumento em harmonia com Apocalipse 13:1-12?

17 Os textos acima precisam harmonizar-se com Apocalipse, capítulo 13, e outros textos que revelam que os poderes políticos deste mundo existem pelo “regente deste mundo”, “o deus deste sistema de coisas,” estando sujeito a ele. “O mundo inteiro jaz no poder do maligno.” (João 12:31 e; 2 Cor. 4:4 e; 1 João 5:19, NM) De modo que se tem de lembrar que tanto Nabucodonosor como Ciro foram usados como tipos. Destruindo Jerusalém em 607 A. C. e levando os judeus cativos a Babilônia, Nabucodonosor estava sendo usado por executor de Jeová contra a nação judaica infiel. Por isso Jeová fala dele como “meu servo” e lhe deu a dominação sobre outras nações deste mundo. Nesta função Nabucodonosor foi tipo de Jesus Cristo. Deus usa Cristo por executor da sua vingança contra a parte correspondente moderna de Jerusalém, a cristandade, e Deus também lhe dá a dominação sobre todas as nações deste mundo antes de destruí-las na batalha do Armagedon. Ao conquistar Babilônia e restaurar os exilados judeus à Palestina para reedificarem o templo em Jerusalém, Ciro, rei da Pérsia, foi também usado como tipo. Por este motivo Jeová Deus entregou os reinos deste mundo nas mãos de Ciro. Isto prefigurou que Deus usaria Jesus Cristo para destruir a organização do Diabo, a Babilônia mística, e se serviria dele para restaurar as testemunhas de Jeová à adoração pura e livre de Deus neste “tempo do fim” do mundo e o faria governador sobre toda a terra.

18, 19. Como, portanto, prova isto que os governos políticos não são as “autoridades superiores”, e até que ponto lhes obedecemos?

18 Não se pode dizer relativo aos outros poderes e autoridades políticas deste mundo que eram tipos de Cristo por Servo Principal de Deus e que, portanto, Deus concedeu a esses poderes políticos a sua autoridade. Certamente o governo de César ao matar o Filho de Deus e daí em diante perseguir seus fiéis seguidores não era tipo do governo de Cristo autorizado por Deus. Jesus disse ao governo romano: “Não terias nenhuma autoridade sobre mim, se do alto não te fosse dada. Por isso aquele que me entregou a ti tem maior pecado.” (João 19:11, NM) Mas Deus não aprovou o governo romano quando este executou a Jesus no Calvário. Nem o considerava sem pecado por assim fazer. Do mesmo modo ele não autoriza nem aprova os hodiernos governos políticos ao perseguirem as testemunhas cristãs de Jeová.

19 Os poderes políticos deste mundo, portanto, não são as “autoridades superiores” às quais as almas cristãs se devem sujeitar em todas as exigências que fazem. A toda lei e estatuto que se harmonizam com a justiça os verdadeiros cristãos obedecerão de forma exemplar. Mas não obedecerão a nenhuma lei e exigência que se fazem em conflito com as leis superiores e mandamentos de Deus, pois isto significaria dar a “César” o que pertence a Deus.

20. Como tomaram os apóstolos de Jesus a mesma posição e por quê?

20 Os apóstolos de Jesus tomaram a mesma posição. Nos seus dias o Sinédrio judeu em Jerusalém foi encarregado pelo governo de César de certas funções judiciais e legais. Mas, entre os seguidores de Jesus, isto não o constituiu parte das “autoridades superiores.” Jesus tinha separado seus discípulos dos israelitas naturais, formando-os no Israel espiritual, “o Israel de Deus.” (Gál. 6:16) Por conseguinte o Sinédrio judaico não era mais um corpo administrativo entre o verdadeiro povo de Deus, mas era então um corpo administrativo estranho. Sendo um corpo religioso de sacerdotes e clérigos não acrescentou nada a seu poder sobre os cristãos judeus. De forma que, quando esse mandou os apóstolos deixar de pregar Jesus Cristo ao povo em Jerusalém, Pedro e João responderam ao Sinédrio: “Se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós do que a Deus, fazei vossa decisão. Mas quanto a nós, não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido.” Mais uma vez perante o Sinédrio por recusar obedecer à ordem do seu tribunal, Pedro e os demais apóstolos replicaram: “Temos de obedecer a Deus por governador antes que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, . . . E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o espírito santo que Deus tem dado àqueles que obedecem a ele por governador.” (Atos 4:19, 20 e Atos 5:29-32, NM) Mas não se poderia acusar Pedro e os demais apóstolos de anarquistas ou subversivos por recusaram obedecer à ordem anti-Deus do supremo tribunal judaico. Deus havia dado o espírito santo a esses e não ao Sinédrio, revelando assim a quem ele aprovou e autorizou.

21. Daí, de que se abstiveram os cristãos do primeiro século em diante?

21 Em razão de não reconhecer os poderes políticos do mundo por “autoridades superiores” ordenadas por Deus, mas somente a Deus e a Jesus Cristo como sendo tais agora, as testemunhas cristãs de consciência abstêm de participar na política deste mundo, sim, até de votar. Isto é verdade com respeito a elas desde o primeiro século em diante. Testificando isso, Os Tempos Antigos — História do Mundo Primitivo [Ancient Time — A History of the Early World], por Jaime H. Breasted, Ph. D., LL. D. diz, sob o titulo, “1070 Roma persegue os primitivos cristãos,” o seguinte: “os funcionários públicos muitas vezes verificavam que estes convertidos primitivos não só recusavam sacrificar ao imperador por deus senão que abertamente profetizavam a queda do estado romano. Mais de uma vez, portanto, foram os primitivos cristãos obrigados a suportar cruel perseguição. A sua religião parecia incompatível com a boa cidadania, visto que os proibia de manifestar o costumeiro respeito pelo imperador e pelo governo.” —Página 663, edição de 1916.

[Nota de Rodapé]

a Les Témoins de Jehovah, par Damien Jasmin, Collection de L’Institut Pie XI, Editions Lumen, Montréal 1947. Também o Montréal-Matin, Canadá, 12 de Janeiro de 1948.

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