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  • Determinar o ano mediante os fatos e a Bíblia

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  • Determinar o ano mediante os fatos e a Bíblia
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
w53 1/1 pp. 10-14

Determinar o ano mediante os fatos e a Bíblia

1, 2. A que território limitava Jeová a disputa quanto à dominação? (b) Que governo típico organizou Jeová, como veio a existir, e que finalmente aconteceu a êle?

CONFORME já vimos, durante cêrca de 2.500 anos desde Abel até Moisés, Jeová tinha fornecido proteção angélica para cada um de seus verdadeiros adoradores. Chegou então o tempo para êle demonstrar em pequena escala o que finalmente tencionava fornecer aos habitantes da terra em escala global, a saber, a restauração do Seu domínio soberano legítimo por meio de um govêrno teocrático leal. No desenvolvimento do debate para a dominação da terra toda Deus assinalou um território de amostra na Palestina com quatro limites, o qual veio a ser chamado a “Terra da Promissão”. (Heb. 10:1; Gên. 15:18-21; Êxo. 23:31; Deu. 34:1-4; Heb. 11:9) Como redentor, em 1513 A. C. Jeová comprou Israel para ser seu povo, libertou-o do Egito e o organizou sob um govêrno teocrático típico autorizado pela sua soberania, e também se tornou o governador invisível dêle. (Êxo. 6:6; 19:6; Deu. 33:2-5; Isa. 33:22) Êle introduziu seu povo na Terra Prometida para possuí-la no ano de 1473A. C. Após seis anos êles tinham expulsado e subjugado a maior parte dos habitantes anteriores que não tinham direito legal à terra, sendo meros intrusos. Dêste modo foi estabelecido legítima e efetivamente o domínio soberano de Jeová sôbre esse território disputado.

2 Durante um período de 866 anos a mesma forma de govêrno teocrático debaixo da única carta constitucional do concêrto da Lei exerceu soberania nacional na Terra Prometida. Isto abrangeu muito mais anos do que a maioria dos governos originais que existiram nesta terra autorizados por Satanás. Pela infidelidade dos reis ungidos de Judá assim como no caso do querubim ungido no Éden, Jeová finalmente desautorizou aquêle govêrno teocrático típico e terminou seu domínio soberano na Palestina por um espaço de tempo. Despojou o último rei iníquo de Judá, chamado Zedequias, dos seus poderes governantes em 607 A. C. e o enviou cativo a Babilônia às mãos de seu conquistador gentio, Nabucodonosor, rei de Babilônia.—2 Reis 25:1-7.

3. Que declaração fêz Deus acêrca da terminação dêste govêrno típico?

3 Acêrca desta terminação do govêrno típico por reino em 607 A. C., a Bíblia regista: “E tu, ó pícaro, príncipe de Israel que hás de ser morto, para quem a hora do pleno castigo pelo pecado acarreta destruição —‘Remove-lhe o diadema, tira-lhe a coroa!’ diz o Senhor, o Eterno.[Jehovah, Bras]; ‘transtorna as coisas, exalte-se o que esta abatido, abata-se o que está exaltado! Ponho tudo em ruínas, ruínas, ruínas; tudo será transtornado, até que venha o homem legítimo - e eu lhe darei tudo.’” (Eze. 21:25-27, Mo) Observai que esta declaração revela que o direito legítimo a coroa ficará suspenso por longo lapso de tempo “até que venha o homem legítimo””. Dá-se a entender que, quando vier esse “filho do homem”, haverá restauração do govêrno divino autorizado pelo soberano, mas essa vez sobre toda a terra, conforme diz, “eu lhe darei tudo.”

4, 5. (a) Como ilustrou Jeová a sua posição como soberano? (b) A que ponto reconheciam os povos de Israel e Judá a soberania de Jeová?

4 Para o benefício dos seus súditos leais e fiéis na terra, Jeová Deus ilustrou a sua posição preeminente legal como sendo o Soberano que tem o direito de autorizar reinos sobre a terra e sobre o universo. De modo significativo Deus ilustrou isto ao profeta Jeremias pouco antes que a soberania divina tirou a autoridade de Zedequias, o ultimo rei entronizado da linhagem davídica. Notai o que Jeová o Soberano, assemelhado a um oleiro, diz acêrca de edificar e derrubar governos de barro:

5 “Desce á casa do oleiro e lá te farei ouvir as minhas palavras. Desci, pois, a casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas. Quando se estragou nas suas mãos o vaso que o oleiro fazia de barro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos; Então veiu a mim a palavra de Jehovah, dizendo: Acaso não poderei fazer de vós, casa de Israel, como este oleiro? diz Jehovah. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. No momento em que falar acerca duma nação, e acerca de um reino, para arrancar e para derrubar e para destruir; se aquela nação, acerca da qual falei, se converter do seu mal, arrepender-me-ei do mal que intentei fazer-lhe. No momento em que falar acerca duma nação, e acerca dum reino, para edificar e para plantar; se fizer o mal deante dos meus olhos, não escutando a minha voz, arrepender-me-ei do bem, que disse-lhe faria. Fala agora aos homens de Judah e aos habitantes de Jerusalém: Assim diz Jehovah: Eis que vou forjar mal contra vós, e formar um projeto contra vós; convertei-vos, pois, cada um do seu mau caminho, e emendai os vossos caminhos e as vossos feitos. Mas eles dizem: Não há esperança; porque havemos de andar após os nossos projectos, e havemos de fazer cada um conforme a obstinação do seu mau coração.”—Jer. 18:2-12.

6. Qual foi o juízo de Jeová contra êles por repudiarem a sua soberania?

6 E assim foi que a maior parte do povo de Israel e Judá bem como seus reis finalmente repudiaram seu grande “oleiro”, o Soberano Jeová. Escolheram, antes, seguir seus próprios caminhos rebeldes assim como seus vizinhos, as nações gentias tinham feito durante séculos. Por êste motivo Jeová decretou que os judeus, representados por sua cidade capital Jerusalém, seriam dominados pelas nações gentias e regidos pelos governos autorizados por Satanás desde 607 A. C. em diante. Jesus, o maior profeta, se referiu a essa dominação e sua continuação por muito tempo após seu ministério terrestre, quando disse: “Jerusalém será pisada pelas nacões, até que se cumpram os tempos designados das naçõs.” (Luc. 21:24, NM) Por quanto tempo durariam êsses “tempos designados das nações” mencionados por Jesus? Jeová o revelador de segredos faz saber esses “tempos” a seu próprio modo e tempo.

“OS TEMPOS DESIGNADOS DAS NAÇÕES”

7. Que profetiza Isaías no capitulo 14 acêrca do rei de Babilônia?

7 Justamente 150 anos antes que Jerusalém perdeu sua soberania nacional à nação gentia de Babilônia, Isaías profetizou um cântico de escárnio. Foi dirigido contra o rei de Babilônia descrito como ‘quem corta ciprestes’ querendo dizer assassino dos verdadeiros adoradores de Deus, representados como “árvores de justiça”. O rei de Babilônia, Isaías predisse, exaltaria seu trono acima das estrêlas ou príncipes da teocracia típica de Deus e derrubaria êsse govêrno soberano, subjugando-o por completo. Tendo alcançado este predomínio como governador mundial, viria o juízo de Deus e o rei de Babilônia também seria cortado como árvore e todos os homens contemplariam a sua humilhação. (Vide Isaías 14:4, 8, 12-16; 61:3.) Tudo isso se efetuou sôbre a dinastia governante de Nabucodonosor, rei conquistador de Babilônia. Ele, por sua vez, simbolizou o maior rei de Babilônia, Satanás o Diabo, que com o tempo será totalmente derrotado e cortado na aniquilação.

8. Como vieram o Egito e a Assíria a ser a segunda e a terceira potência mundial respectivamente? Como se determinou a nação que sucederia à Assíria como potência mundial?

8 Segue-se um breve resume histórico dos fatos físicos em cumprimento de Isaías 14. Como foi dito, a dominação da Terra Prometida assinalada por Jeová no tempo de Abraão foi o ponto em debate. O Egito, considerado a primeira potência mundial porque dominava a Palestina após o tempo de Abraão, perdeu seu domínio da Terra Prometida quando os israelitas a possuíram de 1473 A.C em diante. Séculos mais tarde a Assíria se tornou a segunda potência mundial quando subjugou o reino setentrional de Israel em 740 A. C. (2 Reis 17:6) Em 632 A. C. Nínive, a cidade capital dessa segunda potência, a Assíria, caiu nas mãos duma coalizão de poderes gentios, os caldeus (babilônios), os citas e os medos. (Naum 3:7) A questão então era, Que nação encheria a lacuna deixada pela queda da Assíria, tornando-se assim a terceira potência mundial? Tanto o Egito, sob seu rei, Necao, como Babilônia, dirigida por seu jovem comandante em chefe, Nabucodonosor, filho de Nabopolassar, rei de Babilônia, lutaram para ganhar essa posição. Resolveram a questão na grande batalha antiga de Carquemis junto ao rio Eufrates em 625 A. C., na qual Babilônia derrotou o Egito. (2 Crô. 35:20) Após sua vitória e nesse mesmo ano de 625 A. C., Nabucodonosor, após a morte de seu pai, ascendeu ao trono de Babilônia.

9. Descrevei os esforços de Nabucodonosor para manter seu senhorio sôbre o reino de Judá, e o resultado final.

9 Cinco anos mais tarde Nabucodonosor tratou de defender seu recém-adquirido domínio sobre o Próximo Oriente, tornando tributário um dos últimos reinos independentes, o de Judá, junto com seu rei, Jeoiaquim, o que conseguiu vindo contra Jerusalém em 620 A. C. (2 Reis 24:1, 7; 2 Crô. 36:5, 6) Em 618 A. C. Jeoiaquim morreu num esforço para desprender-se do domínio babilônico. Por êste motivo Nabucodonosor sitiou a Jerusalém pela segunda vez (em 618 A. C.) e a obrigou a aceitar certos têrmos levando cativo a Babilônia Joaquim, sucessor de Jeoiaquim, junto com muitos dos príncipes de Judá e também outros homens eminentes, incluindo Daniel. (2 Reis 24:11, 8-16; Dan. 1:1-6) Nabucodonosor deu mais uma oportunidade a Jerusalém como estado soberano subsidiário, permitindo que Zedequias, irmão de Jeoiaquim, fosse ungido rei de Judá em 617 A. C. (2 Reis 24:17, 18) Zedequias, assim como seu irmão, tentou desprender-se do jugo babilônio, rebelando-se. Mas isto obrigou Nabucodonosor na sua ira a vir contra Jerusalém pela terceira vez, contudo esta vez para destruí-la por completo. Nabucodonosor, iniciou o terceiro sítio de Jerusalém no dia dez do décimo mês, tebet, no nono ano do reinado de Zedequias, ou seja em 18-19 de janeiro de 608 A. C. (isto é, depois das 18 horas em 18 de janeiro), segundo nosso presente sistema de calendário gregoriano.a (2 Reis 25:1) Até 2-3 de julho de 607 A. C., a fome causada pelo sítio era excessivamente grande, o inimigo tinha feito uma brecha nos muros de Jerusalém e o rei Zedequias fugiu da cidade naquele dia para Jericó, onde foi capturado mais tarde para ser deportado.—2 Reis 25:2-7.

10, 11. (a) Precisamente quando foram destruídos o templo e o palácio do rei em Jerusalém, e que significou isto no tocante à soberania divina? (b) Que ligeira evidência adicional de domínio judaico havia, e que fim levou isto?

10 Os soldados caldeus (babilônios), tendo entrado em Jerusalém, começaram a queimar a “casa de Jehovah”, a “casa do rei” e todas as casas importantes da cidade em 7 de ab, 30-31 de julho de 607 A. C. (2 Reis 25:8, 9) Até 10 de ab, 2-3 de agôsto de 607 A. C., três dias mais tarde, tinham destruído completamente o templo, o palácio real e os muros da cidade. (Jer. 52:12-14) Nesta altura deve lembrar-se de que Jeová dava a conhecer sua vontade soberana mediante o sacerdócio no templo, e o palácio do rei era o centro do qual emanava a administração dessa nação conforme delegada por Deus ao rei. (2 Reis 22:12, 13) Portanto êsses centros da administração divina autorizada pelo soberano cessaram com a derrota de Jerusalém.

11 Contudo, houve mais uma ligeira evidência da soberania judaica após a queda da Cidade Santa, e essa foi a designação por Nabucodonosor de Gedalias, um judeu, como governador das povoações que restavam no país. Dois meses mais tarde, porém, Gedalias e seus conselheiros babilônios foram mortos por um grupo de assassinos judeus. Quando se noticiou êste trágico desprezo da misericórdia de Nabucodonosor, todos os demais judeus fugiram ao Egito, levando consigo o profeta Jeremias. (2 Reis 25:22-26; Jer. 41:1-18; 43:5-7) Ao tornar-se essa terra destituída de habitantes judeus, terminou o último vestígio da regência teocrática durante o sétimo mês, que começou em 21-22 de setembro de 607 A. C. Dêste modo por intermédio dos eventos que sucederam ràpidamente a terra ficou vazia e se retirou a soberania teocrática, dando-se aos gentios o domínio indisputado da Terra Prometida para seus “tempos designados”.—Luc. 21:24.

12, 13. (a) A quem foi revelado o número dos “tempos” das nações, e de que maneira? (b) Qual foi o tema da revelação? Descrevei em resumo o quadro revelado.

12 Quantos “tempos” designou Deus para as nações gentias terem domínio indisputado sobre a Terra Prometida que era campo de provas para a soberania de toda a terra? A Bíblia responde que haveria sete “tempos”. (Dan. 4:16, 23, 25) Significativamente, êste número foi revelado ao rei Nabucodonosor num sonho após 607 A. C. quando êle se tinha tornado governador totalitário, da terceira potência mundial. Notai agora os pormenores dêsse sonho conforme Nabucodonosor o relata à testemunha de Jeová, Daniel, para interpretação divina. Observai como o tema desse sonho é a soberania de Deus, “afim de que conheçam os viventes que o Altíssimo domina no reino dos homens, e o dá a quem quizer, e constitue sobre elle o mais humilde dos homens.”—Dan. 4:17.

13 Nabucodonosor disse a Daniel: “Ó Belteshazzar, chefe dos mágicos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum segredo te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Desta maneira eram as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: Eu vi, e eis uma árvore no meio da terra, e era grande a sua altura. Crescia, e tornava-se forte e a sua altura chegava até o céu, e era vista até a extremidade de toda a terra. As suas folhas eram formosas, e o seu fruto copioso, e nela havia sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu pousavam nos seus ramos, e dela se sustentava toda a carne. Vi nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, a saber, um santo [anjo, So], descia do céu. Ele clamou em alta voz e disse assim: Deitai abaixo a árvore, e cortai-lhe os ramos, fazei-lhe cair as folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se de debaixo dela os animais, e dos seus ramos as aves. Contudo, deixai na terra o tronco com as suas raízes, ligado com laço de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na herva da terra; mude-se-lhe o coração para que não seja mais o de homem, e seja-lhe dado o coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.”—Dan. 4:9-16.

14, 15. Como foi realizado êsse sonho relativo a Nabucodonosor?

14 Daniel interpretou o sonho para predizer que sete tempos ou anos de loucura sobreviriam a Nabucodonosor, durante os quais êle não poderia exercer pessoalmente seu govêrno imperial mas se tornaria selvagem come uma besta e viveria fora nos campos. Assim com efeito esse grande governador mundial verificaria que seu reino lhe fora tirado assim como foi cortada a árvore de grande altura mencionada no seu sonho. Após sete anos voltaria seu juízo, e êle seria restaurado a seu reino, que, semelhante ao tronco ligado daquela árvore no meio da terra, seria reservado até sua volta ao domínio do seu império.

15 Tudo isso sucedeu próximo ao fim do reinado de Nabucodonosor. Os livros sobre Nabucodonosor mencionam seus sete anos de loucura. (Dan. 4:33) “A forma de loucura da qual êle (Nabucodonosor) sofreu quando o orgulho venceu seu juízo foi a que se chama licantropia, em que o paciente imagina que se converteu em um animal inferior e se porta como tal. Nabucodonosor imaginou que se tinha tornado um boi, e saiu a comer feno assim como outro gado.” (The Westminster Dictionary of the Bible, pág. 422. Vide também Nebuchadnezzar, per G. R. Tabouis, págs. 263-265, 383.) Michaud, em sua Biographie universelle, escreve: “Nabucodonosor foi castigado pelo orgulho com uma enfermidade um tanto estranha, pois caiu em estado de completa demência e estava persuadido de que havia sido convertido em um boi.” Outro escritor francês, Larousse, dá um relato semelhante, acrescentando, “Ele morreu um ano após recuperar seu juízo.”

16. De que modo tem esse sonho sua aplicação maior ao domínio celestial? Que esperança deixa Deus para a humanidade?

16 Todavia, o sonho de Nabucodonosor encontra sua maior aplicação no domínio celestial. Nos § 7 a 11, página 8, temos descrito o domínio teocrático invisível originalmente confiado ao querubim cobridor no Éden. A soberania de Deus que com efeito operava mediante êsse querubim ungido foi aptamente descrita pela árvore de grande altura no sonho de Nabucodonosor. Quando êsse governador teocrático exaltado sôbre os homens e sôbre os animais se rebelou desafiando a supremacia soberana de Jeová Deus, ele foi imediatamente destituído da organização de Deus assemelhada a um monte e divorciado para sempre da união com Deus. Isto foi ilustrado por cortar a árvore de grande altura. Quão contentes estamos em notar que na visão Deus deixou o tronco dessa árvore para dar esperança a humanidade justa. É claro que isto representa a suspensão do cargo do domínio celestial justo mediante o qual Deus exercerá sua soberania outra vez sobre a terra. Seria mantida suspensa até que viesse Aquele que provaria seu direito a ela. O sonho revela que o Altíssimo dará esse direito do reino ao “mais humilde dos homens”, ou seja a um filho do homem.—Dan. 4:17.

17, 18. (a) Quando começam a aplicar-se os “sete tempos” ao “tronco de árvore”? (b) Quando se manifesta particularmente o período de “loucura”, e que mudanças há na dominação gentia sobre Jerusalém?

17 Só após terem passado os “sete tempos” sôbre o tronco de árvore simbólica poderia Deus, de acôrdo com seu próprio decreto, estabelecer o reino sobre os homens nas mãos de um justo governador invisível. O sonho profético não indica que os “sete tempos” começaram no Éden logo após a rebelião de Satanás e sua perda do direito e autoridade do domínio justo. Os fatos em cumprimento revelam que não começaram naquela época mas sim nos dias do sonhador que teve a visão noturna e em quem esta teve seu cumprimento em miniatura, a saber, no tempo em que o domínio pictórico foi tirado do último rei ungido de: Judá, Zedequias. O sonho meramente anuncia que na experiência do tronco de árvore “passaria sôbre êle um período de “sete tempos” e que isto imediatamente precederia a soltura do tronco e seu crescimento desimpedido de novo.

18 Isto torna aparente que os “sete tempos” começaram com a derrota da teocracia típica de Jeová em Jerusalém por Nabucodonosor, em 607 A. C. Enquanto a administração típica de Deus em Jerusalém operava, embora imperfeitamente, no seu nome, durante êsse tempo havia certa medida de sensatez nacional e exibição parcial de justo domínio entre as nações sobre a terra. Mas ao ser transtornada a teocracia típica, não houve nenhuma restrição a tolice e bestialidade dos governos humanos e da humanidade. Os poderes ou governos gentios eram então exclusivos no campo. O povo pactuado de Deus não exercia mais soberania nacional no meio dêste mundo; independentemente das nações gentias. Em 539 A. C. a potência mundial medo-persa exerceu domínio sobre a Terra Prometida. Em 332 A. C. passou às mãos de Alexandre, o conquistador grego. Em 63 A. C foi estabelecido o domínio romano sobre a Palestina. Desde 637 a 1917 E. C. vários governadores maometanos geralmente dominavam a Jerusalém. Em 1917 o visconde Alenby da Grã-Bretanha tirou Jerusalém dos turcos maometanos, que a tinham dominado desde 1517.

CÁLCULO MATEMÁTICO

19, 20. Por quanto tempo duram os “sete tempos” das nações? Dai as provas para estabelecer 1914 como sendo uma data mercada.

19 Quanta tempo duram os “sete tempos” das nações? Fornece-se-nos a matemática em outra profecia não relacionada com esta a qual use o têrmo “tempos” ou “período de tempo”. Em Apocalipse 12:6 (NM) se mencionam 1.260 dias e daí no versículo 14 se refere ao mesmíssimo período como sendo 3.1/2 “tempos”. De modo que se 3.1/2 “tempos” são 1.260 dias, então 7 “tempos” (duas vêzes 3.1/2 “tempos”) devem ser duas vêzes 1.260, ou 2.520 dias. Logo no princípio da sua jornada no deserto os israelitas repudiaram a sabedoria soberana de seu Deus, desejando regressar ao Egito porque acreditaram nas notícias desanimadoras que os dez infiéis espiões lhes trouxeram. (Núm. 14:1-4) Em virtude desta falta de fé por parte do povo na chefia soberana de Deus, Jeová sentenciou a nação a vaguear quarenta anos no deserto sem ter domínio soberano sobre terra alguma. “Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, isto é, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós por quarenta anos as vossas iniquidades, e tereis experiência da minha oposição.” - Núm. 14:34.

20 Portanto, em conformidade com esta regra estabelecida no deserto, a nação judaica, que vez após vez revelou que não apreciava o domínio soberano de Jeová, teria de suportar o juízo adverso de Deus as mãos dos seus superintendentes gentios por um período de “sete tempos”, ou seja 2.520 dias anos. Êstes 2.520 anos estenderam-se da desolação de Jerusalém e da terra no verão e outono de 607 A. C. até o verão e outono de 1914, quando expiraram. Desde 607 A. C. até 1 A. C. são 606 anos. Desde 1 A. C. até 1 E. C. é um ano, porque os antigos não tinham descoberto zero que, segundo a matemática moderna, o teria feito dois anos. O emprêgo do zero na matemática é de origem comparativamente recente. Desde 1 A. C. até 1914 são 1.913 anos. Portanto somando 606 anos mais 1 ano mais 1.913 anos obtemos um total de 2.520 anos.

21-23. (a) Dai a correção de um ligeiro erro feito pelos irmãos há muito anos ao determinarem 1914. (b) Explicai um segundo êrro.

21 Nesta altura alguns indagarão por que Carlos T. Russell em 1877 usou a data de 606 A. C. para a queda de Jerusalém ao passo que A Sentinela nos anos recentes usa 607 A. C. Isto é porque, a luz da erudição moderna, foi descoberto que se tinham feito dois ligeiros erros, os quais cancelam um ao outro e dão o mesmo resultado, a saber, 1914. Relativo ao primeiro erro, Russell e outros consideravam 1 A. C. a 1 E. C. como sendo dois anos ao passo que de fato é um só ano porque, conforme se disse acima, não há o ano “zero” no sistema A. C.-E. C. para a contagem dos anos. “A era cristã começou, não sem ano, senão com o ano 1.”—The Westminster Dictionary of the Bible, pág. 102.

22 O segundo êrro resultou de não começar a contagem dos 2.520 anos no ponto correto em vista dos fatos e circunstâncias históricas. Quase tôda a primitiva cronologia bíblica se liga a história secular no ano de 539 A. C., ano em que Babilônia caiu em poder de Dario e Ciro dos medos e dos persas. Em anos recentes se descobriram várias tábuas cuneiformes pertinentes a queda de Babilônia, as quais estabelecem datas históricas, tanto as bíblicas como as seculares. Uma destas tábuas, conhecida por “Crônica Nabunaid” fornece a data da queda de Babilônia a qual os especialistas determinaram como sendo de 12-13 de outubro de 539 A. C., calendário juliano, ou de 6-7 de outubro de 539 A. C., segundo nosso presente calendário gregoriano.b Esta tábua também diz que Ciro fêz sua entrada triunfante em Babilônia 16 dias depois que esta caiu em poder de seu exército. De modo que seu ano de acessão começou em outubro de 539 A. C. Contudo, em outra tábua cuneiforme chamada “Strassmaier, Cyrus N.°11” se menciona o primeiro ano reinante de Ciro e se determinou que êste começou em 17—18 de março de 538 A. C. e findou em 4-5 de março de 537 A. C c Foi neste primeiro ano reinante de Ciro que êle expediu seu decreto para deixar os judeus regressar a Jerusalém a fim de reedificarem o templo. (Esd. 1:1) É possível que se fizesse o decreto em fins de 538 A. C. ou antes de 4-5 de março de 537 A. C.

23 De qualquer forma isto teria dado bastante tempo para o grande grupo de 49.897 judeus organizarem sua expedição e fazerem a longa jornada de quatro meses de Babilônia a Jerusalém de modo a chegar lá em 29-30 de setembro de 537 A. C., o primeiro dia do sétimo mês judaico, a fim de edificarem seu altar a Jeová conforme se regista em Esdras 3:1-3. Visto que 29-30 de setembro de 537 A. C. termina oficialmente os setenta anos de desolação conforme se regista em 2 Crônicas 36:20, 21, a desolação deve ter começado oficialmente a ser contada depois de 21-22 de setembro de 607 A. C., o primeiro dia do sétimo mês judaico em 607 A.C., que é o ponto inicial para contar os 2.520 anos.

[Notas de Rodapé]

a Daqui em diante as datas judaicas mencionadas nas Escrituras se adaptarão ao nosso sistema moderno do calendário gregoriano. Os dias judaicos sempre principiam depois das 18 horas. As conversões foram feitas com a ajuda da Babylonian Chronology 626 B. C. to A. D. 45, por Parker e Dubberstein da Universidade de Chicago, edição de 1942.

b History of the Persian Empire, por Olmstead, 1948, pág. 50; também Light From The Ancient Past, por Finegan, 1946, pág. 190.

c Babylonian Chronology 626 B. C.—A. D. 45, por Parker e Dubberstein, 1942, págs. 11, 27.

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