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  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
w61 15/1 pp. 61-63

Precisa pagar o dízimo?

PAGAR o dízimo, que significa dar uma décima parte de sua renda com o objetivo de promover a adoração religiosa, foi um fator da vida diária no que se refere aos antigos israelitas. Não se sabe se as nações pagãs adotaram ou copiaram dos hebreus o costume de pagar dízimo. Eles tinham um sistema para prover o sustento dos seus sacerdotes e deuses. Não se chegou a saber com certeza se o seu sistema era semelhante ao dos judeus. É muito improvável que tenha sido semelhante.

Os egiptólogos Sayce e Petrie lançaram bastante luz sobre o assunto. O Professor Sayce escreveu: “Embora se fizessem donativos em grande escala aos templos egípcios, não há nada para indicar que pagassem dízimos.” O Professor Flinders Petrie disse: “Eu não me lembro de nenhuma alusão ao dízimo. . . . O sistema egípcio das rendas sacerdotais era por meio de bens de raiz, e não por impostos ou dízimos.” Os professores Mahaffy e Grenfell eram ambos da opinião de que no Egito se reservava “uma sexta parte” para os templos e os deuses.

Embora o Dr. Theophilus G. Pinches, anteriormente do Departamento Assírio do Museu Britânico, tivesse declarado que “há informação quase certa de que na Babilônia se pagavam dízimos aos templos dos deuses anterior a 2000 A. C.”, contudo, o Dr. Wallis Budge, do Museu Britânico, chegou à conclusão, baseada nos seus estudos de escritos cuneiformes originais, que tais dízimos eram mais da natureza de “ofertas voluntárias do que o pagamento literal duma décima parte como obrigação”.

Havia outras classes de pessoas no vale do Eufrates e em outras partes, que ofereciam anualmente dádivas aos seus deuses. Os antigos gregos pagavam dízimos dos despojos de guerra a Apolo, e os romanos a Hércules. Isto se fazia parcialmente como questão de obrigação e parcialmente era voluntário. “A bem dizer”, explica H. W. Clarke no seu livro A História dos Dízimos, em inglês, estes dízimos “não eram a espécie de dízimos mencionados na lei mosaica. Eram apenas votos e ofertas arbitrárias; mas, não se pode tirar disso a conclusão de que se tratava de dízimos porque se dava uma décima parte. Os pagãos ofereciam às vezes mais e às vezes menos de um décimo”.

A Bíblia contém a história mais antiga e mais fidedigna dos hábitos e dos costumes da raça humana. Encontramos ali a primeira menção de dízimo em Gênesis 14:20, onde se diz que Abraão deu a Melquisedec o dízimo ou o décimo dos despojos. Não há registro, porém, de que jamais oferecesse novamente dízimos ou que ordenasse aos seus descendentes que pagassem dízimos. Em Gênesis 28:20-22 lemos a respeito de Jacó, neto de Abraão, que votou a Jeová, se Deus lhe desse prosperidade e lhe concedesse uma viagem segura, que ‘certamente daria o dízimo’ dos seus bens a Deus. A declaração mostra que seu voto foi uma oferta voluntária e não obrigatória segundo algum mandamento de dízimo anteriormente especificado.

Os filhos de Israel foram os primeiros a quem se ordenou pela lei de Deus que pagassem dízimos. Visto que a adoração de Jeová havia de ter o primeiro lugar nas vidas dos israelitas, era necessário que houvesse algum arranjo para financiar esta adoração. Isto foi feito através da lei do dízimo. A tribo de Levi, que não recebeu herança, foi sustentada pelo dízimo. Outro dízimo foi reservado para uso em relação com as festas de Jeová, e este foi substituído por um dízimo para os pobres, no terceiro e no sexto ano de cada período de sete anos. Nunca lemos que o dízimo fosse uma carga excessiva. De fato, quando o povo guardava a lei de Deus, ficava mais próspero. Este arranjo resultou no bem de todos. — Núm. 18:21-27; Deu. 14:22-24, 28, 29.

Não há dúvida de que o dízimo se aplicava aos israelitas, mas estão os cristãos obrigados a pagar o dizimo? O fato de que os israelitas pagavam dízimos não significa que os cristãos estejam obrigados a fazer o mesmo. Alexander Cruden diz na sua concordância: “Nem o nosso Salvador, ‘nem os seus apóstolos, ordenaram algo na questão do dízimo.” Clarke diz: “Durante séculos depois da Era Cristã, os cristãos não pagavam dízimos.” Não há nem mesmo uma única palavra das Escrituras Gregas Cristãs que diga que os cristãos precisam pagar dízimos ou que cobravam dízimos. De fato, Lorde Selborne, no seu livro Fatos Antigos e Ficção Referentes às Igrejas e aos Dízimos, em inglês, diz: “Não há menção de dízimos em nenhuma parte da antiga lei canônica da Igreja Romana, coligida no fim do quinto século por Dionísio”, frade cita que coligiu 401 cânones orientais e africanos.

No sexto século começou a desenvolver-se o hábito de considerar os clérigos como sucessores e representantes dos levitas sob a antiga lei mosaica. Isto deu origem à idéia de que tinham direito ao pagamento de dízimos por parte dos leigos. Este desenvolvimento foi gradual. Só foi no Concílio de Tours, em 567 E. C., que o dízimo foi feito obrigatório pela primeira vez. No nono século, Carlo; Magno promulgou a primeira lei do dízimo no seu domínio. O povo, porém negou-se obstinadamente a pagá-lo. A Encyclopedia Americana declara: “Os dízimos criaram grandes dificuldades em cada país em que eram cobrados . . . Foram, por isso, abandonados em quase todos os países.”

Nos tempos apostólicos, os ministros cristãos foram mantidos puramente segundo o princípio voluntário e o povo oferecia voluntariamente as suas contribuições. Os que proclamavam as boas novas haviam de viver por meio das boas novas. Hoje, porém, muitas organizações religiosas da cristandade têm desconsiderado este princípio cristão bem comi aquele que disse: “De graça recebeste. de graça dai”, e exigiram que seus membros pagassem dízimos. “A ênfase dada ao dízimo cristão desenvolve-se rápida mente como tema principal nas igrejas” disse um porta-voz do Conselho Nacional das Igrejas de Cristo nos E. U. A. Houve tempos, no passado, quando se encarceraram homens, confiscaram-se bens e alguns foram até fuzilados por recusarem pagar o dízimo. Hoje em dia há religiões que esperam que cada adepto contribua um décimo de sua propriedade por ocasião da conversão e um décimo de sua renda depois disso. Os que fazem tais exigências procedem assim sem autorização bíblica. Deus pôs término à lei mosaica quando a pregou no madeiro. Isto significa que ele pôs também término lei do dízimo. Paulo disse aos cristãos “Não estais debaixo de lei, mas debaixo de benignidade imerecida.” — Mat. 10 8; Rom. 6:14; 1 Cor. 9:14; Col. 2:14 Heb. 7:12, NM.

Quando os cristãos foram ungidos cor o espírito de Deus, em Pentecostes de 33 E. C., seus dízimos ao templo de Herodes findaram no mesmo instante. Deus tinha rejeitado àquele templo material e mais tarde permitiu que os romanos destruíssem. Como apoiariam, então, aquilo que o próprio Deus rejeitou? O pagamento do dízimo foi para aqueles cristãos judeus uma “sombra dos bens vindouros”, do novo sistema de coisas posto em vigor por Jesus Cristo. Prefigurou o dízimo espiritual, nosso dinheiro e outras contribuições, sejam pequenas ou grandes, contribuídas para o sustento do serviço de Deus, tudo o que, junto, é sinal ou símbolo do fato de que nós dedicamos o nosso todo a Jeová, nosso Deus; é um memorial de nossa dedicação. — Heb. 10:1.

Portanto, precisa pagar o dizimo? A resposta é: Não. Paulo disse: “Cada um faça segundo resolveu no coração, não ressentido ou sob compulsão, pois Deus ama ao dador alegre.” Portanto, dê alegremente, dê livremente, dê liberalmente, mas qualquer lei que diz que “precisa” fazer isso, é alheia às Escrituras. — 2 Cor. 9:7; 1 Cor. 4:6, NM.

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