Sinais e Maravilhas no Tempo do Fim
QUADRO — Êste foi o discurso básico da Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová, proferido pelo presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, perante uma assistência de 151.003 pessoas que superlotaram o Estádio lanque e o Campo de Pólo na cidade de Nova Iorque, na segunda-feira, 28 de Julho de 1958.
“Vê! Eu e os filhos que Jeová me tem dado somos como sinis e como maravilhas em Israel, da parte de Jeová dos exércitos, que reside no Monte Sião.” — Isa. 8:18.
1, 2. (a) Por que foi sinal e maravilha a assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová em 1958? (b) De que era sinal a conferencia internacional de São Francisco, em 1945? Mas, por que se reuniu o congresso de 1958, realizado na cidade de Nova Iorque?
QUE significado tem quando mais de 145.000 pessoas, de todos os quadrantes do globo, se reúnem diariamente por oito dias e superlotam dois estádios gigantescos da cidade de Nova Iorque, não muito longe da capital das Nações Unidas, culminando numa assistência pública de 253.922 pessoas no dia final? De que é isto um sinal,nestes dias de tensão mundial? É certamente uma maravilha, pois aqui, no meio dum mundo em tensão por causa das dificuldades internacionais, reúnem-se representantes de 123 nações,territórios e ilhas, com objetivos pacíficos e convivem como membros de uma só família humana, apesar das diferenças de raça, côr, lingua, cidadania e cultura nativa.
2 Há treze anos, no outro lado do continente, em São Francisco, na Califórnia, reuniram-se em conferência e atividade 10.000 homens e mulheres, representando cinqüenta estados políticos, treze dos quais eram da Europa, quinze da Ásia, do Pacífico e da África, e vinte e dois da América. Aquela conferência de São Francisco foi um sinal de planejamento internacional e foi uma maravilha que pressagiava o estabelecimento da organização conhecida como as Nações Unidas; pois a conferência encerrou as suas atividades em 26 de junho de 1945 com a assinatura da Carta das Nações Unidas por parte dos representantes de cinqüenta nações. Mas em julho e agosto de 1958, este ajuntamento muito maior de representantes de muito mais nações serve como sinal e maravilha de importância superior para toda a humanidade. Esta multidão congrega-se para considerar e servir, não a vontade da humanidade, mas a vontade do Supremo do universo. Esta reunião chama-se de Assembleia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová.
3. Falando-se seriamente os olhos de quem se fixavam naquela assembleia, e por quê?
3 Por causa da publicidade acompanhante, os olhos de toda a terra estão nesta assembleia, pois há aqui pessoas de todas as partes da terra. De consideração muito mais seria é o fato de que os olhos do Deus Altíssimo dos céus estão fixos nesta assembleia internacional. Esta assembleia reúne-se num tempo em que se aplica o texto bíblico: “Os olhos de Jeová estão em todo o lugar, vigiando tanto os maus como os bons.” “Jeová está no seu santo templo. Jeová-nos céus está o seu trono. Seus próprios olhos veem, seus próprios olhos radiantes examinam os filhos dos homens. O próprio Jeová examina tanto o justo como o iníquo.” (Pro. 15:3; Sal. 11:4, 5, NM) Para ele, as nações, inclusive as Nações Unidas, são como uma “gota dum balde”. — Isa. 40:15, Al.
4. Por que não era de temer o que os repórteres, os críticos ou os historiadores pudessem dizer sôbre aquela assembleia? E por que não seria bom que alguma nação ou povo desconsiderasse aquela assembleia?
4 Não nos preocupa como algo temível o que os analistas políticos, os jornalistas, os editores e os críticos religiosos da cristandade, ou os historiadores seculares, possam ainda dizer da Assembleia Internacional da Vontade Divina. Não é perante a humanidade em geral, nem perante as muitas nações representadas aqui, nem perante as Nações Unidas, cuja capital se acha perto, mas perante Jeová Deus, o Juiz Supremo, que esta reunião tem de ser condenada ou aprovada. Por quê? Porque é com a vontade divina por tema que nós, os 151.003 presentes, nos reunimos. Se nos concentrarmos na promoção da vontade divina em toda esta terra verde de Deus, esta assembleia servirá de sinal e de maravilha para ele, algo que é bom que nenhuma nação ou nenhum povo da terra desconsidere.
5. Por que é este o dia mais notável de sinais e maravilhas em toda a história do homem?
5 Êste é o dia mais notável de sinais e maravilhas em toda a história da humanidade. Referimo-nos a sinais e maravilhas visíveis da parte do Deus invisível dos céus, para serem observados por todos os homens. Seus sinais e suas maravilhas, quando entendidos, pressagiam que nos achamos nos portais dum novo mundo pacífico, feliz e vitalizador. Estas são as mais grandiosas novas, embora signifique que vivemos no fim deste velho mundo cheio de preocupações e problemas, louco e desamoroso. Queremos o novo. Estamos ansiosos de deixar o velho.
6. De que modo não são diferentes os homens atuais dos homens do Oriente Médio durante a presença de Jesus na terra, há dezenove séculos?
6 Os homens da cristandade e do judaísmo tem as suas próprias ideias sobre os sinais e as maravilhas que Deus devia fornecer antes de crerem. Hoje em dia, tais homens não são diferentes dos homens do Oriente Médio há dezenove séculos. Ali se achava um homem que apresentou a evidência de ser o Filho unigênito de Deus. Seu nome era Jesus Cristo, da linhagem do Rei Davi, de Jerusalém. As duas seitas religiosas judaicas, os fariseus e os saduceus, duvidavam de sua verdadeira identidade. Queriam uma prova sobrenatural diferente dos muitos milagres maravilhosos que ele fazia. Certa vez ele alimentou quatro mil homens, além de mulheres e crianças, com apenas sete pães e alguns peixinhos. Daí, segundo o relato duma testemunha ocular, “aproximando-se os fariseus e saduceus, tentando-o pediram-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu”. Êle lhes disse o único sinal que receberiam. Em outra ocasião disse à multidão de pessoas: “Esta é uma geração perversa! Pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. Porque assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, o Filho do homem o será para esta geração. . . . Ninivitas se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas.” Este “maior do que Jonas” era o próprio Jesus Cristo. — Mat 16:1; Luc. 11:29-32, ARA.
7. De que modo era Jesus um sinal maior do que Jonas? E como era Jesus o cumprimento de outro sinal nos dias do Rei Acaz?
7 Por causa de suas experiências e de sua pregação, Jonas tornou-se um “sinal” para a capital do Império Assírio. Para os judeus de sua geração, Jesus Cristo era um “sinal” ainda maior. Não somente era um cumprimento de Jonas quando Jesus se achava no coração da terra, morto durante partes de três dias, e depois ressuscitado, mas êle era também o cumprimento de outro homem-sinal dos tempos antigos, o profeta Isaías, que vivia alguns anos depois de Jonas. Foi durante o reinado do Rei Acaz de Jerusalém que Isaías chamou a atenção a si mesmo como sinal da parte de Jeová Deus. Naquele tempo achava-se em perigo a própria existência do reino de Judá, dominado por Acaz. Nesta crise, Isaías anunciou que ele era um “sinal” de tremendo significado. O nome de Isaías significa “Salvação de Jeová”. Êle disse: “Vê! Eu e os filhos que Jeová me tem dado somos como sinais e como maravilhas em Israel, da parte de Jeová dos exércitos, que reside no Monte Sião.” — Isa. 8:18, NM.
8. De que modo usou Jeová a Isaías como sinal e maravilha durante três anos, contra o Egito? Contra que foram assim avisados os israelitas?
8 No tempo de Isaías, o Egito e o Oriente Médio estavam nas notícias, exatamente como hoje. Jeová queria que Isaias fosse um sinal contra o Egito, para onde os israelitas se achavam inclinados a fugir em busca de ajuda militar. Sargão, rei da Assíria, mandou do norte o comandante Tartã contra os filisteus, e Tartã capturou a cidade deles, Asdode. “Naquele tempo, Jeová falou pela mão de Isaías, filho de Amós, dizendo: ‘Vai, e tens de tirar o saco de teus lombos e deves tirar as sandálias dos teus pés.’ E ele passou a fazer isso, andando nu e descalço.” Isaías fêz isso durante três anos. Jeová Deus explicou então esta conduta incomum da parte de Isaias. Ele disse que Isaías era um sinal e uma maravilha para os israelitas, nas seguintes palavras: “Assim como o meu servo Isaías tem andado nu e descalço por três anos como sinal e indício contra o Egito e contra a Etiópia, assim encabeçará o rei da Assíria o corpo de cativos do Egito e de exilados da Etiópia, moços e velhos, nus e descalços, e com as nádegas despidas, a nudez do Egito. E dos israelitas, certamente, ficarão aterrorizados e envergonhados da Etiópia, sua esperança aguardada, e do Egito, sua beleza. E os habitantes desta região costeira dirão certamente naquele dia: “Assim é que é a nossa esperança aguardada, a qual fugimos em busca de ajuda, a fim de nos livrar por causa do rei da Assíria! E como é que nós escaparemos?’” (Isa. 20:1-6, NM) Os do povo professo de Deus que deram ouvidos ao sinal e à maravilha que Jeová deu por meio de Isaias, para os avisar de antemão da derrota do Egito e da Etiópia, mudaram de ideia quanto a correr para o Egito em vez de recorrer a Jeová por ajuda e salvação.
ISAÍAS E SEUS FILHOS
9. De que eram Isaias e seus filhos sinais para o antigo Israel, e de que era um portento para Israel o nome do primeiro filho de Isaias?
9 Os filhos de Isaias, bem como êle próprio, eram sinais e maravilhas no antigo Israel. Quem eram êstes filhos de Isaías? De dois podemos ter certeza. O primeiro era chamado de Sear-Jasub. O nome em si mesmo era profetico. Significava: “Um mero restante voltará.” Este filho era um sinal, e seu nome era uma maravilha, um indício ou um portento; com a mesma certeza com que nasceu este filho de Isaias e era chamado de Sear — Jasub, com tal certeza viria o evento que o seu nome predizia.
10. Com que palavras chamou Isaias profeticamente a atenção a este evento?
10 Isaías chamou profeticamente a atenção a este evento. Ele disse: “Certamente ocorrerá naquele dia que os remanescentes de Israel e os da casa de Jacó, que escaparam, nunca mais se estribarão naquele [o rei assírio] que os fere, e se estribarão certamente em Jeová, o Santo de Israel, em veracidade. Um mero restante, o restante de Jacó, voltará ao Poderoso Deus. Pois ainda que o teu povo, o Israel, se mostre semelhante aos grãos de areia do mar, apenas um restante dentre êles voltará. Um extermínio determinado passará como inundação em justiça, porque o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, executará um extermínio e uma decisão estrita no meio de todo o país.” — Isa. 10:20-23, NM.
11. O que significava portanto, o nome de Sear-Jasub, e que experiência tiveram os israelitas do reino de Judá?
11 O nome de Sear-Jasub significava, portanto, que o reino de Judá seria derrubado; sua capital, Jerusalém, e seu templo seriam destruídos; os judeus sobreviventes seriam levados a Babilônia como cativos, e, depois de um longo período de tempo, apenas um restante voltaria à sua terra e reconstruiria a sua capital e o templo dela dedicado a Jeová. Tão séria se tornaria a situação quanto à sobrevivência da nação de Israel, que Isaías profetizou: “Se o próprio Jeová dos exércitos não nos tivesse deixado pelo menos alguns sobreviventes, teríamos ficado como Sodoma, seríamos semelhantes à própria Gomorra.” (Isa. 1:9, NM) Sodoma e Gomorra tinham sido queimadas por uma chuva de enxofre e de fogo desde o céu. Tornando-se imundo igual à antiga Sodoma e Gomorra, o reino de Judá sofreria também a destruição, quase completa, se Jeová Deus não poupasse um restante de judeus fieis, e lhes permitisse, no devido tempo, voltar à sua pátria, para reconstruir Jerusalém e o templo de Jeová. Os israelitas do reinado de Judá passaram realmente por esta experiência tão certamente como o fato do nascimento do filho mais velho de Isaias e de êle se chamar Sear-Jasub.
12. Quem era o filho de Isaias que recebeu nome antes de ser concebido? Como se cumpriu o significado do seu nome provando que ele era sinal e maravilha?
12 Outro filho de Isaías recebeu o nome antes de ser concebido, e o nome foi atestado por testemunhas fidedignas. Isaias nos diz: “Jeová passou a dizer-me: ‘Toma para ti uma grande tábua e escreve nela com o estilo de homem mortal: “Maer-Salal-Hás-Baz.” E deixa-me ter a confirmação de testemunhas fieis, Urias, o sacerdote, e Zacarias, filho de Jeberequias’. Aproximei-me, então, da profetisa e ela ficou grávida, e no tempo devido deu à luz um filho. Jeová disse-me então: ‘Dá-lhe o nome de Maer-Salal-Hás-Baz, pois antes que o menino saiba chamar: “Meu pai! “e “Minha mãe!” levar-se-ão os recursos de Damasco e o despojo de Samaria diante do rei da Assíria.’ ” (Isa. 8:1-4, NM) A historia registra que Samaria, capital do reino setentrional de Israel, foi saqueada e destruída pelo Bei Salamanasar no ano 740 A. C., e os israelitas sobreviventes foram levados ao exílio na terra da Assíria e nas cidades dos medos. (2 Reis 17:1-6) Cumpriu-se literalmente o significado do filho de Isaias, Maer-Salal-Hás-Baz. Êste menino serviu assim como verídico sinal e maravilha.
13, 14. (a) Que outro filho teve Isaias possivelmente, e sob que circunstâncias se predisse o seu nome? (b) De que inundação de sua terra foi avisado este personagem predito?
13 Isaías teve possivelmente outro filho, e este havia de ser chamado de Emanuel. Naquele tempo, o rei do Israel setentrional e o rei da Síria uniram-se numa conspiração contra o reino de Judá, para destronar o Rei Acaz, descendente do Rei Davi, e para colocar no “trono de Jehovah” certo filho de Tabeel, possivelmente um sírio. Esta conspiração política amedrontou o Rei Acaz. Embora o Rei Acaz fosse iníquo, Jeová Deus não iria permitir que a conspiração fosse bem sucedida. Para assegurar isto ao Rei Acaz, ele disse a Isaías: “Vai por favor, encontrar Acaz, tu e Sear-Jasub, teu filho, . . . ‘Isto é o que o Senhor Jeová tem dito: “Isso não ficará de pé, nem ocorrerá. Pois a cabeça da Síria é Damasco, e a cabeça de Damasco é [o Rei] Rezim; e dentro de apenas sessenta e cinco anos, Efraim [membro principal do reino de Israel] será despedaçado, de modo a não ser mais um povo. . . . A menos que vós, povo, tenhais fé, não tereis neste caso muita duração.”
14 Jeová disse então ao Rei Acaz de Judá: “Pede para ti um sinal de Jeová, teu Deus, fazendo-o tão profundo como o seol ou fazendo-o tão alto como as regiões superiores.” O descrente Acaz recusou ‘por Jeová a prova’. Isaías disse então: “Portanto, o próprio Jeová dará a vós, homens, um sinal: Vêde! A própria donzela ficará realmente grávida, e ela dará a luz um filho e ela lhe dará certamente o nome de Emanuel.” (Isa. 7:1-14, NM) Mais tarde, ao contar como os exércitos assírios invadiriam a Síria e Israel, e como até transbordariam para a terra de Judá e ameaçariam Jerusalém, Jeová disse a lsaías: “Vê! Jeová traz contra êles as águas poderosas e abundantes do Rio, o rei da Assíria e toda a sua glória. E ele transbordará certamente todos os seus leitos de torrente e passará por cima de todas as suas ribanceiras, e avançará por Judá. Êle realmente inundará e passará por cima. Chegará até o pescoço. E a extensão de suas asas [militares] encherá a largura de tua terra, o Emanuel!” (Isa. 8:5-8, NM) Como se cumpriu o nome Emanuel?
EMANUEL
15, 16. (a) Quando e como cumpriu-se o nome Emanuel? (b) Como provou este para nós o cumprimento do seu predito nome?
15 Para obtermos a resposta histórica temos de avançar mais de setecentos anos até o nascimento daquele de quem Isaías foi figura profética. José, carpinteiro na cidade galileia de Nazaré, hesitava em tomar por esposa a sua noiva Maria, pois ela se tornara grávida, de maneira inexplicável. O anjo de Jeová apareceu em sonho ao confuso José e lhe disse: “‘José, filho de Davi, não temas levar para casa Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é por espírito santo. Ela dará a luz um filho, e terás de chamá-lo “Jesus”, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.’ Tudo isso ocorreu realmente para que se cumprisse o que foi falado por Jeová por meio de seu profeta, dizendo: ‘Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e dar-lhe-ão o nome de “Emanuel” , que significa, quando traduzido: ‘Deus está conosco.’” Ao despertar, José fêz conforme mandado.
16 No devido tempo, Maria deu a luz um filho e este recebeu o nome de Jesus. À idade de trinta anos, Jesus começou a pregar o reino de Deus. Êle foi morto pela sua lealdade ao reino de Deus. Ao terceiro dia, o Deus Todo-poderoso o ressuscitou dentre os mortos. Quarenta dias depois, o Filho de Deus ascendeu ao céu e assentou-se a destra de Deus. Daquele ponto, por aplicar o seu sacrifício humano e por usar o seu grande poder no céu e na terra, ele passou a salvar o seu povo, seus seguidores na terra, dos pecados deles, para que ganhassem a vida eterna no novo mundo de Deus. Assim provou, mesmo até agora, que “Deus está conosco”, e assim se aplica a ele corretamente o nome Emanuel.—Mat. 1:18-25, NM.
17. Quem é dado por Jeová a Emanuel, e em que relação íntima?
17 Por terem fé neste Emanuel, mesmo ao ponto de se dedicarem a Jeová Deus e de seguirem nas pisadas de seu fiel Filho, Emanuel, Jeová tem gerado 144.000 de tais seguidores fiéis e feito deles filhos de Deus, Seus filhos. Êle faz destes filhos gerados pelo espírito co-herdeiros de Emanuel, Jesus Cristo, no prometido reino dos céus. Deste modo tornam-se os irmãos espirituais de Emanuel, do Filho real de Deus. Visto que Jesus se tornou o meio da salvação eterna deles, Jeová Deus dá estes filhos Seus a Jesus como uma classe de noiva e como um “pequeno rebanho” de ovelhas, aos quais aprouve ao seu Pai celestial dar o reino celestial. (Luc. 12:32; Rom. 8:14-17) Hoje em dia, depois destes dezenove séculos, sobra apenas um restante deles na terra.
18, 19. Que comparação há entre os nomes Isaías e Jesus? Que função específica desempenham os seguidores de Jesus junto com ele, conforme provado por Hebreus 2:10-13?
18 Lembremo-nos aqui de que Jesus era um sinal, assim como Isaias era um sinal. (Luc. 11:30) Os nomes Jesus e Isaías significam a mesma coisa, exceto que no caso do nome de Jesus o nome de Deus, Jeová, está colocado no princípio, e no caso do nome de Isaías está colocado no fim, Jesus significando “Jeová é salvação” e Isaias significando “Salvado tem Jeová.” Semelhantes ao seu Salvador e Líder, os 144.000 seguidores de Jesus são sinais. O restante deles são sinais para a geração neste “tempo do fim” deste mundo aflito. Em que base podemos dizer isso? À base das palavras do profeta em Isaías 8:18. O escritor cristão da carta aos hebreus citou sob inspiração estas palavras e aplicou-as a Jesus e aos seus 144.000 discípulos, dizendo:
19 “Convinha que aquele [Deus], por causa de quem são todas as coisas e por meio de quem tôdas as coisas existem, ao trazer muitos filhos à glória [celestial], aperfeiçoasse o Agente Principal da salvação deles mediante sofrimentos. Porque tanto [Jesus] que santifica como os que são santificados, todos se originam de um, [o Pai], e por esta causa ele não se envergonha de chama-los de “irmãos”, como ele diz: ‘Declararei o teu nome aos meus irmãos . . . ’ E novamente: ‘Vê! Eu e os filhos jovens que Jeová me deu.’” — Heb. 2:10-13, NM.
20. Embora chamados de “filhos jovens“ o que são realmente estes que são dados a Jesus? Em que obra associam-se como ele?
20 Êstes “filhos jovens” não são a grande multidão das “outras ovelhas” para as quais Jesus Cristo, o Rei, se tornará “Pai eterno” na “vindoura terra habitada”. (Isa. 9:6; Heb. 2:5, NM) Os “filhos jovens” de Deus são os gerados pelo seu espírito para se tornarem seus filhos espirituais. Foi a estes que Jeová tem dado a Jesus. Jesus disse em oração a Jeová Deus: “Tenho tornado manifesto o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste, e tem observado a tua palavra. Eu faço solicitação a respeito deles; não faço solicitação a respeito do mundo, mas a respeito daqueles que me deste, porque são teus, e todas as minhas coisas são tuas e as tuas são minhas, e tenho sido glorificado entre eles.” (João 17:6, 9, 10, NM) O Pai celestial dá a Jesus 144.000 destes “filhos jovens” de Deus para serem seus irmãos na família espiritual de Deus e para serem seus associados na obra de Deus. Que obra? A de serem sinais e maravilhas na terra. Jesus disse que ele era um sinal. Ele diz também que seus irmãos gerados pelo espírito, ungidos pelo espírito, tem de ser também sinais e maravilhas. Êles tem sido isso até o dia de hoje.
21, 22. (a)Como se desenvolveram as condições para este resto dos seus irmãos espirituais se tornarem um moderno Sear-Jasub? (b) Como recebeu este Isaias Maior a sua classe moderna de Sear-Jasub?
21 Por isso tem de ser semelhantes a Sear-Jasub e Maer-Salal-Hás-Baz. O próprio Jesus Cristo é o grande Emanuel. Seus irmãos espirituais que ainda restam na terra são como um moderno Sear-Jasub. O significado deste nome hebraico aplica-se a eles. Durante a Primeira Guerra Mundial ficaram num estado cativo, em escravidão às nações em guerra, da cristandade, tanto em sentido espiritual como físico. Até mesmo o presidente e o secretário tesoureiro da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (nos Estados Unidos) foram presos e encarcerados em resultado das paixões daquele conflito global. Êstes filhos de Deus esperavam que a Primeira Guerra Mundial piorasse e se transformasse numa revolução mundial, e que a revolução mundial se transformasse numa anarquia mundial que significaria o Armagedon para todas as nações deste mundo. Mas, se isso tivesse acontecido, e se o Deus Todo-poderoso tivesse dado naquele tempo início à predita batalha do Armagedon, estes irmãos espirituais do Isaias Maior, que se achavam em escravidão espiritual as nações mundanas, podiam ter sido destruídos junto com as nações. Teriam sido semelhantes a Sodoma e Gomorra. Mas, Deus dera há muito tempo a Isaías um filho chamado Sear-Jasub, cujo nome significa: “Um mero restante voltará.” Para cumprir este nome, Jeová tinha de dar a Jesus Cristo, o Isaías Maior, um restante de “filhos jovens”, seus irmãos, que voltaram à organização de Jeová.
22 Jeová Deus fez isso. Em 1918 ele interrompeu a grande tribulação que começara para a organização inimiga de Satanás, o Diabo. Ao mesmo tempo terminou a Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro daquele ano. Seu tempo do Armagedon, “a guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso”, ainda estava no futuro. Deste modo ele abreviou os dias daquela tribulação sobre a organização invisível e visível de Satanás. Daí, na primavera de 1919, ele libertou do cativeiro na Babilônia moderna a estes seus “filhos jovens”, o restante dos que Jesus Cristo confessa como sendo seus irmãos. Por intermédio do irmão mais velho deles, Jesus Cristo, Deus fez que voltassem à sua organização teocrática e ao seu trabalho. Deste modo, somente um restante de verdadeiramente dedicados e ungidos “filhos jovens” de Deus voltou, e Deus os deu ao Isaías Maior, Jesus Cristo. Jesus predisse que isto ocorreria no “tempo do fim” deste mundo. (Mat. 24:21, 22, 30, 31) E ocorreu, e o Isaías Maior recebeu a sua classe do Sear-Jasub. Durante alguns anos no tempo do após-guerra o restante retornado aumentou; mas, recentemente, seu número tem ficado menor, ao passo que muitos deles terminam o seu curso terrestre nas pisadas de Jesus.
23. Qual é agora o número deste restante espiritual? No entanto, por que não devem ser desprezados ou considerados insignificantes?
23 Hoje em dia, os do restante ascendem a menos de dezesseis mil, segundo os registros do ano de 1958. No entanto, que nenhuma nação do mundo os despreze e os considere como insignificantes. Que ninguém das pessoas semelhantes a ovelhas os considere como sem significado especial dentro do propósito de Jeová Deus. Êste restante espiritual destaca-se como sinal perante todo o mundo. Semelhante ao filho de Isaias, Sear-Jasub, da antiguidade, esta minoria espiritual e prova visível da parte do Deus Altíssimo de que o restante voltou. É prova física e tangível de que Jeová Deus é fiel a sua palavra e de que ele cumpriu a profecia há muito proferida em seu santo nome. Todos os homens devem observar este restante espiritual como sinal da parte do Deus Altíssimo.
24. Por que devem servir como evidencia certa? Deste modo em que missão enviou ele a este restante, e aonde?
24 Visto que foram libertos como sinal, tem de servir como evidência, como indícios de algo para todas as nações, neste tempo do fim do mundo. Tem de destacar-se como prova vivente de que Jeová, pela terça do seu santo braço, é capaz de libertar e salvar seu povo do poder do inimigo. O seguinte é verdade hoje em dia: “Jeová desnudou o seu santo braço diante dos olhos de todas as nações, e todos os confins da terra tem de ver a salvação de nosso Deus.” (Isa. 52:10, NM) Com este fim ele enviou os do restante, para que fossem conhecidos até os confins da terra. Ele declarou que faria isso, a fim de realizar um grande ajuntamento global de pessoas semelhantes a ovelhas, dos quatro cantos da terra. Êle disse: “ Eu venho para ajuntar todas as nações e línguas, e elas terão de vir e ver a minha glória. E eu estabelecerei entre elas um sinal, e enviarei alguns dos que escaparam às nações, . . . às ilhas longínquas, que não ouviram falar de mim, nem viram a minha glória, e eles falarão com certeza da minha gloria entre as nações. E trarão realmente todos os vossos irmãos dentre tôdas as nações como dádiva a Jeová, . . . ao meu santo monte, Jerusalém”, disse Jeová, . . . ‘Pois assim como estão diante de mim os novos céus e a nova terra que eu faço”, é o proferimento de Jeová, “assim continuarão a estar a descendência de vós, povo, e o nome de vós, povo.’” — Isa. 66:18-22, NM.
25-27. (a) A quem ajuntou Jeová assim ao Isaias Maior? (b) Que lhes ordenou Jeová, e, portanto, quem se associou hoje com os sinais e as maravilhas de Jeová?
25 Por estabelecer assim o seu restante liberto como sinal entre as nações, Jeová tem agora ajuntado a Jesus Cristo, o Isaias Maior, o resto de sua classe do restante, para preencher o número pré-determinado de 144.000 co-herdeiros do seu Filho. Em harmonia com a sua função como sinais e maravilhas, Jeová ordenou ao seu restante, por intermédio do Isaias Maior: “Saí, saí pelos portões, vós, homens. Limpai o caminho do povo. Aterrai, aterrai a estrada. Tirei-lhe as pedras. Arvorai um sinal para os povos.” (Isa. 62:10, NM) O sinal que eles arvoram é a mensagem do reino de Deus. Êste sinal do Reino já foi arvorado entre 170 nações. Centenas de milhares de pessoas semelhantes a ovelhas, as “outras ovelhas” do Pastor Correto de Jeová, Jesus Cristo, já viram este “sinal” arvorado. Aclamaram-no com alegria. Reuniram-se debaixo dele, deram seu apoio indiviso ao reino de Deus por Cristo e colocaram-se sob a sua proteção e sob as suas ordens. Adotaram a única religião ou a única adoração autorizada e permitida por este reino celestial, a adoração enaltecida de Jeová Deus no seu templo espiritual. Seu ajuntamento é um sinal mundial dos “últimos dias“ deste mundo, pois Isaías predisse que ocorreria neste “tempo do fim”, dizendo:
26 “Tem de ocorrer na parte final dos dias que o monte da casa de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes, e será certamente elevado acima das colinas, e a ele tem de concorrer todas as nações. E, certamente, irão muitos povos e dirão: ‘Vinde, vós, povo, e subamos ao monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó, e ele nos instruirá nos seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra de Jeová. E ele exercerá certamente o juízo entre as nações e endireitará os assuntos com respeito a muitos povos. E eles terão de forjar as suas espadas em relhas de arado e as suas lanças em podadeiras. Uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Ó homens da casa de Jacó, vinde e andemos na luz de Jeová” — Isa. 2:2-5, NM.
27 Por isso se associam com os sinais e as maravilhas de Jeová.