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  • Apoiando a organização de Jeová

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  • Apoiando a organização de Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
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  • APOIO POR MEIO DE DÁDIVA ESPIRITUAL
  • OS PRIMITIVOS EXEMPLOS MOSTRAM UM MODO
  • O DÍZIMO DE ISRAEL FOI UMA SOMBRA
  • A REALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
w56 1/1 pp. 4-12

Apoiando a organização de Jeová

“’Trazei o dízimo todo ao depósito, para que haja alimento na minha casa, e provai-me agora dêste modo, diz o SENHOR dos exércitos, e vêde se não vos abrirei as janelas dos céus e vos derramarei uma benção, até que não haja mais necessidade.’”- Mal 3:10,TA.

1, 2. O que inspira a dádiva generosa, e como é isto considerado pelo cristão?

O ESPÍRITO de dar origina-se de Jeová. De si mesmo êle deu tôdas as coisas criadas e no seu amor ilimitado êle renova continuamente a superfície da terra. Muitas vêzes, os homens imperfeitos tomam aquilo que Jeová proveu abundantemente como se fôsse propriedade dêles. Este proceder egoísta é inspirado por Satanás, o qual nunca deu nada. A verdadeira dádiva generosa é inspirada pelo amor, e, da parte da humanidade, pela sincera apreciação, sem pensamento na recompensa. Isto é feito, quer espontâneamente, dum coração transbordante, sem arrependimento posterior, quer por consideração amorosa por aquêle a quem se faz a dádiva.

2 Os cristãos reconhecem a responsabilidade de dar, mas para êles não é um dever a ser cumprido penosa e estudiosamente. É para êles um privilégio bendito que procuram cultivar zelosamente, a fim de se tornar mais semelhantes a Deus e mais positivos nas suas manifestações de amor para com Jeová e para com seus irmãos na grande organização familiar da sociedade do Novo Mundo de Jeová. Sendo êles membros voluntários da família, reconhecem que o apoio dado à organização tem de ser voluntário, mas dado de coração cheio e apreciador de tôda a bondade de Deus.

3. Donde vem o apoio principal da organização de Jeová?

3 A organização de Jeová é apoiada de vários modos. Segundo o Seu próprio testemunho, êle mesmo é o apoio principal dela. Isto é reconhecido gratamente por todos os que põem a sua confiança nêle, “porque Jehovah é a minha fortaleza e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação”. Estribam-se confiantemente na sua promessa: “Fortalecer-te-ei, ajudar-te-ei e sustentar-te-ei com a destra da minha justiça. Pois eu, Jehovah teu Deus, te tomarei pela tua mão direita, dizendo-te: Não temas; eu te ajudarei.” — Isa. 12:2; 41:10, 13.

4. O que é mostrado ser a finalidade da existência da organização? Por que meios provê Jeová apoio?

4 Além disso, a própria finalidade da existência da organização depende do Altíssimo. “O Senhor Jehovah deu-me a língua dos que são instruídos, para que eu saiba sustentar com palavras o que está cansado.” “Jamais permitirá que o justo seja abalado.” Isto é conseguido pela provisão espiritual que êle faz para sua organização inteira. “Os olhos de todos em ti estão fitos, e tu lhes dás o alimento a tempo.” (Isa. 50:4; Sal. 55:22; 145:15) Hoje não é como foi com o maná do céu, que sustentava o Israel carnal com pouco esforço da sua parte, mas Jeová apoia e desenvolve a sua organização pela sua fôrça ativa sôbre a sociedade ungida, “seu escravo fiel e discreto”, e sôbre seu corpo governante. “Quem é, realmente, o escravo fiel e discreto, a quem seu mestre constituiu sôbre os seus domésticos para dar-lhes o sustento no tempo apropriado? Em verdade vos digo que o nomeará sôbre todos os seus bens.” Antes disso, quando Cristo ascendeu para o alto, “êle deu alguns como apóstolos, alguns como profetas, alguns como missionários, alguns como pastôres e instrutores, tendo em vista o treinamento dos santos para a obra ministerial’”. – Mat. 24:45, 47; Efé. 4:8 ,11, 12, NM.

APOIO POR MEIO DE DÁDIVA ESPIRITUAL

5. Qual é o segundo meio de apoio que a organização possui?

5 Por meio do apoio que tem dado, Jeová tem usado homens dedicados e consagrados como “domésticos” para ajudar a trazer a organização à madureza dum “homem feito, à medida do crescimento que pertence à plenitude do Cristo”. (Efé. 4:13, NM) Estes, e todos os que se associam com êles, acrescentam agora seu próprio apoio à organização por seus votos de dedicação individuais e pela sua fidelidade no serviço de campo, sustentando o propósito da organização. Eles apoiam plenamente o princípio declarado por Jesus: “Quem não é comigo, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mat. 12:30) Seu apoio principal à organização, então, é dado com as suas palavras na pregação. É uma dádiva espiritual de obras caridosas.

6. Que vantagens são demonstradas quanto a se dar espiritualmente?

6 Por esta razão, sua atenção principal se dirige a assuntos espirituais, assim como fêz Maria, “a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra”. Dessemelhantes de Marta, irmã de Maria, recusam deixar-se distrair do propósito principal da sua obra pelos muitos problemas materiais dos quais precisam tratar ou pelos cuidados que têm a fim de manter a sua “casa” em ordem, mas êles se lembram das palavras de Jesus: “Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (Luc. 10:39-42, NTR) As vantagens de se dar espiritualmente foram também demonstradas por Pedro, que disse ao coxo de nascença: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo o Nazareno, anda.” O homem andou e pulou e louvou a Deus, juntando-se ao ministério e dando espontâneamente seu apoio aos apóstolos que o tinham trazido a esta nova relação com Jeová e sua organização. — Atos 3:6, NW.

7. Que terceiro meio de apoio é dado à organização, e por que é importante?

7 Outro meio importante de apoio dado à organização pelo povo fiel de Jeová é a sua frequência regular às reuniões da congregação. Sabendo que nenhuma organização pode ser mais do que os indivíduos que a compõem, procuram constantemente progresso pessoal em conhecimento acurado e madureza de entendimento. Isto fazem por aproveitar ao máximo as reuniões providas pelo “escravo fiel e discreto” como parte do seu treinamento para a obra ministerial. Para tornar o programa bem sucedido e para contribuir ao progresso do arranjo local, é necessária a sua própria contribuição individual. “Melhor são dois do que um, porque têm boa recompensa pelo seu trabalho. Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai daquele que está só quando cair, e não tiver quem o levante.” (Ecl. 4:9, 10) Os primitivos cristãos foram admoestados a ‘continuarem a exortar-se uns aos outros’ e a ‘continuarem a confortar-se uns aos outros e a edificar-se uns aos outros, assim como de fato faziam’. (Heb. 3:13; 1 Tes. 5:11, NM) Paulo mostrou como se consegue isto melhor, na sua carta aos hebreus: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e a obras corretas, não deixando de nos congregar, como é costume de alguns, mas animando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vêdes aproximar-se o dia.” (Heb. 10:24, 25, NM) Este estudo e associação unidos constituíam parte essencial do princípio da congregação cristã. “E continuaram a devotar-se ao ensino dos apóstolos e à associação íntima, à participação de refeições e a orações. E dia após dia assistiam constantemente no templo, de um só acôrdo.” — Atos 2:42, 46, NM.

OS PRIMITIVOS EXEMPLOS MOSTRAM UM MODO

8. Que circunstância singular da primitiva congregação mostra outro valioso meio de apoio?

8 O quarto meio de apoio que a organização tem é demonstrado na continuação do relato acima: “E tomavam suas refeições em lares particulares e participavam do nutrimento com grande regozijo e sinceridade de coração.” As circunstâncias singulares com as quais se achava confrontada a congregação, exigiam uma ação unificada e altruísta de todos os que estavam na fé. Muitos dêstes milhares de recém-convertidos se achavam em Jerusalém apenas temporariamente, tendo vindo, como judeus, à festa de Pentecostes. Agora, tendo reconhecido a obra nova e diferente requerida pelo Messias, desejavam permanecer por certo tempo e receber treinamento e instrução corretos no ministério cristão. Mas, fazer isso requeria fundos que êles não possuíam. A resposta dos irmãos com respeito a esta necessidade é uma inspiração para todos os verdadeiros cristãos hoje em dia. “Todos os que se tornaram crentes tinham juntos tudo em comum, e foram vender suas posses e propriedades e distribuir os proventos a todos, à medida que qualquer um tivesse a necessidade.” (Atos 2:44, 45, NM) As contribuições voluntárias de coisas materiais, feitas assim durante esta emergência temporária, sustentavam a família inteira da organização naquele tempo, mesmo ao ponto de prover-lhes as necessidades cotidianas da vida. Embora esta emergência especial na congregação já tenha passado há muito tempo, tais dádivas caridosas ainda constituem parte importante da ação de dar do cristão e são necessárias para apoiar a organização; entretanto, não livram o dador da responsabilidade de apoiar a organização também com suas dádivas espirituais.

9. De que modo tem sido usada a sabedoria como defesa por parte da organização de Deus, e em benefício de quem?

9 Em Eclesiastes 7:12 está escrito: “Porque a sabedoria serve de defesa, do mesmo modo que o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria preserva a vida de quem a possui.” Sem dúvida, a mais desejável das duas posses é a sabedoria e o entendimento de Jeová. O conhecimento acurado e a sabedoria são em si mesmos um verdadeiro tesouro para a organização de Deus, e estes estão sendo distribuídos livremente por seus ministros das boas novas. Nestes dias perigosos do fim do sistema de coisas egoísta de Satanás, o “escravo fiel e discreto” tem usado a abundância da sabedoria dada por Jeová como defesa. Isto não é só para a sua própria segurança, mas também para o benefício de todos os que ansiosamente se separam da sabedoria do mundo, que é estultícia para Deus, e que procuram a sabedoria de Deus como a tesouros escondidos. (1 Cor. 3:19; Pro. 2:4) Dêste modo também se aproveitam da defesa da sabedoria e acham o único meio seguro de escape e salvação.

10, 11. Como fizeram os israelitas uma defesa do dinheiro, e como serve êle hoje à Sociedade?

10 No entanto, não se deve desperceber que o pregador (que possuía ambas as espécies de tesouro) admite que ‘dinheiro serve de defesa’. Aplica-se êste texto aos cristãos de hoje, cuja fôrça está em Jeová? Sim. Assim como os primitivos cristãos usavam suas posses materiais para apoiar a organização, assim as testemunhas de Jeová, hoje em dia, fazem que seu dinheiro sirva os interêsses da teocracia. Assim como as corporações legais são usadas pela Sociedade como servos para promover a obra de pregação e tornar possível o uso de muitos instrumentos não disponíveis de outro modo, assim o dinheiro ajuda a edificar uma organização forte e aumenta o louvor a Jeová.

11 Os israelitas da antiguidade usaram sabiamente o ouro e a prata aceitos dos egípcios como dádiva de redenção. Quando Jeová requereu uma contribuição para que se construísse o tabernáculo ou “tenda de reunião”, a resposta foi esmagadora. “E continuaram a vir, os homens junto com as mulheres, todo o que tinha o coração disposto. Trouxeram broches, e brincos, e anéis, e ornamentos femininos, toda sorte de artigos de ouro.” Em adição, havia fios azuis e lã, linho, pêlos de cabra, peles de carneiro, peles de foca, prata, cobre e madeira de acácia. Não faltava nada do que se precisava. “Cada homem e cada mulher, cujos corações os incitavam a trazer algo para tôda a obra que Jeová havia ordenado fazer, por intermédio de Moisés, fizeram isso; os filhos de Israel trouxeram uma oferta voluntária a Jeová.” (Êxo. 35:20-29, NM) Os fiéis servos de Jeová, atualmente, assim como os israelitas e os primitivos cristãos, usam as suas posses para promover a adoração pura. O uso sábio do dinheiro habilita a Sociedade a enviar missionários a campos novos, a abrir novas filiais, a travar vitoriosamente batalhas legais através de processos jurídicos custosos, a realizar grandes congressos e de outro modo difundir as boas novas a todo canto do mundo, conforme a comissão de Jeová para sua organização.

12. Que bênçãos prometidas a Israel pode o povo de Jeová esperar hoje? E como consideram êles o futuro?

12 Além disso, as testemunhas de Jeová sempre foram e são agora um povo progressista. Assim como se havia predito grande prosperidade para o fiel Israel carnal, assim também o Israel espiritual pode esperar verdadeiras bênçãos. “Jehovah mandará que a benção esteja contigo nos teus celeiros e em todas as coisas a que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que Jehovah teu Deus te está dando. Todos os povos da terra verão que é invocado sobre ti o nome de Jehovah; e terão temor de ti.” (Deu. 28:8, 10) Agora que Jeová produziu o seu povo e lhe conferiu a qualidade de nação, êles podem estribar-se com confiança na promessa, feita por Jeová, de prosperidade para a terra de organização. A provisão sábia para o futuro e a contínua visão progressiva farão que sejam como a formiga, a qual, “não tendo chefe, nem superintendente, nem governador [isto é, na terra], faz a provisão do seu mantimento no estio, e ajunta no tempo da ceifa o seu alimento”. (Pro. 6:6-8) Antecipando as necessidades da ceifa, as testemunhas de Jeová planejam sua obra concordemente. — Gên. 41:41-49; 2 Crô. 8:4; 17:12.

O DÍZIMO DE ISRAEL FOI UMA SOMBRA

13. Que provisão foi feita pela lei do dízimo?

13 Quando se organizou a nação de Israel, o dar se tornou parte da Lei e um “tipo” das dádivas cristãs. Visto que a adoração de Jeová havia de ter proeminência na nação, era necessário que se fizesse alguma provisão para financiar essa adoração. Nem todos podiam participar no sacerdócio, mas Jeová fêz provisão sábia para todos participarem no apoio dado ao serviço sacerdotal. Isto se fêz por intermédio da lei do “dízimo”, que significa “décimo”. “E Jeová passou a dizer a Aarão: ‘Na terra dêles não terás herança e nenhuma parte se tornará vossa no meio dêles. Eu sou a vossa parte e a vossa herança no meio dos filhos de Israel. E aos filhos de Levi, vê, que lhes tenho dado cada décima parte em Israel como herança, em troca do seu serviço que estão efetuando, o serviço da tenda de reunião.’” A fim de completarem êste arranjo do dízimo, os levitas, ao receberem suas contribuições dos israelitas, por sua vez tinham de dar um dízimo aos sacerdotes como “décima parte da décima parte”. Os sacerdotes eram os únicos aos quais se permitia oferecer sacrifícios e êles tinham de ser, não só levitas, mas também da casa de Aarão. Os outros levitas tinham diversos outros deveres no templo. (Núm. 18:20-29, NM) Em realidade, pois, tinha de se dar um décimo da renda anual de cada pessoa a Jeová, por meio da sua organização sacerdotal.

14. Aonde devia ser levada a décima parte, e que se representa com isso?

14 Em adição, ofertas voluntárias adicionais eram permitidas e encorajadas. “E ocorrerá que ao lugar que Jeová vosso Deus escolher para que ali resida seu nome, é para ali que trareis tudo o que vos ordeno, vossas ofertas queimadas e vossos sacrifícios, vossas décimas partes [vossos dízimos,margem] e a contribuição da vossa mão.” (Deu. 12:11, NM) Atualmente, Jeová selecionou e edificou sua nação espiritual e estabeleceu sua adoração nessa organização como lugar central ao qual se deve reunir todo o povo da terra e lhe oferecer louvor.

15. Que segundo dízimo foi providenciado, e para que devia ser usado?

15 O segundo dízimo do seu produto anual também devia ser pôsto de lado pelos israelitas. Êste se destinava a pagar a viagem dêles às suas regulares assembleias-festivais de adoração. “Então tens de dar o dinheiro por tudo o que a tua alma almejar em matéria de gado, e ovelhas, e cabras, e vinho, e bebida inebriante, e por qualquer coisa que a tua alma te pedir, e tens de comer ali, perante Jeová, e tens de regozijar-te, tu e a tua casa.” Cada terceiro ano (num período de sete) o dízimo era para ser usado a favor dos pobres, mas isso não cancelava o dízimo dos levitas. (Deu. 14:22-29, NM) Mais tarde se lançaram impostos para apoiar o rei. (1 Sam. 8:15) Isto não fazia parte da Lei, e, na prática real, a parte do rei se tornou tão grande, durante os desvios de Israel, que pouco ou nada sobrava para os sacerdotes. Necessariamente, pois, quando havia uma restauração da verdadeira adoração, havia uma restauração do dízimo. — 2 Crô. 31:2-10; Esd. 8:28; Nee. 10:37, 38.

A REALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ

16. É bíblico o dízimo cristão? E que revelam as palavras de Jesus aos fariseus?

16 Atualmente, muitas organizações religiosas da cristandade exigem que seus membros paguem dízimos, ou um décimo dos seus proventos. Requer-se o dízimo dos cristãos, segundo as Escrituras? A resposta é: Não. Os verdadeiros cristãos aderirão à Bíblia e seguirão seus mandamentos. E o que revela o Registro divino? Em primeiro lugar, o dízimo em Israel era um meio para um fim, não o próprio fim em si mesmo. Aquilo que devia receber ênfase não era a dádiva material, mas os assuntos de adoração que resultavam dela. Jesus indicou isso aos falsos líderes religiosos dos seus dias: “Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de tôdas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis porém, fazer estas coisas sem omitir aquelas.” O relato de Mateus desta denúncia fulminante por parte de Jesus mostra que o dízimo não era nem mesmo considerado como um dos assuntos mais importantes da Lei. — Luc. 11:42; Mat. 23:23, ARA.

17. Como se pode demonstrar que o dízimo foi removido com o resto da Lei de Moisés?

17 Além disso, visto que o dízimo se destinava a apoiar o sacerdócio levita, a remoção dêste sacerdócio removeria a obrigação de se pagar o dízimo, e Paulo afirmou claramente que o sacerdócio de Aarão tinha de ceder lugar ao sacerdócio superior de Cristo Jesus, que é segundo uma nova ordem, a ordem de Melquisedec. Daí êle diz: “Pois mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se faça também mudança da Lei.” (Heb. 7:12) Isto significa que, tendo-se removido a Lei de Moisés e do sacerdócio aarônico, a lei do dízimo desaparece com ela. Portanto, visto que os cristãos não estão debaixo da Lei, mas sim debaixo da benignidade imerecida de Deus, nenhuma organização pode requerer biblicamente que seus membros paguem dízimos.

18. Constitui autorização para o dízimo cristão o fato de Abraão ter dado a décima parte a Melquisedec? Explique.

18 Alguns que insistem no dízimo cristão argumentam que o arranjo estava em vigor antes de se ter dado a Lei e que, portanto, não terminou com a Lei. Há qualquer base para tal conclusão? A primeira menção do dízimo está no capítulo quatorze de Gênesis. “Melquisedech, rei de Salem, trouxe pão e vinho: este era sacerdote do Deus Altíssimo. Abençoou a Abrão, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador do céu e da terra! e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos às tuas mãos! Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gên. 14:18-20) Alguns sustentam que êste ato da parte de Abraão é evidência de que êle costumava pagar dízimos. Não há registro de que se ordenasse a Abraão dar qualquer coisa, especialmente uma quantia específica, nesta ocasião ou em outras, e não há registro de que êste ato fôsse jamais repetido, mesmo para com Melquisedec, que representava a Jesus Cristo. Do relato se torna bastante claro que esta foi uma única dádiva voluntária, em reconhecimento da vitória de Jeová na libertação do justo Lot.

19. Que revela o voto de Jacó, de dar a décima parte dos seus proventos, quanto ao mandamento do dízimo?

19 Que não se tratava dum arranjo obrigatório, mesmo para os descendentes imediatos de Abraão, é demonstrado por um voto feito pelo seu neto Jacó. “E Jacó votou um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir, . . . de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.” (Gên. 28:20-22, Al) Não é razoável crer-se que Jacó teria feito que a obediência a um arranjo de Deus dependesse da concessão de prosperidade pessoal por parte de Deus. É, portanto, evidente que seu voto foi uma oferta voluntária da sua parte e não a observância ou o acôrdo de observar um mandamento de dízimo anteriormente declarado. Nem se pode interpretar tal voto pessoal como sendo obrigatório a seus filhos. Da consideração do registro, pois, se torna claro que, em todos os tempos, os servos de Jeová deram espontânea e voluntariamente, mas que foi somente durante o período da Lei do Israel carnal, com os seus tipos e sombras, que Jeová ordenou que se desse a décima parte como dízimo.

20. Qual é a realidade antitípica da lei do dízimo? E como é isso demonstrado biblicamente?

20 Que é representado pelo ato de os israelitas darem a décima parte dos seus proventos anuais? Visto que dez denota inteireza terrestre, representa que o cristão dá tudo o que êle tem no serviço do Reino. Significa principalmente dar a si mesmo sem reserva nem restrição ao serviço dedicado de pregação e ao apoio da organização de Jeová. “Então eu disse: ‘Vê! Eu venho (no rôlo do livro está escrito a meu respeito) para fazer a tua vontade, ó Deus.’” “Mediante êle, ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome.” Mas, certamente inclui também a oferta voluntária das posses materiais da pessoa, pois Paulo acrescenta: “Além disso, não vos esqueçais de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros, pois Deus se agrada muito de tais sacrifícios.” (Heb. 10:7; 13:15, 16, NM) As palavras dos dois grandes mandamentos de Jesus dão ênfase adicional à certeza: ‘“E tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de tôda a tua alma, e de tôda a tua mente, e de tôda a tua força.’ O segundo é êste: ‘Tens de amar ao teu próximo como a ti mesmo.’” (Mar. 12:30, 31, NM) Jesus admoestou seus discípulos ainda mais: “Vendei as coisas que vos pertencem e dai-as como dádivas de misericórdia.” (Luc. 12:33, NM) Durante a emergência temporária que seguiu à grande conversão de Pentecostes, os primitivos cristãos tiveram oportunidade de observar literalmente êste mandamento. “A multidão dos que criam tinha um só coração e uma só alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas tôdas as coisas lhes eram comuns.” (Atos 4:32, NTR) As suas orações bem podem ter sido um eco da do seu antepassado Davi, quando êste viu a grande riqueza contribuída à construção do templo de Jeová: “Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que assim pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? porque tudo vem de ti, e do que é teu t’o damos.” (1 Crô. 29:14) Jeová conhece tôdas as nossas necessidades e êle nos prospera conforme acha conveniente. Como se poderia dizer que a dedicação sem reserva não envolve também dar-lhe materialmente daquilo que lhe pertence, para seu louvor e em apoio da sua organização? A dádiva plena e completa é o verdadeiro antítipo da lei do dízimo.

FINANCIANDO FIELMENTE A FAMÍLIA DE DEUS

21. Como demonstra a ilustração sôbre fé, feita por Tiago, o espírito de dádiva entre o povo de Jeová?

21 Jesus nunca achou necessário solicitar fundos para seu ministério. Êle era ministro de Jeová e Jeová lhe deu prosperidade. Por esta mesma razão, a Sociedade Tôrre de Vigia e as testemunhas de Jeová nunca fizeram passar o prato de coleta, nem jamais se cobraram taxas das pessoas que se associam com a sociedade do Novo Mundo. Isto nunca foi necessário, não é necessário agora, e, com a ajuda de Deus, nunca será necessário enquanto o povo de Jeová tiver o espírito que Deus pôs nêle para serem dadores alegres. Êste dar da parte do seu povo certamente deve trazer alegria ao coração de Jeová, assim como faz com tôda a família da sua grande organização. O interêsse dêles no progresso do Seu louvor não é mero serviço de lábios, nem é para êles apenas assunto de fé. Tiago demonstrou o que é a fé por esta ilustração: “Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?” (Tia. 2:15, 16, NTR) O progresso da obra até o tempo atual é evidência de que os fiéis servos de Jeová, quando vêem necessidade na grande família de Deus, quer no Salão do Reino local, quer na filial da Sociedade Tôrre de Vigia, não apenas oram pela prosperidade e dizem: ‘Jeová proverá!’ e depois vão embora pelos seus diversos caminhos. Sua resposta é a mesma que a da primitiva congregação.

22. Como responderam as congregações de Macedônia à necessidade dos irmãos em Jerusalém, e por que trouxe isso tanta alegria a Paulo?

22 As necessidades materiais duma organização internacional não são supridas apenas pela fé, como também não o é a pregação mundial. A dádiva material, necessária da parte dos cristãos, tem sido demonstrada em tempos modernos bem como no princípio da congregação cristã. Hoje em dia, como naquele tempo, pessoas de tôdas as nações estão chegando à verdade e se estão associando com a organização de Deus. Pouquíssimas delas são ricas em bens materiais desta vida, nem procuram tais, mas elas sabem que foi por meio da Sua organização que o Senhor lhes trouxe a verdade e por isso apoiam-na de bom grado. Devido à grande perseguição da congregação primitiva em Jerusalém, o corpo governante e outros dos fiéis cristãos de lá vieram a passar necessidades. Quando as congregações espalhadas ouviram falar da sua condição, ofereceram voluntariamente ajuda, embora elas mesmas não tivessem superabundância. Paulo se alegrou tanto com a resposta das congregações da Macedônia, que escreveu aos coríntios: “Agora vos deixo saber, irmãos, acêrca da benignidade imerecida de Deus que êle tem conferido às congregações da Macedônia, para que, durante uma grande prova, sob aflição, sua abundância de alegria e sua profunda pobreza fizessem abundar as riquezas da sua generosidade. Pois, segundo a sua capacidade real, sim, testifico eu, além da sua capacidade real foi isto, enquanto de sua própria iniciativa continuaram a implorar-nos com forte súplica o privilégio de dar bondosamente e a participação no ministério destinado aos santos.” — 2 Cor. 8:1-4, NM.

23. Com que outros atributos associa Paulo a dádiva de fundos? Com que princípio encorajou êle os irmãos?

23 Os próprios coríntios também responderam generosamente, e Paulo, ao enviar-lhes Tito para apanhar a contribuição dêles, escreveu sôbre isto: “Não obstante, assim como abundais em tudo, em fé, e em palavra, e em conhecimento, e em todo o fervor, e neste amor nosso para convosco, que possais também abundar nesta dádiva bondosa.” (2 Cor. 8:7, NM) Assim Paulo associa a doação de fundos com a fé, o conhecimento e o amor, e recomenda-a como condição para saúde espiritual. Lembrou-lhes o princípio que semear pouco significa colher pouco, e daí os encorajou: “Cada um faça segundo resolveu no coração, não ressentido ou sob compulsão, pois Deus ama ao dador alegre.” Embora o dar fôsse inteiramente voluntário, ninguém precisava achar que não podia participar, pois Paulo disse: “Deus, além disso, pode fazer abundar tôda a sua benignidade imerecida para convosco, para que, embora sempre tendes plena autosuficiência em tudo, possais ter bastante para tôda boa obra.” — 2 Cor. 9:6-9, NM.

24. Que bênçãos se evidenciam no apoio material da organização de Jeová?

24 Seu ministério em dádivas caridosas não só era apoio para a organização nas suas necessidades materiais, mas era grande alegria e fonte de louvor para o nome de Jeová. “Em tudo estais sendo enriquecidos para tôda espécie de generosidade, a qual, por meio de nós, produz uma expressão de agradecimentos a Deus; porque o ministério dêste serviço público não é só para suprir abundantemente as necessidades dos santos, mas também para serem ricos com muitas expressões de agradecimentos a Deus. Pela prova que êste ministério dá, êles glorificam a Deus porque vós sois submissos às boas novas acêrca do Cristo, conforme declarais publicamente que sois, e porque sois generosos em vossa contribuição a êles e a todos.” (2 Cor. 9:11-13, NM) Do mesmo modo, a dádiva voluntária das testemunhas de Jeová, hoje em dia, para apoiar a vasta organização mundial de verdadeiros adoradores, é também causa de alegria e louvor para Jeová. Não sob compulsão, mas espontaneamente — muitos dando o que êles mesmos necessitam — todos participam no progresso material da obra, bem como por meio da sua própria palavra de testemunho.

25. Que provisão material se faz para que os novos se possam reunir?

25 Milhares, talvez milhões, ainda hão de vir e juntar-se em aumentar o côro de louvor a Jeová. Com expectativa, tendo-se em vista o futuro, já se faz provisão para êles por meio das organizações filiais da Sociedade e dos Salões do Reino locais. Se estas pessoas devem reunir-se a nós e ser treinadas para a obra ministerial, precisamos fornecer lugar para elas se reunirem, e o aluguel dêstes lugares precisa ser pago. Para êste fim se colocam caixas de contribuição nos Salões do Reino e os donativos voluntários recebidos dos irmãos são usados para cobrir as despesas da congregação. Do saldo, conforme a congregação decida, fazem-se contribuições para o fundo de “Suas Perspectivas de Contribuir” da filial, em nome da congregação, para a Sociedade. Os irmãos têm prazer em fazer isto.

A PROSPERIDADE QUE VALE

26. Como tem a cristandade malversado e administrado mal a riqueza que ela arrecada em nome de Deus?

26 As organizações religiosas falsas fazem coleta de imensas somas de dinheiro, por todos os meios. Este dinheiro é usado para a construção de edifícios grandes e dispendiosos, usualmente muito além do alcance financeiro do povo que se reune nêles. Além disso mantém-se um clero caro e muitas vêzes um côro pago. Os do rebanho, que contribuem para êstes sistemas, contemplam seus magníficos edifícios e acham-se prósperos. Consideram desafortunados aquêles que se têm de reunir em edifícios menos “impressionantes” e “majestosos”. Mas, o que pode tudo isso contribuir para a glória de Deus? Pode qualquer uma das igrejas mais belas e mais dispendiosas de hoje em dia comparar-se com o esplendor do templo de Salomão? Contudo, o construtor daquela casa de adoração disse na sua oração de dedicação: “Porém habitará verdadeiramente Deus sobre a terra? eis que o céu, e o céu dos céus, não te podem conter; quanto menos esta casa que edifiquei!” (1 Reis 8:27) Quanto a cristandade tem malversado e administrado mal a grande riqueza arrecadada em nome de Deus! “Acaso roubará o homem a Deus? contudo vós me roubais. Mas vós dizeis: Em que te havemos roubado? Em dízimos e ofertas. Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque me roubais vós, sim, esta nação toda.” (Mal. 3:8, 9) Todo o dinheiro extorquido dos seus aderentes, pela cristandade, não traz palavras de louvor a Jeová, nem o confôrto dos seus propósitos para o povo. Ao invés disso, a riqueza da cristandade é usada na idolatria. “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus: Ide e servi cada um de vós aos seus ídolos, agora e daqui em diante, se não quereis escutar-me; mas o meu santo nome não mais profanareis com as vossas dádivas e os vossos ídolos.” — Eze. 20:39, NR.

27. Em que se acha a prosperidade das testemunhas de Jeová?

27 Por outro lado, as testemunhas de Jeová apresentam uma organização de ministros, que constantemente se expande, ministros cabalmente treinados no serviço e no louvor do seu Deus. Esta é a sua prosperidade e êles se regozijam com a parte que cada um dêles teve no apoio generoso do programa que tornou isso possível. Êles não ajuntam grandes somas para enriquecer a si mesmos, nem permitem que a necessidade de dinheiro, ou o necessário desembolso dêle, os desvie do verdadeiro propósito da sua organização. Nem contribuem como ‘pagamento’ pelas bênçãos que recebem nos Salões do Reino. A verdade, mais preciosa do que o ouro e a prata, não pode ser comprada. E a verdade traz amor a Deus e o amor se manifesta na dádiva generosa.

28. Como se expressa a unidade de todos na congregação em dar?

28 Nas congregações das testemunhas de Jeová não são apenas alguns que cobrem as despesas da organização. Como exemplo adicional da sua unidade, o financiamento da obra é feito pela dádiva combinada de todos. Por exemplo: se há cinquenta pessoas que se reunem num Salão do Reino e o aluguel é de Cr$ 2.500, 00 por mês, isto significa que a média para cada pessoa é de cinquenta cruzeiros. Alguns poderão dar mais, outros menos, mas os que não puderem dar esta importância não se precisam sentir acanhados, nem achar que não podem participar. Jesus tornou isso bastante claro quando mostrou como Jeová apreciou os ‘leptos da viúva’. “Então viu certa viúva necessitada lançar ali duas pequenas moedas de muito pouco valor, e êle disse: ‘Em verdade vos digo: Esta viúva, embora pobre, lançou ali mais do que todos êles. Pois todos êstes lançaram ali dádivas dos seus excedentes, mas esta mulher, da sua necessidade, lançou ali todos os meios de vida que tinha.”’ (Luc. 21:2-4, NM) Os que têm abundância, dão como podem; não os prejudica e é agradável ao Senhor. Mas aquêle que dá o pouco que tem, mostra a sua sinceridade em grau ainda maior.

29. Como se pode demonstrar que as bênçãos que acompanham o apoio material da organização nâo devem ser limitadas aos que têm mais fundos?

29 A dádiva de quantias pequenas não é apreciada nem encorajada pelas religiões falsas da cristandade, mas não é assim na organização de Jeová. Lembrai-vos de que Paulo demonstrou que a dádiva material é parte importante da perspectiva do cristão e é recebida com agradecimentos a Deus. Embora as obras caritativas da pregação sejam a primeira preocupação do ministro, ainda é essencial, para a saúde e a madureza do cristão, que faça algum esforço de apoiar a organização por dádivas caridosas, não importa quão pequenas. Como se dá isto? Considerai por um momento as dádivas espirituais. Tomai, por exemplo, a dádiva do ministro que pode gastar apenas uma hora por mês na pregação das boas novas de casa em casa. Certamente esta contribuição para o progresso do Reino, por pequena que seja, não é rejeitada, não é verdade? E, se o irmão não puder fazer mais do que isso num mês, ninguém vai considerar seus esforços como ‘abaixando a média’, será que vai? Todos se alegram de que pôde participar no testemunho do Reino e reconhecem que se fêz algum bem. Ninguém pensará em comparar a sua única hora com os milhares de horas gastas na pregação naquele mês. Por que, então, devia aquêle que pode contribuir apenas dez ou quinze cruzeiros como dádiva caridosa comparar a sua oferta com as despesas totais da congregação ou com a vasta quantia despendida cada mês pela filial? Os que podem gastar apenas algumas horas no serviço não ficam em casa só porque ‘os pioneiros podem dedicar muito mais tempo’. Nem deve o apoio material da organização, e as bênçãos que acompanham tal dádiva, ser limitados aos que têm mais fundos. Se não tivesse havido resposta à chamada pela dádiva espiritual, na restauração da verdadeira adoração, começando no período de Elias, e se ninguém tivesse pregado, não teria havido expansão do louvor de Jeová, e como poderia ter sido levada a verdade a qualquer um de nós? De modo similar, se ninguém tivesse contribuído tão generosamente como em tempos passados — e como no presente — a obra teria sido restrita e talvez teria sido impossível lermos hoje A Sentinela! Todos os agradecimentos pertencem a Jeová pela madureza da sua organização e pelo espírito de dar que está sôbre o seu povo!

PARTICIPANDO NA PRODUÇÃO

30, 31. Como ilustra o exemplo do lavrador a necessidade de cada atividade na organização?

30 Não somente os nas congregações respondem à necessidade da organização local, mas se lembram também da obra extensiva feita por intermédio de cada uma das mais de setenta organizações filiais da Sociedade, através do mundo. Assim como se enviaram contribuições ao corpo governante da primitiva congregação, assim os irmãos em todo o mundo apoiam a matriz da organização de Jeová em seu país. Diz-se em verdade que Jeová é o apoio principal da sua organização. Êle é capaz de fornecer tudo o necessário, tanto para a organização como para os que a compõem. Êle próprio é o grande Dador e Produtor de Frutos. “(Assim como está escrito: ‘Êle fêz uma distribuição, êle deu aos de poucos meios, a sua justiça continua para sempre.’ Ora, aquêle que dá abundantemente a semente ao semeador e pão para comer, suprirá e multiplicará a semente que haveis de semear e aumentará os produtos da vossa justiça.)” (2 Cor. 9:9, 10, NM) Entretanto, todas as coisas produzidas participam também, elas mesmas, na operação da produção. Jeová provê um suprimento abundante de alimento material; contudo, o lavrador precisa trabalhar para produzir a colheita. E se êle seguir as regras divinamente estabelecidas, receberá bastante, não só para sustentar a si mesmo, até a próxima sementeira, mas terá também semente para plantar. (Isa. 28:23-26) O mesmo ciclo é encontrado na expansão teocrática da organização de Jeová.

31 Todos os que se banqueteiam da provisão espiritual de Jeová e que alcançam a madureza, participam na obra de pregação: O alimento espiritual é abundante, no entanto, alguns precisam dedicar o seu tempo para produzi-lo. (Atos 6:1-4) O Senhor tornou isto possível pela sua generosa dádiva de homens à organização. Escrever e imprimir a literatura que contém a bela mensagem das boas novas é realmente um privilégio. Mas a distribuição da literatura também é necessária para a colheita e leva consigo suas próprias bênçãos especiais. Antes que possa colher os frutos dos seus labores, o lavrador precisa primeiro arar e lavrar o solo, semear, regar e cultivar. Assim, cada atividade na organização é necessária e todos trabalham juntos para completar o arranjo.

32. Como se demonstra a interdependência da organização na produção da literatura?

32 Além disso, os que não podem ter parte na produção da literatura, podem ajudar financeiramente nesta fase da obra. “Pois os na Macedônia e em Acaia se agradaram em partilhar suas coisas por meio duma contribuição aos pobres dentre os santos em Jerusalém. Deveras, agradou-lhes fazer isso, e, no entanto, eram devedores dêles; pois se as nações partilharam nas suas coisas espirituais, também lhes cabe ministrar a êstes publicamente com as coisas para o corpo físico.” Isto mostra a interdependência da organização, cada parte suprindo a sua própria parcela para suprir a falta das outras. “Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância no presente a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e assim haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu, não teve de mais; e o que pouco, não teve falta.’” — Rom. 15:26, 27, NM; 2 Cor. 8:13-15, ARA.

33. Por agirem sabiamente em que ocasião foram abençoados os irmãos filipenses?

33 Em adição à impressão de literatura, feita por muitas filiais, há muitas outras despesas necessárias para manter o programa de expansão, e também nisso podem participar e estão participando os irmãos. Paulo estava empenhado na obra de circuito quando escreveu: “Não obstante, agistes bem em tornar-vos participantes comigo na minha tribulação. De fato, vós filipenses, sabeis também que ao se começar a declarar as boas novas, quando parti da Macedônia, nem uma congregação tomou parte comigo no assunto de dar e receber, apenas unicamente vós, porque, mesmo em Tessalônica, vós me enviastes algo para a minha necessidade, tanto uma vez como uma segunda vez.” (Fil. 4:14-16, NM) Os irmãos filipenses agiam sabiamente ao terem a oportunidade e certamente receberam bênção do Senhor e uma menção favorável na sua Palavra inspirada. Também muitas das congregações atuais reconhecem esta oportunidade e participam na despesa necessária.

34. Em que outras despesas incorrem as filiais? Contudo, por que não são lamentadas?

34 Em adição à obra de circuito, as centenas de lares missionários mantidos pela Sociedade através do mundo estão contribuindo a sua parte ao programa de expansão. Também os pioneiros especiais ajudam aptamente. Além da despesa com estas duas fases do serviço, que tôdas as filiais têm, há a manutenção de cada lar de Betel e dos que contribuem seu trabalho de amor aos irmãos através do território que servem. Depois há a despesa com as assembleias regulares realizadas, para não se mencionar os muitos dispendiosos processos jurídicos que têm sido necessários para se ‘defender e estabelecer legalmente as boas novas’. Tôdas estas são despesas da organização que não lamentamos, porque a multidão de bênçãos que êstes gastos trouxeram não pode ser medida em cruzeiros e centavos. Demonstram ao mundo inteiro que, embora as testestemunhas de Jeová não sejam o povo mais rico, elas não têm mêdo de gastar o que têm na causa correta e elas sabem como tirar o maior proveito daquilo que gastam. Acima de tudo, demonstram que o espírito de Jeová está sôbre a sua organização e que não há nada do necessário que não possa ser feito e que não será feito. O crescimento fenomenal da sua organização, hoje em dia, não tem sido conseguido sem se gastar dinheiro, mas, pela benignidade imerecida de Jeová, a expansão ainda está prosseguindo!

APOIANDO A PROSPERIDADE FUTURA

35. De que modo encoraja Paulo a regularidade na dádiva generosa?

35 Assim como todos participam em alguma parte do programa de pregação, todos fazem também um esfôrço de participar na dádiva caridosa. Assim como o tempo gasto por todo servo é voluntário, assim também a dádiva de fundos materiais é assunto para a sua própria decisão. Mas, assim como se faz esforço quanto à regularidade no campo, o apóstolo aconselha também que se guarde regularmente dinheiro para o apoio da organização. “Ora, quanto à coleta que é para os santos, assim como dei ordens às congregações da Galácia, assim fazei também vós. No primeiro dia de cada semana, cada um de vós, em sua própria casa, ponha de lado algo para guardar, conforme estiver prosperando, para que, quando eu chegar, as coletas não sejam feitas então.” — 1 Cor. 16:1, 2, NM.

36. Que experiências anteriores de muitos que entram na verdade são comparadas com a posição dos primitivos cristãos Judeus? E que ponto de vista sôbre o assunto pode ser adotado?

36 Tendo saído do presente sistema iníquo de coisas, todos os do povo de Jeová sabem o que significa gastar dinheiro nas coisas que não trazem louvor a Jeová. Os que estiveram afiliados à religião falsa têm visto regularmente o prato de coleta; têm sido importunados semanalmente com ‘envelopes de ofertas’; em alguns países talvez tenham sido até sujeitos a deduções do salário para “donativos” religiosos; êles “contribuíram” para batizados, para casamentos, para enterros, para fundos especiais de construção, para fundos missionários e assim por diante. Alguns, antes de entrarem na verdade, gastaram muito na gratificação da carne pelo vício do fumo e por outros hábitos similares. Provavelmente nenhum dos que se separaram da corrupção da influência de Satanás sentiu maior alívio, ao chegar à verdade, do que os judeus no princípio do cristianismo. Sobrecarregados como estiveram com as cargas pesadas que o judaísmo apóstata lhes impusera e vendo seus dízimos, embora ordenados por Deus, realmente usados para roubar a Deus o seu louvor, ainda se encontravam entre aquêles a respeito dos quais se registra em Atos, após a sua conversão: “Ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria.” Agora que podiam ver que suas contribuições voluntárias estavam sendo usadas para o louvor de Jeová, não queriam reter nada do que possuíam! O tempo, anteriormente gasto em falsas práticas religiosas ou em prazeres egoístas, de bom grado é aproveitado pelo novo ministro teocrático e dedicado ao serviço de Jeová. Também o dinheiro, muitas vêzes usado em excesso para gratificar a própria pessoa ou para satisfazer a ganância dos extorsores “santificados” de Satanás, é espontâneamente dedicado ao apoio da organização de Jeová. O que faz que sejam dadores alegres é o espírito de Jeová que veio sobre êles!

37. Quem reconhece que Jeová deu seu nome à sua organização? E por que estão atemorizadas as nações?

37 Com o espírito de Jeová sôbre a sua organização, seu tempo prometido de prosperidade está sendo realizado. Através de muitos períodos aparentemente insuperáveis êle a tem apoiado e ricamente abençoado. Sua expansão não conhece limites! Com auge após auge em números, o registro dos ministros de Jeová está aumentando rapidamente. Embora ainda em minoria insignificante e na sua infância quanto a anos, a sociedade do Novo Mundo faz uma obra e goza de prosperidade que surpreende e atemoriza as nações do sistema de coisas de Satanás. Os governadores egoístas dêste mundo ficam estarrecidos com o que vêem acontecer, incapazes de acreditar nos seus próprios olhos. Qual dêles pode dirigir um govêrno com um sistema de tributação voluntária? Entretanto, a sociedade do Novo Mundo está sendo estabelecida para sempre, mundialmente, exatamente em tal base. Qual das “igrejas” do sistema de Satanás pode cumprir com a sua responsabilidade escolhida para com a sociedade sem constante solicitação ou extorsão? Contudo, o atual crescimento, sem paralelo, das testemunhas de Jeová, e o conforto e a inspiração que tem trazido a milhões de pessoas em todo o mundo, tem sido o resultado de um número relativamente pequeno fazer uma contribuição voluntária do seu tempo e do seu dinheiro em apoio da sua obra comissionada por Deus. Jeová tem pôsto a sua rica bênção sôbre a sua organização e concedido um aumento tão grande, que há agora mais de 600.000 ministros que cantam seus louvores até os confins da terra. Todos êstes, treinados pelo “escravo fiel e discreto”, estão zelosamente dando seu apoio ao treinamento de ainda outros que reconhecem que Jeová está apoiando a organização à qual deu seu nome.

38. Como pode ser apoiada agora e no futuro a prosperidade contínua da organização de Jeová?

38 Milhares dêstes novos estão afluindo à família de Deus e se oferecem para a obra ministerial. Nos anos futuros, com todos os irmãos vendo seu grande privilégio de contribuir para a obra, mesmo dum modo pequeno, diretamente à Sociedade e diretamente aos seus Salões do Reino, com a entrada dos fundos, que obra de expansão muito maior do que já se fêz poderá ser efetuada com os fundos que tão generosamente foram contribuídos até agora! Que perspectivas maravilhosas estão à nossa frente? “‘Trazei o dízimo todo ao depósito, para que haja alimento na minha casa, e provai-me agora dêste modo’, diz o SENHOR dos exércitos, ‘e vêde se não vos abrirei as janelas dos céus e vos derramarei uma bênção, até que não haja mais necessidade.”’ “Graças a Deus pela sua indescritível dádiva gratuita.” — Mal. 3:10, TA; 2 Cor. 9:15, NM.

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