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  • Passo a passo com a organização fiel
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 1/9 pp. 533-536

Passo a Passo com a Organização Fiel

Segundo narrado por A. P. Hughes

MEU interesse por Deus e pela Bíblia começou quando eu era um garoto de mais ou menos oito anos. Era meu costume freqüentar a classe de estudo bíblico da escola de nossa aldeia em Shropshire, Inglaterra. Lembro-me de nosso estudo sobre a vida do apóstolo Paulo e de eu ter o desejo de servir a Deus do mesmo modo. Estes primeiros contatos com a Bíblia fizeram muito para modelar a minha vida nos anos futuros.

Em 1912, quando eu tinha dezesseis anos, saí de casa e fui morar em Liverpool com uns parentes, que sempre falavam de um impendente fim de mundo. Era um ambiente pelo qual sou mui grato. Naquele mesmo ano, C. T. Russell, presidente da Sociedade Torre de Vigia, veio de Nova Iorque a Liverpool e calhou de eu ir com minha tia à casa em que ele e sua comitiva estavam. Quando lhe fui apresentado, ele perguntou-me apropositadamente: “Já deu o seu coração ao Senhor” (Era uma pergunta que ele fazia freqüentemente aos jovens.) Eu não entendi na ocasião quão importante era a sua pergunta, mas certamente me fez pensar. Fui ao seu discurso público intitulado “Após o Túmulo” e logo depois passei a desfrutar dias felizes, freqüentando outras reuniões do povo de Jeová e aprendendo mais acerca dos maravilhosos propósitos Dele. Na primavera de 1913 eu dei realmente o meu coração a Jeová em dedicação e fui batizado. Dali em diante empenhei-me a não perder mais as reuniões dos “Estudantes da Bíblia”, conforme eram chamadas as testemunhas de Jeová naquela ocasião. Eu queria lançar boa base e me edificar sobre verdades sólidas. Estas me ajudaram mais tarde a permanecer firme na fé, quando surgiram as tempestades que lançaram muitos para fora da organização de Jeová.

Minhas primeiras atividades consistiam em distribuir tratados bíblicos, colocando-os por baixo das portas nos domingos bem cedinho. A idéia era que os pais os achariam antes que caíssem nas mãos das crianças e fossem destruídos. Foi o trabalho que Jeová nos designou mediante sua organização naquele tempo e este atraiu muitos para a verdade da Palavra de Deus. — Atos 6:7.

Chegou então 1914 com nossas expectativas de logo sermos tirados da cena terrestre e levados para o céu. Muitos contavam os dias até terminarem os tempos designados das nações, conforme Jesus havia predito em Lucas 21:24. Todavia, eu achava que talvez houvesse algo mais a aprender sobre a nossa esperança. Pulei de alegria quando apareceu em The Watch Tower um artigo intitulado: “Agora Está Mais Perto a Nossa Salvação”, o qual girava em torno do Salmo 149. Este mostrou que em vez de irmos para o céu imediatamente, havia um grande trabalho publicitário a ser feito na terra. Mesmo assim, todos nós aguardávamos o tempo de grande tribulação predito por Jesus.

PROVAÇÃO

Certo dia, voltando de um fim-de-semana no interior, vi um cartaz de jornaleiro que dizia: “Declarada a Guerra!” Pensei, eis a confirmação de nossa esperança referente ao Reino e seu domínio sobre a terra! (Mat. 24:3, 7) Pouco entendi os acontecimentos que se amontoaram sobre mim nos próximos anos. Vez após vez tive que tomar decisões que requeriam fé e confiança na organização visível de Jeová. A Inglaterra estava em guerra e nós jovens irmãos na fé tínhamos que decidir o que fazer. Escolhendo manter a neutralidade cristã, recebi dois anos de cadeia. Durante aquele tempo eu arrazoava que se eu podia ser tolhido de minha liberdade pelas autoridades mundanas, por que então não podia entregar-me ao serviço de tempo integral de Jeová?

Havia contudo alguns problemas a enfrentar. Durante os anos de 1918 a 1922 houve muitas provas de fé. Ouviam-se muitas vozes, todas pretendendo ser o verdadeiro canal de Deus. Era o tempo de darem-se as divisões que seguiram a vinda ele Jeová ao seu templo para julgamento. (1 Ped. 4:17, 18) Orei ardentemente pela orientação de Jeová. Que alívio quando vi claramente quem era o “escravo fiel e discreto”! (Mat. 24:45-51) Então veio a Liverpool o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia, J. F. Rutherford, para proferir o discurso: “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão.” Que experiência alegre foi ver o salão cheio, ficando milhares sem poderem entrar!

SERVIÇO DE TEMPO INTEGRAL

Veio 1922 e eu estava então em condições de me empenhar no serviço de pioneiro de tempo integral. Uni-me com Edgar Clay, a quem conheci no campo de prisioneiros durante a guerra, e comecei meu período de sete anos de pioneiro, que sempre classificarei entre os melhores dias de minha vida. Servi primeiro em Gales do Norte, depois no oeste da Inglaterra e mais tarde na Irlanda. Sempre foi o nosso costume deixar que a organização de Jeová nos designasse o território e isto sempre provou-se melhor.

Organizamos discursos no território em cooperação com a congregação de Liverpool. Vez após vez os salões ficavam cheios dos que vinham ouvir o discurso “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”. Em 1927 fui convidado para trabalhar na seção comercial, visitando todas as grandes firmas comerciais de Birmingham. Não foi fácil no início e me sentia desqualificado, mas logo me acostumei e fiquei contente de ter aceitado o convite. Certa ocasião, quando visitei um proeminente advogado, fiquei duas horas e ele e seu sócio adquiriram dez ajudas bíblicas. Fui convidado a visitá-lo, juntamente com sua esposa, no seu próprio lar. São estas as espécies de experiências que tornam o serviço de pioneiro tão rico e gratificador.

Durante os anos de pioneiro sempre fui às grandes assembléias das testemunhas de Jeová. Algumas eram como marcos miliários ao longo de minha vida cristã. Sempre me recordarei de 1926 e do estimulante discurso do irmão Rutherford no Royal Albert Hall de Londres. Foi nesta assembléia que aparecemos oferecendo o folheto Estandarte aos Povos pela primeira vez nas ruas. Naquela assembléia recebemos também o livro Libertação. Como isto me estimulou! O destaque que se deu à organização de Jeová estimulou-me a lutar contra o Diabo e a sua iníqua organização, o que me fez muito bem.

SERVIÇO DE BETEL

Abriu-se novo capítulo em minha vida quando fui chamado para servir na filial londrina da Sociedade Torre de Vigia. Eu fiquei em conflito interno quando recebi a carta, pois meus privilégios de pioneiro me eram mui preciosos, mas meu coração sabia que meus futuros privilégios jaziam ali em Betel e assim tem sido. No lar de Betel de Londres tive boa oportunidade de presenciar o movimento progressivo da organização, mantendo o passo com revelações adicionais da vontade de Jeová. Maravilho-me do profundo respeito que há pelos seus justos requisitos a despeito de como possam atingir os indivíduos. Vi muitas mudanças com o passar dos anos, mas uma coisa me permanece mui firme: Jeová dirige seus servos mediante seu “escravo fiel e discreto”.

Quando nos mergulhamos nos dias negros da Segunda Guerra Mundial, ficamos isolados do escritório em Brooklyn e muitas espécies de restrições nos foram impostas. Quão ricamente nosso Pai celestial nos sustentou durante aqueles dias difíceis! Os desconfortos físicos produzidos pelo pesado bombardeio de Londres, a falta de mantimentos com seu inevitável racionamento e tantas outras coisas eram mais que contrabalançadas pela maravilhosa evidência da direção e das bênçãos de Jeová. Nunca ficamos sem o alimento espiritual suprido mediante a Sentinela. Tínhamos apenas um fundidor de tipo de impressão e uma impressora de tamanho médio. Era escassíssimo o papel. Mesmo assim, através da guerra, sempre suprimos as nossas necessidades. Deveras, a tiragem de nossa revista aumentou grandemente durante a guerra!

Por nada gostaria de perder de testemunhar o amor e o zelo dos irmãos de Londres e de outras grandes cidades tão duramente bombardeadas e vê-los continuarem sem cessar os seus estudos bíblicos. Praticamente não havia mais literatura, mas isto não os deteve de ir ao povo com a mensagem do Reino.

Em adição havia novamente o problema da neutralidade, atingindo tanto os irmãos como as irmãs. Semelhante a muitos outros, recebi o chamado das autoridades para deixar o meu lugar designado em Betel para prestar serviço incoerente com a minha neutralidade cristã. Recusei e fui preso por alguns meses. Mas a vida de prisioneiro não foi tão dura desta vez, pois nos era permitido reunirmo-nos em certos dias para o estudo da Bíblia. Junto com outros irmãos tive o privilégio de dar testemunho a pelo menos três dos guardas da prisão os quais aceitaram a mensagem e posteriormente se dedicaram para fazer a vontade de Jeová. Um deles se tornou superintendente de congregação mais tarde.

Voltei para o Betel de Londres por mais um ano — e depois para a cadeia pelo mesmo motivo anterior. Desta vez, porém, fizeram pressão na tentativa de desmantelar a nossa organização no escritório de Londres. O irmão A. D. Schroeder, que na ocasião servia conosco, foi deportado para os Estados Unidos. Diversos membros mais jovens da família de Betel foram para a cadeia. Em tudo isto aprendíamos a depositar a nossa confiança inteiramente em Jeová.

Foi um grande dia para mim e para todos os demais da família de Betel quando terminou a guerra e abriu-se-nos a perspectiva de encontrarmo-nos novamente com o irmão N. H. Knorr, que já era então presidente da Sociedade Torre de Vigia. A menos que se tenha a experiência de ficar isolado da sede da Sociedade por alguns anos, não se pode imaginar o que é ter contato direto de novo, ver face a face os nossos irmãos e sentir a grande alegria que isto produz.

A CAMINHO DA PROSPERIDADE

A misericórdia imerecida de Jeová não conhece fronteiras. Tive esta experiência quando recebi o convite de assistir à primeira assembléia internacional do após guerra em Clevelândia, Oaio, em 1946. A mina primeira oportunidade de conhecer a família do Betel de Brooklyn e de passar com ela seis semanas antes de seguir para Clevelândia foram outros meios de se fixar bem firme em minha mente a posição que a Sociedade Torre de Vigia ocupa no propósito divino.

A assembléia de Clevelândia foi simplesmente maravilhosa. Ver aquela grande multidão na verdade era quase inacreditável. Presenciar o lançamento do livro “Seja Deus Verdadeiro”, que muito tem feito para estabelecer as verdades bíblicas na mente de tantos; ouvir o irmão Knorr anunciar a construção de um novo Betel em Brooklyn; observar todas as demais evidências de expansão e prosperidade, muito ajudou para que a nossa mente se abrisse ao trabalho ainda maior que jazia à frente. E ainda havia mais alegria em depósito, pois tive o privilégio de assistir a mais três assembléias em Nova Iorque, inclusive a grande assembléia de 1958.

Todavia, o maior prazer de todos talvez seja o de ter testemunhado o descerrar de profecias bíblicas. Que alegria é ver a grande multidão de “outras ovelhas” que vêm para o rebanho! (João 10:16) Havia em 1939 apenas 7.000 testemunhas de Jeová nas Ilhas Britânicas; hoje há quase 50.000! Para se atenderem às demandas deste número sempre crescente houve necessidade de aumento de equipamento. O nosso Pai celestial atendeu a estas necessidades, provendo-nos o novo lar de Betel e a nova fábrica na agradável vizinhança ao nordeste de Londres. Temos aqui o privilégio adicional da Escola do Ministério do Reino para o treinamento de superintendentes de congregação. Isto me tem feito associar com muitos amigos, tanto novos como velhos, pelo que estou genuinamente grato.

Em fins de 1961 tive o privilégio de passar uma semana no lar de Betel em Brooklyn. Foi de fato uma acalentadora experiência a de receber a hospitalidade dos irmãos que eu conheço e amo. Pude também assistir à reunião anual da Sociedade em Pittsburgh, o lugar que viu o nascimento do trabalho de Jeová nestes últimos dias. Eu tinha lido por anos no Yearbook referente a esta reunião e lá estava eu — que bênção é estar presente! Senti uma intimidade com o grande propósito de Jeová quando assisti à seleção dos irmãos da Diretoria da Sociedade Torre de Vigia. Quão veraz é que Jeová tem estabelecido uma estrutura organizacional semelhante àquela dos dias dos apóstolos. Quando estava em Pittsburgh pude ligar-me novamente ao passado, visitando o lugar onde o irmão Russell começou a publicar A Sentinela.

Estou mui grato de ter vivido no conhecimento dos propósitos de Jeová desde aqueles dias de pouco antes de 1914, quando nem tudo estava tão claro, até estes dias; desde um dia em que havia algumas dúvidas até o dia em que a verdade brilha como o sol ao meio dia. Se há alguma coisa de suma importância para mim, esta é a questão de conservar-me intimamente com a organização visível de Jeová. As minhas primeiras experiências me ensinaram quão insalutar é confiar em raciocínios humanos. Quando tomei mentalmente uma resolução neste sentido, determinei permanecer com a fiel organização. De que outra maneira se pode obter o favor e as bênçãos de Jeová

Estamos em 1963. O tempo passou depressa porque me tenho mantido em atividade. Quão grato estou por ter podido seguir o bom conselho: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” (Ecl. 12:1, ALA) Minha vida tem sido muito aprazível e eu posso dizer com o salmista Davi: “As cordas caíram-me em logares deleitosos: agrada-me sim a herança.” (Sal. 16:6, Tr) Não tenho dúvida quanto a isto continuar assim ao passo que caminho com a organização fiel de Jeová.

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