Sujeição às autoridades superiores
“Tôda alma esteja sujeita às autoridades superiores.“-Rom. 13:1, NW.
1. Quais são os dois superiores que confrontam os cristãos hodiernos? É isto novidade?
OS HODIERNOS cristãos acham-se enfrentados com dois superiores. Esta situação não é nova.a Os cristãos durante o primeiro século E. C. estavam nas mesmas condições; e também os israelitas após 607 A. C., tendo perdido sua soberania nacional às nações não judias. Nestes três casos, um dos superiores constitui uma superioridade assumida, temporária e tolerada, a superioridade limitada dos governos humanos de César deste velho mundo. O outro superior é a superioridade genuína, absoluta e sempiterna, a superioridade ilimitada de Jeová Deus. Neste período de transição antes do Armagedon, as testemunhas de Jeová podem determinar claramente suas relações e deveres legais aos dois grupos de superiores governantes, ambos os quais impõem obrigações aos cristãos inferiores. A sua posição legal é invencível. Isto se deve a serem herdeiros das muitas salutares doutrinas e princípios legais registados nas Escrituras e dos muitos precedentes legais de casos bíblicos que são correntemente aplicáveis. - Tito 3:1, NW
2. Qual era a situação no tocante a superiores durante o ministério de Jesus? Que testificou ele quanto à superioridade de César?
2 Jesus Cristo, o Maior do que Moisés, sem dúvida era o maior juiz e advogado que jamais pisou nesta terra. Por este motivo suas declarações legais não só tem valor persuasivo senão fôrça obrigatória sôbre os cristãos. Jesus conduzia seu grande ministério numa época em que os césares romanos literalmente dominavam a Terra Prometida da Palestina quando o concerto da lei de Jeová Deus ainda era obrigatório aos judeus. Por conseguinte existiam dois superiores que impunham obrigações a Jesus e todos os judeus. No fim do seu ministério quando Jesus fez sua própria defesa perante Pilatos, o governador romano, contra a falsa acusação de sedição, este tratou de lembrar a Jesus a superioridade de Roma ao dizer: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te cravar no madeiro? Jesus lhe respondeu: ‘Não terias nenhuma autoridade sôbre mim, se do alto não te fôsse dada.” (João 19:10, 11, NW) Assim temos a evidencia clara de que a superioridade de César sôbre os servos de Deus era somente uma autoridade tolerada por parte do verdadeiro Superior Soberano, Jeová Deus.
3. Como os inimigos de Jesus trataram de enlaçá-lo?
3 Os inimigos religiosos de Jesus procuravam enlaçá-lo sôbre a questão de se era lícito os judeus em relação pactuada com Deus pagarem tributo a César. Deste modo pensavam que o induziriam a advogar atos abertos contra a autoridade romana, trazendo assim sôbre si a acusação de sedição. “Então os fariseus se retiraram e consultaram entre si a fim de apanhá-lo em suas palavras. Portanto lhe enviaram seus discípulos juntamente com os herodianos, dizendo: ‘Mestre, sabemos que tu és veraz e ensinas o caminho de Deus na verdade, sem te importares com ninguém, pois não olhas à aparência exterior dos homens. Dize-nos, pois, Que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não? Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, disse: “Por que, me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo.” Trouxeram-lhe um denário. E disse-lhes “De quem é esta efígie e inscrição? Eles disseram: “De César.” Então lhes disse: ‘Pagai, pois, a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus’”-Mat 22:15-21, NW.
4. Que significa para os hodiernos cristãos a sã doutrina legal pronunciada por Jesus?
4 Na ocasião supramencionada Jesus pronunciou uma sã doutrina legal. Esta se declara simplesmente assim, ‘Pagai a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.’ Assim Jesus admite que os governos de “César” podem impor aos seus inferiores ou súditos cristãos certos deveres de pagarem tributo, os quais é correto pagar-lhes por serviços prestados. Mas, notai bem, nos sistemas provisórios de coisas em que “César” opera, “César” só pode exigir retribuição dos serviços limitados pelos quais os cristãos dependem do estado. Jesus enfatizou isso na sua referencia à moeda de César, que se chamava “moeda de tributos”. Portanto nesta doutrina legal obrigatória Jesus demarcou claramente o limite onde terminam os deveres de alguém para com o estado. Além deste limite começam os deveres do cristão para com o seu Deus. Notai que Jesus não excluiu do quadro esses deveres maiores que as testemunhas de Jeová devem pagar a seu Deus soberano, pois completou a declaração dizendo, “Pagai. . .a Deus as coisas de Deus.”
(continua)
[Notas de Rodapé]
a O Tribunal de Primeira Instância dos Estados Unidos da América do Norte, Distrito Oriental de Washington, manteve, em 1943, juntamente com Jaime Madison, o quarto presidente dos E. U. A. em princípios do século dezenove, que a pessoa é súdito do Soberano Universal (Deus) bem como súdito do estado. Este tribunal citou do “Memorial e Protesto” de Madison –“É o dever de todo homem prestar ao Criador somente tal homenagem que lhe pareça ser aceitável a Êle. Esse dever tem precedência tanto em ordem de tempo como em grau de obrigação, às exigências da Sociedade Civil [o estado]. Antes de se poder considerar qualquer homem membro da Sociedade Civil, é necessário que seja considerado súdito do Universo. E se é membro da Sociedade Civil que ingressa numa associação subordinada, sempre tem de fazê-lo reservando seu dever à Autoridade Geral; muito mais deve todo homem que se torna membro de certa Sociedade Civil, fazê-lo guardando sua fidelidade ao Soberano Universal [Deus]”. United States vs. Hillyard, 52 F. Sup. 612.
[Imagem página 63]
Os dois lados do denário de prata com efígie e inscrição de Tibério César.