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  • Por que se celebra o dia 25 de dezembro?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
w61 15/12 pp. 741-744

Por que se celebra o dia 25 de dezembro?

TALVEZ a resposta mais natural cesta pergunta seja: “Porque é o dia em que Jesus nasceu.” Mas, ninguém afirma sèriamente que Jesus nasceu em 25 de dezembro. De fato, é bastante evidente que ele não nasceu em dezembro. Embora não se conheça a data real do nascimento de Jesus, o fato de que os pastores passaram a noite nos campos elimina o mês de dezembro. O outono seria um tempo muito mais lógico.

Muitos dirão: “Visto que não sabemos quando ele nasceu, um dia vale tanto quanto outro; o que importa é que celebremos o seu nascimento.” Contudo, isso tampouco é verdade, conforme veremos.

A celebração do Natal não é tão antiga como talvez pensasse. Ela não remonta aos tempos de Jesus, seus apóstolos e discípulos. Os escritores das Escrituras Sagradas nunca mencionaram a data do nascimento de Jesus, embora obviamente a pudessem ter conhecido. O que eles especificam é a data da morte de Jesus. Esta data é específica — o dia quatorze do mês judaico de Nisan. Jesus ordenou aos seus discípulos que celebrassem essa data, mas nem Jesus, nem os seus apóstolos, nem os seus discípulos jamais mencionaram a celebração da data de seu nascimento. Auguste Hollard diz verazmente em Les Origines des Fêtes Chrétiennes: “Os primeiros cristãos não tiveram nem mesmo a idéia de celebrar o aniversário do nascimento de Jesus estavam muito mais interessados no aniversário da morte dele, bem como no da sua ressurreição, isto é, o da sua vitória sobre a morte.”

Tanto as autoridades católicas como as protestantes concordam nisso. Oscar Cullmann, protestante, Doutor em Teologia, ligado às universidades de Estrasburgo e de Basiléia, e à École des Hautes-Études em Paris, escreveu: “Nosso feriado do Natal, celebrado em 25 de dezembro, era desconhecido aos cristãos dos primeiros três séculos. Até o princípio do quarto século, este dia, que depois se tornou a data central da Igreja Cristã, continuou desconhecido aos cristãos.” O abade católico romano L. Duchesne explicou aos seus estudantes no Instituto Católico de Paris (Institut Catholique) que “não há nenhuma tradição autorizada sobre o dia do nascimento de Cristo”. Ele considerou então as diversas datas que foram propostas pelas várias autoridades eclesiásticas durante o terceiro século, e acrescentou: “Os que propuseram tais combinações evidentemente não sabiam nada sobre a existência da celebração do Natal.”

ESPECULAÇÃO SOBRE O SEU NASCIMENTO

É de interesse notar que naqueles dias antigos, e na ausência de qualquer comentário específico das Escrituras Sagradas, presumiu-se geralmente que Jesus tivesse nascido na rimavera. O abade Duchesne relatou: “Quanto ao mês e ao dia, Clemente de Alexandria [que viveu durante o terceiro século] fala de cálculos que levaram ao dia 18, ao dia 19 de abril ou novamente ao dia 29 de maio; mas, estes eram cálculos particulares, que não fixaram a observância de qualquer celebração. O livro intitulado ‘De Pascha Computus’, publicado em 243, quer na África quer na Itália, diz que N. S. [Nosso Senhor] nasceu em 28 de março.”

Saberá avaliar quão pouco se sabe realmente sobre a verdadeira data do nascimento de Cristo, quando souber a maneira estranha em que este último livro chega à data de 28 de março. Argumenta que, quando Deus criou o mundo, ele primeiro separou a luz das trevas. Deus é perfeito, portanto esta divisão deve ter sido de modo igual. A noite e o dia são iguais no equinócio, em 25 de março, no calendário romano. O sol foi criado no quarto dia, que seria o dia 28 de março. O próximo passo nesta confusão de idéias era dizer que Cristo, visto ser chamado em Malaquias 4:2 de “sol da justiça”, ele nasceu no dia em que o sol foi criado — o dia 28 de março.

Favorecia-se especialmente a primavera em todos estes cálculos, porque a maioria das autoridades eclesiásticas dessa época, esquecendo-se completamente da profecia especifica de Daniel, de que Jesus pregaria por três anos e meio depois de seu batismo à idade de trinta anos, acreditavam que Jesus teria vivido um número redondo de anos. Pelo menos um escritor, Clemente de Alexandria, zombou dos que, por meio de tais especulações, tentaram calcular a data do nascimento de Cristo. Ele mesmo não estava, porém, inteiramente livre de culpa, porque em outra parte ele parece favorecer a data de 17 de novembro.

QUANDO FOI MUDADO PARA O DIA 26 DE DEZEMBRO

O dia 25 de dezembro não foi a primeira data em que se celebrou o nascimento de Cristo. Embora as diversas especulações acima mencionadas não fossem usadas para fixar uma celebração ou festa em honra do nascimento de Jesus, contudo escolheu-se outra data. Novamente é Clemente de Alexandria quem relata que os discípulos de Basilides celebravam o batismo de Jesus em 6 ou 10 de janeiro. Eles pensavam que a “manifestação” (em grego: epipháneia) se tivesse dado por ocasião do seu batismo, e eles chamavam esta celebração de Epifania. A igreja considerou esta doutrina como heresia e ela a combateu por acrescentar uma celebração do nascimento de Cristo à celebração já existente do seu batismo, no mesmo dia. Cullmann diz assim: “Vemos que desde a primeira metade do quarto século a Igreja celebrou a Epifania em 6 de janeiro è que nesta celebração ela uniu o batismo e o nascimento de Cristo. Nada foi tirado da celebração original do batismo; a celebração do nascimento foi simplesmente acrescentada a ela.”

Embora a Epifania ainda seja a data para a troca de presentes em muitos países latinos, não é mais celebrada como o dia do nascimento de Jesus. Quando foi este mudado para o dia 25 de dezembro? O abade Duchesne diz que seu testemunho mais antigo é um calendário “elaborado em Roma, em 336”. Cullmann acrescenta: “O dia 25 de dezembro, como aniversário do nascimento de Cristo, é atestado em Roma a partir de 336 e já deve ter sido celebrado como tal muito mais cedo, sob Constantino, o Grande.”

ADORAÇÃO PAGÃ DO SOL

Por que desde os tempos de Constantino? Cullmann fornece como razão muito importante o fato de que se celebrava no mundo pagão o dia 25 de dezembro como feriado especialmente importante em honra do Sol, e que o imperador Constantino, o Grande, intencionou propositalmente unir, a adoração do Sol com a adoração cristã”. Embora a igreja diga que ela escolheu as datas de tais celebrações pagãs “para competir com a adoração pagã”, Constantino, imperador romano, dotado de forte senso político, queria ter união dentro do seu império, não divisão. Por isso queria práticas que levassem nomes cristãos, não para competir com as práticas pagãs, mas para se conjugarem com elas.

Este imperador, que teve bastante influência para convocar pessoalmente o primeiro da lista de vinte concílios gerais (ou ecumênicos) da Igreja Católica — um poder que neste século vinte é reservado ao próprio João XXIII! — não estava oposto à celebração pagã, mas estava de acordo com ela. “Durante toda a sua vida”, diz Cullmann, “ele não cessou de favorecer a adoração do Sol”.

Deve estar lembrado de que a adoração do sol, por parte de Constantino, ainda não batizado, foi responsável pelo fato de que as igrejas da cristandade estão no sentido oeste-leste, como foi considerado na Despertai! de 8 de fevereiro de 1960. Foi também Constantino que, em 321, legalizou a fusão entre o dia de descanso semanal dos “cristãos” e o dia dedicado à adoração do sol — ainda chamado de “Dia do Sol” nas línguas germânicas.

Cullmann diz: “A analogia fornecida pelo ‘Dia do Sol’ [domingo], que se tornou debaixo de Constantino um feriado oficial, explica, em nossa opinião, que já durante a sua vida, e sem dúvida também sob a sua influência, a celebração do nascimento de Cristo foi mudada para o dia 25 de dezembro, grande feriado em honra do sol.”

Que esta celebração teve início na Roma de Constantino e não em uma das outras sés da primitiva igreja, tais como Antioquia, Jerusalém ou Alexandria, é revelado por um escritor do quarto século. O abade Duchesne explica: “A celebração do Natal foi no princípio uma celebração característica da Igreja Latina. São João Crisóstomo atesta numa homília proferida em 386 que tinha sido introduzida em Antioquia somente. cerca de dez anos antes, ou por volta de 375. No tempo em que ele falava, a celebração ainda não era observada em Jerusalém, nem em Alexandria. Nesta última metrópole foi adotada por volta de 430.”

Nos dias do Papa Leão, o Grande (440-461), havia católicos que ainda celebravam, nesta data pagã, o nascimento do sol em vez de o nascimento de Cristo. E mesmo até agora, esta celebração pagã de Natalis Invicti, ou “nascimento do [sol] invicto”, tem-se perpetuado em muitos costumes, tais como acender fogueiras, e assim por diante, ainda seguidos pelos que celebram o Natal.

Todos os que conhecem as Escrituras Sagradas sabem quão condenável é a adoração do sol aos olhos de Deus. A adoração do sol, quase universal entre os pagãos, quer fossem romanos, quer africanos, asiáticos ou mesmo índios americanos, era categòricamente proibida para o povo de Deus. Cada vez que ela é mencionada nas Escrituras inspiradas ela é condenada como uma das maneiras com que Satanás desvia do Criador a adoração dos homens e a orienta para alguma coisa criada.

Em Deuteronômio 4:19, por exemplo, cultuar “o sol, a lua e as estrelas” é posto na mesma categoria condenável como a idolatria. (ALA) Tão condenável é isso aos olhos de Deus, que se diz em Deuteronômio 17:3-5 (NM) da pessoa que adorasse “o sol, ou a lua, ou todo o exército dos céus”, que estava praticando uma “coisa detestável’ a tal ponto, que a pessoa merecia a morte! Outrossim, entre as impurezas lançadas fora pelo bom Rei Josias, no sétimo século antes de Cristo, achavam-se os idólatras “sacerdotes de deus estranho”, que ofereciam “fumaça sacrificial a Baal, ao sol e à lua”. No entanto, uma adoração similar do sol, em Roma, proveu a base para a atual celebração do Natal! — 2 Reis 23:5, NM.

A profanação do templo de Jeová, relatada no capítulo 8 de Ezequiel, envolvia “abominações” em adição aos desenhos odiosos nas paredes do templo, às quais os anciãos de Israel ofereciam incenso. Fala-se de “abominações” ainda piores do que as praticadas pelas mulheres que choravam o deus babilônico Tamuz, no templo dedicado ao verdadeiro Deus. Que “abominações”? Vinte e cinco homens “adoravam o sol virados para o oriente”. (Al) No entanto, esta adoração do sol, transmitida aos romanos pagãos do terceiro e do quarto século da nossa Era, é a base para a atual celebração do Natal!

O QUE O CRISTÃO DEVE FAZER

O fato de que a data do nascimento de Jesus não é mencionada nas Escrituras, embora elas sejam explícitas sobre a data da sua morte, deve ser um aviso para os cristãos. O caso não é que esta data não tenha sido conhecida pelos escritores bíblicos. Antes, é como se tivesse sido deliberadamente desconsiderada, como se tivesse sido quase propositalmente oculta. Nada nas Escrituras Sagradas — nem mesmo uma só palavra — indica que devemos celebrar o aniversário natalício de Cristo. De fato, se tivesse sido a intenção de que o celebrássemos, o Registro Divino forneceria pelo menos a data. Nem é a falta dessa data alguma inadvertência. Estes escritores bíblicos tinham o espírito santo que Cristo prometera, e este espírito fazia que se lembrassem de todo o necessário. Jesus lhes dissera: “Mas o ajudador, o espírito santo que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e trará de volta a vossas mentes todas as coisas que vos falei.” — João 14:26, NM.

Inteiramente diferente deste dia que tem tanta relação com o paganismo é a única celebração que os cristãos foram mandados guardar. Esta celebração não é o nascimento de Jesus, mas a sua morte. A data é exata — a data da Páscoa, 14 de Nisan, segundo o calendário judaico. Esta não cai no inverno, mas na primavera do hemisfério setentrional. Jesus disse a respeito desta nova celebração que ele instituiu: “Continuai a fazer isto em memória de mim.” (Luc. 22:19, NM) Esta declaração nunca foi feita com referência ao nascimento de Jesus. A comemoração de sua morte, na primavera, é a única cerimônia cuja celebração a Bíblia ordena aos cristãos.

Embora as autoridades citadas neste artigo não concordem com isso, os primitivos cristãos dos primeiros séculos tinham razão em rejeitar a celebração pagã a que se deu o nome de Cristo. Os verdadeiros cristãos também a rejeitam, celebrando, não o renascimento do sol, não importa que novo nome se lhe tenha dado, mas apenas a morte de Cristo. Fazem isso porque concordam com o apóstolo Pedro, de que “já basta o tempo passado em que tendes feito a vontade das, nações”. — 1 Ped. 4:3, NM.

[Nota(s) de rodapé]

Noël dans l’Église Ancienne, de Oscar Cullmann, N.o 25 em Cahiers Théologiques de l’Actualité Protestante, página 9.

Origines du Culto Chrétien, do abade L. Duchesne, Segunda Edição, página 247.

Para uma consideração da profecia de Daniel sobre as “Setenta Semanas”, veja-se o livro “Isto Significa Vida Eterna”, Capítulo VIII.

Noël dans l’Église Ancienne, página 18.

Origines du Culto Chrétien, página 248.

Noël dans l’Église Ancienne, página 23.

Ibid., página 24.

Ibid, página 26.

Noël dans l’Êglise Ancienne, página 248.

Origines du Culte Chrétien, página 248.

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