Mantendo a santificação

“Pois isto é o que Deus quer, a santificação de vós, . . . para que cada um de vós saiba como obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra.” — 1 Tess. 4:3, 4 NM

1. Quão preciosa é a Palavra de Deus?

A PALAVRA de Jeová nos é transmitida no livro que chamamos de Bíblia, composto de muitos livros menores, todos inspirados pelo grande Autor que usou fiéis escritores humanos para assim revelar seu pensamento sôbre os assuntos dos quais a Bíblia trata. Essa Palavra de Deus é provada, experimentada e é pura. (Pro. 30:5) Tem sido preservada através dos séculos para se destacar agora brilhante e limpa no meio dum sistema de coisas corruto e decadente. Sendo sua grande Origem completa, justa e santa, esta Palavra é suficiente e não está sujeita a acréscimos ou reduções. (Deu. 4:2; Apo. 22:18, 19) Não há dúvida acêrca disso, as pessoas que amam a justiça e tudo o que ela significa precisam voltar-se a esta Palavra santa de Deus, porque só nela encontramos o que nos guia em retidão. Tão pura, santa e preciosa é ela, e tão bela nas suas partes componentes, que a palavra oportuna é comparada a maçãs de ouro em salvas de prata. “Uma palavra apropriadamente falada é como maçãs de ouro em quadros de prata.” “Como maçãs de ouro em salvas cinzeladas de prata é a palavra aptamente falada.” “Maçãs de ouro em obras de prata figurada é uma palavra falada a propósito” — Pro 25:11, RJ, TA; Tr.

2. No conteúdo da Palavra de Deus, que verdade se encontra, e que atitudes para com ela existem da parte dos homens?

² Embora um ornamento ou vaso entesourado seja de puro ouro ou prata, se fôr apanhado por mãos impuras ou descuidadas pode ser gravemente abusado, virado para baixo e esvaziado do seu precioso conteúdo. Isso tem sido feito por homens ímpios ao malbaratarem a Palavra da verdade de Deus. Entre o conteúdo belo e vital da Bíblia se encontra a verdade concernente à santificação, entretanto, que entendimento e apreciação da santificação têm hoje em dia as pessoas, mesmo do assim-chamado mundo “cristão”? A santimônia êles conhecem em todo o seu sentido repugnante. A santimônia, a hipocrisia, cobre de laca ordinária a estrutura inteira do velho mundo, na tentativa vã de encobrir a corrução existente por baixo de cada parte do velho sistema de coisas. Por causa dos seus esforços incansáveis de justificar seu proceder ímpio pela aplicação errônea de textos, os líderes da opinião pública, e especialmente os instrutores religiosos de tôda a Cristandade, roubaram o povo da apreciação do que é genuína santificação, conforme apresentada na Palavra de Deus. Ministros de religião católicos, protestantes, judeus e outros em geral agradam às massas nas suas gratificações de si próprios, e êles mesmos são coniventes com práticas que desonram a Deus, resultando em que o senso de valores da humanidade seja torcido a tal ponto que a pessoa que sinceramente lamenta as coisas que são abominação para Deus é uma verdadeira exceção. (Eze. 9:4) Contudo, há muitas de tais exceções, pessoas de coração honesto que amam a justiça. Estas podem saber com certeza que, apesar da santimônia hipócrita praticada em nome de Deus, a verdadeira santificação, agora como sempre, é o proceder sábio para o cristão adotar. Que olhem para a santidade do grande Autor, a santidade da sua Palavra de verdade e a santidade das suas doutrinas incorrutíveis.

3. Declare qual a relação do apóstolo Paulo à congregação em Tessalônica e o encorajamento que deu a êles e a nós acêrca de santificação.

³ Foi provavelmente por volta de 49 ou 50 E. C. que o apóstolo Paulo, na segunda viagem de pregação, fundou a congregação cristã em Tessalônica. Êstes cristãos, desde o início, passaram por uma severa perseguição religiosa por causa da sua fé. Sua perseverança foi uma alegria para seu irmão mais velho, Paulo, e, ao escrever-lhes êle, elogiou-os por causa da sua fé e encorajou-os com muita ênfase a manter a sua santificação, continuando no caminho da justiça no qual puseram seus pés. Foi bom que Paulo lhes escreveu conforme o fêz em Primeira Tessalonicenses, e se os cristãos hodiernos o permitirem, as mesmas palavras de Paulo poderão ajudar aos que amam a Jeová Deus a manter sua santificação.

4. Qual é a origem da santificação dos cristãos?

⁴ A santificação da congregação cristã não se originou com o apóstolo Paulo. Seu Autor e Provedor é o próprio Jeová Deus. Por meio do seu Filho, Cristo Jesus, esta relação a Deus foi aberta e feita disponível, e o próprio Jesus fez referências à santificação. Paulo mostra que a santificação foi a vontade de Jeová para os membros do corpo de Cristo, a ungida congregação cristã, da qual os cristãos em Tessalônica eram parte.

5. Dê evidência bíblica da vontade de Deus para com os cristãos.

⁵ No texto primeiro citado acima, Paulo indica que “isto é o que Deus quer, a santificação de vós”. (1 Tes. 4:3, NM) Mostrando além disso que a santificação é a vontade de Jeová para os cristãos, Paulo se expressou de modo similar no capítulo dez de Hebreus, ao discutir o cargo de Cristo Jesus e sua obra sacerdotal a favor do seu corpo, sua congregação espiritual. Paulo aplica a Cristo Jesus a profecia do Salmo 40:13, que diz: “Em fazer a tua vontade, Deus meu, eu me dêleito; a tua lei está dentro do meu coração.” Paulo o expressa dêste modo: “Por isso entrando no mundo, diz: . . . Eis aqui venho (no ról do livro está escrito de mim) para fazer, ó Deus, a tua vontade. Na qual vontade temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo feita uma vez para sempre.” (Heb. 10:5, 7, 10) Portanto, tão certamente como foi a vontade de Jeová Deus que Jesus fêz, é a Sua vontade que os cristãos sejam santificados, qualquer que fôr o significado de santificação.

6. Cite o que está implicado no título dêste artigo e enumere três coisas que se provarão de ajuda para nós.

⁶ Quando falamos de manter a santificação, subentende-se que não é alguma coisa que se retém automàticamente, mas que precisa ser procurada de contínuo. E êste é o caso. Que encorajamento nêste sentido deve ter sido para os cristãos tessalonicenses receber a carta de Paulo! A determinação de continuar no caminho em que começaram, fiéis ao seu Deus, deve ter aumentado ao lerem: “Finalmente, irmãos, vos pedimos e exortamos pelo Senhor Jesus, assim como recebêstes de nós a instrução sôbre como deveis andar e agradar a Deus, conforme de fato andais, que continueis a fazê-lo mais cabalmente. . . . Pois isto é o que Deus quer, a santificação de vós, para que vos abstenhais da fornicação; para que cada um de vós saiba como obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra.” (1 Tes. 4:1-14, NM) A fim de mantermos a santificação, precisamos, naturalmente, saber o que ela é, como é recebida e como pode ser mantida.

QUE É SANTIFICAÇÃO?

7. Defina “santificação“, mostrando sua justificação e o contraste que enfatiza.

⁷ Santificação significa estar em acôrdo com Jeová Deus, que nunca se rebaixa da sua santidade e justiça, que nunca muda. A justiça de Jeová é completa justificação para suas criaturas se devotarem a êle. De fato, a santificação é precedida pela dedicação pessoal de se fazer a vontade de Deus, e êste passo dado pela pessoa, bem como seu proceder subseqüente em acôrdo com isso, ela dá por causa da sua adoração de Jeová Deus. Isto certamente dá ênfase ao contraste extremo existente entre a moralidade de Jeová em todo sentido e a imoralidade da civilização atual em todo sentido. Esta santidade de Deus motiva seus atos e impulsiona os atos justos das suas criaturas em obediência e em adoração a êle; portanto são apropriadas as suas palavras a Israel, que já estava num pacto de lei com êle: “Eu sou Jehovah vosso Deus; portanto santificai-vos, e sêde santos, pois eu sou santo. Não vos contaminarei. . . Eu sou Jehovah, que vos fiz sair da terra do Egito, para ser o vosso Deus; portanto vós sereis santos, porque eu sou santo.” — Lev. 11:44, 45.

8. Que aplicação tem Levítico 11:44, 45 para os da congregação cristã?

⁸ Esta santificação por causa da santidade de Jeová não terminou com a nação de Israel. Antes, estendeu-se em princípio a congregação cristã dos seguidores ungidos de Cristo Jesus com fôrça mais impelente, de modo que o apóstolo Pedro tanto a praticou como a pregou. Ao fazer isso, Pedro indicou a outros cristãos a necessidade de manterem a sua santificação, dizendo: “Fortalecei vossas mentes para atividade, mantende-vos completamente equilibrados e depositai vossa esperança na benignidade imerecida que vos será trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, deixai de amoldar-vos segundo os desejos que antes tínheis na vossa ignorância, mas, de acôrdo com o santo que vos chamou, tornai-vos também santos em todo vosso procedimento, porque está escrito: ‘Tendes de ser santos, porque eu sou santo’” — 1 Ped. 1:13-16, NM.

9. Declare o exemplo de Israel que é um aviso.

⁹ Israel como nação não manteve a santificação, portanto, perdeu a aprovação e bênção de Deus. Os cristãos devem tomar isso como aviso. — 1 Cor. 10:6-11.

10. Continue com a definição enfática de “santificação“.

¹⁰ A palavra “santificar” significa fazer sagrado ou santo, pôr à parte para um ofício sagrado. Esta é uma definição geralmente reconhecida desta palavra portuguêsa, que vem do latim e tem também o significado de fazer livre do pecado, purificar da corrução moral. Certamente é uma expressão enfática e incorpora muito no seu significado.

É ELA REAL? É POSSÍVEL?

11. É a santificação uma realidade? Por que responde assim?

¹¹ Que diremos? É real a santificação para homens e mulheres cristãos agora na terra, ou é ela apenas uma frase que as organizações religiosas incorporam nas suas doutrinas e ensinos, mas que não tem realidade e nenhuma aplicação prática? A santificação é real, assim como o próprio Jeová Deus é uma realidade e é santo. Se cremos na declaração simples da Palavra de Deus acima citada, sabemos que a santidade de Jeová é uma coisa real, não havendo nela nada de ilusório. O Filho de Deus, Cristo Jesus, não estava apresentando as coisas erroneamente quando disse ao seu Pai celestial em oração, pouco antes da sua morte: “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. . . . Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, . . . Pai santo, guarda-os no teu nome, no nome que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. . . . Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. . . . Por amor deles me santifico, para que eles também em mim mesmo sejam santificados em verdade.” — João 17:6-19.

12. A situação de Jesus, ao falar do texto de João 17:6-19, focaliza que contraste?

¹² Quão sem brilho é a laca de santimônia da falsa religião em comparação com as palavras sãs do Mestre, faladas da plenitude do coração de alguém confrontado com a morte numa estaca de tortura! Tão certamente como Jesus viveu e morreu por causa da sua adoração de Jeová Deus, tão certo é a realidade da sua própria santificação da qual êle falou acima, e também da santificação dos seus associados, ou membros do corpo, à qual também fêz referência.

13. Paulo e Pedro estabêleceram a santificação como sendo o quê?

¹³ Ela foi real para os tessalonicenses, segundo Paulo, porque lhes disse: “Conforme de ƒato andais, que continueis a fazê-lo mais cabalmente.” (1 Tes. 4:1, NM) E Pedro, ao dar-nos a acima citada exortação à santidade, não nos enganava quanto à realidade da santificação. De modo que o ponto é que a santificação é genuína, não uma frase vazia, apenas para ser falada, mas um modo de vida prático e cristão, a vontade de Deus para seu povo e uma realidade.

14. Relate os fatos relativos aos homens imperfeitos e a questão que êsses levantam.

¹⁴ Mas alguém, em tôda sinceridade, talvez opine: Somos criaturas fracas, imperfeitas e pecaminosas por herança, de maneira que, embora a santificação seja a vontade de Deus para os cristãos, mesmo concedendo-se que para êle seja uma coisa real, como é possível que sejamos santificados, santos, devotados à justiça ou postos à parte para um serviço sagrado? Quanto a isto, dizemos das Escrituras que é possível obter a santificação.

15, 16. Arrazoe sôbre o assunto da possibilidade de santificação do ponto de vista de Jeová, de Cristo Jesus e da congregação romana.

¹⁵ Não há ninguém que conheça melhor que o próprio Deus Jeová as fragilidades humanas nossas. Cristo Jesus estava e está bem a par da nossa condição, reconhecendo as razões e os remédios para ela ainda mais do que nós, contudo, temos as palavras precedentes suas de asseguração. Também, o apóstolo Paulo escreveu a outra congregação sôbre santificação e esta congregação era constituída tanto de judeus como de não-judeus, encontrando-se na cidade que provàvelmente era a mais corruta da terra naquêles dias: a cidade pagã de Roma, a capital do império pagão de Roma. Por isso, note a consideração que o apóstolo Paulo teve pelas incapacidades dos seus irmãos em Roma e saiba que esta mesma consideração, conforme expressa aqui por Paulo, é mostrada por Jeová, mediante Cristo Jesus, para o benefício do seu povo agora:

¹⁶ “Não deixeis que o pecado continue a reinar como rei em vossos corpos mortais para obedecerdes aos desejos dêles. Nem continueis a apresentar vossos membros ao pecado como armas para a injustiça, mas apresentai-vos a Deus como os que reviveram dos mortos, também os vossos membros a Deus como armas para a justiça. Pois o pecado não deverá ter domínio sôbre vós, porquanto não estais debaixo de lei, mas debaixo de benignidade imerecida. Que segue daí? Cometeremos um pecado porque não estamos debaixo de lei, mas debaixo de benignidade imerecida? Que isso nunca aconteça! Não sabeis que, se continuais a apresentar-vos a alguém como escravos para lhe obedecer, do tal sois escravos porque lhe obedeceis, quer do pecado, com a morte em vista, quer da obediência, com a justiça em vista? Mas, graças a Deus, que fostes os escravos do pecado, mas vos tornastes obedientes de coração àquela forma de ensino à qual fostes entregues. Sim, desde que fôstes libertos do pecado vos tornastes escravos da justiça. Falo em têrmos humanos por causa da fraqueza da vossa carne: pois assim como apresentastes vossos membros como escravos à impureza e transgressão da lei, com a transgressão da lei em vista, assim apresentai agora vossos membros como escravos da justiça, com a santidade em vista.” — Rom. 6:12-20, NM.

17. Que mudanças na vida do individuo é implícita na “santificação”? Continua automàticamente a santificação com os cristãos?

¹⁷ Tanto para os cristãos romanos, pois, como para os de Tessalônica e os ungidos cristãos de hoje, nêste ano de 1955, a santificação significa que mudaram suas vidas e que cada um dêles se desviou dum proceder de transgressão da lei à observância da lei perante o grande Legislador, Jeová Deus. Esta santificação é necessàriamente algo que precisa ser procurado e mantido. Não continua automàticamente com a pessoa, porque envolve a mudança da vida da pessoa, mudança que esta faz depois de dedicar-se para servir ao Altíssimo e na qual precisa continuar e amadurecer.

18. Encontra Jeová um defensor da sua causa entre as religiões dêste velho mundo?

¹⁸ Encontra Jeová um defensor da sua causa entre as religiões dêste velho mundo? Nomeie um! Não há nenhum. Uma ilustração disso se encontra nos escritos dum destacado porta-voz do protestantismo. No seu livro recente, publicado em inglês e chamado Pregando Numa Era Revolucionária, no qual se refere a um escritor anterior que falou de um pai e filho na igreja, êste bispo conta: “O reitor idoso leu do Velho Testamento, e o menino soube do Deus terrível que mandou pragas sôbre o povo e criou serpentes abrasadoras para assaltá-los. Naquela noite, quando o pai passou pelo quarto de dormir do menino, êste o chamou, pôs os braços em volta do pescoço do pai, e puxando-o para si, disse: ‘Papai, você odeia a Jeová: eu também. Eu o detesto, o bruto sujo.” Observe os comentários feitos pelo autor sôbre esta anedota, e determine se êle defendeu o Deus da Bíblia e os relatos bíblicos dos seus atos de vindicação em tempos remotos: “Já faz muito tempo que rejeitamos o conceito de reconciliação associado històricamente com a idéia duma Deidade que seja detestável. Deus, para nós, não pode ser imaginado como um ser irado, horrível, vingativo, que, feito Shylock, exige sua libra de carne por causa do pecado de Adão. Não é de se admirar que o rapaz honesto dissesse em justificada repugnância: ’Bruto sujo.”

19. Quem sòmente defende a causa de Jeová?

¹⁹ É uma coisa vergonhosa alguém que usa o nome de Cristo, o qual sempre defendeu a Jeová, justificar a conclusão duma pobre criança mal-ensinada, de que Jeová Deus seja um “bruto sujo”. Mesmo desde os tempos de Jesus para cá, quem na terra tem defendido o Deus das Escrituras Hebraicas, proclamando a Sua supremacia, mostrando-lhe amor e devoção e convocando os seus próximos a fazer o mesmo? Quem adota êste proceder a favor da causa de Jeová Deus nêste dia? Aquelas pessoas, e sòmente aquelas que, deliberadamente, com entendimento e amor, mudam suas vidas para que seus próprios membros sejam apresentados como “escravos da justiça, com santidade em vista”. Isso é servir a causa santa do Deus santo. A santificação inclui esta apresentação dos membros dedicados da pessoa a Jeová para a obtenção de santidade. Esta santidade é uma coisa real que é possível obter e manter.

COMO É RECEBIDA?

20. De quem provém a santificação?

²⁰ Em harmonia com outros textos, as escrituras consideradas acima mostram que a santificação provém de Jeová Deus. É êle quem, por meio da sua Palavra da verdade atrai os homens a si mesmo por meio de Cristo, atraindo-os com a sua própria justiça. Foi êle quem, por meio da provisão do resgate de Cristo, tornou possível que homens imperfeitos tenham certa posição de relação reconciliada com Deus, sendo declarados justos pelo mérito do sacrifício de Jesus e sua fé nêle. (1 Cor. 1:30, NM) Jeová Deus é aquêle a quem todos os crentes se dedicam; assim, deveras, a santificação vem de Jeová. Jesus indicou isto ao dizer: “A mim, a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós outros: Blasfemas: por eu ter dito: Filho de Deus sou?” — João 10:36, Tr.

21. Que parte desempenha a verdade na santificação?

²¹ Também, ao considerarmos os meios de obter santificação, pensamos imediatamente nas palavras de Jesus que mostram que o agente usado é a verdade, quando êle disse ao seu Pai celestial: “Santifica-os por meio da verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17, NM) De modo que a Palavra revelada de Deus é essencial para o proceder justo de santificação. Jeová, tendo santificado os membros dedicados da congregação cristã do corpo de Cristo por dar-lhes a vocação ao reino celestial, ungindo-os com seu espírito, aparta-os para seu serviço santo, sagrado, consagrando-os, e êle os guia por meio da sua Palavra de verdade. Ó, sim, mas como, de início, chega a verdade aos homens e mulheres nas suas vidas individuais? É certo que Jeová Deus não desce e se assenta com êles, instruindo-os na sua Palavra. Nem o faz Cristo Jesus, pois êle e o Rei celestial. O apóstolo Paulo, escrevendo à mesma congregação dos tessalonicenses, mostra como a verdade que santifica chega aos homens, porque êle lembra como chegou aos em Tessalônica, dizendo: “Deus vos selecionou desde o princípio para a salvação por santificar-vos com espírito e pela vossa fé na verdade. Para êste mesmo destino vos chamou pelas boas novas que declaramos, . . . Assim, pois, irmãos, estai firmes.” — 2 Tes. 2:13-15, NM.

22. Mostre a parte desempenhada pelo ministério cristão na santificação.

²² Devemos entender que foi a declaração das boas novas que Paulo fez aos tessalonicenses que lhes trouxe a Palavra da verdade de Deus, na qual creram e depositaram fé, e que resultou em serem selecionados por Deus para a salvação por meio de santificação? Sim, exatamente! Assim foi através da era cristã e assim é hoje, que os homens e mulheres entram nesta relação bendita com seu Deus em santificação e devoção a êle, porque outros ministros cristãos que os precederam chegaram-se a êles com a mensagem da Palavra de Deus, lhes pregaram estas verdades da Bíblia e êles ouviram e agiram de acordo. — Rom 15:16, NM.

23. Descreva a atual relação entre irmãos espirituais “mais velhos” e “mais novos”?

²³ Espiritualmente falado, Paulo era seu irmão mais velho e êles, em Tessalônica, eram seus irmãos mais novos, pois foi dêle que receberam esta mensagem da Palavra de Deus. Êste padrão cristão não mudou. É o mesmo hoje em dia. Desde que o Reino nasceu em 1914, e o Senhor veio ao templo para julgamento em 1918, e desde a proclamação ativa da mensagem do reino presente de Deus através da terra a partir de 1920, o número dos que adoram a Jeová aumentou ao ponto que hoje há centenas de milhares de pessoas em 150 países e terras que responderam à pregação de ministros espiritualmente mais “velhos” do que eles, assim como os tessalonicenses responderam à pregação do apóstolo Paulo. Hoje se encontram ativos no serviço de Deus ministros que defenderam a causa de Jeová por muitos anos. Estes fiéis servos de Deus têm pregado muito, e com o passar dos anos juntaram-se a êles outros, e assim a obra aumentou. Na terra há agora aproximadamente 18.000 pessoas que dão evidência de serem dos remanescentes ou do restante do corpo santificado de Cristo que pertence a Deus, conforme mostrado pelo número dos que participaram dos emblemas do Memorial em 1954.

24. Em que discernimos nosso “irmão mais velho”?

²⁴ Nós, cujos olhos foram abertos mais recentemente pela verdade da Bíblia para ver a maravilha de Jeová, reconhecemos nestes irmãos mais velhos ministros que estão conosco numa relação similar à do apóstolo Paulo para com a congregação em Tessalônica. Ainda mais, e isso é de maior importância, reconhecermos na organização do restante ungido um amoroso irmão mais velho, e, se agora somos devotados a Deus, sabemos que a razão pela qual fomos selecionados para a salvação, ao termos fé na verdade, é que êste “irmão mais velho” pregou-nos as boas novas. Acima de tudo, porém, reconhecemos o ministério passado e presente de nosso verdadeiramente mais velho Irmão, Cristo Jesus. Isto reconhecemos de bom grado, dando a Jeová Deus tôdas as graças e louvor, por intermédio de Jesus Cristo.