“Jeová está no seu santo templo”
“Mas Jeová está no seu santo templo; mantenha silêncio diante dêle tôda a terra.” – Hab. 2:20, NA
1. Desde o fim da primeira guerra mundial, como tem ficado afetada a religião pela presença de Jeová no seu templo?
JÁ VOS admirastes alguma vez por que a religião tem passado por tempos tão difíceis desde que terminou a Primeira Guerra Mundial em 1918? É porque “Jeová está no seu santo templo” e tôda a terra não tem mantido silêncio diante dele. Em face de sua presença no seu templo, está em andamento o mais amplo expurgo religioso, e a religião não pode continuar como antes sem sofrer consequências rápidas e desastrosas. (Sal. 11:4-6) Onde, então, se acha o templo de Jeová e como podemos ver sua presença ali, para que possamos manter silêncio respeitoso diante dêle?
2. Que responsabilidade quanto ao serviço do seu templo figurativo confiou Jeová aos membros da antiga tribo de Levi?
2 Jeová Deus tem apenas um templo no universo. Certa vez ele teve seu único templo na terra, e, por centenas de anos, este se achava localizado na santa cidade de Jerusalém, na terra de Judá. Todos os israelitas trouxeram para ali seus sacrifícios pessoais, a fim de serem oferecidos sôbre o único altar pelas mãos do sacerdócio ordenado de Deus, que era constituído de um sumo sacerdote e de muitos subsacerdotes, todos estes pertencentes à família de Aarão, filho de Levi. Os sacerdotes tinham seus ajudantes do templo, os levitas, todos os quais pertenciam à tribo de Levi. Os sacerdotes e os levitas achavam-se sob a obrigação de manter pura e incontaminada a adoração de Jeová Deus. Tinham a ordem de não somente servir no templo, em conexão com os sacrifícios e as festas, mas também de ensinar ao povo a lei de Deus e informar as tribos de Israel da Sua vontade.
3, 4. Qual foi o pacto de Jeová com Levi? Por quem e como foi corrompido?
3 Deus fizera um pacto, ou uma expressão da sua vontade, para com a tribo de Levi, no sentido de que o serviço do templo seria o privilégio exclusivo deles e que ele seria a herança deles, visto que permaneciam sem possuir terra em Israel. Este pacto com Levi foi nitidamente expresso nas palavras do aprovação de Jeová quanto a Finéias, neto do sumo sacerdote Aarão, porque tomara medidas firmes contra a infiltração da idolatria e da dissolução moral em Israel: “Finéias, filho de Eleazar, filho de Aarão o sacerdote desviou a minha ira de sôbre os filhos de Israel, por absolutamente não tolerar rivalidade para comigo no meio deles, de modo que não exterminei os filhos de Israel na minha insistência na devoção exclusiva. Por esta razão dize: ’Eis que eu lhe dou meu pacto de paz. E este tem de servir como pacto dum sacerdócio para tempo indefinido, para ele e para sua descendência após ele, devido ao fato de que não tolerou rivalidade para com seu Deus e passou a fazer expiação pelos filhos de Israel.’” - Núm. 25:10-13, NM.
4 Ao descrever adicionalmente o pacto de Levi, Jeová disse aos sacerdotes que negligenciavam seus deveres: “Agora, para vós, ó sacerdotes, é este mandamento. Sabereis que vos enviei este mandamento, para que minha aliança fosse com Levi, diz Jehovah dos exércitos. A minha aliança com ele foi de vida e de paz; eu lh’as dei [vida e paz] para que me temesse, e ele me temeu, e teve medo do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a injustiça não se achou nos seus lábios; ele andou comigo em paz e em equidade, e da iniquidade apartou a muitos. Pois os lábios do sacerdote devem guardar a ciência, e da sua boca devem os homens procurar a lei; porque ele é o mensageiro [ou: anjo] de Jehovah dos exércitos. Mas vós vos tendes desviado do caminho; e tendes feito a muitos tropeçar na lei; tendes corrompido a aliança de Levi, diz Jehovah dos exércitos.” - Mal. 2:1, 4-8; Al.
5, 6. (a) Quando e como se simbolizou pela primeira vez a presença do Jeová no seu templo? (b) Como foi simbolizada depois da entrada de Israel na Terra Prometida?
5 O primeiro construtor dum templo para Jeová foi o profeta levita Moisés, irmão de Aarão. Quando Moisés completou a construção do templo ou tabernáculo e o ergueu no deserto, em 1512 A. C., ocorreu um evento significativo. Diz o registro: “Assim acabou Moisés a obra. E a nuvem começou a cobrir a tenda de reunião e a glória de Jeová encheu o tabernáculo. E Moisés não pôde entrar na tenda de reunião, porque a nuvem se alojava sôbre ela e a glória de Jeová enchia o tabernáculo.” (Êxo. 40:33-35, NM; 1 Sam. 1:9; 3:3; 2 Sam. 22:7) Aquêle milagre simbolizava que o Senhor Jeová havia chegado ao seu templo e estava então no seu santo templo. Oito dias depois, ou no primeiro dia depois da plena consagração do sumo sacerdote Aarão e dos subsacerdotes, seus filhos, estes mesmos ofereceram seus primeiros sacrifícios a favor de si mesmos e a favor da nação de Israel. No clímax deu-se outro sinal do céu: “Aarão ergueu as mãos para o povo e abençoou-os, e desceu depois de oferecer a oferta pelo pecado, e a oferta queimada, e as ofertas de comunhão. Finalmente, Moisés e Aarão entraram na tenda de reunião e saíram e abençoaram o povo. Então apareceu a glória de Jeová a todo o povo, e desceu fogo de diante de Jeová e começou a consumir a oferta queimada e os pedaços gordurosos sôbre o altar. Quando todo o povo chegou a ver isto, romperam em gritos e prostraram-se sobre os rostos.” Esta aceitação divina dos sacrifícios oferecidos por Aarão e seus filhos era prova de que Jeová havia aceito sua consagração ao sacerdócio segundo o Seu pacto com Levi. A nuvem que descansava sôbre o tabernáculo servia de sinal de que Jeová estava no seu santo templo. Lev. 9:22-24, 1, NM; Êxo. 40:1, 12-17, 31, 32, 36, 38.
6 Trinta e nove anos depois, quando a nação de Israel cruzou o rio Jordão e tomava residência na Terra Prometida, não era mais necessário que o tabernáculo fôsse transportado com o povo peregrinante, e a coluna de nuvem desapareceu de cima do tabernáculo. No entanto, a presença de Jeová no seu santo templo estava simbolizada pela arca do seu pacto, a caixa sagrada com dois querubins dourados por cima e que continha artigos sagrados. Esta arca foi colocada no quarto mais recôndito ou no Santíssimo do tabernáculo, e por cima da cobertura da caixa aparecia uma luz miraculosa. “Aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”, dissera Jeová. (Lev.16:2) Portanto, “quando Moisés entrava na tenda da congregação para falar com ele, então ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do testemunho entre os dois querubins [por cima do propiciatório].”(Núm. 7:89, Al) Cada ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava e aspergia o sangue da expiação perante a Arca, apresentando-se assim na presença de Jeová no Santíssimo. - Heb. 9:7.
7, 8. Ao terminar a construção do templo por Salomão, como foi indicada visivelmente a presença de Jeová ali?
7 Depois de 446 anos de serviço na Terra Prometida, o tabernáculo, ou tenda de reunião, foi substituído por um templo de madeira, pedra, metais preciosos e joias, no Monte Mória, em Jerusalém. O Rei Salomão, filho de Davi, levou sete anos para construí-lo. No dia da inauguração do glorioso novo templo, veio a ocasião de se levar o símbolo da presença de Jeová para o quarto mais recôndito deste edifício suntuoso. Lemos acerca disso: “Então os sacerdotes trouxeram a arca do pacto de Jeová ao seu lugar, ao quarto mais recôndito da casa, ao Santíssimo.” O que aconteceu então? “E aconteceu que, quando os sacerdotes saíram do santo lugar, a própria nuvem encheu a casa de Jeová. E os sacerdotes não puderam manter-se em pé para cumprir seu ministério por causa da nuvem, pois a glória de Jeová enchia a casa de Jeová.” Mais do que a colocação da arca do pacto no quarto mais recôndito, esta nuvem miraculosa indicava que Jeová havia chegado e estava no seu santo templo. Não obstante, por ambos os sinais, pela Arca no quarto mais recôndito e pela nuvem de glória, que enchia o palácio sagrado, simbolizava-se visivelmente a presença de Jeová. 1 Reis 8:6, 7, 9-11, NM.
8 O Rei Salomão reconheceu então a fidelidade de Jeová e abençoou todo o povo presente ali no templo. Estando então em pé diante do grande altar, sôbre o qual foram colocados os sacrifícios de animais para Deus, Salomão ofereceu uma longa oração, fazendo petições a favor do povo escolhido de Jeová e também a favor de futuros adoradores de países estranhos. Jeová deu então evidência de que ouvira a oração de Salomão. “Tendo Salomão acabado de orar, desceu do céu o fogo e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória de Jehovah encheu a casa. Os sacerdotes não podiam entrar na casa de Jehovah, porque a glória de Jehovah encheu a sua casa. Todos os filhos de Israel viram quando desceu o fogo e ficou a glória de Jehovah sobre a casa; prostraram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, adoraram e deram graças a Jehovah, dizendo: Porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre.” (2 Crô. 7:1-3) O fogo do céu que incendiou a lenha no novo altar e que consumiu os sacrifícios sôbre ele mostrava que Jeová havia aceito o templo e seu altar. Mostrava que ele aprovava a transferência da sua adoração do antigo tabernáculo para este palácio sagrado no Monte Mória. Ele estava agora presente neste templo, assim como havia estado no tabernáculo.
9. De que outros modos se manifestou a presença de Jeová no templo de Salomão?
9 Não era que Jeová estava literalmente presente naquele templo material, assim como não esteve fisicamente presente no tabernáculo menos pretensioso construído por Moisés. Nem aquele templo, nem aquele tabernáculo podiam conter o grande Deus do universo. O próprio Salomão confessou este fato por ocasião da inauguração do templo, dizendo na sua oração: “Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? eis que o céu e o céu dos céus te não podem conter, quanto menos esta casa que edifiquei?” (2 Crô. 6:18) Jeová estava presente naquele santo templo no Monte Mória, em Jerusalém, somente por enviar seu poder desde o seu trono celestial e por tornar sua operação visível no templo pela nuvem de glória e pelo fogo do céu. Estava também presente naquele templo por manter fixa a sua atenção nele e por responder às orações que se ofereciam ali ou que eram dirigidas para ali pelos crentes que oravam com os rostos virados para ele. Conforme o próprio Salomão disse na sua oração inaugural: “Tens de voltar-te para a oração do teu servo e para o seu pedido de favor, ó Jeová, meu Deus, por escutar o grito de alegria e a oração com que teu servo ora diante de ti, para que teus olhos provem estar abertos para esta casa, dia e noite, para o lugar do qual disseste que porias nele teu nome, por escutar a oração com que teu servo ora virado para este lugar.” (2 Crô. 6:19, 20, NM)E, conforme o próprio Jeová disse mais tarde a Salomão, em Gabaão: “Tenho santificado esta casa que edificaste, por pôr ali meu nome para tempo indefinido, e meus olhos e meu coração provarão certamente estar ali sempre.” - 1 Reis 9:3, NM.
O SENHOR (HA-A·DON’) VEM AO SEU TEMPLO
10. Quando e por que foi retirada a presença de Jeová do templo construído por Salomão? Com que resultado?
10 Veio o tempo em que Jeová retirou a sua presença daquele templo de Salomão, porque os sacerdotes e levitas continuavam deliberadamente a profanar a “aliança de Levi” e porque a nação de Israel violava tôdas as leis do pacto que Jeová havia feito com eles. Desaparecida Sua presença, aquele templo ficou sujeito à destruição por parte dos exércitos babilônicos em 607 A. C., e alguns sobreviventes da nação que profanara o templo foram levados cativos à Babilônia. Setenta anos depois, porque um restante fiel orava em direção ao local do antigo templo em Jerusalém e mostrava um desejo sincero de renovar a adoração pura ali, Jeová libertou-os do cativeiro de Babilônia. Ele os trouxe de volta a Judá e Jerusalém para reconstruírem o templo e restaurarem a adoração divina ali em sua pureza. Sob a direção do governador Zorobabel e do sumo sacerdote Josué, o templo e seu altar foram reconstruídos e a adoração de Jeová foi renovada no antigo local. Esse templo construído pelo restante arrependido e restaurado não era nem de perto tão glorioso externamente como o templo de Salomão. Não obstante, foi em relação a este templo reconstruído do restante restaurado que Jeová Deus fêz que Malaquias proferisse a última profecia antes da era cristã, inclusive a declaração notável: “Eis que envio eu o meu mensageiro [ou: anjo], e ele há de preparar o caminho diante de mim; de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o anjo da aliança, no qual vós vos agradais, eis que ele vem, diz Jehovah dos exércitos.” - Mal. 3:1.
11. Em que respeitos diferiu o templo reconstruído em Jerusalém, por Zorobabel, do templo de Salomão?
11 Aquêle templo, reconstruído pelo restante debaixo do governador Zorobabel não possuía no seu quarto mais recôndito, ou Santíssimo, a arca do pacto de Jeová. Por ocasião da sua inauguração em 516 A. C., nenhuma nuvem de glória o encheu; nem desceu fogo do céu para devorar os sacrifícios no altar. No entanto, a presença de Jeová estava novamente no templo e sua adoração pura fôra restaurada como nos dias de Moisés.
12-14. Por que se predisse a repentina vinda de Jeová ao seu templo? Quando ocorreu ela?
12 Por que, então, disse Malaquias, cerca de setenta anos mais tarde, que “de repente virá ao seu templo o Senhor [ha-A·don’] a quem vós buscais; e o anjo da aliança, no qual vós vos agradais”? Foi porque no ínterim o sacerdócio do templo havia ficado desrespeitoso para com o altar e o serviço de Jeová e havia profanado seu pacto com Levi. Ainda mais, porque os sacerdotes falharam nos seus deveres dados por Deus, o povo havia ficado materialista. Eles duvidavam se valia a pena adorar e servir a Jeová e se ele realmente estava presente no seu templo, dando atenção ao que estava acontecendo sob o manto de hipocrisia religiosa. Enfadavam a Jeová por dizer vez após vez: “Todo o que faz o mal e bom aos olhos de Jehovah, e nestes tais ele se deleita; ou onde está o Deus do juízo?” (Mal. 2:17) Se êle se enfadava por ouvir tal conversa desrespeitosa e insolente, não devia ele pelo menos fazer alguma coisa a respeito disso, agir com repentinidade? Sim. Perguntavam eles: “Onde está o Deus do juízo?” Pois bem, que saibam então onde ele está ao vir ele repentinamente ao seu templo para a obra de juízo.
13 O Senhor a quem pretendiam buscar e que vem de repente ao seu templo é o próprio Jeová Deus. Ele é O A·don’ (em hebraico) ou o Senhor a quem pertence o templo, e cujo nome descansa nele e que vem ao lugar onde, supostamente, deve ser adorado. Mas, ao vir desta vez, ele não vem sozinho, mas vem acompanhado do “anjo da aliança”. Por causa da severidade do juízo que se daria depois de ele vir com seu Anjo do pacto, Jeová prometeu que enviaria misericordiosamente seu mensageiro e que este prepararia o caminho diante dele. Se as condições não estivessem preparadas entre os seus adoradores do templo antes da sua chegada ao templo, então a nação inteira estaria em perigo de ser extirpada assim como Sodoma e Gomorra, batizadas por fogo do céu.
14 Esta profecia da vinda do Senhor Jeová ao seu templo, junto com seu Anjo do pacto, não se cumpriu no templo de Zorobabel. Entretanto, o templo de Zorobabel foi substituído por um templo mais grandioso, construído pelo edomita Herodes, o Grande, ao tornar-se ele rei sôbre Judá e Jerusalém por decreto de Roma. Quanto a este templo, deu-se um cumprimento da profecia de Malaquias, e êste prefigurava especialmente os eventos de nossos dias atuais, neste século vinte.
15, 16. (a) De que modo veio o Senhor do templo, Jeová, repentinamente a ele, depois da obra preparatória feita por João Batista? (b) Por quem e quando foi expresso o juízo de Jeová no templo?
15 O próprio Jesus Cristo indicou quem era o mensageiro preparatório no templo dele, a saber, João Batista, o qual havia terminado a sua obra e jazia então em prisão, sendo logo depois decapitado: “Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.” (Mat. 11:10, ARA) João começou a pregar e a batizar cêrca de seis meses na frente de Jesus e êle preparou um pequeno restante de israelitas para recebê-lo. Este fato não significava que Jesus era o Senhor que viria de repente ao seu templo. Jesus não é Jeová, o Senhor do templo. Ele é “o anjo da aliança” de Jeová, que o acompanha ao templo; e essa aliança é o pacto que Jeová fizera com fiel Abraão, ao dizer: “Por tua semente [ou: descendência] se abençoarão todas as nações da terra.“ (Gên. 22:18) Visto que o mensageiro preparatório havia chegado, era, portanto, nos dias de Jesus que o Senhor Jeová viria de repente ao templo para mostrar onde estava o Deus de juízo. Não era o caso de o Senhor Jeová vir pessoalmente e visivelmente ao templo, assim como não veio visivelmente ao tabernáculo no deserto do Monte Sinai, nem veio visivelmente ao templo de Salomão em Jerusalém. Mas, Jesus Cristo, seu Anjo do pacto de bênção veio visivelmente ao templo de Jeová naquele tempo. Ele veio como representante visível do Senhor Jeová, e por pôr seu espírito sobre Jesus, Jeová estava com ele na vinda àquele templo em Jerusalém em 33(E.C.).
16 Depois do seu batismo por João, no Rio Jordão, Jesus foi gerado espiritualmente quando a voz de Jeová veio do céu, dizendo: “Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado”, e ele foi ungido para ser rei pela descida do espírito de Jeová sobre êle, conforme simbolizado pela descida duma pomba. (Mat. 3:13-17, NM) Três anos e meio depois, entrou montado como rei no dia da coroação na cidade real de Jerusalém. Ele foi ao templo, mas não foi recebido pelo sumo sacerdote, nem foi ungido para ser rei dos judeus e depois aclamado por todos os sacerdotes e levitas. Não, estes eram profanadores do pacto de Levi; não aceitavam o grande Cordeiro sacrificial de Jeová, dado a favor dos pecados da humanidade, nem se achava a lei da verdade em suas bôcas. Eles objetavam indignados que os muitos meninos no templo aclamassem Jesus e gritassem: “Salve, rogamos, o Filho de Davi!” (Mat. 21:15, 16, NM) Visto que não o fizeram, era necessário que Jesus, e não aqueles sacerdotes e levitas, expulsasse do templo os cambistas e os vendedores de aves e de animais, dizendo: “Não está escrito [em Isaías 56:7] que a minha casa será chamada casa de oração para todas as nações mas vós a tendes feito um covil de salteadores.” (Mar. 11:15-17) Estas eram as palavras de Jeová que Jesus citou, e Jeová estava assim com seu Anjo do pacto nesta expressão de juízo no templo, purificando-o pelo menos do seu comercialismo religioso.
17, 18. Como foram dadas, dias depois, mais expressões do Juízo de Jeová no templo em Jerusalém?
17 Um dia depois, Jesus declarou que Jeová estava abandonando o templo ou retirando a sua presença dali, dizendo aos escribas, aos fariseus e ao povo de Jerusalém: “Eis aí abandonada vos é a vossa casa.” Não deixando dúvida de que estava falando da destruição do templo de Herodes, semelhante à destruição do templo de Salomão pelos babilônios, em 607 A. C., Jesus disse aos seus discípulos, ao passear pelo templo: “Não vêdes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sôbre pedra que não seja derribada.” (Mat. 23:38; 24:1, 2, NTR) Dois dias mais tarde, os profanadores sacerdotais do pacto de Levi disseram, em efeito: “Onde está o Deus do juízo?” e entregaram o Anjo do pacto de Deus aos romanos incircuncisos, para ser executado, em desgraça pública, num madeiro, igual a um escravo criminoso.
18 O Deus de juízo viu que, quando esses sacerdotes, e levitas voltariam aos seus deveres no templo, seria com suas mãos manchadas do sangue do seu Anjo do pacto. De modo que, quando o seu moribundo Anjo do pacto exalou as últimas palavras: “Está consumado”, “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”, então o próprio Jeová veio ao templo pelo seu poder dirigido diretamente contra o Santíssimo dêle. Não, não foi por uma nuvem de glória que enchesse a casa, nem por fogo do céu, que consumisse miraculosamente os sacrifícios de animais no altar do templo, não, mas foi por fazer que houvesse um terremoto por baixo da cidade do templo, e que se fendessem as rochas, e que o sol deixasse de brilhar sôbre o templo, e que a cortina do santuário se rasgasse pelo meio, rasgando-a como papel fino em tôda sua altura de nove metros, até embaixo, embora fosse uma cortina dupla e da grossura de vários centímetros, expondo assim o quarto mais recôndito como não contendo a arca do pacto. - Mat. 27:50, 51; João 19:30; Luc. 23:45, 46.
O VERDADEIRO TEMPLO DA SUA PRESENÇA
19. Quando e como se manifestou o abandono total e final do templo típico por Jeová?
19 Depois de mais trinta e sete anos, não somente o quarto mais recôndito, mas também o templo inteiro de Jerusalém foram invadidos pelo fogo ateado pelos conquistadores romanos e o edifício foi arrasado até o chão, não se deixando pedra sôbre pedra, em cumprimento das palavras de Jesus. Os 97.000 sobreviventes judeus do sítio de quatro meses de Jerusalém foram “levados captivos para todas as nações”, a cidade foi demolida, os registros das famílias dos sacerdotes, dos levitas e da família real foram destruídos ou perdidos, e os judeus naturais, através da terra, foram deixados sem templo e sem um sacerdócio ativo e identificável. Deveras, a casa sagrada deles lhes tinha sido deixada abandonada por Jeová.
20. Com que foi substituído o templo material arrasado de Jerusalém?
20 Mas, ficou Jeová sem templo? Será que nunca mais poderia estar presente no seu santo templo? Não, pois havia substituído o templo material perecível no Monte Mória, em Jerusalém, por um templo espiritual duradouro. No terceiro dia depois de rasgar a cortina do santuário de cima para baixo, Jeová Deus ressuscitou a “pedra fundamental de esquina” do seu templo espiritual. Como? O Deus Todo-poderoso fêz isto por ressuscitar a seu Filho, seu Anjo do pacto, dos mortos para a vida nos céus. De acordo com o seu juramento, Jeová o levantou como sacerdote real semelhante a Melquesidec, mas com a natureza divina. Em vista do sacrifício humano que êle havia deposto como tal sacerdote, Jesus Cristo era agora o Sumo Sacerdote real de Jeová, possuindo o mérito de um sacrifício, por meio do qual ele podia fazer expiação pelos pecados da humanidade e agir como Mediador entre Deus e os homens. Por meio do espírito santo, Jeová Deus habitava em Jesus, a “pedra fundamental [viva] de esquina” do templo espiritual e Deus não mais precisava do templo material de pedras mortas em Jerusalém.
21, 22. Quem são a Pedra Fundamental de Esquina e as “pedras vivas”?
21 Quarenta dias depois disso, Jesus Cristo ascendeu ao trono celestial de seu Pai, levando consigo o valor vital do seu sacrifício humano. Jeová Deus o aceitou e também colocou seu Sumo Sacerdote no Monte Mória ou Monte Sião celestial, como a “preciosa” “pedra fundamental de esquina”. Visto que o glorificado Jesus era apenas a pedra fundamental de esquina, torna-se manifesto que Jeová Deus não propôs usar apenas Jesus como seu templo espiritual vivo. Portanto, no dia de Pentecostes, apenas dez dias depois, Jeová começou a erguer seu templo espiritual sôbre Jesus, a Pedra Fundamental viva de Esquina. Ele usou a Jesus, o Sumo Sacerdote, para fazer a edificação desta casa espiritual como um antítipo Salomão. De modo que, em Pentecostes, Jeová Deus gerou os fiéis apóstolos e outros discípulos de Jesus na terra com espírito santo, para fazê-los seus filhos espirituais. Daí, por intermédio de Jesus, derramou sobre êles seu espírito santo, para ungi-los como membro de um “sacerdócio real” debaixo de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote. Ele os fêz quais “pedras vivas” para serem colocadas sôbre Jesus, a Pedra Fundamental de Esquina.
22 O apóstolo Pedro diz, por isso, a todos os cristãos ungidos: “Chegando-vos para êle como a uma pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, vós mesmos, também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual, com o propósito de serdes um sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por meio de Jesus Cristo. Pois está contido na Escritura: Vê! Eu ponho em Sião uma pedra, escolhida, uma pedra fundamental de esquina, preciosa’ . . . vós sois ’uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo para possessão especial, para que declareis em tôda parte as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” - 1 Ped. 2:4-6, 9, NM; Atos 2:1-36.
23. Para que fim se constrói o templo espiritual?
23 Portanto, do dia de Pentecostes em diante, Jeová tem estado morando no seu santo templo espiritual de “pedras vivas”. Por meio do apóstolo Paulo, êle diz a êstes cristãos sacerdotais: “Não sabeis que vós, povo, sois o templo de Deus, e que o espírito de Deus habita em vós?’” “O próprio Cristo Jesus é a pedra fundamental de esquina. Em união com ele, o edifício inteiro, estando harmoniosamente ligado, cresce como um templo santo para Jeová. Em união com ele, vós também sois edificados juntos como lugar para Deus habitar pelo espírito.” - 1 Cor. 3:16 e Efé. 2:20-22, NM.
24. (a) Depois da morte dos apóstolos, por que não se viu mais a continuação da construção do templo espiritual entre os humanos?(b) Durante o século passado, que mudança ocorreu quanto às “pedras vivas“ do templo?
24 Até o fim do primeiro século, os doze apóstolos de Cristo haviam morrido. Não demorou muito que se perdesse de vista a edificação e o crescimento daquele templo espiritual, por causa da apostasia da fé pura do templo. Veio a ser como quando os judeus eram cativos em Babilônia, enquanto Jerusalém jazia em ruínas e Jeová não teve templo na terra no qual morasse pelo seu espírito. Naturalmente, Jeová sempre habitou na Pedra Fundamental de Esquina no templo, Jesus Cristo, no céu, por meio do seu espírito; mas as “pedras vivas” na terra foram por muito tempo perdidas de vista e quase não podiam ser identificadas. Mas, pouco depois de 1870, ou aproximadamente oitenta anos atrás, elas começaram a aparecer de novo, pois estas verdades do templo espiritual começaram a ser recuperadas e aplicadas, e o espírito de Deus foi visto em ação para a produção do restante final das 144.000 “pedras vivas” da “casa espiritual”. A “História Moderna das Testemunhas de Jeová”, publicada nas colunas de Despertai! desde abril de 1955, fornece os pormenores disto.
25, 26. Como veio Jeová subitamente ao seu templo espiritual, para cumprir finalmente a profecia de Malaquias?
25 Mas, lado a lado com êste restante das “pedras vivas” espirituais, os sistemas religiosos mundanos da cristandade têm pretendido ser a casa de Deus, seu verdadeiro templo, embora continuassem a se desviar da fé do templo e não tivessem evidência da habitação de Jeová nêles pelo seu espírito. Estavam causando ou enfadando a Jeová Deus com sua conversa religiosa, dizendo que o que faz o mal é bom e deleitável aos olhos de Deus. Portanto se destacou esta pergunta: “Onde está o Deus do juízo?” As circunstâncias exigiam mais e mais que ocorresse um evento de importância religiosa mundial, em cumprimento de profecia. Qual seria este evento? O seguinte: a vinda repentina do Senhor Jeová ao seu verdadeiro templo espiritual, acompanhado do seu Anjo do pacto, em cumprimento final da profecia de Malaquias, terminando-a.
26 Tem o Senhor Jeová agora vindo ao seu templo espiritual, junto com seu Anjo do pacto? A cristandade diz que não! Mas, isto se dá porque veio de repente e apanhou a cristandade em flagrante nos seus atos não-cristãos. Ela aprecia a vinda de Jeová com seu Anjo do pacto tão pouco quanto os sacerdotes e levitas que profanavam o templo apreciaram a vinda de Jesus ao templo, purificando os átrios religiosos dos exploradores ladrões de religião. Naquele tempo, Jesus veio e fez isso três anos e meio depois do seu batismo, da sua geração pelo espírito e da sua unção no Jordão. Agora, Jesus veio e começou a purificação na primavera de 1918, três anos e meio depois do nascimento do reino de Deus em 1914 e da entronização celestial de Jesus Cristo como Rei reinante naquele tempo.
27. Apesar das pretensões da cristandade, qual tem sido perceptivelmente a sua atitude desde 1914 para com o Cristo entronizado de Jeová?
27 Negue a cristandade que 1918 é a data em que o Senhor Jeová veio de repente ao seu templo espiritual como o Deus de juízo, acompanhado por seu Anjo do pacto, Jesus Cristo. Não obstante, o tempo do juízo está aqui sobre todos os que pretendem ser a casa de Deus, quer de direito, quer falsamente, e o juízo tem estado em progresso desde a primavera de 1918 em diante. De modo que é correto fazer as perguntas da profecia de Malaquias: “Mas quem pode supportar o dia da sua vinda? quem subsistirá quando ele aparecer?” Atualmente, depois destes trinta e oito anos desde 1918, a cristandade mostra que ela não subsistirá nem permanecerá como professa casa de Deus, pois o Anjo do pacto de Jeová e como o “fogo do fundidor” e como a “barrela dos lavandeiros”. (Mal. 3:2, Tr) A cristandade não pode aceitar o verdadeiro Cristo no seu papel real e sacerdotal desde o nascimento do Reino em 1914. Êle é demasiado quente para ela, purificador demais para ela. Não há metal precioso nela; ela é tôda material combustível. Não há fibra boa nela; ela é tôda sujeira a ser lavada embora com álcali. No Armagedon, a execução do juízo do Senhor Jeová, desde o seu verdadeiro templo espiritual, trará isso à luz.
28, 29. (a) Quem se submete agora voluntariamente aos juízos ardentes de Jeová? Para que fim? (b) Os sacrifícios espirituais de tais purificados incluem o quê?
28 Mas, quem é que pode enfrentar este dia da sua vinda ao templo, junto com seu Anjo do pacto, e suportá-lo? São aqueles que têm sinceramente buscado a Jeová; são aqueles que deveras se agradam de seu Anjo do pacto e que amam o seu aparecimento. São os que foram os únicos que chamaram atenção ao fato da sua vinda e da sua presença no templo junto com seu Anjo do pacto. São as testemunhas de Jeová. Estas são as que têm demonstrado a sua disposição de se sujeitar aos juízos de Jeová por meio de Cristo, não importa de quão ardentes, não importa de quão descorantes, e de suportar a purificação da sua doutrina, sua organização e sua atividade.
29 Diz Jeová por meio de Malaquias (3:3): “Sentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata. Eles farão a Jehovah ofertas em justiça.” Os antigos filhos de Levi eram servos e guardiães do templo e eram os que ofereciam os sacrifícios. De modo que os “filhos de Levi” antitípicos da atualidade são o restante das “pedras vivas” do templo espiritual. São o restante do “sacerdócio real” debaixo do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, os quais tem de oferecer “sacrifícios espirituais” de louvor e boas obras para com Deus e que têm de avisar outros sôbre o sacrifício de Cristo pelos pecados. Até a vinda do Senhor ao templo, junto com seu Anjo do pacto, em 1918, havia considerável falha nos seus “sacrifícios espirituais”, que não era digna do altar de Deus, e a organização deles não estava realmente limpa. Mas, depois da Primeira Guerra Mundial, em 1918, êles passaram por uma purificação com fogo, a fim de ’fazer a Jeová ofertas em justiça’. Todo o mundo veio agora a perceber sua oferta de “sacrifícios espirituais” em justiça, desde 1918, pois a maior oferta dêste restante dos antitípicos “filhos de Levi” tem sido sua pregação em obediência ao mandamento profético de Mateus 24:14 (NM), a pregação de “estas boas novas” do “reino de Deus estabelecido em 1914. Eles se esforçaram de estender esta pregação a tôda a terra habitada, em testemunho a todas as nações, antes que finde completamente o reino de Satanás no Armagedon. Dentro do período de trinta anos desde 1918, O Anjo Refinador no templo tem refinado com fogo a organização pregadora, para fazê-la teocrática na sua estrutura e modo de operação. Em resultado disso, o restante voltou aos modos apostólicos dos “dias antigos”, “como nos anos passados”, tudo o que é “agradável a Jehovah”. - Mal. 3:4.
30 (a) Em nossos tempos, que conduta lamentável dos “filhos de Levi” espirituais provocou a ira de Jeová? (b) Ao se desviar deles a sua ira, que bons efeitos se seguiram?
30 É triste de relatar que, durante a Primeira Guerra Mundial, o restante sacerdotal, os “filhos de Levi” antitípicos, eram culpados de corromper a “aliança de Levi” por um compromisso profanador com este mundo, de modo que Jeová estava ‘irado’ com êles. (Isa. 12:1) Mas, desde 1919, o Anjo Refinador no templo os tem purificado para serem semelhantes a metais preciosos. Êle os tem libertado da Babilônia mundana e lhes tem ordenado, como “os que levam os vasos de Jeová”, a não mais tocar nas coisas imundas de Babilônia. (Isa. 52:11) Reconheceram desde então que a “aliança de Levi” exige deles serem o “mensageiro de Jehovah dos exércitos”, para manter o conhecimento nos lábios, para ter a lei da verdade na sua boca, para andar com Deus em paz e retidão e para desviar a muitos da iniquidade. Para fazer isso, reconheceram que tinham de ser testemunhas de Jeová e proclamar as verdades do Reino. Em reconhecimento dêste fato, em 1931, adotaram corajosamente o nome “testemunhas de Jeová”. Sabem agora que a “aliança de Levi” exige um sacerdócio limpo, que não aprova nem a fornicação nem o adultério, quer espiritual quer físico, um sacerdócio que rende devoção exclusiva a Deus e prova isto por manter Sua adoração no templo pura, limpa e sem hipocrisia. Assim como os levitas da antiguidade, que não possuíam terras, sabem que Jeová é a herança dêles e que a sua esperança está no reino celestial e que, portanto, precisam manter fixas as suas mentes nas coisas de cima. (Col. 3:1, 2) Por isso procuram agora com toda a sua atenção guardar a “aliança de Levi”. Insistem em manter correta a adoração na sociedade do Novo Mundo.
“TESTEMUNHA VELOZ”
31, 32. Para que fim benevolente se tem Jeová, até agora, tornado “uma testemunha veloz“ contra as práticas erradas entre os “filhos de Jacob” espirituais?
31 A fim de purificar seu povo, Jeová Deus nos diz as coisas às quais êle se oporá ao vir ao seu santo templo para juízo e para um expurgo da religião. “Chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os perjuros; contra os que oprimem o jornaleiro em seu salário, a viúva, e órfão, e que desviam o estrangeiro [o forasteiro residente, TA] do seu direito, e não me temem, diz Jehovah dos exércitos. Pois eu Jehovah não mudo; por isso vós, filhos de Jacob, não sois consumidos.” - Mal. 3:5, 6.
32 Desde a sua vinda ao seu templo até o Armagedon permite-se apenas um “curto período de tempo”, e, portanto, a fim de salvar seu Israel espiritual ou “filhos de Jacob” espirituais de serem consumidos naquela guerra universal, Jeová tem sido uma testemunha veloz em expor transgressões e em purificar os transgressores arrependidos. Em sua ação de testemunha veloz contra os feiticeiros, em 1920, em 1934 e em 1955 ele nos tem dado três poderosos folhetos que expõem o espiritismo. Êle desmascarou também os chamados ’magos do Oriente’ que vieram visitar o menino Jesus, como sendo meramente astrólogos, instrumentos involuntários usados pelo dominador dos demônios para incitar o Rei Herodes a procurar matar Jesus. Ele expôs, também a grande Pirâmide de Giza como sendo, não “a testemunha de pedra de Deus”, ou “a Bíblia em pedra”, mas um monumento do demonismo para glorificar a crença na imortalidade da alma ou na “sobrevivência após a morte”.
33. Como afetou tornar-se Jeová “uma testemunha veloz“ os impuros e os que se dedicaram e daí falharam em viver a altura de tal dedicação?
33 Jeová, no seu templo, testemunhou também velozmente contra os que eram culpados de adultério ou impureza moral, física ou espiritualmente, e de divórcios antibíblicos. Êle tem ensinado seu povo a adotar uma posição de neutralidade, sem adultério, para com todos os conflitos políticos e militares dêste mundo. Ele testificou contra os perjuros, ou os que juraram falsamente, especialmente a classe do “escravo mau”, os que juraram a Deus e o confirmaram, “de observar os teus justos juízos”, e contudo provaram ser falsos por não cumprirem a sua dedicação a Deus, de fazer a Sua vontade. Visto que os perjuros são como os hipócritas, Jeová por seu Anjo do pacto, lançou fora da sua organização a classe do “escravo mau” e lhes tem negado qualquer luz espiritual adicional. - Sal. 119:106; Mat. 24:48-51.
34, 35. Por que meios diversos tem Jeová satisfeito tanto as necessidades físicas como as espirituais de que espécies numerosas de dependentes?
34 Por revelar a sua Palavra e reajustar a sua organização, a fim de tomar misericordiosamente em consideração todos os humildes, Jeová tem testificado contra os que oprimem as classes dependentes, a pessoa empregada que espera corretamente seu salário, e a viúva, especialmente a que não tem filhos, e o órfão ou menino sem pai que é responsável por manter vivo o nome da família. Jeová cuida agora que êstes sejam ajudados segundo as suas necessidades físicas e especialmente segundo as suas necessidades espirituais, para que possam gozar duma vida espiritual plena, participando em tôdas as provisões espirituais do seu povo. Ele ensinou os fortes de levar as cargas dos fracos dependentes.
35 Além disso, Jeová tem pensado em mais pessoas do que apenas seu Israel espiritual, seus “filhos de Jacob ” espirituais. Ele tem também pensado na multidão muito maior de pessoas que são semelhantes a ovelhas, não israelitas espirituais. Com a execução do juízo ardente na batalha aterradora do Armagedon aproximando-se rapidamente, Jeová, o Grande Pastor, compadece-se dêstes que são semelhantes a ovelhas. Só porque não são israelitas espirituais não é razão para deixá-los perecer. Seu próprio Israel espiritual era uma vez como esses, necessitando de misericórdia. Portanto, Jeová permite ou concede a estes semelhantes a outras ovelhas o direito à oportunidade de ganhar a vida no seu novo mundo. Eles foram representados pelos estrangeiros, os residentes temporários ou forasteiros residentes em Israel, os quais Jeová amou. “Pois Jeová, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o grande e poderoso Deus que inspira temor, que não trata a ninguém com parcialidade, nem aceita subôrno, executando o juízo para o menino sem pai e a viúva, e amando o residente temporário, de modo a lhe dar pão e vestimenta. Vós, também, tendes de amar o residente temporário.”- Deu. 10:17-19, NM.
36. De 1918 em diante, por meio de que diversas outras provisões distintas tem Jeová continuado a trazer refrigério e entendimento aos milhões de pessoas “que suspiram e que gemem” por causa das abominações da cidade da cristandade?
36 Indignado contra qualquer transgressão contra estes, Jeová, no seu templo, tem sido uma testemunha veloz contra as pessoas “que desviam o estrangeiro [ou: residente temporário] do seu direito”. (Mal. 3:5) Suscitando crescente interesse neles, Jeová fez que se pregasse, de 1918 em diante, a surpreendente mensagem pública “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”, e, em 1923, ele proveu a interpretação da “parábola das ovelhas e dos cabritos”. (Mat. 25:31-46) Ele mostrou que os justos da terra são “outras ovelhas” as quais seu Pastor Correto tem de ajuntar ao rebanho para fazê-las “um rebanho” com as ovelhas dos israelitas espirituais, debaixo de “um pastor”. (A Sentinela [em inglês], de 15 de outubro de 1923, página 310) Daí, no seu próprio tempo devido, Jeová mostrou ao seu restante reunido que eles tinham de dar plena atenção a esta outra classe semelhante a ovelhas, pois em 1931 revelou que o restante tinha de agir como o homem profético “vestido de linho, tendo um tinteiro de escrevente à sua cintura”. Eles têm de marcar nas testas estes deprimidos semelhantes a ovelhas, para que possam ser poupados pelos executores de Jeová no Armagedon. Visto que Jeová ordenou agora que tais sejam marcados na testa, então, se recusarmos fazer o trabalho de marcação, nós estaremos desviando o antitípico estrangeiro ou residente temporário do seu direito. Se fizermos isso, ai de nós! Jeová ainda está no seu santo templo para agir como testemunha veloz e revelar a falta de amor de quaisquer que recusam preocupar-se com estas ovelhas e empenhar-se na obra de testemunho de marcar as testas delas. - Eze. 9:1-4.
“CASA DE ORAÇÃO PARA TODAS AS NAÇÕES”
37, 38. (a) Agindo judicialmente, como tem Jeová, desde 1918, difundido por toda a terra seu ensino sobre a adoração genuína entre os que estão dispostos a não aprender mais a guerra? (b) Em que classe tem os filhos purificados de Levi mantido continuamente sua oferta de “sacrifícios espirituais”?
37 Visto que Jeová está agora no seu santo templo espiritual para a obra de juízo, a profecia de Isaías tem estado em cumprimento: “Sucederá nos dias vindouros [últimos dias, Al] que o monte da casa de Jehovah será estabelecido no cume dos montes, e será exaltado sobre os outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. Irão muitos povos e dirão: Vinde e subamos ao monte de Jehovah, à casa do Deus de Jacob; dê-nos ele a lição dos seus caminhos, e andaremos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra de Jehovah. Ele julgará [desde o seu templo] entre as nações, e servirá de árbitro a muitos povos; das suas espadas forjarão relhas de arado, e das suas lanças podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Isa. 2:2-4) Nos tempos antigos era costume adorar em lugares elevados. Jeová foi adorado num notável lugar elevado, no seu “santo monte”, o Monte Mória, mais de 730 metros acima do Mar Mediterrâneo e 1.158 metros acima do nível do Mar Morto. Ali se achava sua enaltecida “casa” ou templo.
38 Por colocar seu nome sôbre seu restante do templo espiritual e por enviá-lo para ser, suas testemunhas, Jeová fez que seu nome seja grandemente enaltecido em tôda a terra, nestes “últimos dias”. Por guardarem a “aliança de Levi” e renderem devoção exclusiva a Jeová, os do restante do templo colocaram Sua adoração purificada acima de tudo o mais, especializando-se nela como sendo de primeira importância de acôrdo com as suas obrigações sacerdotais. Nenhuma nação, nenhum governo, tem o direito de interferir com ela, e no conflito entre adorar a Jeová e obedecer aos governadores humanos que se opõem a ele, os do restante do templo dão o primeiro lugar a adoração de Jeová e ocupam firmemente seus lugares de serviço no templo dele, dando primeiro a Deus o que pertence a Deus. (Mat. 22:21) Recusaram cessar seus “sacrifícios espirituais” de louvar a Deus e pregar as boas novas do seu estabelecido reino triunfante.
39. (a) Por quem e por que houve ressentimento contra tais atos nobres dos adoradores genuínos de Jeová? (b) Com que foram comparados simbolicamente, nos tempos antigos, os elevados requisitos da adoração de Jeová?
39 Esta fidelidade à adoração de Jeová, perante todo o mundo, tem enaltecido a “casa de Jehovah”, a casa da sua adoração, perante tôdas as nações. Os mundanos patrióticos têm ressentido que se ponha a adoração de Jeová, a sua casa, acima de todos os governos, lealdades e outras religiões do mundo. Mas, as pessoas semelhantes a ovelhas, dentre tôdas as nações, apreciam esta ilustração da supremacia da adoração de Jeová. Elas aprendem do restante do templo a colocar a Sua adoração em primeiro lugar nas suas vidas e a deixá-la dominar mesmo sôbre os sistemas do mundo de Satanás que se parecem a montanhas. Assim como o templo de Salomão no Monte Mória, 730 metros acima do Mediterrâneo, se achava mais alto do que os templos pagãos das capitais pagãs do Egito, da Assíria, de Babilônia, da Pérsia, da Grécia e de Roma, assim a adoração de Jeová está mais elevada de que toda a organização visível do Diabo. Esta é a altaneira elevação à qual os semelhantes a ovelhas, dentre tôdas as nações, a consignam nas suas vidas. Portanto, aceitam os juízos e as decisões de Jeová vindas do seu templo supremo. Abandonam o mundo do Diabo, suas montanhas religioso-políticas e suas guerras e armas de guerra, e sobem ao “monte da casa de Jehovah” para adorá-lo ali nesta ’formosa elevação’ por cima deste mundo rebaixado e a sua adoração de demônios. (Sal. 48:1, 2, RJ) Procuram atingir os altos requisitos da sua adoração. Dedicam-se a ele por meio do seu Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. Reconhecem que a sua obrigação de adorá-lo na sua casa está por cima de tôdas as lealdades a poderes montanhescos deste velho mundo condenado.
40. Por que formam corretamente bons hábitos de escutar muitos dos que residem agora temporariamente entre os membros remanescentes do espiritual “Israel de Deus”?
40 Vendo que Jeová está no seu santo templo, estes semelhantes a ovelhas mantem silêncio reverente, pois a expectativa deles ao subirem à “casa do Deus de Jacob” e que “dê-nos ele a lição dos seus caminhos, e andaremos nas suas veredas”. Portanto, escutam a Sua lei que sai da Sua Sião celestial e a Sua palavra que sai da Sua organização capital, a Jerusalém Celestial. Daí andam nas Suas veredas, tornando-se membros da Sua sociedade do Novo Mundo. Tornam-se “residentes temporários” entre os israelitas espirituais.
41. (a) Que singular ’direito do estrangeiro’ tem de reconhecer e sustentar agora todos os adoradores genuínos de Jeová? (b) Qual é hoje o significado profundo de Jesus citar de Isaías (56:7) quanto à sua vinda ao último templo representativo de Jerusalém e sua purificação dêle?
41 Atualmente é a esperança destes outros semelhantes a ovelhas sobreviver ao Armagedon para o novo mundo de Deus. Neste pouco tempo remanescente até o Armagedon, estas ovelhas de não-israelitas dentre tôdas as nações têm o direito de subir à enaltecida “casa do Deus de Jacob” para adorar ali a Jeová e ganhar a salvação. Em vez de fazermos qualquer coisa para desviá-las do seu direito, façamos tudo em obediência a Deus para dirigi-las e ajudá-las no seu direito. Quando Jesus, como o Anjo do pacto, veio ao templo em 33(E.C.) e o purificou de ser “covil de salteadores”, ele disse àqueles ladrões: “Não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração para todas as nações?” (Mar. 11:17) Hoje em dia, este mesmo Anjo do pacto no templo espiritual faz a mesma pergunta: “Não está escrito?” Sim; e porque está assim escrito para nosso tempo, é agora o decreto de Jeová Deus de que seu santo templo seja uma casa de oração para todos os povos, para tôdas as nações. Na inauguração do templo no Monte Mória, e depois de Jeová vir ao templo e o encher com a nuvem de glória da sua presença, o Rei Salomão orou que fôsse tal; casa de oração internacional, pois, nas suas sete petições, Salomão incluiu uma pelo estrangeiro que vem dum país distante em razão do nome de Jeová. - 1 Reis 8:41-43.
42. Por que é agora de primeira importância a unidade entre todos os adoradores genuínos de Jeová?
42 É o amigo membro do restante? Então não pense que estas outras ovelhas não tem direito de entrar no átrio do templo espiritual, para adorar a Jeová por meio do seu Sumo Sacerdote, Jesus, visto que não são israelitas espirituais com herança celestial. Ou, é estrangeiro antitípico dum país distante? Então não pense que tem de ficar separado das testemunhas de Jeová e que não pode receber reconhecimento entre a sociedade do Novo Mundo, mesmo que se una a Jeová em dedicação, só porque não pertence ao restante. Este não é absolutamente o modo de pensar de Jeová, agora que sua salvação por meio do seu reino estabelecido é tão próxima. Jeová diz agora concernente a todos os outros que são semelhantes a ovelhas e que vem de tôdas as nações alheias ao Israel espiritual: “Não diga o estrangeiro que se uniu a Jehovah: Certamente Jehovah me separará do seu povo; . . . Também os estrangeiros que se unem a Jehovah, para o servirem, e amarem o nome de Jehovah, a fim de que lhe sejam servos, sim todos os que guardam o sábado, para que não o profanem, e abraçam a minha aliança; a estes os levarei ao meu santo monte [no cume do qual se acha o templo], e os alegrarei na minha casa de oração. Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão acceitos sobre o meu altar, porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. O Senhor Jehovah que congrega os dispersos de Israel diz: Ainda outros congregarei a ele, além dos seus que se acham congregados.” - Isa. 56:3, 6-8.
43, 44. (a) Desde 1919, as persistentemente tentadas interferências da parte de quem têm completamente falhado em impedir que obra mundial de ajuntamento por Jeová? (b) Que sons e vistas atuais, divinamente preditos, mantêm-se sincronizados com que obra de ajuntamento que cresce constantemente?
43 De 1919 em diante, até especialmente em 1931, Jeová ajuntou o restante dos israelitas espirituais que tinham sido banidos à escravidão no mundo babilônico. Desde então ele tem estado ajuntando outros a si mesmo no seu templo, além do seu próprio restante israelitas já ajuntado. Foi êle que tem feito este ajuntamento de outros. Quem, até agora, o pôde impedir nisso? A classe do “escravo mau”? Os clérigos da cristandade e seus rebanhos? Os ditadores políticos, os governos radicais, os governos totalitários ou outras potências políticas deste mundo? Satanás, o Diabo, e seus demônios? Não, pois atualmente, o número de membros ativos da sociedade do Novo Mundo no templo de Jeová tem aumentado a 608.000 testemunhas em volta de 17.000 do restante do templo. É do agrado feliz de Jeová, neste dia, fazer que estes “estrangeiros“, estas outras ovelhas, se alegrem na sua casa de oração”. Será que ele os tem feito feliz na sua adoração? Oh, sim! O santo “monte da casa de Jehovah” ressoa com seus gritos de felicidade ao oferecerem por meio do seu Sumo Sacerdote seus “holocaustos” e “sacrifícios” sôbre o altar dele, e ao êle indicar a aceitação destes por abençoá-los no seu serviço, sua obra de testemunho.
44 Há dezenove séculos atrás, o sumo Sacerdote, Jesus Cristo, forneceu uma visão ao apóstolo João, visão na qual João viu aquela “grande multidão” de “estrangeiros” de tôdas as nações, em vestiduras brancas, com palmas nas mãos, ajuntados no templo, aclamando ali a Jeová e a seu Filho que se sacrificou, atribuindo-lhes a sua própria salvação e servindo a Jeová dia e noite no seu templo. Que experiência extática para João ver naquela visão! Sim, mas que experiência emocionante para nós hoje, aqui, vermos sua gloriosa realização! - Apo. 7:9-15.
45. A unificada adoração genuína de Jeová na sua casa espiritual, de oração está agora sendo partilhada por quem, como, e com que perspectivas felizes, em cumprimento das predições de Deus?
45 Ainda exercendo paciência divina para a salvação de pessoas semelhantes a ovelhas, Jeová ainda não acabou com o ajuntamento delas à sua casa de oração para tôdas as nações. Devemos, então, estar unidos com ele e seu Pastor Correto nesta obra? Sim, por ‘trabalhar com ele’, por continuar a pregar as boas novas do Reino triunfante e por ’prosseguir com toda a obra educacional pela qual se faz o ajuntamento das ovelhas. Continuamos a ajudar os estrangeiros semelhantes a ovelhas, para verem a necessidade vital e a oportunidade de ’se unir a Jeová, para o servir, e amar o nome de Jeová, a fim de que lhe sejam servos’, para guardarem seu sábado antitípico por não o profanarem com obras egotísticas de justiça própria procurando salvar-se ao seu próprio modo, mas, para se apegarem ao novo pacto de Jeová por aceitar seu templo, seu sacerdócio, sua provisão dum mediador, seus sacrifícios pelo perdão de pecados e sua educação no conhecimento de Jeová tanto para o menor como para o maior. (Jer. 31:31-34) Se fizermos isto, então seremos achados, não ’desviando o residente temporário ou estrangeiro do seu direito’, mas amando-o como a nós mesmos. Assim, no Armagedon, Jeová no seu templo não será uma testemunha veloz contra nós com a execução dum juízo ardente, mas nos aprovará e nos poupará para continuar sua adoração alegre através do Armagedon e no seu próprio novo mundo.