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  • “A alegria de Jeová é a vossa fortaleza”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
w62 1/10 pp. 598-601

“A alegria de Jeová é a vossa fortaleza”

Conforme Relatado por Alice Hart

BEM me lembro daquele velho armário de madeira no hall de nossa casa em Londres. Tanto quanto eu me lembro, estava sempre ali. Eu cresci vendo-o, e como gostava dele! Por quê? Por causa do que continha e para que era usado. Originariamente, tinha sido enviado da América pela Sociedade Torre de Vigia, cheio de literatura bíblica. Isso foi em fins da década de 1880, e, quando nasci em 1892, meu pai o tinha convertido num armário para guardar parte da literatura que a Sociedade mandava regularmente para as Ilhas Britânicas. Continuou a ser usado para este fim até que a Sociedade estabeleceu um escritório para a filial britânica na parte leste de Londres, no ano de 1900. De modo que, até aquele tempo, a nossa casa era o centro de despacho, e ao passo que chegavam os pedidos, e eram preenchidos por meu pai, ele permitia que a sua garotinha carregasse os pacotes menores ao correio, que era perto. Sempre me alegrava muito em fazer isso, e me fez muito feliz durante os primeiros anos de minha infância. Podem entender então como, desde cedo, a minha vida veio a se centralizar em volta da obra que traria a verdadeira alegria de Jeová aos corações de tantas pessoas.

TREINAMENTO CEDO COLOCA A BASE DAS ALEGRIAS FUTURAS

A Sentinela começou a vir regularmente para minha casa no ano de 1883, nove anos antes de eu nascer. Meus pais eram tementes a Deus e devotos aos princípios justos. Eu era a sétima numa família de dez filhos e não me queixo da criação severa e rígida que recebemos. Embora freqüentássemos a escola dominical por um curto período, meu pai logo percebeu a necessidade mostrada nas Escrituras de instruir pessoalmente a sua casa, de modo que, com a ajuda do livro chamado Bible Stories in Simple Language (Histórias da Bíblia em Linguagem Simples), nos domingos pela manhã reunia os membros mais jovens da família para explicar a Bíblia a todas nós. A leitura da Bíblia fazia parte regular da nossa vida familiar, tanto assim que, já nos primeiros anos da minha mocidade, o meu amor a Deus começou a tornar-se cada vez mais forte, e senti uma íntima alegria e felicidade sem a qual acho que não teria sido possível viver nos anos posteriores.

Os domingos eram então dias cheios de atividade para o povo de Deus, assim como são agora. Posso lembrar-me muito bem de ter ficado constantemente de pé nas entradas das igrejas do nosso bairro, distribuindo os diversos tratados publicados pela Sociedade. Antes de participar nesta obra, reuníamos na casa de um irmão e pedíamos a bênção de Jeová sobre o trabalho — sim, assim como fazemos hoje nos centros de serviço. Havia também reuniões às quais assistíamos à noite. Ainda ouço meu pai perguntar aos filhos: “Quem vai comigo?”, e sinto-me contente em lembrar que quase sempre, numa idade tenra, sentia o impulso voluntário de aceitar o convite. Sinto-me grata de que meu pai procurou treinar os filhos no caminho que deviam andar, de modo que nos tornamos como que santos aos olhos de Jeová, nosso Pai celestial. — 1 Cor. 7:14.

Chegou o tempo para sair da escola, e, depois de cuidar de meus idosos avós por algum tempo, comecei a trabalhar em serviço doméstico. Meu pai achava que a moça deve ter por alvo tornar-se proficiente nos deveres caseiros, e, certamente me serviu bem nos anos posteriores no serviço de Jeová. Mas que mudança na vida! Só por sair de casa e misturar-me com o mundo fora é que apreciei o que era o ambiente cristão no lar. Esses foram anos desassossegados para mim. Parecia terem desaparecido a profunda alegria e paz de espírito de outrora. Não raro era difícil assistir às reuniões. Meu patrão sugeriu que eu fosse à igreja local, mas eu bem sabia que isso não me daria a força de Jeová que eu ansiava. Comecei a estudar zelosamente O Plano Divino das Eras, e, ao passo que o estudava e lia a Bíblia, sentia a crescente força e convicção quanto a que era realmente a verdade da Palavra de Deus.

REALIZA-SE O DESEJO DE MEU CORAÇÃO

Nunca esquecerei a primavera do ano de 1910. Pode imaginar por quê? Sim, acertou. Foi o ano em que simbolizei pelo batismo em água a minha dedicação para fazer a vontade divina. Meu próprio pai me batizou. Pode imaginar a alegria dele? E oh — tenho de contar-lhe de uma irmã nossa que estava ali. Ela veio da Escócia, e nunca houve estudante mais ardorosa da Bíblia. Nós a chamávamos de Titia Sara. Posso vê-la ainda na minha mente e o ardor genuíno do seu sorriso após o meu batismo, ao citar-me um texto das Escrituras para que sempre o lembrasse. Foi o Salmo 37:4, ALA: “Agrada-te do SENHOR [Jeová], e Ele satisfará aos desejos do teu coração.” Vez após vez tenho provado que isso é verdade.

O forte e crescente desejo do meu coração era trabalhar sempre no serviço de Deus, recuperar o sentimento de segurança e alegria que tivera tão fortemente nos tempos idos, na casa de meu pai. Esse desejo foi-me concedido de maneira muito inesperada. Meu pai soube que se precisava de ajuda doméstica na filial da Sociedade, que então se localizava na Rua Eversholt, no noroeste de Londres. Sugeriu que eu oferecesse os meus préstimos. Aceitei com avidez a oportunidade e antes do fim da semana era membro da família de seis membros no Betel de Londres, em 1910. Assim começou o meu serviço de tempo integral que agora faz mais de cinqüenta e um anos num dos muitos lares filiais da Sociedade. Logo descobri que o segredo de manter a alegria de Jeová era estar disposta a ajustar-me a qualquer serviço pedido. Achar o meu lugar de serviço trouxe-me a alegria e o senso de segurança na vida, que me têm servido de fortaleza durante todos os anos dificultosos de nossa presente geração.

MANTER MEU LUGAR COM ALEGRIA

Gostaria de relatar-lhes agora algumas das coisas que acho que me ajudaram através dos anos a obter a força para manter o meu lugar com alegria no serviço de Jeová. Ser membro de qualquer uma das famílias de Betel é um privilégio maravilhoso. O motivo disto, eu acho, é que a pessoa se sente uma parte íntima da família que está sendo usada integralmente por Jeová. Mas, deixe-me dizer uma coisa: A felicidade do meu serviço designado no lar de Betel foi sempre medida pela minha percepção da necessidade de me empenhar ao serviço fora. Sempre achei que a verdadeira alegria só vem de se manter o serviço ministerial passo a passo com os deveres no lar. É por esta razão que sempre me esforcei a participar em todas as fases do serviço do Reino.

Pouco depois da mudança do escritório para Craven Terrace, no oeste de Londres, em 1911, eu ia à Cidade nas noites de sexta-feira junto com um grupo de quatro ou cinco, para colocar tratados debaixo das portas. Não eram como os tratados que a Sociedade Torre de Vigia publica atualmente, mas, quando dobrados em quatro, eram cerca do tamanho desta revista que está lendo. Nunca esquecerei alguns dos nomes, tais como “A Queda da Babilônia”, “O Fim do Mundo — 1914” e “Esperança para a Humanidade Aflita”.

Eu e minha irmã tivemos a incumbência de cobrir regularmente com estes tratados uma grande seção de território ao leste, perto do lar de Betel. O único tempo que dispúnhamos para este serviço era de manhã cedo, nos domingos, antes de preparar o café para a família. Tinha de levantar cerca de cinco horas da manhã e gastar duas horas distribuindo tratados. O resto do dia, nos domingos, era sempre um dia ocupado, mas feliz, preparando as refeições e assistindo às várias reuniões. Ora, geralmente só me desocupava às nove horas da noite.

Visto que me levantava geralmente mais cedo do que os outros membros da família por trabalhar muitos anos na cozinha, tinha um pouco de folga nas tardes e este tempo muitas vezes passava no nosso serviço de “emprestar livros” nas imediações de Betel. Foi neste serviço, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, que dirigi o meu primeiro estudo bíblico com uma pessoa interessada. Acompanhei o seu progresso à madureza espiritual com o passar dos anos. Imagine a minha alegria quando recebi uma carta dela no verão passado, pouco antes da assembléia em Twickenham, em que ela dizia: “Minha vida tem sido repleta todos estes anos e a obra me tem dado muito prazer que o mundo não poderia dar . . .” Ainda fiel, depois de tantos anos! Eis a verdadeira alegria que fortalece todo servo de Jeová, quer trabalhe num lar de Betel da Sociedade, quer trabalhe em qualquer outra parte.

Ao passarem-se os anos, lembro-me de ter dito a outro membro da nossa família, cerca de 1928, que achava que estava ficando restrita no meu modo de pensar. Ele me disse que era bobagem, mas sentia no íntimo que me faltava alguma coisa, embora continuasse tão ocupada como sempre com os meus deveres em Betel. Foi então que se arranjou o serviço de campo nos domingos, e a família de Betel recebeu folga nos sábados para empenhar-se no ministério. Bem, isso era o que eu precisava. Restaurou o vigor e a alegria à minha vida e à de outros também. Esta alegria continua a aumentar ao passo que temos sido cada vez mais maravilhosamente equipados para “ensinar a outros também”.

Nós que tivemos o privilégio de viver através das experiências do povo de Jeová desde antes da Primeira Guerra Mundial, bem sabemos o número de provas. A nossa pequena família em Londres não escapou, e me lembro do tempo em que, em fins da Primeira Guerra Mundial, ela foi separada em duas partes. É debaixo dessas circunstâncias que se descobre a profundidade do seu amor pela verdade e se está servindo a Jeová mesmo ou a indivíduos na organização. Nem sempre se podia compreender no momento porque Deus permitia que certas condições existissem, mas através dos anos tenho aprendido gradualmente a sempre aceitar os arranjos e as designações teocráticas até que o próprio Jeová faça mudanças. Isso é mais uma coisa que me ajudou a continuar feliz no serviço de Jeová. Se alguém tenta correr na frente de Jeová, traz infelicidade a si mesmo e talvez a outros também.

Oh! houve outra coisa que contribuiu para a minha alegria de viver para o novo mundo: a minha associação com muitos pioneiros. Sempre me senti à vontade com os pioneiros e muitas vezes passei as férias no serviço com eles. Estas têm sido ocasiões felicíssimas e tenho voltado fortalecida em mente e corpo. Sabe, mesmo dentro da sociedade do Novo Mundo, sempre fiz questão de associar-me, no pouco tempo que a vida ativa de Betel permite, com os que são sinceros no seu modo de pensar teocrático, ou estão no ministério de tempo integral, ou porque têm o espírito de pioneiro.

PRIVILÉGIOS INESPERADOS

Estas são algumas das coisas que me têm fortalecido através dos anos, para continuar servindo o nosso Pai celestial com alegria, mas, naturalmente, houve também multas outras bênçãos. Recentemente, ao estudarmos o livro, As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino, em inglês, era emocionante reviver tantas maravilhosas experiências teocráticas em que tive o privilégio de participar tão íntimamente, estando associada com a família de Betel em Londres: o Foto-Drama da Criação, com o serviço de indicadora várias vezes por semana ao ser projetado em lugares tais como o Princes Theatre, a Opera House e o Royal Albert Hall; a distribuição de A Idade de Ouro No. 27; as grandes assembléias na Grã-Bretanha através dos anos, quando o Betel foi tantas vezes o centro da atividade; e, daí, mais recentemente, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o privilégio de assistir a algumas das grandes assembléias na América do Norte e na Europa. Realmente, nunca imaginei que tantas experiências felizes e privilégios inesperados como gozei coubessem numa só vida!

Nossa família tem crescido de seis a mais de sessenta; o nosso lar de Betel, de uma pequena casa a um lindo lar e grande fábrica com milhares e milhares de armários de livros como aquele que tínhamos no nosso velho lar, necessitando muitos caminhões do correio cada dia para recolher a correspondência.

Agora meu coração está cheio de gratidão a Jeová. Agradeço-lhe sua força sustentadora. Agradeço-lhe por ter-me dado continuamente parte nesta obra edificante que produz alegria, a qual está sendo feita em toda a terra hoje, pela sua organização de pessoas fiéis. E agradeço-lhe que posso ter uma pequena parte nisto e experimentar a “alegria de Jeová”, que é a minha “fortaleza”. — Nee. 8:10.

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