Reconhecendo a organização teocrática para a vida

“Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que nos exalte a seu tempo, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” — 1 Ped. 5:6, 7.

1. Por que não se pode dar ênfase demais ao reconhecimento da organização teocrática, em vista da vida, unidade e paz?

NÃO se pode dar ênfase demais à necessidade de se reconhecer a organização teocrática de Jeová. Se a vida de alguém depender de certo proceder, êle deve ficar bastante contente de seguir aquêle proceder, mesmo que, por humilhar-se, fira seu orgulho. É assim que deve ser com o reconhecimento da organização teocrática e seu modo de operação sob a mão de Deus. Os anarquistas recusam reconhecer a organização e submeter-se a ela. Dizer que não há organização teocrática soa a desordem ou anarquia, pois isso significaria que Deus não tem organização e não tem organizado seu povo, seu rebanho. Para êle é mais importante ter sua criação viva e inteligente organizada do que ter organizadas suas criações inanimadas, o sol, a lua e as estrelas, pois a unidade, harmonia, paz e eficiência de trabalho do seu universo dependem de ser organizados e operados teocraticamente.

2. Estando a favor do reconhecimento da organização, para quem foram escritas as antigas Escrituras Hebraicas?

² A Bíblia sagrada é o Livro das instruções de Deus às suas criaturas inteligentes na terra. Para podermos executar as instruções do Livro de Deus, a Bíblia, precisamos reconhecer a organização teocrática, visto que a própria Bíblia, de capa a capa, a reconhece. De fato, a Bíblia é o Livro da organização teocrática visível. As palavras que são as primeiras nela, que o próprio Deus escreveu com seu próprio “dedo”, foram para uma organização teocrática, isto é, as “Dez Palavras”, os Dez Mandamentos, para sua organização teocrática típica, a nação de Israel. (Deu. 10:1-4) Tôdas as outras parte da Tora, ou a Lei, de Gênesis a Deuteronômio, foram escritas pelo profeta Moisés, sob inspiração de Jeová Deus, para a mesma organização. O fato é que todos os outros livros das antigas Escrituras Hebraicas foram escritos para a organização teocrática, típica, de Israel. Mas, não só para êles, porque o apóstolo cristão, Paulo, escreve à congregação cristã de Deus e cita o Salmo 69:9, para fazer este argumento: “Porque . . . Cristo não se agradou a si mesmo, antes como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam, cairam sobre mim. Pois tudo quanto foi escrito, anteriormente, para o nosso ensino foi escrito, afim de que, pela paciencia e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Rom. 15:3, 4.) Conseqüentemente, as antigas Escrituras Hebraicas, de Gênesis a Malaquias, foram escritas primàriamente para a instrução da congregação cristã de Deus.

3. Igualmente, para quem foram escritas as Escrituras Gregas Cristãs, e por que é necessário que estes estejam cônscios da organização?

³ O mesmo é verdadeiro das Escrituras Gregas Cristãs, de Mateus até Apocalipse. Exceto o relato evangélico de Lucas, os Atos dos Apóstolos, as cartas a Timóteo, Tito e Filêmon, e a segunda e a terceira cartas do apóstolo João, todos os livros das Escrituras Gregas Cristãs foram escritos diretamente à congregação cristã e primariamente para a congregação cristã. Mas, até aquelas oito exceções foram escritas a pessoas da organização teocrática cristã e lhes foram Escritas expressamente a favor dessa organização. Por esta razão, atualmente, todos os vinte e sete livros das Escrituras Gregas Cristãs pertencem ao rebanho cristão de Deus e não a qualquer pessoa; e estes livros, junto com os trinta e sete livros das Escrituras Hebraicas, formam a Bíblia completa e inspirada. Em vista da sua ligação inquebrantável com a organização teocrática cristã, a Bíblia está cônscia de organização e não pode ser entendida completamente sem termos em mente a organização teocrática. Isto faz com que seja necessário que aquêles que se humilham sob a poderosa mão de Deus levem em conta a organização teocrática e a reconheçam. Tôdas as ovelhas do rebanho de Deus devem estar cônscias de organização, como a Bíblia.

ESTRUTURA E ATIVIDADES

4. Apesar da condição da cristandade, que argumenta que Deus tenha uma organização visível, e como está ela quanto aos seus arranjos e métodos?

⁴ Atualmente, estamos removidos dezenove séculos da organização teocrática visível do primeiro século da era cristã. Durante todos esses séculos, a organização que professa ser cristã tem sofrido muitas mudanças e se dividido em centenas de seitas e cultos religiosos, o que resultou no espalhamento do rebanho religioso. A desorganização religiosa existente na cristandade, portanto, tem freqüentemente tomado a forma de violentas guerras religiosas e perseguição das seitas menores ou mais novas. Para termos uma organização teocrática cristã, precisamos romper as tradições religiosas da cristandade e voltar às instruções e dos arranjos apostólicos do primeiro século. Deus tem hoje na terra seu rebanho de ovelhas debaixo de seu Justo Pastor, e assim precisa ter e realmente tem uma organização visível agora, sob Sua mão poderosa. Em prova de que ela é teocrática, assim como o eram os apóstolos de Jesus Cristo, êste rebanho organizado de suas ovelhas é apostólico nos seus arranjos e métodos de atividade. Ao mesmo tempo, está ajustado às necessidades da atualidade para o serviço prescrito de Deus.

5. O que não significa ser a organização hoje apostólica?

⁵ O ser apostólica a organização não significa ter ela “apóstolos” vivos, chamados assim, ou até “sucessores apostólicos”. Não poderia ter tais, porque os doze apóstolos do Cordeiro, Jesus Cristo, foram as pedras de fundamento da congregação cristã e pertencerem ao seu início, fundação ou infância. (Apo. 21:14, 19) Pelo fim do primeiro século, todos os autênticos apóstolos estavam mortos, e não fizeram designações de sucessores. A Bíblia inspirada fala contra os chamados “sucessores apostólicos” que, como Simão, o mago de Samaria, gananciosamente desejam exercer o poder dos apóstolos sôbre o rebanho de Deus. “Pois tais homens são falsos apóstolos, trabalhadores dolosos, transformando-se em apostolos de Cristo. Não é de admirar; pois o proprio Satanás se transforma em anjo de luz. Portanto não é grande coisa se tambem os seus ministros se transformam como em ministros de justiça.” Tais homens ambiciosos, que exaltam a si próprios, deixam de reconhecer a organização teocrática e de humilhar-se debaixo da poderosa mão de Deus. — 2 Cor. 11:5, 12-15; Atos 8:9-24.

6, 7. (a) Quando e com quantos iniciou-se a visível organização teocrática, e quantos foram agregados no primeiro dia? (b) Que diz o Registro sobre sua organização e atividades apostólicas?

⁶ Em 33 E.C., a congregação cristã principiou como organização teocrática visível de cento e vinte membros, no dia festivo de Pentecostes, num cenáculo em Jerusalém. Naquela ocasião, o espírito santo de Deus foi derramado, mediante Seu Pastor Principal, Jesus Cristo, sôbre aquêle pequeno rebanho de fiéis seguidores de Jesus. Em virtude daquêle derramamento do espírito santo, com manifestações miraculosas sôbre aquela pequena congregação, deu-se testemunho impressivo de Jeová Deus e seu Filho exaltado, Jesus Cristo, pela pregação de Pedro e dos outros apóstolos, sob o poder do espírito santo derramado. Da multidão de ouvintes, três mil aceitaram a mensagem e foram batizados em água, como evidência de se terem tornado crentes em Jesus Cristo como o Filho, Senhor e Cristo de Jeová Deus. A respeito de sua organização e atividades apostólicas, lemos isto no Registro: “Os que receberam a sua palavra foram batizados, e foram admitidas naquele dia quase três mil pessoas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” — Atos 2:1-42.

⁷ Em comentário adicional sôbre as atividades dêles, o Registro prossegue a dizer: “Diariamente perseverando unânimes no templo, e partindo pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e tendo a simpathia de todo o povo. Todos os dias acrescentava-lhes o Senhor [Jeová, NM] os que se iam salvando.” (Atos 2:46, 47) A congregação em Jerusalém manteve este proceder mesmo depois de se desencadear sôbre êles a perseguição da parte dos judeus incrédulos: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.” — Atos 5:42, NTR.

8. Portanto, à base do Registro, que incluiu o proceder naquêles dias?

⁸ Dêste Registro, notamos que o proceder nos dias apostólicos incluía o seguinte: devotar-se à doutrina dos apóstolos, doutrina esta que estava apoiada pelas Escrituras Hebraicas, das quais faziam muitas citações; associar-se em grupo como companheiros crentes para formar uma nova congregação, separada da sinagoga judaica; tomar juntos refeições em casas particulares, com regozijo e coração sincero. Isto estava em relação com a sua pregação de casa em casa, pois, ao ensinarem e declararem as boas novas acêrca de Jesus Cristo, aquêles que aceitavam este alimento espiritual partilhavam com êles o alimento material, para seu refrigério físico. (Gal. 6:6) Além desta pregação de casa em casa, realizavam reuniões públicas nos átrios do templo, ali comparecendo dia após dia, de modo a alcançar com a mensagem as multidões que enchiam o templo. Assim, estavam continuamente ativos em louvar Jeová Deus e declarar as boas novas acêrca de Jesus Cristo, tanto em particular como publicamente. Este método deu resultado, pois Jeová diariamente acrescentou crentes ao seu número.

9. Quem, hoje, se devota ao ensino dos apóstolos, e por quê?

⁹ O que era teocrático lá atrás, e teocrático atualmente. O que teve bom êxito lá atrás, por causa de sua natureza teocrática, deve ter bom êxito atualmente. É por isso que as testemunhas de Jeová retornaram ao tempo dos apóstolos por tentar imitá-los. Êste é um modo de nos devotarmos atualmente á doutrina dos apóstolos: copiar seus métodos. Quanto à sua doutrina oral, não temos hoje conosco os apóstolos em pessoa, em carne, mas certamente temos seus escritos, junto com os escritos inspirados de seus discípulos companheiros, tais como Marcos, Lucas, Tiago e Judas. Por seguirmos estreitamente estes escritos cristãos inspirados e por recusarmos as tradições religiosas de homens não inspirados, atualmente nos devotamos á doutrina escrita dos apóstolos inspirados. Esta doutrina escrita nos instrui a respeito de como a verdadeira congregação cristã hoje em dia deve ser organizada e dirigida, com superintendentes e servos ministeriais qualificados, sendo estes designados pelo corpo governante da inteira congregação cristã através da terra. Como nos dias apostólicos, as testemunhas de Jeová se associam em seus lugares de reunião, fazendo isso regularmente e não caindo no mau hábito de esquecer-se de reunir, mas encorajando uns aos outros, e tanto mais quanto veem aproximar-se o dia para a batalha do Armagedon. O templo de Jerusalém foi destruído em 70 E. C., e as testemunhas de Jeová não podem atualmente ir lá com o fim de realizar reuniões públicas, mas elas realizam reuniões públicas aonde quer que possam, portas a dentro ou ao ar livre — Atos 14:23; 20:28-35; 1 Tim. 3:1-13; Tito 1:5-9; Heb 10:25.

10. Que modalidade especialmente saliente dos dias apostólicos marca as atividades das testemunhas de Jeová de hoje em dia?

¹⁰ Uma modalidade de proeminência especial dos dias apostólicos marca as atividades teocráticas das testemunhas de Jeová na atualidade. Qual? A sua pregação das boas novas de casa em casa e quando estão sendo hospedadas em lares particulares, tal como nas grandes convenções, em certas cidades que correspondem à Jerusalém, a antiga cidade de convenções. Que os próprios apóstolos não estavam acima do requisito teocrático de pregar de casa em casa, o apóstolo Paulo mostrou, dizendo aos anciãos da congregação de Éfeso: “Não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que era proveitosa e de vol-a ensinar publicamente, e de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. . . . não tenho a minha vida como cousa preciosa a mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.” — Atos 20:20, 21, 24.

11. Donde veio a objeção a esta atividade, e por quê?

¹¹ Tão penetrante tem sido êste método de casa em casa em alcançar a maioria do povo com a mensagem de Deus, neste século vinte, que os clérigos religiosos da cristandade têm antiteocráticamente objetado, protestado e feito com que o assunto viesse perante as autoridades políticas, policiais e judiciais dos países, assim como o clero judaico fêz nos dias dos apóstolos. Como resultado, as testemunhas de Jeová tiveram que lutar nos tribunais, de modo a manter aberto este caminho de pregar a mensagem do reino de Deus. Nos países em que as testemunhas de Jeová foram proscritas ou onde a religião estatal não permite que realizem discursos públicos, elas imitam os apóstolos por irem teocráticamente de casa em casa, pregando quietamente, sem excitar a atenção pública.

ESCRAVOS PRINCIPESCOS

12. Para sermos hoje teocráticos, em que fundamento precisamos descansar?

¹² Ajustar-nos aos métodos e arranjos apostólicos do primeiro século é uma parte do nosso reconhecimento da organização teocrática atual, para o bem de nossas vidas. Sabemos que a Nova Jerusalém é prefigurada como tendo doze pedras de fundação e nelas inscritos os “doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”. (Apo. 21:14, 19) Nós, hoje em dia, para sermos teocráticos, ainda precisamos descansar sobre este fundamento duodenário dos apóstolos e profetas cristãos, o próprio Jesus Cristo sendo a pedra de fundação sobre a qual tôdas aquelas fundações apostólicas descansaram. — Efé. 2:20-22.

13. Para mostrarmos hoje completo reconhecimento da organização, que outra modalidade dela precisamos reconhecer, e desde quando?

¹³ Mas, agora, no “tempo do fim” dêste mundo, há mais uma modalidade da organização teocrática que precisamos reconhecer. Qual? O “escravo fieI e discreto”. Jesus, em sua profecia detalhada a respeito das evidências que marcariam o “tempo do fim”, quando êle estaria presente invisivelmente, disse que então designaria tal “escravo fiel e discreto”. “Quem é, realmente, o escravo fiel e discreto, a quem Seu senhor constituiu sôbre os seus domésticos para dar-lhes o sustento no tempo devido? Feliz é aquêle escravo se o seu senhor, quando vier, o achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o constituirá sôbre todos os seus bens.” (Mat. 24:45-47, NM) Os eventos mundiais desde 1914 E. C., e especialmente os eventos entre o povo de Jeová desde 1918 E. C., dão evidência visível de que o Senhor Jesus Cristo, tendo vindo ao seu reino, veio ao templo espiritual de Deus para executar o juízo final na “casa de Deus”, e, como expressão da sua obra de julgamento, encontrou um “escravo fiel e discreto” e o constituiu sôbre todos os seus bens, todos os seus interesses visíveis do Reino sôbre a terra. (1 Ped. 4:17) Daí, de modo a render completo reconhecimento a atual organização teocrática, temos que reconhecer este “escravo fiel e discreto” que o Senhor e Juiz, na sua volta, constituiu sôbre todos os seus bens. Não nos podemos esquivar disto.

14. Quem é êste “escravo”, e a quem serve êle agora alimento?

¹⁴ Durante anos, costumava-se pensar que este “escravo fiel e discreto” fôsse um só homem ou fôsse o cargo responsável a ser preenchido por um só homem. Mas, é a organização teocrática visível dependente de qualquer homem para “sustento” espiritual no “tempo devido”? Não; e agora, à luz das profecias cumpridas, vemos corretamente que o “escravo” designado é uma classe, o restante ou os remanescentes dos seguidores ungidos e espirituais de Jesus Cristo, que são chamados para serem co-herdeiros com êle no seu reino cêlestial. Hoje em dia, na administração de todos os bens do Senhor Jesus sôbre a terra, esta classe ‘escrava’ serve o “sustento no tempo devido”, não sòmente aos membros do restante ungido, mas agora também a uma “grande multidão” das “outras ovelhas” do Senhor, os crentes fiéis que aguardam um destino terrestre no novo mundo. Desde que o Senhor designou a classe ’escrava’ para administrar todos os seus bens visíveis, o Senhor Jesus, como o Justo Pastor, não alimenta suas ovelhas na terra atualmente por nenhum outro a não ser êste “escravo”.

15. Conforme o exemplo de quem possui hoje a classe do “escravo” um corpo governante, e a quem inclui êste?

¹⁵ Visto que o “escravo fiel e discreto” é uma classe, sua fidelidade e discrição contínuas não dependem da vida e conduta de qualquer indivíduo por si só. Desde que a classe ‘escrava’ é composta de muitos cristãos ungidos, precisa ter um corpo governante. Ela o tem, assim como a congregação teocrática dos tempos apostólicos tinha um corpo governante. Pedro não pretendeu ser aquêle corpo governante. Nem o fêz Paulo. Ambos estes apóstolos reconheceram o corpo governante como incluindo mais homens do que êles próprios, e submeteram os assuntos em disputa à decisão do corpo governante. Sendo os apóstolos do Cordeiro apenas uma dúzia, nem tôdos os homens espiritualmente qualificados da sua época podiam estar incluídos entre tais apóstolos especiais. Assim, o corpo governante incluía, além dos doze apóstolos do Cordeiro, outros anciãos da organização teocrática em Jerusalém, tais como Tiago, o meio-irmão de Jesus Cristo. (Atos 15:1-29; Gál. 1:18, 19; Tia. 1:1) Naturalmente, o corpo governante da classe do “escravo fiel e discreto” hoje em dia não inclui qualquer dos doze apóstolos, já há muito ausentes da cena terrestre, mas segue, sim, as instruções escritas daquêles apóstolos e dos outros anciãos com êles associados na escrita das Escrituras Gregas Cristãs. O corpo governante teocrático da atualidade inclui homens maduros e espiritualmente qualificados do restante ungido.

16. Com que está intimamente associado o corpo governante, e como se propaga seu alcance através da terra?

¹⁶ Estando adaptada às condições e exigências modernas, sendo obrigada a render a César as coisas de César, a organização teocrática visível da atualidade tem uma agência de serviço legalmente estabêlecida, a Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados, incorporada em 1884 sob as leis do estado de Pensilvânia, Estados Unidos da América do Norte. (Mat. 22:21) É com esta corporação legal que o corpo governante da classe do “servo fiel e discreto” está estreitamente associado para fins administrativos, legais e de editoração, para cuidar que “estas boas novas do reino” sejam pregadas em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações. (Mat. 24:14, NM) Sendo que a pregação do Reino já se expandiu a 160 países, esta corporação legal tem escritórios sucursais em mais de setenta dêstes países. Correta e necessáriamente, dá-se às sucursais apoio financeiro, pela organização legal primitiva. Os homens cristãos encarregados de tais filiais são dedicadas testemunhas de Jeová e são chamados “servos de filial”. Os servos de filial são apenas isto: “servos”, não mandões. Considerando-se tudo, o nosso reconhecimento da organização teocrática atual precisa incluir o nosso reconhecimento de tôdos estes arranjos e provisões de Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, para nossa época. Em prova de nosso reconhecimento leal de tais, devemos esforçar-nos em cooperar fielmente com a organização teocrática e suas designações e partes operadoras.

17. Desde quando se aplica Isaías 32:1, 2, e como?

¹⁷ Desde que Deus estabêleceu o Reino nos céus em 1914 E. C., e especialmente desde 1919, a profecia de Isaías 32:1 (NR) tem-se aplicado com respeito a Jesus entronizado e seus servos designados, na terra: “Eis que um rei reinará em retidão, e príncipes [sarim’- hebraico] regerão em justiça. Cada um será como um esconderijo contra o vento, um abrigo contra a tempestade, como correntes de água num lugar árido, como a sombra de uma grande rocha numa terra sedenta.” Desde que “príncipes” ou sarim’ aqui significa, não príncipes mundanos, mas homens teocráticos principais, aquêles que são designados como os principais numa classe ou grupo, até mesmo num grupo reduzido de dez, a classe do “escravo fiel e discreto” estaria ocupando uma posição príncipesca com respeito às “outras ovelhas” das testemunhas de Jeová. Os servos de filial, quer sejam membros do restante ungido ou membros da classe das “outras ovelhas” seriam príncipes teocráticos ou sarim’ no território sob as respectivas filiais. Qualquer servo varão, designado pelo corpo governante e ‘regendo em justiça’ entre dez das testemunhas de Jeová, seria um príncipe teocrático ou sar. Dentre tôdas as testemunhas de Jeová na terra, especialmente os sarim’ teocráticos devem reconhecer a organização teocrática que atualmente opera.

18. Em que base se retém alguém no serviço como “sarim”, e que requer êles ‘regerem em justiça’?

¹⁸ O Rei teocrático de Jeová, Jesus Cristo, retém no seu serviço na terra somente os “príncipes” fiéis e obedientes. Para que êles sejam mantidos em serviço especial, os sarim’ precisam reconhecer seu Senhor, o Rei entronizado de Jeová, e precisam humilhar-se sob sua mão real e precisam reger em justiça. Reger em justiça significa que os sarim’ precisam comportar-se corretamente com o seu Rei, Jesus Cristo, precisam comportar-se corretamente com o “escravo fiel e discreto“ do Rei, que foi designado sobre todos os seus bens terrestres, e precisam comportar-se corretamente com as outras ovelhas do Rei, os súditos dêle. A posição de sarim’ do Rei não é o lugar para os homens seguirem o costume que infelizmente existiu em Israel, durante o período dos juízes: “Naquêles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.” (Juí. 21:25, Al) Sendo exemplos para aquêles entre os quais servem, os próprios sarim’ devem executar as instruções da organização. Isto quer dizer que êles precisam se informar cuidadosamente de tais instruções — os sacerdotes do antigo Israel costumavam até decorar suas instruções da Bíblia — e precisam estudá-las com atenção. Dessa maneira, êles obterão entendimento da sua significação e também de suas implicações, estando assim aptos para cuidar de muitas coisas que não estão explìcitamente declaradas nas instruções. Depois disso, para reger em justiça, esforçar-se-ão para estar sempre de acôrdo com as instruções da organização.

19. Tomando por exemplo o servo de filial, qual é a razão principal para que êle reconheça a organização e se sujeite às instruções?

¹⁹ No caso de um servo de filial, por exemplo, êle terá em mente que o ramo de uma árvore não suporta o tronco principal, mas o tronco é que sustenta todos os ramos. O ramo não pode operar separado do tronco principal; deve permanecer ligado a êle, se é que produzirá fruto. Assim é com a organização filial. É simplesmente a agência da corporação legal que provê os fundos e outros meios de operação, e assim é dependente financeiramente da corporação original. Tal dependência financeira por si mesma impõe ao servo de filial fazer o que se lhe diz que faça; pois a Sociedade que supre os fundos é responsável de gastar dinheiro na filial e precisa prestar contas a Deus de como ela usa seus fundos. Os contribuintes teocráticos à Sociedade tem-na por responsável para gastar o dinheiro da maneira mais sábia e mais eficaz. Mesmo neste mundo, tal proceder é considerado como prática normal, boa e sadia de negócio. Concordemente, o servo de filial precisa obedecer às instruções da organização e precisa esforçar-se para ser eficaz no seu lugar de serviço, de modo a conseguir o funcionamento mais econômico da filial, com os melhores e maiores resultados. Mas, desde que êle é um dos sarim’ do Rei, deve haver um motivo muito superior ao que o da obrigação e dependência financeira, pois nossa organização não é comercial. O motivo superior surge do fato de que a organização é teocrática, sujeita a Jeová Deus e regida por êle através de seu Rei empossado, Jesus Cristo. Esta é a razão principal para que todos os dedicados a Deus reconheçam a organização, sejam submissos a ela e se provem leais a ela.