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  • Plantando e regando a lavoura de Deus
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 15/9 pp. 572-574

Plantando e Regando a Lavoura de Deus

RELATADO POR OTTO ESTELMANN

FUI criado numa pequena fazenda na Baviera, Alemanha meridional. Tinha verdadeiro prazer em arar a terra com cavalos, bois e algumas máquinas, mas, naquele tempo, não tinha idéia alguma de que o meu trabalho na vida seria plantar e regar uma espécie diferente de campo.

Meus pais eram luteranos. Tínhamos uma enorme Bíblia Sagrada familiar que nunca era aberta nem lida exceto para registrar nascimentos, mortes ou outros eventos destacados. Também possuíamos um livro de orações que minha mãe lia em ocasiões especiais. Embora eu freqüentasse escola dominical e uma escola agrícola, nada aprendi a respeito dos propósitos de Deus.

Tinha então dezenove anos quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial. Junto com milhares de outros jovens inocentes achei-me na linha de batalha. Ao passo que marchava por cidades e aldeias bombardeadas e queimadas, doía-me o coração ao ver corpos insepultos ao longo do caminho. Quão triste fiquei quando pensei nos filhos, nas viúvas, nas noivas, nas esposas durante a guerra, pais e mães esperando em vão por notícias dos seus entes queridos que jaziam mortos!

Fui ferido em batalha e tiraram-me do fronte por quase um ano. De repente, em 11 de novembro de 1918, eis boas novas: “Acaba-se a guerra!” O Imperador Guilherme II foge para a Holanda. Revolução na Alemanha! E eis que os clérigos católicos e protestantes param de fazer a sua oração pública: “Deus salve o Imperador alemão e, pela sua graça, salve o Reich alemão.”

SEMENTEIRA PRECIOSA

Certa tarde, em novembro de 1919, um representante dos Estudantes Internacionais da Bíblia, conforme eram chamadas as testemunhas de Jeová, visitou uma família vizinha e me convidaram a ir ouvi-lo falar. Eu escutava com atenção ao passo que ele contava sua experiência com o clérigo duma cidade vizinha, quando ele e sete membros de sua família saíram da igreja luterana. A última sugestão do clérigo foi: “Mas, a sua família pode ler os livros de Russell, Sr. G———, porém, não precisa deixar a igreja. Por que tanta agitação?” O estudante da Bíblia entendeu a hipocrisia desta sugestão e renunciou.

Este primeiro encontro com uma das testemunhas de Jeová convenceu-me de que há dois lados diferentes na questão religiosa. Um é de verdade e vida; o outro, de mentiras e morte. Realizou-se então o milagre de ‘abrir os olhos ao cego’, plantando a semente da verdade do Reino. Daí em diante, com as ajudas bíblicas da Sociedade Torre de Vigia comecei a estudar sistemàticamente a Bíblia. Chegava a estudar a noite inteira. Havia muito o que aprender.

Milhares de servos de Jeová estavam presentes na primeira assembléia de distrito que assisti. Ouvi crianças responderem perguntas bíblicas que eu ainda não podia responder. Esta cena, junto com a do batismo em massa no dia seguinte, causou-me uma impressão inesquecível.

PRODUZINDO FRUTO

A quatro horas de viagem de casa morava um publicador das boas novas e este concordou em levar-me pela primeira vez à pregação de casa em casa. Fiquei esperando na hora e no lugar combinados. O trem chegou, mas ele não apareceu. Ora, o que eu devia fazer? Tinha na pasta a Bíblia e alguma literatura. Havia ali várias casas e pessoas. A única coisa lógica a fazer era ir visitá-las, mesmo sem meu instrutor.

Orei de todo o coração a Jeová, que pode dar força aos fracos, e logo estava batendo na primeira porta. Os lábios tremiam tanto que duvido que o morador compreendesse alguma coisa do que eu lhe disse. Murmurou alguma coisa ininteligível em resposta e fechou-me a porta no rosto. E agora? Não faz mal. Vou à próxima casa.

Na terceira casa, a dona de casa ouviu atentamente e seus olhos encheram-se de lágrimas. Ela me disse que seu filho único foi morto na guerra e que não tinha mais esperança. Quão alegre fiquei em poder abrir a Bíblia em João 5:28, 29 e ler para ela a promessa de Jesus sobre a ressurreição. Mostrei-lhe então a explicação no livro A Harpa de Deus. Ela enxugou as lágrimas, fez uma expressão alegre e contribuiu prontamente pelo livro.

Depois de duas horas de testemunhar, olhei e fiquei muito contente ao ver meu instrutor vindo velozmente de bicicleta. Perdeu o trem, mas cumpriu a palavra. (Até hoje ele serve fielmente no escritório filial da Sociedade na Argentina.) Passamos juntos mais algumas horas felizes naquele dia, plantando a semente do Reino e confortando os aflitos. Fazer a vontade de Jeová me trouxe grande satisfação. Em 26 de dezembro de 1920, me batizei em símbolo de meu acordo para sempre fazer a vontade de Jeová.

MAIOR ATIVIDADE

Por volta de 1924 havia um pequeno grupo de cerca quarenta que se congregava na cidade perto de minha aldeia. Naquela primavera, recebi um convite inesperado do escritório-filial da Sociedade, para empenhar-me na atividade de “peregrino” de tempo integral, visitando outras congregações. Nos cinco anos seguintes, eu estava muito ocupado na Alemanha, treinando novos publicadores, edificando congregações novas e fracas e cuidando da lavoura de Deus. — 1 Cor. 3:6-9.

Em 1929 recebi a designação de projetar na Checoslováquia o “Foto-Drama da Criação” produzido pela Sociedade, que era composto de vários filmes, de centenas de lindos slides coloridos e de explicações apropriadas. A projeção era dividida em quatro partes de quase três horas cada uma. Entre uma projeção e outra, fazíamos muitas visitas a pessoas interessadas e dirigíamos estudos bíblicos. Era uma alegria ver a assistência aumentar de noite para noite. Os grupos fracos e cheios de dificuldades eram fortalecidos e novas congregações eram organizadas. Naturalmente, com tal aumento na organização, veio a oposição. Em 1934, fui preso ao visitar uma pequena congregação. A acusação: “Espião nazista”! Os acusadores não puderam apresentar uma testemunha sequer, por isso fui solto depois de sete semanas.

Certas partes da Checoslováquia já estavam ocupadas pelos nazistas desde antes da primavera de 1938. Foi então que recebi um telegrama do escritório da Sociedade na Suíça, pedindo-me para levar imediatamente os registros da ex-filial da Checoslováquia. Para atravessar a fronteira era preciso a permissão da polícia secreta nazista, que era então organizada no país. Consegui a permissão e em caminho aproveitei para fazer uma breve visita à minha mãe e a outros parentes. Cheguei e saí na mesma noite, continuando a minha viagem para a Suíça. No dia seguinte, a polícia secreta foi em casa e procurou-me por todos os cantos. Certamente Jeová Deus me livrou do “laço do passarinheiro”. — Sal. 91:3, ALA.

PARA UM CAMPO LONGÍNQUO

Em 1939 fui designado para o Brasil, no outro lado do Atlântico. Três irmãos da Checoslováquia viajaram comigo para o novo campo de serviço. No porto de Santos, ficamos alegres ao encontrarmos com quatro irmãos que trabalhavam no escritório-filial do Brasil. Um deles falava o nosso idioma e isto ajudou bastante. Mas, visto que eu não sabia português, como ia ajudar plantar e regar o campo de Deus no Brasil? Os irmãos providenciaram-me bondosamente um cartão, contendo um sermão curto. Tudo o que eu tinha que dizer na porta era: “Leia isto, por favor!” Embora tivesse dificuldade com o português, estava suscitando interesse no reino de Deus mediante a literatura da Sociedade. Mantinha registro dos mais interessados, revisitava-os e começava estudos bíblicos domiciliares.

Estando no Brasil há um mês, recebi uma designação para servir em Porto Alegre, bem na parte meridional do país. Um casal que acabava de chegar da Suíça e outro irmão que trabalhara na Checoslováquia, foram juntos. Todavia, surgiram-se problemas. Por causa da oposição, o nosso suprimento de literatura foi cortado. Mas só com a Bíblia pude continuar a falar a respeito do reino de Jeová, por meio de Cristo. Ao passo que continuávamos a plantar e a regar, Jeová deu o crescimento. Brotaram-se duas congregações naquela região, uma na cidade brasileira de Livramento e a outra em Rivera, uma cidade do outro lado da fronteira, no Uruguai.

Depois de vinte e cinco meses de restrição, Jeová abriu a porta para que eu pudesse continuar no privilégio abençoado do serviço de tempo integral. Quando o irmão Knorr, o presidente da Sociedade, visitou o Brasil em 1945, pediram-me para apresentar-me no escritório-filial, pois ia servir como ministro pioneiro especial no Rio de Janeiro. Vendendo algumas coisas de valor, consegui o dinheiro necessário da passagem e logo cheguei são e salvo na minha nova designação. Depois de seis meses pude obter atestado de residência permanente, podendo então permanecer no Brasil. Podia, pois, continuar o ministério de casa em casa, então melhor organizado do que em 1939.

Jeová continuou a ampliar meus privilégios, e entrei no serviço de circuito em 1949. Em 1955 fui chamado para servir no escritório-filial do Brasil, onde, pela benignidade imerecida de Jeová, desfruto a companhia de mais de vinte e cinco irmãos dedicados, sem reserva, para fazer a vontade divina. Em adição aos meus deveres aqui, tenho grande felicidade, ao trabalhar unidamente com a congregação local do povo de Jeová.

A CEARA É GRANDE

Seu mui grato a Jeová por a obra de semear ter produzido bom fruto aqui no Brasil. Em 1939 havia apenas 114 publicadores do Reino no país. Hoje há mais de 29.000 que compartilham no plantar e no regar!

Pensando nos meus quarenta e dois anos no serviço de Jeová, estou contente em sempre ter aceito gratamente cada designação. Um obstáculo físico impede-me de fazer tudo que gostaria de fazer agora, mas estou convencido de que a única coisa que quero fazer é servir para sempre a Jeová e seu Rei, Cristo Jesus.

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