Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová
O REINO de Deus já domina em todo o universo! Como nunca antes na historia, fêz a sua presença sentir na terra em meados do ano 1958, não de algum modo violento, mas com uma demonstração notavelmente pacífica. Nunca antes teve tantos de seus embaixadores e enviados reunidos para treinamento e consulta e para testemunho e proclamação unida e pública, como então. O mundialmente famoso Estádio Ianque e o vizinho Campo de Pólo, os maiores estádios na área metropolitana de Nova Iorque, transbordaram literalmente com miríades de pessoas contudo, sem qualquer espécie de desordem, como é próprio dos representantes do grande Governo de ordem universal. Mais de 145.000 deles reuniram-se diariamente, por oito dias seguidos, e ponderaram os interesses do reino de Deus; e entre eles reinou a paz, a ordem e a fraternidade. A tensão, as violentas acusações e contra-acusações, a rivalidade e os choques que marcavam as reuniões oficiais na capital das Nações Unidas, a alguns quilômetros mais para o sul, não perturbaram ou mancharam nem uma única sessão da Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová, que durou desde domingo, 27 de julho, ate domingo, 3 de agosto. Vieram de pelo menos 123 países e grupos de ilhas, contudo, reuniram-se em união leal em volta do já dominante reino de Deus.
A hostilidade das nações do Oriente e do Ocidente, por causa dos perigos para seus interesses egoístas, tinham levado toda a humanidade á beira da guerra — da Terceira Guerra Mundial. O Oriente Médio, uma região em contínua fermentação e de repetidas perturbações na história bíblica, era como barril de pólvora que qualquer faísca podia fazer explodir. Uma rebelião violenta derrubara o governo real na antiga terra bíblica da Mesopotâmia, e a Rússia e a República Árabe Unida, do Egito e da Síria, tinham reconhecido prontamente o regime rebelde. A pedido do então presidente constitucional do Líbano, os Estados Unidos da América desembarcaram milhares de soldados naquele pais costeiro dos famosos cedros; e a pedido do rei da Jordânia, a Grã-Bretanha desembarcou tropas na capital Amman. As nações envolvidas egoístamente chamaram estes movimentos de tropas de “atos de agressão”. As Nações Unidas e sua equipe de observadores nas fronteiras mostraram-se inadequadas para a emergência. A situação terrestre assumiu aspectos perigosos. A época parecia das mais inoportunas para a realização duma Assembléia internacional não-política de qualquer tamanho apreciável. Especialmente quando os delegados viriam dos quatro cantos da terra, mesmo de regiões dentro da zona de perigo, e dependeriam do sistema de transporte mundial.
No entanto, a assembléia internacional, anunciada por muito tempo, não recebera um nome errado. Era a “Vontade Divina” que fosse realizada, e as medições mundiais tinham de ceder diante disso. O Deus Altíssimo do céu, que domina por meio de seu Filho entronizado, Jesus Cristo, revelou o seu poder de governar no meio dos seus inimigos demoníacos e humanos. Ele refreou as forças atrás dos blocos orientais e ocidentais de nações, a fim de que os embaixadores e enviados do seu reino celestial pudessem reunir-se em paz, segundo a vontade divina.
Requer tempo e organização ajuntar qualquer número grande de embaixadores, diplomatas e representantes oficiais dentre as nações do mundo Quando se espera, então a reunião, na cidade de Nova Iorque, de mais de 150.000 embaixadores e enviados do reino de Deus, de mais de 120 países pode-se imaginar pelo menos vagamente a quantidade de tempo e de organização necessária para os arranjos de reunir todas as dedicadas testemunhas cristãs de Jeová durante oito dias na Assembléia Internacional da Vontade Divina.
Todos os que assistiram receberam com dezenove meses de antecedência o aviso pelo anúncio publicado no número inglês, de 11 de dezembro de 1956 da revista oficial do Reino, A Sentinete Anunciando o Reino de Jeová, na página 763. Naquele tempo já se assinara o contrato para o uso do Estádio Ianque durante os oito dias anunciados. No entanto em vista do crescimento da sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová, desde a Assembléia international de 1953 no Estádio Ianque, suplementada por uma Cidade de Reboques a muitos quilômetros de distância, no estado vizinho de Nova Jersey, era evidente, desde o início das negociações, que se necessitaria mais de um estádio para acomodar o número muito maior esperado de delegados à assembléia. Portanto, foi com vivo interesse que o corpo governante espiritual das testemunhas de Jeová observou os desenvolvimentos com respeito ao estádio do clube Giants de Nova Iorque, o Campo de Pólo, um pouco ao noroeste do Estádio Ianque, do outro lado do Rio Harlem. Estava sendo considerada a mudança da equipe de basebol da Liga Nacional, os New York Giants da cidade de Nova Iorque para São Francisco, na Califórnia; e esta transferência foi providencialmente aprovada, em 19 de agosto de 1957, pela diretoria da corporação que controla a equipe. Esta mudança deixou o Campo de Pólo sem ocupantes regulares, e, portanto, disponível para a assembléia. O presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (da América do Norte) fechou sem demora um contrato com os proprietários para o uso do Campo de Pólo simultaneamente com o Estádio Ianque.
Falharam repetidas vêzes os esforços, iniciados com muita antecedência, de achar um local amplo e conveniente para o estabelecimento duma Cidade de Reboques, a fim de acomodar dezenas de milhares de congressistas teocráticos. Por fim, já quase na ocasião da abertura da assembléia internacional, o tratado mensal de serviço, o Ministério do Reino, no número inglês de julho de 1958, avisou definitivamente que não haveria cidade de reboques. Era claramente a vontade divina que todos os congressistas teocráticos se reunissem num só local, mantendo contato direto entre si e plenamente visíveis uns aos outros, sob uma só administração, para uma só demonstração combinada de amor, associação e solidariedade cristã. As tendas necessárias que haviam de ser armadas seriam as junto ao Campo de Pólo e ao Estádio Ianque, para o restaurante e para acomodar as multidões excedentes, a fim de que pudessem sentar-se ao abrigo e ouvir o programa da Assembléia por meio do equipamento sonoro.
Além disso, haveria outras reuniões vitais com membros-chaves da organização visível de Jeová, que não se poderiam realizar convenientemente dentro do Campo de Pólo e do Estádio Ianque. Para tais reuniões especiais, bem como para acomodar os excedentes, foi alugado o Palácio de New Rockland, apenas a um quarteirão ao sul do Campo de Pólo. Assim, o Rei de eternidade, que tudo provê, Jeová Deus, não somente convocou os seus embaixadores e enviados reais para a grande assembléia do Reino, mas cuidou também que tivessem amplas acomodações para as reuniões e para tratarem dos seus assuntos.
ALOJAMENTOS E DEPARTAMENTOS
Embora situada num chamado país cristão, a cidade de Nova Iorque é de fato uma grande cidade pagã, sendo que uma grande porcentagem dela não professa nem o cristianismo, nem mesmo o judaísmo, e os que o fazem tem meramente “uma aparência de devoção piedosa, mas provando ser falsos para com seu poder“. (2 Tim. 3:5, NM) Esta grande metrópole e sua vizinhança, com mais de oito milhões de habitantes, tem muitos hotéis, acampamentos para turistas e para motoristas, mas não havia quartos suficientes disponíveis, a preços convenientes, para o tempo específico, as datas da assembléia internacional. Visto que todos os delegados à assembléia, de todas as partes da terra, haviam de reunir-se na cidade de Nova Iorque e precisavam ser acomodados ali e por perto, não havendo cidade de reboques, apresentou-se assim um grande problema, não para o grande Deus do céu, mas para as suas testemunhas na cidade de Nova Iorque e nas vizinhanças, que seriam os hospedeiros do número enorme de hóspedes vindos de fora da área metropolitana. Mas a mão do Deus Todo-poderoso, o Hospedeiro divino, trabalhou a seu favor, no entanto, não sem estrênuos esforços e extrema hospitalidade da parte dos membros das setenta e três congregações dentro da cidade de Nova Iorque e de muitas outras congregações na vizinhança.
A gerência do Estádio Ianque cedeu generosamente o estádio para uma reunião “inicial” de duas horas, na tarde de sábado, 26 de abril de 1958, para se dar início a campanha de conseguir alojamentos nos lares particulares das pessoas nesta grande região pagã ou semi-religiosa, onde não se pratica muito a cordialidade de todo o coração. Um total de 9.000 assistiram a esta reunião inicial no Estádio Ianque para receber encorajamento e instruções sobre como deviam proceder com esta gigantesca tarefa de conseguir alojamentos e ser bem sucedido. Foram informados desde o início de que teriam de alojar mais de 150.000 hóspedes, os quais viriam por vários meios de transporte, de mais de cem países e na maior parte com fundos limitados para a hospedagem e outras despesas da assembléia.
Logo na manhã seguinte, o maior número de pessoas que já lançou uma campanha de conseguir alojamentos estava no campo, indo aos lares particulares na área metropolitana, buscando e completando os arranjos para alojar os congressistas teocráticos que haviam de chegar. Em expressão da hospitalidade dos ministros cristãos, os membros das congregações metropolitanas deram o exemplo por abrirem seus lares primeiro aos embaixadores e enviados do Reino, antes de pedir que os católicos, os protestantes, judeus e pagãos fizessem isso. No lar de Betel de Brooklyn, onde mora o pessoal da matriz da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, fizeram-se arranjos para acomodar mais de trezentos delegados à Assembléia, de mais de oitenta países, colocando-se uma ou duas camas de lona extras em cada quarto. Felizes eram os hospitaleiros, pois se lhes mostrou hospitalidade quando necessitavam dela urgentemente.
Depois dos devidos anúncios, os pedidos de acomodações em hotéis e lares particulares começaram a chegar aos milhares cada semana ao departamento de hospedagem, no décimo primeiro andar do edifício da Watchtower, Sand Street, 77, Brooklyn, N. Y. Durante muitas semanas, o número de pedidos recebidos excedeu o número dos alojamentos conseguidos definitivamente, e a diferença entre os pedidos e as acomodações conseguidas aumentou. No primeiro fim de semana do mês da assembléia faltavam ainda mais de 30.000 pedidos a serem satisfeitos, e era certo que viriam ainda mais pedidos pelo correio, nem se contando os muitos pedidos que seriam feitos diretamente aos Departamentos de Hospedagem que seriam estabelecidos no Estádio Ianque e no Campo de Pólo. Faltando apenas três semanas até a assembléia, era necessário exercer até o limite a fé e a perseverança na busca de quartos. Que alegria e alívio foi quando, na mesa de jantar, poucos dias antes do início da Assembléia, o presidente da Sociedade Torre de Vigia leu um relatório triunfante do departamento de hospedagem a família do Betel de Brooklyn, revelando que havia finalmente varias centenas de acomodações mais do que pedidos recebidos até aquela data! O grande Rei e Supervisor celestial da assembléia internacional que se aproximava tinha recompensado a hospitalidade, o trabalho estrênuo e a fé das congregações das suas dedicadas testemunhas na cidade da Assembléia e em volta dela. Todavia, a busca de quartos adicionais continuou, afim de se poder cuidar de quaisquer emergências quanto a alojamentos.
Por meio de televisão, rádio, matéria impressa e visitas diretas e pessoais aos lares e aos hotéis anunciou-se aos milhões de habitantes da cidade de Nova Iorque a colossal necessidade de quartos. Muitos foram os casos de excepcional generosidade que se revelaram em exibições de boa vontade e de confiança nas testemunhas de Jeová, tendo sido milhares as acomodações oferecidas inteiramente grátis. O inteiro distrito metropolitano estava assim bem apercebido do fato de que a cidade de Nova Iorque hospedaria a Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová. A partir de julho, cartazes nos trens subterrâneos da cidade de Nova Iorque, grandes cartazes de parede, anúncios por meio de revistas, jornais e convites, anúncios de rádio e de televisão, além de anúncios nos pára-choques de milhares de carros particulares, de todas as partes dos Estados Unidos e do Canadá, inundaram as pessoas com o aviso da Assembléia e especialmente da sua conferência pública em 3 de agosto.
Muito antes de se fazer o primeiro anúncio oficial da Assembléia na revista do Reino, A Sentinela, já estavam em progresso os preparativos atrás dos bastidores. Jeová Deus, o Rei de eternidade, dotou a sua organização terrestre com a necessária previdência, com uma visão semelhante a duma águia. Esta Assembléia de 1958 achava-se incluída no propósito do Deus Altíssimo, e nada podia ser deixado entregue a si mesmo sem preparativos. A Assembléia havia de ser uma demonstração que impressionasse o mundo com o poder, a organização, a qualidade teocrática e a presença do reino de Deus. A assembléia precisava, portanto, do máximo de preparação, dando-se a devida atenção a milhares de pormenores. Não há nada de desmazelado quanto ao reino de Deus. Para uma Assembléia do tamanho calculado desta, havia necessidade de reunir um pessoal organizado, constituído de dez mil trabalhadores voluntários, designando-os a departamentos e deveres, desde os trabalhadores que serviriam no programa da tribuna, descendo através dos vinte e dois departamentos alistados, sim, e até o departamento muito vital de limpeza e de saneamento. Tudo merecia ser feito para o conforto, a conveniência e a ajuda dos delegados a Assembléia, para que pudessem aproveitar melhor o programa apresentado na tribuna e as atividades unidas de campo, na publicidade do reino de Deus, durante oito dias inteiros. Bem se pode imaginar o extensivo e intensivo trabalho de planejamento, preparação e organização que tinha de prosseguir. Não somente precisava elaborar-se a estrutura duma organização, mas era necessário pré-fabricar muitas estruturas literais para as plataformas e as suas decorações, para as barracas, para as instalações do equipamento sonoro e para muitas outras coisas. Precisava fazer-se uma tremenda quantidade de impressões em muitos idiomas, em pouco tempo. Isto manteve as oficinas da Sociedade em Brooklyn operando dia e noite, durante semanas.
O REINO ERA UMA PARTICULARIDADE DOMINANTE
O Criador divino dos céus e da terra faz tudo com um objetivo na expressão de sua vontade. (Apo. 4:11) A Assembléia Internacional da Vontade Divina de suas testemunhas tinha de servir ao seu proposito porque era realizada em seu nome. Seu propósito era que esta Assembléia servisse os interesses do seu reino estabelecido que já domina. Em qualquer reunião internacional de embaixadores, ministros de negócios estrangeiros ou chefes de estado é muito necessário que se elabore primeiro uma ordem do dia, um programa de eventos, uma lista de assuntos que se concorda em considerar livremente, na esperança de se chegar a um acordo e entendimento, fazendo assim progresso e realizando algo. Visto que a Assembléia Internacional da Vontade Divina tratava do maior governo, o único duradouro, em todo o universo, era altamente próprio que houvesse um programa de grande alcance, de muitas particularidades, progressivo e cheio de proposito. O programa tinha de estar em plena harmonia com a vontade divina, conforme revelada nas Escrituras Sagradas, a luz da profecia bíblica cumprida. Tinha de servir os interesses do reino de Deus, conforme tais interesses eram ditados pelas necessidades dos embaixadores e enviados de Deus para fazerem a obra que se lhes ordenou em toda a terra, no meio de inimigos.
Um programa impresso de trinta e duas paginas, com uma capa atraente, foi distribuído nos dois estádios da Assembléia no dia antes da abertura da mesma. Surpreendeu os congressistas teocráticos com a grande variedade de suas particularidades, e a abundância e o interesse dos assuntos a serem tratados da tribuna. De fato, visto que havia dois estádios que precisavam ser servidos na Assembléia, exigiu realmente a execução dum programa duplo, sendo que cada parte do mesmo, com algumas exceções, foi primeiro apresentada num dos estádios e pouco depois noutro, pelo mesmo orador ou simpósio de oradores, ou grupo de demonstradores. A proximidade dos dois estádios, necessitando-se de apenas alguns minutos de trem subterrâneo por baixo do Rio Harlem de uma estação de estádio até logo a próxima estação de rádio, tornou isso convenientemente possível. Deste modo, cada assistência em cada um dos estádios soube das coisas diretamente, de primeira mão, de sua própria tribuna. Cada estádio tinha o seu próprio presidente adjunto e servos adjuntos de congresso e de orquestra.
O programa impresso apresentava o cardápio do banquete espiritual que o Rei divino do universo oferecia aos seus embaixadores e enviados reunidos. (2 Cor. 5:20) Ali, de modo excepcional e em grande escala, por meio das publicações da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Jeová Deus, o Rei, estava clamando nas palavras de Isaias 55:1-3. (NM): “Ó vós, todos os sedentos! Vinde à água. Eos que não tendes dinheiro! Vinde, comprai e comei. Sim, vinde, comprai vinho e leite, mesmo sem dinheiro e sem preço. Por que continuais vós, povo, a pagar dinheiro por aquilo que não é pão, e por que labutais por aquilo que não resulta em satisfação? Escutai-me atentamente e comei o que é bom, e deixai a vossa alma achar supremo deleite na gordura. Inclinai os vossos ouvidos e vinde a mim. Escutai, e a vossa alma continuará viva.“
Sim, todas aquelas testemunhas dedicadas de Jeová Deus, que vieram a Assembléia, tinham-se desviado de labutar e de pagar dinheiro pelo materialismo, ao elevado custo da dessatisfação. Tinham fome e sede dum governo divino que governasse todas as partes da terra, onde viviam. Assim, em dedicação a Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, voltaram-se para o reino de Deus como o único meio de benção eterna para todas as famílias e nações da terra. Sem pagarem financeiramente pelo treinamento ministerial em qualquer dos seminários teológicos da cristandade, começaram a participar gratuitamente do leite e da gordura do serviço de Deus, ficando enriquecidos com o puro conhecimento da Bíblia e gozando de muitos privilégios no ministério da verdade do Reino, para o qual este precioso conhecimento os tinha equipado. Beberam àvidamente do vinho das alegrias do Reino fornecido pelo seu ministério como embaixadores e enviados do reino de Deus. Agora, por assistirem a esta assembléia internacional, queriam aprender e ser treinados a participar de modo mais pleno do vinho e do leite das alegrias e dos privilégios ministeriais, que o ministro usufrui por proclamar o reino de Deus e por ajuntar a todas as pessoas famintas e sedentas, semelhantes a ovelhas, ao rebanho de Deus, debaixo de Cristo. Nesta assembléia internacional de 1958, as grandes multidões de delegados deleitaram-se do banquete espiritual mais rico e mais sadio até então.
O domínio do reino de Deus é global, apesar dos inimigos no meio dos quais tem de dominar. Em apoio deste fato há a presença observável das testemunhas de Jeová em mais de 170 países e ilhas em todo o globo. Em todos estes territórios prova-se que Mateus 24:14 é uma profecia fiel pela pregação das boas novas do reino estabelecido de Deus às muitas nações, por parte de Suas testemunhas. Todas estas testemunhas acham-se agora sob a supervisão de oitenta e cinco filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, inclusive a filial estadunidense em Brooklyn, N.Y., sendo que cada filial tem o seu próprio território designado para superintender e para relatar diretamente ao Presidente da Sociedade em Brooklyn, N.Y. Aproveitando a Assembléia, o presidente da Sociedade convocou a cada servo de filial supervisor para apresentar um relatório em pessoa, diretamente a ele em Brooklyn, e perante a Assembléia internacional.
Apesar das condições atribuladas do mundo, somente dois dos servos de filial foram impedidos por autoridades do mundo a comparecer a matriz visível das testemunhas de Jeová, em Brooklyn. O presidente da Sociedade, que visitou quase todas estas filiais e oficinas em volta do globo, avaliava a necessidade de que todas as filiais cumprissem as funções dos seus diversos departamentos de modo uniforme, segundo métodos provadamente eficientes. Assim, depois de ele mesmo ter feito uma inspeção pessoal da maior e mais complicada filial da Sociedade, em Brooklyn, durante varias semanas, ele compôs um livro de orientação e instrução, abrangendo tudo, para todas as organizações filiais, e mandou imprimi-lo especialmente. Este livro de folhas soltas, de grande tamanho, com 158 paginas, intitula-se “Modo de Operação das Filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia”; e as suas instruções foram postas em vigor a partir de 1 de setembro de 1958. Este novo livro exigiu estudo e consideração. Em 16 de julho, ou cerca de duas semanas antes do início da Assembléia, o presidente da Sociedade convocou todos os mais de oitenta servos de filiais presentes, junto com seus respectivos ajudantes; um total de 160 superintendentes, para o Salão do Reino localizado no edifício do Betel de Brooklyn, na Columbia Heights, 136. Ali, dia após dia, ele repassou com eles o livro do Modo de Operação das Filiais, discutindo-o, ampliando-o, respondendo a perguntas sobre ele, até dois dias antes de se iniciar a Assembléia. O presente de um exemplar deste livro especial a cada um dos servos de filial foi, de fato, o primeiro lançamento da Assembléia internacional, ou, pelo menos, um lançamento preliminar.
Visto que cada filial está equipada com este livro de instrução e tem de segui-lo, as testemunhas de Jeová em qualquer território em volta do globo podem ter plena confiança na filial que superintende as suas atividades de testemunho e seus assuntos congregacionais. Sabem que tal filial, não importa quão afastada da matriz e não importa quão pequena ou recém-estabelecida, opera segundo o método mais adiantado e moderno, em plena harmonia com todas as outras filiais, mesmo as mais antigas e maiores. Portanto, ninguém deve desprezar ou desconsiderar qualquer filial, mas cada testemunha ativa de Jeová deve apreciar que a organização inteira, constituída de muitas partes, está trabalhando em completa unidade. Cada testemunha deve, portanto, cooperar e ser submissa.
DIAS SIGNIFICATIVOS
Segundo o programa peritamente planejado, cada um dos dias da assembléia recebeu um nome que enfatizava algum princípio ou alguma atividade teocrática. A partir de domingo, 27 de julho, os dias foram chamados na seguinte ordem: Dia da Fidelidade, Dia da Devoção Exclusiva, Dia da Expansão de Nosso Ministério, Dia da Prova da Bondade Divina, Dia da Plenitude de Serviço, Dia do Ministério Destemido, Dia de “Seja Feita a Tua Vontade“ e Dia do Reino de Deus. Assim foi que, no oitavo e último dia, os nomes culminaram com um tema que chamou atenção ao ensino destacado da Bíblia Sagrada, o reino de Deus. Isto se harmonizava perfeitamente com o assunto da conferência pública que era o ponto culminante do último dia: “O Reino de Deus Já Domina — Está Próximo o Fim do Mundo?” Este reino teocrático é inseparável da vontade divina, pois é por meio do reino de Deus que se cumprirá a oração-modelo do Pai celestial: “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.” (Mat. 6:9, 10) Todas as palestras e discursos dos sete dias precedentes conduziram os congressistas a uma apreciação mais grandiosa, empolgante, do glorioso reino de Deus, que já esta dominando nos céus desde 1914, por meio de seu Filho entronizado, Jesus Cristo.
A Assembléia Internacional da Vontade Divina não foi uma Assembléia para que os cristãos fiéis e dedicados se divertissem juntos, ouvindo algum programa interessante ou discursos laudatórios de si próprios, tendo uma boa reunião social. A Assembléia foi arranjada para ser, e provou ser, uma escola de treinamento muito instrutiva, apresentando-se ali a informação mais adiantada das Escrituras e sôbre organização. Com este objetivo convocaram-se não somente os servos das filiais da Sociedade, mas também todos os servos de circuito e de distrito e tantos servos de congregação do estrangeiro, que entendiam inglês, quantos foi possível trazer a Assembléia. Estes eram os homens chaves na sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová em todo o globo. Necessitavam e mereciam especialmente o conselho, o treinamento e o poderoso efeito tônico, espiritual, que se lhes transmitiam na Assembléia. Além disso, trouxeram-se praticamente todos os graduados da Escola Bíblica de Gilead da Watchtower que ainda estavam ativos em pleno serviço como missionários e pioneiros especiais. As congregações em todo o globo tinham feito contribuições voluntárias à Sociedade Torre de Vigia para cobrir as despesas de viagem de todos estes que o mereciam; e isto ajudou grandemente a trazê-los à Assembléia, desde a Ásia, África, Austrália, Europa e as Américas, e de muitas ilhas dos mares.
O presidente da Sociedade fez provisão para se reunir em sessões matutinas especiais com tais representantes destacados e servos nomeados da Sociedade. Foi especialmente para tais sessões especiais que se alugou o Palácio de New Rockland. Terça-feira de manhã, 29 de julho, 1.211 missionários que fazem uso de cinquenta e oito idiomas nos seus territórios, reuniram-se com o presidente da Sociedade e o corpo docente da Escola de Gilead para ouvir discursos animadores e participar juntos duma refeição especial. Todas as trinta e uma classes de graduados de Gilead achavam-se representadas, sendo trinta e um dos missionários da primeira turma de 1943. A manhã de quarta-feira marcou uma reunião com outro grupo de trabalhadores de tempo integral sustentados pela Sociedade, a saber, os pioneiros especiais, que fazem a obra de testemunho vitalmente necessária em muitos países, em lugares especialmente designados.
Muitos servos de circuito e de distrito tinham treinamento de Gilead, mas às 9, 30 horas, tanto na quinta como na sexta-feira, no Palácio, o presidente da Sociedade reuniu-se com todos os servos de circuito e de distrito, de todos os países e nacionalidades. Isto tinha por fim melhorarem o seu ministério como superintendentes especiais das muitas congregações nos seus circuitos e distritos. Estas duas manhãs de palestras e de conselhos, no Palácio, foram suplementadas pelos discursos “Mantenhamos Estrita Vigilância Quanto a Como Andamos“ e “Apascentando as Ovelhas com Perícia“, do vice-presidente e do presidente da Sociedade, res — pectivamente, na noite de quarta-feira, no Estádio Ianque, sendo estes discursos dirigidos especialmente aos servos de distrito, de circuito e de congregação, todos os quais se sentaram juntos numa parte reservada do estádio, para ouvir estes discursos especiais.
Um discurso adicional, na manhã de sábado, por um dos diretores da Sociedade, do Departamento de Serviço da matriz, sôbre o tema “Superintendentes, Mantendo Animada a Vossa Congregação”, enfatizou a importância e a responsabilidade dos superintendentes espirituais, não importa qual o nível de privilégios de serviço em que se encontrem. Os superintendentes de supervisão ainda maior receberam a devida atenção durante a própria Assembleia, quando o presidente da Sociedade se reuniu novamente com os servos de filial, junto com seus ajudantes, no Palácio, às 9 horas na manhã de sábado. Tanto os servos de filial, como os servos de distrito e de circuito assistiram também quando o presidente se dirigiu a todos os irmãos que foram designados servos de relações públicas, na segunda-feira, 28 de julho, às 9, 30 horas, no Palácio. Aquilo que estes servos de relações públicas aprenderam ali puderam pouco depois aplicar, ao voltarem para casa e fazerem publicidade, nas suas regiões locais das grandiosas fases e consecuções da Assembléia, observadas por eles próprios. Os servos de relações públicas mantem continuamente relações responsáveis com o público, por estarem obrigados a anunciar de modo impressivo e favorável o reino de Deus e a sua sociedade do Novo Mundo, por meio de jornais, revistas, radio, televisão e outros meios válidos.
Todas estas reuniões especiais mencionadas aumentaram grandemente os pesados deveres do presidente da Sociedade como superintendente principal do rebanho de Deus na terra; mas, estas reuniões tinham um efeito estimulante e educativo sobre todos os que tiveram o privilégio de participar nelas.
(Continua no próximo número)