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  • Um povo com propósito
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
w55 1/10 pp. 163-167

Um povo com propósito

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva . . . a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” — 1 Ped. 2:9, ARA.

1. Quer característica notável dintingue Jeová de todos os outros chamados deuses?

JEOVÁ, dessemelhante a todos os outros chamados deuses, prova ser o grande Deus de propósito. Como o Criador todo-poderoso, êle não somente propõe que algo seja, mas também faz com que seja. Ora, o próprio nome dêste Ser, esta proeminente Causa Primária, vem da palavra hebraica que significa ‘aquêle que causa que seja’. Disse êle a Moisés: “Eu provarei ser aquilo que eu provarei ser.” As suas majestosas obras criativas bem como os seus tratos íntimos com as criaturas dão ampla evidência desta verdade eterna. Assim como o construtor de certa casa tem, desde o início, um alvo ou propósito definido, certo projeto especial em mente, certa meta ou objetivo que êle se esforça em alcançar, muito mais então o supremo Construtor Mestre do universo. Não somente determina êle previamente o que fazer, quando fazê-lo e como fazê-lo, mas também o conduz até o fim e o realiza com êxito. “Haja luz” foi sua vontade e ordem, e “houve luz”. Tome forma a terra, e ela o fêz. Sejam estabelecidas as águas em limites, e elas o foram. Sejam formadas criaturas viventes — peixes para o mar, aves para o ar, gado, coisas rastejantes e bêstas de tôda a sorte para viverem sobre o solo — tudo isso Jeová propôs e veio a ser. “Eu sou Deus, e . . .não há outro. Eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde os tempos antigos as coisas que ainda não teem sido feitas; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; . . . Eu o disse, eu também o cumprirei; formei este propósito, também o executarei.” — Êxo. 3:14;NM; Gên. 1:3; Isa. 46:9-11.

2 Por que podem as criaturas depositar inteira confiança e segurança na Palavra de Jeová Deus?

2 Jeová é também Deus imutável, o mesmo ontem, hoje e amanhã, inflexível em sua vontade e seu propósito santos. “Eu Jehovah não mudo” é uma eterna declaração de fato, uma verdade inalterável. (Mal. 3:6) O Alto e Sublime não é mero homem para que precise mudar de idéias sôbre certo assunto. Ele não é semelhante a criaturas caprichosas que são instáveis e volúveis em decisão, mudando de opinião e cujos propósitos não podem ser preditos. “Pois assim diz Jeová, . . . Falei, propus, e não me arrependi, nem recuarei disso.” (Jer. 4:27, 28, NA) Não, Jeová jamais comete êrro, e, assim, jamais tem de inverter seu proceder de ação predeterminado. Jamais tem de mudar seu propósito expresso para acomodar uma situação imprevista ou dar lugar a uma emergência inesperada. O grande Jeová é, por conseguinte, alguém em quem as criaturas podem depositar sua inteira confiança e implícita segurança, pois se pode predizer o que êle fará, êle é fidedigno e fiel à sua palavra. Êle diz certa coisa e a faz. “Jeová dos exércitos jurou, dizendo: Certamente, conforme pensei, assim virá a suceder; e conforme propus, assim subsistirá.” — Isa. 14:24, NA.

3 Qual foi o propósito original de Jeová para com esta terra? Como tentou Satanás frustrá-lo?

3 Entre as muitas coisas que Jeová propôs originalmente foi ter a terra cheia de criaturas inteligentes que seriam perfeitas em corpo, justas em mente e pensamento, e inteiramente obedientes a seu Criador na atividade delas. Para isso, Jeová criou um casal humano perfeito, macho e fêmea, e lhe ordenou que ‘frutificasse’ se multiplicasse, enchesse a terra e a sujeitasse. (Gên. 1:28) No arranjo teocrático de coisas, deu-se a um glorioso querubim celestial a supervisão dos afazeres humanos no jardim do Éden, a fim de que visse que a vontade e os propósitos do Criador fossem executados. Mas, ah! o que aconteceu? Logo no início da história humana surgiu a sedição. Impressionado com sua glória deslumbrante e beleza excepcional, o querubim cobridor ambicionou uma posição no universo semelhante à do Altíssimo. (Eze. 28:13-15) Logo após, êle se rebelou contra o Soberano Dominador do universo, persuadiu a Eva e depois a Adão a quebrarem sua integridade a Jeová e no decorrer do tempo fêz com que uma grande hoste de criaturas angélicas aderisse à rebelião. Como resultado, o cabeça deste bando pérfido foi expulso de sua posição honrosa na organização de Jeová e foi pôsto sob a sentença de morte como vil criminoso. Desde então tem sido identificado pelo repugnante e desprezível rótulo de “Satanás, o Diabo”. Desde aquêle tempo até o presente, sob o domínio, satânico da iniqüidade, a terra se tem enchido de crimes e violência, à medida que geração após geração de criaturas imperfeitas, nascidas em pecado e formadas em desordem, tem continuado em sua oposição aberta contra Deus.

4, 5. (a) Que conclusão errônea devemos evitar? (b) Que propósito duplo tem Jeová em permitir que Satanás permaneça até agora?

4 Não é, por conseguinte, razoável concluir, em face dêstes eventos deploráveis, que o propósito original de Jeová, de ter a terra cheia de justiça, tenha sido completamente frustrado e reduzido a nada? Não, de forma alguma! Não tire precipitadamente tal conclusão falsa. Fazer isso demonstra ou crassa ignorância de outros fatos importantes ou voluntária indiferença para com êles, fatos que dão prova sobrepujante de que tal rebelião de forma alguma alterou ou mudou ou até mesmo retardou no mínimo o propósito original de Jeová de ter um paraíso global, cheio de criaturas obedientes. No próprio início da desobediência no jardim do Éden, Jeová declarou que, no seu tempo devido, todos os rebeldes iníquos seriam exterminados e a humanidade obediente seria abençoada com vida eterna. Em substância, Jeová disse a Satanás, conforme registrado mais tarde pelos escritores inspirados da Bíblia: “Por esta razão te mantive em existência, para te mostrar o meu poder e a fim de fazer declarar o meu nome em tôda a terra”, “para que o meu nome seja publicado por tôda a terra”. -Êxo. 9:16; Rom. 9:17, NM.

5 Conforme declarado aqui, esta afirmação de Jeová revela duplo propósito. Em primeiro lugar, a declaração afirma que o poder irresistível e onipotente de Jeová será demonstrado em toda a sua majestade terrível quando o Diabo e sua companhia inteira de rebeldes forem completamente destruídos. Além disso, faz com que seja certo que o nome, a palavra e os propósitos de Jeová sejam proclamados, declarados, publicados e dêles se testifique através da terra, a fim de que as pessoas que amam a Deus tenham a oportunidade de escapar da destruição e tornar-se parte de uma sociedade do Novo Mundo que encherá a terra de justiça. Por conseguinte, é bastante claro que, desde o próprio início do afastamento do homem da verdade, Jeová propôs ter um povo na terra que seria fiel à sua causa, povo que seria suas testemunhas, povo para seu nome, povo até mesmo chamado pelo seu nobre nome, isto é, as testemunhas de Jeová.

UM POVO PARA O PROPÓSITO DE JEOVÁ

6. Que evidência há na Bíblia para provar que as testemunhas do Jeová tem estado, sobre a terra por cêrca de 6.000 anos?

6 Falhou tal propósito divino, ou, foi muito retardado, retardado talvez até êstes dias e esta época, antes de algo ser feito a favor dêle? A história responde Não! Dentre os próprios filhos de Adão surgiu um indivíduo corretamente disposto, de nome Abel, que testificou publicamente diante de outros quanto à sua confiança e esperança na promessa de Deus registrada em Gênesis 3:15. Abel demonstrou tal confiança implícita naquela profecia que ofereceu sacrifícios animais, prefigurativos do grande Cordeiro de Deus cujo sangue derramado remove o pecado. “Pela fé Abel ofereceu à Deus mais excelente sacrifício que Caim, pela qual, alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho de seus dons.” Nem foi Abel a única testemunha a favor de Jeová antes do Dilúvio. Enoc, “o sétimo homem em linha desde Adão”, semelhantemente “alcançou testemunho de que agradara a Deus”, pois “continuou a andar com o Deus”. — Heb. 11:4, 5, NTR; Jud. 14, 15; Gên. 5:24, NM.

7. Em que obra estranha se empenhou Noé? Com que êxito?

7 Houve então Noé e sua família. “Noé era homem justo. Ele provou ser irrepreensível entre seus contemporâneos. Noé andava com o Deus.” Ele foi “pregador da justiça”, alguém que “achou favor aos olhos de Jeová”. (Gên. 6:9, 8; 2 Ped. 2:5, NM; Heb. 11:7) Mas, andar em obediência e achar favor aos olhos de Jeová exigiu que Noé fizesse uma obra que parecia bastante estranha aos olhos daquela geração. Ali estava o fiel homem idoso, edificando um enorme barco por ordem de Jeová, e, ao mesmo tempo pregando a seus amigos e vizinhos que, a menos que êles se arrependessem de sua iniqüidade e tomassem refúgio nesta provisão que Jeová fazia, êles em breve seriam destruídos. “Disse Jehovah a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque vi que eras justo diante de mim nesta geração.” (Gên. 7:1) Os zombadores e ridicularizadores daquela geração provaram ser a maior parte, pois somente oito, inclusive Noé, entraram na arca, passaram através da aniquilação do primeiro mundo, e saíram para uma terra limpa, como típica sociedade do Novo Mundo!

8 Por que foi Abraão chamado “amigo de Jeová”?

8 Portanto, há abundância de fiéis testemunhas de Jeová (pelo menos dez em número, simbólico de inteireza terrestre) que viveram no mundo antediluviano. Depois do Dilúvio: “‘Abraão exerceu fé em Jeová, e isto lhe foi imputado como justiça’, e veio a ser chamado ‘o amigo de Jeová’.” (Tia. 2:23, NM) Aqui estava um homem que, junto com sua devotada espôsa, Sara, depositou fé no Libertador prometido de Jeová, muito embora tivessem passado 2.000 anos desde que tal promessa fôra feita no Éden e nenhum libertador tinha ainda aparecido no horizonte. Não era também mero serviço de lábios da parte de Abraão, pois ele deu testemunho aberto ao mundo inteiro de sua esperança e crença por separar-se completamente daquele sistema de coisas, e isso a grande custo em desconforto e inconveniência. “Pela fé, Abraão, quando foi chamado, obedeceu em sair para um lugar que ia receber como herança, e ele saiu, ainda que não soubesse para onde ia. Pela fé ele residiu temporariamente na terra da promessa como numa terra estranha e morou em tendas com Isaac e Jacó, os herdeiros com ele da mesmíssima promessa. Porque esperava a cidade que tem verdadeiros fundamentos, da qual o edificador e criador é Deus. . .  .Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, pois aprontou para eles uma cidade.” — Heb. 11:8-10, 16, NM.

9. A quem testemunhou Lot? Com que resultados?

9 O sobrinho de Abraão, o “justo Lot”, demonstrou também que não era parte do sistema de coisas do Diabo. Lot “ficava grandemente angustiado pela indulgência das pessoas desafiadoras da lei em conduta dissoluta” naquela infame cidade de Sodoma, todavia, como servo de Jeová, ele permaneceu entre estas pessoas o suficiente para dar o testemunho final. “Disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque Jehovah há de destruir a cidade.” Mas, assim como o povo nos dias de Noé zombou e fez ridículo daquela fiel testemunha de Jeová, assim também riram de Lot, que amava a justiça. Para eles Lot “pareceu como quem estava zombando”. No entanto, como no caso de Noé, assim também no de Lot: “Jeová sabe como livrar da prova as pessoas de devoção piedosa, mas reservar as pessoas injustas para o dia de juízo, para serem extirpadas.” — 2 Ped. 2:7-9, NM; Gên. 19:14.

10. Descreva como Jó provou mentiroso o Diabo.

10 Outro exemplo notável entre aquelas testemunhas de Jeová da antiguidade foi Jó, poderoso homem de integridade, famoso por permanecer fiel e resoluto para com Jeová sob a mais severa pressão satânica. Fiel ao significado do seu nome, Jó foi odiado, hostilizado e perseguido pelo Diabo, pelos demônios e seus discípulos. Todavia, apesar de tôda a crueldade sádica e tortura prolongada de seu corpo e mente, a fidelidade e a devoção de Jó a Jeová continuaram inquebrantadas. ‘Ainda que eu seja morto, todavia confiarei em Jeová’, era a sua atitude. Assim, por tal fidelidade inabalável e contínua sob prova e experiência, Jó alegrou o coração de Jeová, pois forneceu ao Altíssimo uma resposta a dar ao adversário escarnecedor. Jeová pode dizer a Satanás: “Notaste o meu servo Job? pois não ha ninguém semelhante a ele na terra, homem íntegro e reto, que teme a Deus e que se desvia do mal.” — Jó 1:8; 2:3; 13:15; Pro. 27:11.

11. Por que foi Moisés enviado de volta ao Egito? Quais foram os resultados finais?

11 Depois de cêrca de cem anos, o Egito atingiu seu zênite. Foi a primeira potência mundial em poder militar; em arrogância profana e audácia impúdica foi o senhor que mantinha escravizado o povo escolhido de Jeová, os descendentes de Seu amigo, Abraão. Por conseguinte, Jeová determinou humilhar e destruir aquela nação presunçosa e livrar o seu povo escolhido, tudo o que serviria como ilustração daquilo que Jeová tem determinado fazer no Armagedon ao império inteiro do Faraó maior, Satanás, o Diabo. Mas, primeiro, antes de afogar como ratos no Mar Vermelho os exércitos orgulhosos e altivos de Faraó, Jeová propôs dar um testemunho cabal de aviso a todos os egípcios, aos dominadores e aos dominados, da mesma forma. Para isso, Jeová escolheu seu fiel servo, Moisés, para ser seu porta-voz e portador de testemunho. “Entra a Faraó e dize-lhe: Assim diz Jehovah.” (Êxo. 8:1; 9:1, 13) Moisés obedeceu repetidas vezes a estas instruções. Mas, o endurecido de coração e obstinado somente se tornou mais endurecido de coração e obstinado. Todavia, Jeová, em sua grandeza, foi longânime e misericordioso. Com que resultados? Por volta do tempo em que se deu a sétima praga, houve uma divisão até mesmo entre os egípcios, tanto assim que todo “aquele que dentre os servos de Faraó temia a Jehovah, fez fugir os seus servos e o seu gado para as casas; porém aquele que não se importava com a palavra de Jehovah deixou os seus servos e o seu gado no campo”. (Êxo. 9:20, 21) Quando se completou o testemunho final, Jeová, com braço forte e poderoso, levou seu povo para fora, junto com “uma grande mistura de gente” de não israelitas, mas, os exércitos presumivelmente invencíveis do Egito, que seguiram em ardente perseguição, Jeová fez que fôssem engolfados pelo mar, onde “afundaram-se como chumbo”. — Êxo. 12:38; 15:1, 5, 10.

12. Mencione outros indivíduos notáveis que se distinguiram como testemunhas de Jeová em tempos antigos.

12 Pode-se fazer breve menção, também, de mulheres como Raab, Débora e Jael, bem como de homens como Gideão, Barac, Sansão, Jefté, Samuel, Davi e uma hoste de outros que se distinguiram como fiéis testemunhas de Jeová. De fato, houve uma “grande nuvem” de testemunhas de Jeová desde os dias de Abel até os tempos do Cristo, incluindo tais personalidades notáveis como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, profetas e testemunhas extraordinárias, que tornaram conhecido o nome e a fama do grande Jeová Deus. — Heb. 11:31, 32; 12:1.

13, 14. Que espécie de tratamento experimentaram no passado as testemunhas de Jeová? Por quê?

13 Muitas dessas testemunhas antigas sofreram terríveis coisas, durezas e perseguições que se igualam a tudo o que os ditadores modernos têm infligido aos servos de Jeová. E por quê? Por que se viram obrigados a vaguear pelos desertos e montanhas e viver em covas e cavernas da terra? Por que foram acossados, espancados, apedrejados, lançados aos leões, assados em fornos, consignados à espada e serrados em pedaços? Por que se viram obrigados a andar de um lado para o outro “vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados”? O apóstolo Paulo diz-nos que foi por causa de não serem parte dêste velho mundo iníquo sob o domínio de Satanás, mas por estarem buscando, ao invés, aquêle novo mundo prometido cujo Criador e Edificador é Jeová. — Heb. 11:10, 33-38, NTR.

14 Como fiéis testemunhas de Jeová, êles certamente demonstraram as mesmas qualidades elogiáveis possuídas pelo seu Deus e Pai. As suas mentes estavam fixas em fazer a Sua vontade. Em seus corações, a questão de quem é o Soberano Supremo do universo estava resolvida. Sabiam que estavam certos. Portanto, com fortaleza e confiança, continuaram até o fim. Moveram-se para a frente, constantes, resolutos, indesviáveis em sua devoção, firmes em sua integridade, inflexíveis em sua fé. Na verdade, eram um povo com propósito fixo, a saber, viver uma vida de acôrdo com a vontade e o propósito perfeitos de seu Criador, e estavam determinados que, pela benignidade imerecida de Jeová, fariam exatamente isso, viesse o que viesse. Foi por estas razões sólidas que suportaram o que suportaram às mãos do Diabo e seus bandidos prescritos, enquanto, ao mesmo tempo, davam testemunho a outros de que sua esperança e confiança residiam no prometido governo teocrático de Deus, seu reino celestial sob a administração do Messias. Tal proceder da parte daqueles homens e mulheres serviu primariamente para a vindicação da palavra e do nome de Jeová, e, secundáriamente, significou a sua própria salvação e libertação, bem como vida eterna para todos os que atentaram para sua mensagem de aviso.

TAMBÉM HOMENS DE PROPÓSITO OS CRISTÃOS PRIMITIVOS

15. Em que respeitos foi Jesus de Nazaré semelhante às testemunhas de Jeová anteriores ao seu tempo?

15 Maior que Abel, maior que Moisés, sim, maior que qualquer testemunha de Jeová, antes ou desde então, foi Jesus de Nazaré. Não houve dúvida quanto ao seu propósito na vida, pois declarou: “Para este propósito vim ao mundo, para que eu desse testemunho da verdade.” (João 18:37, NM) Ele veio, não em seu próprio nome, mas no nome de seu Pai, Jeová. Ele, por conseguinte, deu testemunho verídico no tocante ao nome, palavra e propósitos de Jeová. Cristo Jesus foi realmente aquêle escolhido para ser o Rei do governo do novo mundo de Jeová; de modo que aquêle reino prometido foi o grande tema de seu ministério. Naturalmente, tal testemunha franca a favor da causa de Jeová na terra seria violentamente combatida pelo Diabo e seus ministros; mas, por suportar tal perseguição viciosa sem reclamar, Jesus ganhou o honroso título de “a Testemunha Fiel”, “a testemunha fiel e verdadeira”. — Apo. 1:5; 3:14, NM.

16, 17. (a) Quem atentou para a mensagem pregada por Jesus? (b) Por sua vez, o que se tornaram os seguidores de Cristo?

16 A inteira nação de Israel soube de Jesus e da mensagem que êle pregava, todavia, não muitos atentaram para aquilo que êle disse. Na realidade, somente aquêles ‘ao lado da verdade ouvem a minha voz’, disse Jesus. (João 18:37, NM) “Já vo-lo disse, e não credes. . . . Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:25-27, NTR) Ora, os que ouviram Jesus e tornaram-se seus discípulos também tornaram-se testemunhas a favor de Jeová. Jesus disse a tais: “Vós, por vossa vez, devereis dar testemunho, porque tendes estado comigo desde quando comecei.” (João 15:27, NM) Novamente, Jesus disse a seus discípulos antes de deixá-los: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o espirito santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em tôda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” “Começando de Jerusalém, haveis de ser testemunhas destas coisas.” “Ide e fazei discípulos de pessoas de todas as nações.” — Atos 1:8, NTR; Luc. 24:47, 48; Mat. 28:19, NM.

17 A impressão subseqüente feita na história por aquêles seguidores primitivos de Cristo prova, além de dúvida, que êles executaram as instruções do seu Mestre: “Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus.” (Atos 4:33, NTR) De modo intrépido, o apóstolo Pedro declarou diante do Sinédrio: “Nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o espírito santo que Deus deu àqueles que obedecem a êle como dominador.” (Atos 5:32, NM) Estêvão foi muito franco em seu testemunho, tanto assim que seus oponentes enraivecidos o conduziram para fora e o apedrejaram até que morreu. (Atos 7:1-60; 22:20) Ao apóstolo Paulo, o próprio Senhor disse tranqüilizadoramente: “Tem bom ânimo: porque, como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que o dês também em Roma.” — Atos 23:11, NTR.

18. Em que respeitos eram os seguidores de Cristo diferentes dos outros nos seus dias?

18 Bem, que fôrça impulsionadora capacitou aquêles seguidores de Cristo, do primeiro século, a dar tal testemunho cabal? Qual eram seu alvo e propósito na vida, seus motivos para fazer tal obra impopular? Que fêz com que arriscassem suas vidas (muitos até mesmo perderam suas vidas) para ser testemunhas de Jeová? Será que foi devido a alguma ambição egoísta, algum lucro pessoal, ou foi porque eram desequilibrados mentalmente ou porque tinham alguma espécie de complexo de personalidade que os levou a morrer como mártires? Como instrumento do Diabo, o governador provincial, Festo, acusou falsamente a Paulo de estar louco, quando este falou muito eloqüentemente diante do Rei Agripa, mas não havia nem uma partícula de verdade na odiosa acusação. (Atos 26:24) Lede o relato inteiro dos cristãos primitivos e vereis que eram diferentes do resto do mundo corruto, não, entretanto, por causa de serem lunáticos excêntricos ou exquisitamente desequilibrados em seus sentidos. Eram diferentes visto que estavam devotados à verdade, à justiça e ao serviço de Deus Altíssimo. Realmente, aqueles cristãos primitivos eram homens e mulheres muito inteligentes, muito mais espertos do que seus opositores, que eram tão obtusos em ouvir e perceber que não puderam reconhecer o caminho que conduz à vida.

19. (a) Qual é a fonte reconhecida do zêlo, da determinação e da perseverança do cristão? (b) Que alvo e propósito na vida tinham os cristãos do primeiro século?

19 Os cristãos do primeiro século tinham zelo, entusiasmo, determinação, poder e perseverança em medida muito maior do que os devotos de outras religiões. Tais fôrças impulsionadoras foram supridas por Jeová Deus, e aqueles cristãos primitivos reconheciam esta fonte de sua fortaleza. Ao se erguer diante do Rei Agripa, o fiel Paulo declarou com tôda humildade: “Tendo, pois, alcançado socorro da parte de Deus, ainda até o dia de hoje permaneço, dando testemunho tanto a pequenos como a grandes.” (Atos 26:22, NTR) Portanto, foi a fôrça ativa de Jeová, seu espírito santo sôbre eles, que capacitou os fiéis seguidores de Cristo a ir avante, no meio de tal oposição violenta e diabólica. Não estavam interessados em empreendimentos egoístas, nem se empenhavam na obra apenas para fazer um nome para si próprios. Como parte da “raça eleita”, do “sacerdócio real” e da “nação santa”, seu propósito era declarar amplamente as excelências daquele que os chamara da escuridão para sua maravilhosa luz. Por isso, seu interesse e sua preocupação primários eram o nome, a palavra e os propósitos de Jeová. O Seu nome havia sido difamado por aqueles que pretendiam servi-lo. A sua sagrada Palavra tinha sido escondida sob o entulho da tradição ortodoxa. Os seus imutáveis propósitos estavam obscurecidos do povo em geral. Por isso, os seguidores das pisadas de Cristo, que haviam sido informados sôbre estes assuntos importantíssimos, consideravam uma grande honra e privilégio falar com suas concriaturas, quer pequenas, quer grandes, acerca destas maravilhosas provisões que Jeová fizera para a sua salvação e libertação da destruição impendente. Não obstante tôdas as acusações falsas, a obra de pregação dos cristãos primitivos era uma boa obra. Era de amor; primeiro de tudo, amor ao seu Criador, Jeová Deus, e, também, amor aos seus próximos e semelhantes.

20. Quais são algumas das perguntas que ainda não foram respondidas?

20 É o cristianismo verdadeiro diferente hoje em dia do que no início? Alterou esta era moderna as condições e circunstâncias e fêz com que a pregação do evangelho se tornasse antiquada e imprática? Podemos dizer que o propósito das testemunhas de Jeová da atualidade é o mesmo que o dos cristãos primitivos, há 1.900 anos atrás? Estas são algumas das perguntas importantes que serão consideradas no artigo que segue.

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