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  • O verdadeiro cristianismo inspira o altruísmo

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  • O verdadeiro cristianismo inspira o altruísmo
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 15/1 pp. 37-40

O verdadeiro cristianismo inspira o altruísmo

Como fez isso em tempos passados? Que prova há de que faz isto hoje em dia?

ELA era uma jovem senhora porto-riquenha, mãe de dois filhos pequenos, e seu marido era o barbeiro do povoado. Era também uma pessoa devotadamente religiosa, tanto assim, com efeito, que se preocupava demais com os tormentos do purgatório e do inferno a ponto de ficar doente. Ela sempre andava segurando um crucifixo. Os médicos nada podiam fazer por ela; seus sacerdotes lhe davam umas pílulas, mas de nada lhe valiam. O que finalmente trouxe alívio a esta jovem mãe? Foi aprender que “Deus é amor”, que “o salário pago pelo pecado é a morte”, e que o verdadeiro Cristianismo faz que a pessoa se preocupe com os outros e não apenas com ela própria. — 1 João 4:8; Rom. 6:23.

Não é nada surpreendente acharmos uma pessoa devotadamente religiosa em tal disposição mental. Aparentemente, o inteiro teor de seu ensino religioso foi o de preocupar-se consigo mesma, e tal preocupação pode facilmente chegar a extremos, como se pode ver no caso dos ascetas e dos místicos. Outrora, pessoas muito devotas costumavam torturar-se literalmente, como Martinho Lutero fez enquanto era monge e sacerdote, por se preocuparem com a salvação de suas próprias almas.

Não obstante, esta forma egotista de considerar a religião amiúde produz um tipo inteiramente diverso de fruto. Um caso em pauta é o dos sacerdotes que ofenderam os nazistas e foram internados no campo de concentração de Dachau, durante a Segunda Guerra Mundial. Quem nos conta isso é Nerin E. Gun, no seu livro The Day of the Americans (1966). Ele mesmo era e é um devoto católico que, como correspondente dum país neutro, foi, não obstante, encarcerado pelos nazistas e acabou em Dachau por causa de seus despachos honestos de Berlim, durante a última guerra mundial.

Em seu livro, tem o seguinte a dizer a respeito destes sacerdotes que, certamente, deveriam ter fortes convicções, ou os nazistas não os teriam encarcerado neste campo: “A missa era rezada na capela do Bloco 26, o bloco dos sacerdotes. Só se permitia a entrada nesta capela a alguns poucos privilegiados . . . Este Bloco 26 havia sido, de início, aberto a todos os sacerdotes católicos como uma espécie de concessão ao Vaticano. As condições ali eram melhores do que em qualquer outra parte do campo e muitos pacotes eram recebidos de fora do campo.” No entanto, mais tarde não se permitiu mais a entrada nesta capela de nenhum sacerdote não-germânico, assim como era proibida a todos os demais internados no campo, mesmo que fossem católicos. “Um sacerdote bávaro mantinha a guarda do lado de fora da porta, com um cassetete na mão, e ai de quem tentasse passar por ele” a fim de tirar proveito dos ofícios religiosos realizados lá dentro.

O Sr. Gun em seguida cita um devoto membro de destaque do Partido Católico francês que também se achava no campo de Dachau: “Fomos expulsos da capela, às vezes às botinadas . . . Naturalmente, o Bloco estava cheio de pacotes . . . O que poderia ter acontecido se todos os famintos do campo ficassem subitamente cheios de piedade e, destarte, entrassem em contato com os estoques de gêneros alimentícios trancados nos armários dos sacerdotes?”a Caso tais sacerdotes tivessem levado a sério suas crenças quanto à realidade dos tormentos do purgatório e do inferno, será que teriam negado aos membros “leigos” de sua fé os benefícios de sua religião? É óbvio que se preocupavam mais com suas próprias necessidades físicas do que com as necessidades espirituais de seus concatólicos.

Sim, embora isto pareça contraditório, o que também estava errado com aquela jovem mãe porto-riquenha era também o que estava errado com tais sacerdotes católicos no campo de concentração de Dachau. E o que era? Ambos sofriam por pensarem erroneamente que o Cristianismo é algo egoísta, que a pessoa pode ser um bom cristão e, todavia, preocupar-se principalmente com ela mesma. Mas, isto não se dá. Com efeito, o marco identificador do verdadeiro Cristianismo, que o distingue das imitações, é sua capacidade de inspirar o altruísmo em seus devotados.

O EXEMPLO DOS APÓSTOLOS

Não ocorre que o cristão não se preocupe com suas próprias necessidades espirituais, com sua própria salvação. Deveras, precisa fazer isto. Está sob a obrigação de fazê-lo; é incentivado a fazê-lo. (Mat. 5:3) É por isso que lemos que, para agradarmos a Deus, temos não só “de crer que ele existe”, mas também que “se torna o recompensador dos que seriamente o buscam”. (Heb. 11:6) Mas, o Cristianismo não pára aqui. É apenas o começo. A prova disto pode ser vista nos primórdios do Cristianismo. Por que foi que Jesus Cristo convidou Pedro e André, Tiago e João, a abandonar sua pescaria e o seguir? Simplesmente para que pudessem ser salvos? Não, mas para que pudessem tornar-se pescadores de homens, para que pudessem trazer a salvação a outros. — Mat. 4:19-22.

Em especial, consideremos o apóstolo Paulo, a respeito de quem as Escrituras têm mais a dizer do que sobre qualquer dos outros seguidores de Jesus. Qual erudito fariseu, era tido em alta conta e tinha um futuro muito promissor diante de si. Mas, ao se tornar cristão, voltou as costas a todas as vantagens e perspectivas que usufruía como fariseu e devotou a vida a levar o Cristianismo a outros, colocando altruisticamente os interesses deles na frente de seus próprios interesses, como nos conta: “Pois, embora eu esteja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o máximo [número de pessoas]. E, assim, para os judeus tornei-me como judeu, para ganhar judeus . . . Para os sem lei, tornei-me como sem lei, . . . para ganhar os sem lei. Para os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me todas as coisas para pessoas de toda sorte, para de todos os modos salvar alguns. Mas, faço todas as coisas pela causa das boas novas, para tornar-me compartilhador delas com outros.” — 1 Cor. 9:19-23.

E o que envolveu tal colocação dos interesses dos outros na frente dos seus próprios? Como ele mesmo nos diz: “Dos judeus recebi cinco vezes quarenta golpes menos um, três vezes fui espancado com varas, uma vez sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no profundo; . . . em perigos de salteadores de estradas, . . . em perigos no ermo, . . . em fome e sede, . . . em frio e nudez”, e assim por diante. Será que Paulo sofreu tudo isto simplesmente por sua própria salvação? Não, isso não exigia tais feitos heróicos. Fê-lo primariamente em honra a seu Criador e para levar salvação a outros. É por isso que também escreveu quatorze dos vinte e sete livros do chamado Novo Testamento. Não há dúvida a respeito de o apóstolo Paulo estar plenamente cheio com o espírito de altruísmo do Cristianismo! — 2 Cor. 11:22-33.

Que o altruísmo era deveras uma característica do Cristianismo primitivo é atestado pelos historiadores seculares. Assim, C. Brinton, J. Christopher e R. Wolff declaram em seu livro, A History of Civilization: “O cristão não se contentava de forma alguma com as perspectivas de sua própria salvação. Sua aceitação da vontade de Deus não era passiva. Era, desde o começo, um ardente missionário, ansioso por converter outros.” Estes autores também falam do “altruísmo, da qualidade de não se pensar em si mesmo” do Cristianismo, acrescentando: “Na verdadeira vida cristã todos os homens são um só, e os grupos subsidiários são uma distração — ou pior, um enchimento para o ego egoísta. A coisa importante é o indivíduo evitar todos os tipos de triunfos pessoais sobre os outros, todos os êxitos competitivos, todas as coisas que estimulam e aguçam seu ego . . . Ali está o ideal do altruísmo. O Cristianismo tenta domar as mais extravagantes contendas do competitivo espírito humano, tenta subjugar a certeza de si, a truculência, a jactância, o orgulho e as outras manifestações do homem ‘natural’.” O cristão “não só subjuga seu próprio ego; deve abrir seu coração em amorosa bondade a todos os seus próximos”.b Poder-se-ia bem perguntar: Até que ponto os agnósticos e os ateus demonstram este zelo missionário? Quem já ouviu dizer que vão ao coração da África, ou a qualquer outro país estrangeiro, esclarecer os nativos supersticiosos como o têm feito milhares de missionários cristãos?

JEOVÁ DEUS E JESUS CRISTO SÃO ALTRUÍSTAS

Não poderia ser de outra forma. Por que não? Porque a Bíblia mostra que Jeová Deus e Jesus Cristo são as personificações do altruísmo. Jeová Deus, Aquele que existe por si mesmo, que jamais teve princípio, sempre tem-se contentado com si próprio. Não precisava criar. Fez isto inteiramente movido pelo amor, pelo altruísmo. Ademais, mostrou grande altruísmo em permitir que o primeiro casal humano continuasse a viver depois de merecer a morte, em razão de sua rebelião; e, em especial, Jeová Deus expressou amor por enviar seu querido e unigênito Filho à terra a fim de morrer por nossos pecados. Como escreveu o amoroso apóstolo João: “Deus é amor. Por meio disso é que se manifestou o amor de Deus em nosso caso, porque Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que ganhássemos a vida por intermédio dele. O amor é neste sentido, não que nós tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício propiciatório pelos nossos pecados.” — 1 João 4:8-10.

‘Tal pai, tal filho’, bem que pode ser dito a respeito de Jesus Cristo imitar o Pai celeste em ser altruísta. Por conseguinte, bem que pôde dizer: “Quem me tem visto, tem visto o Pai”, pois Jesus agia da maneira exata que seu Pai teria agido sob as mesmas circunstâncias. Jesus teve uma gloriosa existência pré-humana nos céus antes de vir a terra, existindo em forma de Deus. Abandonou tudo isto e desceu à terra, não para a sua própria salvação, não para ser servido, mas para servir “e dar a sua alma [vida] como resgate em troca de muitos”. — João 14:9; Mat. 20:28; Fil. 2:5-8.

Sim, como o apóstolo Paulo também comentou: “Pois conheceis a benignidade imerecida de nosso Senhor Jesus Cristo, que ele, embora fosse rico, tornou-se pobre por vossa causa, para que vos tornásseis ricos por intermédio de sua pobreza.” Jesus disse que não tinha nenhum lugar onde pousar a cabeça, nenhum lugar que pudesse dizer que era dele mesmo, todavia, quão rico poderia ter sido se quisesse tirar proveito financeiro, como o fazem muitos curadores professos na atualidade! — 2 Cor. 8:9; Luc. 9:58.

O QUE DIZER DA ATUALIDADE?

Sim, o que dizer da atualidade? Será que o verdadeiro Cristianismo inspira o altruísmo em nossos tempos, nesta terça parte final do século vinte, como o fez há dezenove séculos atrás? Sim, inspira. Entre quem? Entre as testemunhas cristãs de Jeová. Têm uma organização padronizada segundo os cristãos primitivos, na qual não existe diferença entre clérigos e leigos, mas em que todo cristão é ministro das boas novas. A ênfase em seu treinamento é ao dar, e não ao receber, dar de seu tempo para servir a Jeová e a outros, dar de sua energia e de seus recursos. Muitos deles entram no ministério de campo de tempo integral, muito embora saibam que isso não é exigido de todos a fim de obterem a salvação, a vida eterna.

Em suas congregações locais há “servos” que lideram. Estes têm deveres específicos a realizar, ao ministrar as necessidades espirituais da congregação, que consomem muito tempo e energia e que representam cargas pesadas de responsabilidade. Será que recebem qualquer remuneração financeira ou honorífica? Não, não recebem, assim como não a receberam os cristãos primitivos. Todos servem a seu Deus e a seus irmãos por amor, altruisticamente, sabendo que ‘há mais felicidade em dar do que há em receber’. — Atos 20:35.

Ilustrando este princípio há o seguinte acontecimento da vida real. Certo jovem judeu de Brooklyn, Nova Iorque, EUA, certa vez aceitou um convite para assistir a uma reunião no Salão do Reino local, em que as Testemunhas recebiam instruções para a ministério de campo. Entre outras coisas consideradas se achava o relatório da atividade ministerial do mês anterior, e os alvos de serviço que procuravam alcançar.

Depois disso, ele perguntou ao seu amigo Testemunha: “Conseguiu alcançar os alvos no mês passado?” Seu amigo Testemunha lhe assegurou que sim. O jovem então respondeu: “O que recebe quando atinge os alvos?” Foi-lhe dito que não havia outra recompensa senão a satisfação de ter trabalhado bem no serviço de Jeová. Em seguida, o jovem perguntou: “O que acontece se deixa de alcançar os alvos? Quais são as penalidades?” Foi-lhe dito: “Ninguém sofre penas por deixar de alcançar os alvos.” Tudo isto parecia inacreditável a este jovem judeu, que sempre tinha medido os motivos pelas compensações materiais.

Dando testemunho eloqüente do poder do verdadeiro Cristianismo em inspirar o altruísmo, há o Anuário das Testemunhas de Jeová (em elemão, espanhol, inglês) que, além de alistar as atividades das Testemunhas em cada terra, cerca de 200 agora, em que se acham ativas, também apresenta centenas de páginas de interessantes experiências de campo. A última edição mostra que durante o ano anterior, 1.058.675 proclamadores cristãos das “boas novas” pregavam mensalmente, devotando um total de mais de 170 milhões de horas durante o ano, fazendo mais de 60 milhões de revisitas a pessoas interessadas e dirigindo mensalmente mais de 800.000 estudos bíblicos nos lares das pessoas.

E tudo isto é exatamente como deveria ser. Visto que Deus é amor, a própria personificação do altruísmo, a verdadeira adoração a ele tem de inspirar o altruísmo. Seu Filho veio à terra para nos dar um exemplo perfeito, e, na Palavra de Deus, encontramos muitos outros exemplos excelentes. É por produzirem tal fruto que os cristãos glorificam a seu Deus, Jeová, e provam que são deveras discípulos de Jesus Cristo. — João 15:8.

[Nota(s) de rodapé]

a Não obstante, que é possível apegar-se aos elevados princípios cristãos, apesar das condições dum campo de concentração, o autor Gun mostra mediante suas bondosas palavras de elogio às testemunhas de Jeová encarceradas neste campo.

b Em prova disto, veja-se o seguinte: 1 Coríntios 10:33; 13:3-8; Gálatas 5:26; Filipenses 2:3, 4.

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