Pregando em tôda a terra habitada
APENAS dois dias antes de sua morte, Jesus vaticinou a profecia que seria cumprida durante a sua segunda presença, pouco antes do fim do sistema de coisas. Entre outras coisas, ele disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” — Mat. 24:14.
Focalize a sua atenção nestas palavras de Jesus por um momento. Considere o que seria necessário para cumpri-las. Pense no tempo, energia, dinheiro, potencial humano e organização envolvidos, sem mencionar a disposição, a determinação e coragem dos pregadores! Que tremendo empreendimento, o de pregar o reino de Deus aos bilhões de habitantes da terra!
Mas, visto que Jesus disse que esta pregação do Reino seria feita e visto que os acontecimentos sem paralelos desta geração marca que este é o tempo que ela deve ser feita, surge a pergunta: O que se tem feito acerca disto? Mais do que muitas pessoas pensam. Tendo-se familiarizado conosco, no artigo precedente, como sendo a organização que efetua o testemunho do Reino do modo delineado na Bíblia, beneficiar-se-á grandemente pela visão das operações mundiais desta organização.
A MATRIZ ATUAL
Assim como Jerusalém era o lugar em que se localizava a matriz da congregação cristã do primeiro século, assim também a matriz que dirige a atual pregação mundial do Reino está estratègicamente localizada em Brooklyn, Nova Iorque. Entrando alguém em Brooklyn pela ponte de Manhattan ou pela de Brooklyn, verá dois grandes edifícios cor de creme estendendo-se de uma ponte à outra. Nesta localidade ideal, perto das melhores conveniências portuárias do mundo, e de onde podem ser vistas por milhares de pessoas diariamente, estão localizadas as impressoras da matriz das testemunhas de Jeová, produzindo dia após dia milhares de Bíblias, livros e revistas que anunciam o reino de Deus.
A dez minutos a pé e de frente ao famoso porto de Nova Iorque, exatamente do outro lado do rio, encarando os arranha-céus da baixa Manhattan, estão dois atrativos edifícios de doze andares, construídos de tijolos vermelhos e encimados por torres retangulares. São a matriz internacional da Sociedade Torre de Vigia e são o lar do pessoal da matriz e dos estudantes que freqüentam a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia. Esta escola bíblica, o escritório que dirige a pregação no mundo inteiro e a filial da Sociedade nos Estados Unidos funcionam nestes edifícios. Mas o que realmente se faz ali em conexão com a obra de pregação mundial do Reino predita por Jesus? Visitemos a matriz da Torre de Vigia e vejamos nós mesmos.
VISITA AO BETEL
Quando vê os dois edifícios da matriz, na agradável vizinhança residencial da Columbia Heights, o visitante fica logo impressionado pelo tamanho deles. Cada uma das torres se eleva a bem mais de 30 metros e os edifícios cobrem a maior parte de dois quarteirões da cidade. Portanto, a pessoa não fica surpresa ao saber que podem acomodar confortavelmente 950 pessoas, duas em cada quarto. Para chegar até à entrada do edifício mais novo, a pessoa atravessa um portão de ferro e começa a caminhar 38 metros através de um bonito jardim coberto de muitas flores multicores. Este lugar se chama Betel, pois este nome significa “Casa de Deus”.
Todos os que moram em Betel são ministros ordenados das testemunhas de Jeová, os quais, semelhante a mais de 900.000 outros ministros através do mundo, estão vivamente interessados em que a mensagem do reino de Deus seja pregada em toda a terra habitada. Por isso, todos consideram ser um privilégio executar qualquer tarefa em Betel, para com os interesses da obra, de pregação. Fazem isto voluntariamente, sem qualquer recompensa material exceto casa e comida e uma pequena mesada de 14 dólares, para as suas necessidades pessoais.
Enquanto que há doze anos eram precisas apenas 355 pessoas para executar o trabalho em Betel, atualmente há 654 membros na família, sendo de 33 nacionalidades. Além disso, 103 estudantes de Gileade freqüentam a escola ali, sendo de 52 países presentemente, e uma nova classe começa cada ano. É realmente uma família internacional, todavia, que maravilhosa unidade e amor existe entre ela! Pode-se entender como esta família, bem como todas as testemunhas de Jeová no mundo inteiro, pode viver em paz e unidade por se considerar o início de dia típico.
Às 6,30 da manhã, soa uma campainha em todos os dois edifícios, para despertar a família e alguns minutos antes das sete horas começam a sair dos seus quartos, descendo as escadarias para o subsolo, onde estão localizadas duas grandes salas de jantar, que comportam 950 pessoas. Os que moram no novo edifício podem chegar à sala de jantar através de uma espaçosa passagem subterrânea por baixo da rua.
Às sete horas em ponto o presidente ou, se ele estiver ausente, o vice-presidente, pede que o texto do dia seja lido do Anuário das Testemunhas de Jeová, em inglês. Daí, são chamados alguns que receberam designação antecipada para comentar perguntas referentes ao texto bíblico do dia. Cada um deles gastou considerável tempo na preparação e os seus excelentes comentários são ouvidos pelos alto-falantes em ambas as salas de jantar. De semanas em semanas cada membro da família tem a sua oportunidade de participar na discussão matinal do texto, concluída com os comentários do presidente. Faz-se então uma oração antes de o café da manhã ser servido. Estes vinte a trinta minutos de consideração espiritual diária imprimem os princípios da lei de Deus na mente e no coração e animam a pessoa a seguir a Sua Palavra pelo resto do dia. É esta consideração pela Palavra de Deus que as testemunhas de Jeová incentivam na sua pregação em todo o mundo. Advêm resultados reais.
Quinze ou vinte minutos depois, o café da manhã é concluído com uma oração e os membros da família se dirigem às suas tarefas designadas no lar ou nas fábricas, e os estudantes, do outro lado da rua, dirigem-se para as salas de aula no segundo andar do novo edifício. Às 8 horas da manhã, rolam as rotativas, ressoam as batidas das máquinas de escrever e as arrumadeiras estão ocupadas na arrumação das camas e na limpeza da casa.
VISITA ÀS FÁBRICAS
Talvez esteja curioso de saber o que fazem os 420 ministros que se dirigiram para as fábricas. Ao se aproximar dos dois edifícios um com nove e o outro com treze andares, ocupando dois quarteirões, compreenderá que precisa pelo menos aquele tanto de gente para trabalhar neles. Ora, estas fábricas têm cerca de 300.000 metros quadrados de espaço assoalhado! Mas são necessários para se cuidar da, grande quantidade de trabalho, a fim de facilitar a obra de pregação mundial.
No décimo terceiro andar da nova fábrica estão os estênceis de endereços de mais de 1.500.000 assinantes da Sentinela e de Despertai! Há ali também dezesseis grafotipos que cortam os estênceis. Na sala de impressão no sexto andar, onde os dois edifícios estão ligados por uma ponte sobre a rua, estão duas rotativas planas e dezesseis rotativas grandes, três das quais imprimem 500 revistas por minuto cada uma. A metade destas rotativas foram compradas nos últimos seis anos, para atender a tremenda quantidade de pedidos de literatura bíblica dos publicadores do Reino.
Durante 1961 imprimiram-se 115.111.230 revistas A Sentinela e Despertai!, 5.567.364 Bíblias e livros encadernados, bem como milhões de folhetos. Ao todo, a literatura é impressa em 128 idiomas, em Brooklyn. Em outras impressoras da Torre de Vigia através do mundo, nas quais se imprime literatura em trinta e quatro outros idiomas, foram impressos mais 69.000.000 de revistas A Sentinela e Despertai! em 1961. Isto representa mais de meio milhão de revistas impressas cada dia do ano, para ser usadas pelos publicadores do Reino.
Durante a sua visita à fábrica ficará interessado em ver os vinte e dois linotipos — mais do que possuem muitos grandes jornais. São usados para preparar os tipos para esta quantidade de publicações. O departamento das placas prepara com os tipos as placas curvas para as rotativas e dois grandes tanques de níquel cobrem as placas com uma fina camada de níquel, a fim de que possam imprimir mais de um milhão de revistas sem se estragarem. Ao passar pela fábrica poderá ver também treze pequenas impressoras planas trabalhando. Estas imprimem incontáveis milhões de fórmulas de diversas espécies cada ano, bem como 145 milhões de anúncios dos discursos públicos.
Não quererá deixar de ver a encadernação. É fascinante observar o livro passar pelo alinhador do lombo e, finalmente, pela máquina de armar, onde recebe a capa. Nas três destas máquinas que são usadas ali, encadernam-se 30.000 livros e Bíblias em média por dia. A encadernação já fez mais de 2.300.000 exemplares da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas desde que se completou o primeiro em abril de 1961.
Mas talvez ache a sala das tintas, a sala das máquinas e a carpintaria do mesmo modo interessantes. Sim, a Sociedade Torre de Vigia prepara a sua própria tinta, mais de cem toneladas por ano, em cinqüenta cores! Prepara também a tinta para pintura, mais de 2.500 galões no último ano, para manter seus prédios atraentes, tanto por fora como por dentro. Oitenta toneladas de pasta e de cola, também fabricadas ali, foram usadas para encadernar os livros e Bíblias e para enrolar revistas.
Os lindos guarda-roupas, estantes e mesas usados para mobiliar os quartos foram também feitos na moderna carpintaria. E várias máquinas que se vêem ao passar pela fábrica, tais como as quatro de enrolar revistas e a endsheeter, foram desenhadas e feitas pelos ministros que trabalham na sala das máquinas. Estes departamentos economizam dezenas de milhares de dólares em despesas de operação, dinheiro este que pode ser empregado diretamente para facilitar a obra de pregação.
Ao voltar-se para o lar de Betel para almoçar com esta grande família cristã, não se pode deixar de observar que se trata de uma organização que leva a sério o cumprimento da profecia de Jesus concernente à pregação da mensagem do Reino em toda a terra habitada.
As FAZENDAS DA SOCIEDADE TORRE DE VIGIA
Estando sentado à mesa, talvez se admire da grande quantidade de mantimento necessário para alimentar estas centenas de trabalhadores famintos. Ora, para servir galinha numa só refeição precisam-se de 140 delas, e a família consome o equivalente de um novilho regularmente grande em duas sentadas apenas! Talvez esteja interessado em saber que a maior parte deste mantimento é produzida nas duas fazendas da Sociedade Torre de Vigia: uma há cerca de cem quilômetros ao oeste, em Nova Jérsei, e conhecida como Fazenda do Monte, e outra há 410 quilômetros no interior do Estado de Nova Iorque, perto de Ithaca, e é chamada de Fazenda do Reino. Em cada uma destas fazendas trabalha uma família de ministros para suprir as necessidades materiais de seus irmãos cristãos em Betel.
ESCOLAS EXPANDEM A PREGAÇAO DO REINO
Localizada também na Fazenda do Reino está a Escola do Ministério do Reino, com um curso de treinamento e estudo bíblico especializado de um mês, para os superintendentes de congregação e representantes especiais das testemunhas de Jeová nos Estados Unidos. Desde o seu início em março de 1959, já houve 2.281 estudantes que completaram o seu treinamento nesta escola e há, também, escolas desta em funcionamento em muitos outros países. Mas talvez queira saber qual é a diferença entre esta escola e a Escola de Gileade, cujas lindas salas de aula e biblioteca com seus 10.000 volumes se encontram em Betel, em Brooklyn.
Durante a Segunda Guerra Mundial o presidente da Sociedade Torre de Vigia teve a idéia de formar uma escola, a fim de treinar missionários para levar esta mensagem do Reino a lugares distantes. Esta idéia contou com a, aprovação e o entusiasmo da diretoria e, em fevereiro de 1943, iniciou-se na Fazenda do Reino a primeira classe da Escola de Gileade. Até esta escola ser mudada em 1961, para a matriz, em Brooklyn, 3.638 estudantes de 95 países já tinham completado o seu curso de cinco meses e sido enviados a mais de 100 países diferentes. Iniciaram a obra de pregação em muitos destes países e, com o passar dos anos, juntaram-se literalmente a eles milhares de co-ministros, que tinham dado ouvido à mensagem.
Atualmente a Escola de Gileade, em Brooklyn, tem um curso de dez meses para o treinamento de ministros maduros, a fim de cuidarem desta grande organização de pregadores, que tem sido formada em outros países. Deste modo, a organização mundial das testemunhas de Jeová é dirigida em harmonia com as Escrituras e segundo o padrão seguido na matriz. Estes estudantes também recebem instrução prática, e adquirem experiência em todas as modalidades de impressão, a fim de que as fábricas em outros países operem com eficiência.
Em 187 países em todo o mundo, as testemunhas de Jeová pregam unidamente a mensagem do reino de Deus. O aumento desta pregação e a maneira em que é efetuada, ser-lhe-á interessante, pois embora a mensagem seja a mesma, os hábitos das pessoas e a maneira em que reagem em face da mensagem quase sempre são muito diferentes.
EURÁSIA
A Europa, devastada pela guerra, tem sido um campo fértil para a pregação das boas novas do Reino ao passo que na Ásia o progresso tem sido mais vagaroso, por causa da escravidão dos povos às profundamente arraigadas tradições pagãs, que tornam difícil a aceitação da verdade bíblica. Embora que em 1942, um dos anos da guerra, houvesse apenas 22.796 testemunhas de Jeová em treze países da Europa e 406 ministros em seis países asiáticos, dez anos mais tarde o número combinado aumentou cerca de sete tantos, chegando a 161.141 em quarenta e três países. Desde então, dobrou-se o número de pregadores na Europa e na Ásia, subindo para mais de 349.000, e estão ativos em ambos os lados da Cortina de Ferro.
Mais de 120.000 testemunhas de Jeová estão ocupadas na pregação da mensagem do reino de Deus em dez países atrás da Cortina de Ferro, e para muitas delas isto tem resultado em prisão e morte. Quatro dos estudantes atuais de Gileade passaram um total conjunto de vinte e cinco anos em prisões comunistas; apesar disto continuaram a estudar e a pregar. Recentemente um deles relatou como fizeram isto: “Durante a nossa marcha diária de quinze minutos pelo pátio da prisão, nós cochichávamos com o prisioneiro da frente, quando o guarda não estava olhando. Sabíamos que se fôssemos apanhados, isto significaria três semanas de isolamento. Mas a pregação precisava ser feita e por isso usávamos este método. Os nossos irmãos eram realmente um problema para os guardas da prisão. Eles sabiam que se nos pusessem juntos, nos estudaríamos o dia inteiro, e que se nos separassem, nós pregaríamos a todos que fosse possível.”
Na Europa ocidental a pregação é feita sem a restrição que há atrás da Cortina de Ferro e ela aumenta maravilhosamente. Ao passo que as pessoas e as autoridades se tornam mais familiarizadas com o que as testemunhas de Jeová estão fazendo, elas dão ouvido à mensagem e ficam contentes quando se realizam assembléias nas suas cidades. Por exemplo, na Holanda, onde após a guerra as testemunhas de Jeová eram sempre tratadas com desconfiança e animosidade, são agora mencionadas favoravelmente na imprensa e há pouco foram convidadas por uma estação radiofônica de Amsterdão, para irradiarem um programa que explicasse a sua organização e as suas crenças.
A maior parte da literatura usada na Europa é impressa nos seus vários países. Na Inglaterra, onde se alcançou um auge de mais de 49.000 publicadores, imprimiram-se mais de 18 milhões e meio de A Sentinela e Despertai! em 1961, na sua nova fábrica. Na Alemanha Ocidental há mais de 70.000 testemunhas de Jeová pregando, e elas têm um amplo lar de Betel e fábrica localizados numa bonita área arborizada, perto de Wiesbaden. No ano retrasado, foram impressos ali quase 19 milhões de exemplares de A Sentinela e Despertai! em alemão. As fábricas da Dinamarca, da Suécia, da Finlândia e da Suíça também imprimem anualmente milhões destas revistas bíblicas em vários idiomas da Europa.
Embora a obra de pregação na Ásia não esteja tão amplamente difundida como na Europa, tem-se feito bom progresso em alguns lugares. Falar com os orientais referente ao reino de Deus é muito diferente do que falar com europeus. É interessante ouvir como os ministros de lugares como o Japão e a Coréia descrevem a sua obra de pregação. O povo é muito polido e cortês, dizem eles. Em muitas casas se tem permissão para entrar e se tem oportunidade de proferir um sermão bíblico. Mas, naturalmente, é preciso tirar os sapatos antes de entrar nas casas; a seguir recebe-se uma almofada para se sentar no chão.
O povo asiático gosta de se instruir e está sempre disposto a discutir as questões. Em regra geral, aceitarão prontamente a literatura bíblica oferecida. Entretanto, os laços familiares que os prendem sob seculares tradições religiosas são bem fortes e muitas vezes é difícil eles rompê-los e tomar posição a favor da verdade bíblica. Mas quando rompem, conforme está acontecendo com um crescente número deles, a verdade produz um notável efeito reformador nas suas vidas e se tornam pregadores zelosos. Cerca de 7 por cento das testemunhas de Jeová coreanas são ministros de tempo integral, empregando pelo menos cem horas na pregação e mais de 1.000 das 4.200 Testemunhas já participaram neste serviço de tempo integral.
Embora seja vagarosa a reação favorável à obra de pregação na Índia, onde há menos de 2.000 Testemunhas, alguns recém-interessados têm demonstrado um zelo excepcional. Uma carta recentemente recebida dali fala de diversas famílias numerosas que aceitaram a verdade. “Construíram o seu próprio Salão do Reino e são zelosos e estão unidos na verdade. Até as crianças de dez anos sabem proferir um sermão intrépido e eficiente inteirinho e sem ajuda de outrem. É elogiável a maneira em que usam a Bíblia. . . .
“Alguns territórios têm o problema da distância e de transportes. Para chegarem a estes territórios às dez horas, têm de sair às 7,30 da manhã e começar com duas ou três pequenas canoas pelo rio. Chegam ao território depois de sete ou oito quilômetros pelo rio e de andar a pé por cinco ou seis quilômetros pelos campos e matas e depois de viajar quatro quilômetros de ônibus.” Mas estão decididos a tomar parte na pregação das boas novas.
ÁFRICA
É provável que em nenhum outro continente a pregação das testemunhas de Jeová produza efeito tão grande como na África. Entre os que se tornam Testemunhas, as superstições pagãs, com suas crenças e práticas, foram abandonadas e aderiram às elevadas normas morais da Bíblia, inclusive à necessidade de serem fiéis à monogamia. A apreciação pelas verdades bíblicas tem feito estes africanos se tornarem ministros efetivos, resultando em aumentar sete tantos em dez anos os pregadores do Reino na África, de 10.070 em 1942 a 72.228 em 1952. Desde então, quase dobraram, chegando a mais de 134.000 ministros das boas novas.
Autoridades do governo e empregadores ficam simplesmente assombrados com a transformação dos africanos que se tornam testemunhas de Jeová. Eles se tornam os trabalhadores mais fidedignos e muitos aprendem a ler mediante as aulas de leitura e escrita realizadas nos Salões do Reino. O mais notável, porém, são as suas grandes assembléias, chegando às vezes a mais de 30.000 testemunhas de Jeová de muitas tribos diferentes, reunindo-se em associação pacífica. As autoridades governamentais, que foram ver com seus próprios olhos como isto pode ser conseguido, ficaram maravilhadas.
Nos lugares em que a aldeia inteira se tornou testemunha de Jeová, precisam viajar a outros lugares para pregar. A notável expansão da pregação tem chegado a tal ponto que, na Rodésia do Norte, há um publicador do Reino para cada 81 pessoas; em Niassalândia, um para cada 194 pessoas; na Rodésia do Sul, um para cada 245 habitantes. Há três anos atrás inaugurara-se um espaçoso lar de Betel e uma fábrica em. Joanesburgo, África do Sul, onde se imprimem anualmente mais de dois milhões de revistas A Sentinela e Despertai! em nove idiomas africanos. A África não pode mais ser chamada de continente negro, falando-se espiritualmente.
ILHAS DOS MARES
A mensagem do Reino tem penetrado até às longínquas e espargidas ilhas do Atlântico, do Mar das Caraíbas, do Mediterrâneo e do Pacífico. Em muitas destas ilhas, inclusive nas Filipinas, na Austrália e na Nova Zelândia, as boas novas do reino têm desfrutado uma calorosa recepção. Ao passo que em 1942 havia apenas 5.570 publicadores do Reino em nove ilhas, dez anos mais tarde este número aumentou para, 44.111 pregadores em 27 ilhas. Agora, porém, dobrou-se o número de pregadores, subindo a mais de 89.000, que pregam as boas novas em mais de 60 ilhas e arquipélagos.
Uma carta recebida recentemente das Ilhas Salomão dá uma idéia de quão notável é às vezes a recepção da mensagem do Reino. Alguns aldeães tinham ficado descontentes com a religião introduzida pelos missionários da cristandade e tinham estabelecido a sua própria religião. Visto que estavam interessados em religião, quando ouviram a respeito da pregação das testemunhas de Jeová, enviaram alguns representantes à capital, a cidade de Honiara, a fim de investigar. Estes trouxeram um relatório favorável. Deveras, um deles ficou tão impressionado que construiu um Salão do Reino, antecipando a chegada das testemunhas de Jeová.
Por fim, quando chegaram quatro publicadores do Reino, 450 pessoas locais se reuniram para ouvir o discurso público. Fizeram-se depois arranjos para realizar um programa de ensino na próxima semana. As classes tinham cerca de 150 presentes. Começavam às 6,30 da manhã e iam até depois da meia noite. O resultado? “Depois de muitos argumentos convincentes, que são impossíveis de se relatar numa carta, todos os instrutores e pastores se decidiram a favor da verdade. As vinte e tantas igrejas foram chamadas de Salões do Reino e todas as vinte e oito aldeias ficaram estudando os nove sermões que lhes foram deixados. Todos ficaram realmente entusiasmados e mandaram 20 libras comigo, para a compra de quadros negros e giz. Os que eram então instrutores e pastores, estão agora publicando e ensinam outros mediante os sermões. Deixaram todos os seus rituais e se esforçam para copiar o modo em que nós fazemos as coisas tanto quanto possível.” E assim é que a mensagem do Reino alcança as mais longínquas ilhas do mar.
AMÉRICA DO SUL
Depois de séculos de domínio católico romano, o analfabetismo é a regra geral entre os povos deste continente, e filhos ilegítimos e casamento consensual são prática comum. Sob tais circunstâncias, a pregação do Reino teve um início vagaroso, tendo apenas 807 ministros em 1942; cerca de 1952 tinham aumentado a 11.795, mas agora, mais de 45.000 se empenham na pregação em todos os países da América do, Sul. Nos anos recentes o trabalho das testemunhas de Jeová tem recebido ampla atenção pública em todos os países da América do Sul.
Nos subúrbios e na cidade de São Paulo, por exemplo, há mais de 70 congregações das testemunhas de Jeová e mais de 5.500 pregadores do Reino. A mensagem do Reino é trazida semanalmente à atenção pública nas redondezas mediante um programa de televisão que se calcula ter 1.500.000 telespectadores.
Em janeiro do ano passado, quando as testemunhas de Jeová realizaram a sua assembléia nacional em São Paulo, as autoridades deram boa acolhida e ajudaram a resolver diversos problemas em conexão com a assembléia. Pelo rádio, pela TV e por 100 metros de colunas impressas deu-se uma boa publicidade à assembléia. Como correspondeu o povo? Maravilhosamente! Embora haja menos de 30.000 publicadores do Reino no Brasil, mais de 48.000 assistiram ao discurso “Quando Todas as Nações se Unirem Sob o Reino de Deus”!
AMÉRICA DO NORTE
Na América do Norte, onde está localizada a matriz que dirige esta pregação mundial, tem havido aumento contínuo, não só nos Estados Unidos, mas também no Canadá, no México e na América Central. O número dos pregadores aumentou de 75.589 em 1945 para 168.752 em 1952 e para mais de 345.000 que agora levam a mensagem do reino de Deus aos povos desde o Alasca até ao Panamá.
No mundo inteiro, o número dos pregadores do Reino está ‘bem acima de 50.000. Cada semana, eles entram em contato com dezenas de milhões de pessoas e mantêm palestras bíblicas nos lares de muitas destas. “Em toda a terra habitada” estão sendo pregadas estas boas novas do Reino, em imitação do exemplo estabelecido por Cristo Jesus e em cumprimento de sua profecia concernente aos nossos dias. Não é feito de modo perfunctório; mas com a maior urgência porque, conforme Jesus disse, a pregação das boas novas do Reino será seguida pelo fim deste iníquo sistema de coisas, na guerra do Armagedon de Deus. — Mat. 24:14; Apo. 16:16.
Centenas de milhares de homens, mulheres e jovens dedicados, movidos pelo amor a Deus e ao próximo, estão participando zelosamente neste trabalho vital, a despeito dos obstáculos com os quais confrontam. Dezenas de milhares unem-se a esta obra de pregação cada ano. Eis então a hora de o leitor aproveitar-se desta oportunidade e tomar a sua posição a favor de Jeová Deus e do seu reino, para que se coloque em condição de obter as bênçãos eternas no Seu novo mundo de justiça!
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Matriz Internacional das Testemunhas de Jeová
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Impressoras da Torre de Vigia, Brooklyn, N. I., E. U. A.