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  • Constante e Inabalável na Obra de Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 15/8 pp. 504-507

Constante e inabalável na obra de Jeová

CONFORME NARRADO POR PETER CASOLA

MEU primeiro contato com o povo de Jeová, então conhecido como Estudantes da Bíblia, deu-se no ano de 1920, em East Patchogue, Long Island, EUA. Naqueles dias, havia muito preconceito contra um idoso Estudante da Bíblia que pregava de casa em casa na localidade. Influenciado pelo preconceito geral, sempre recusei ouvir sua mensagem.

Daí, certo dia, à entrada de uma antiga casa abandonada achei um exemplar do tratado “A Queda de Babilônia”, amarelado pela idade. Não compreendendo de forma alguma tratar-se duma publicação da Sociedade Torre de Vigia, eu o li e usufruí cabalmente sua mensagem das Escrituras. A medida que o li e reli, grande parte do preconceito esvaiu-se da minha mente, e, na próxima vez que a idosa Testemunha me visitou, aceitei o livro O Plano Divino das Eras. Embora o lesse, devo admitir que não compreendi plenamente as informações que continha.

No ínterim, o mesmo Estudante da Bíblia me visitava de tempos a tempos e instava comigo a continuar a estudar o livro até que o entendesse. Fiz isto, com maravilhosos resultados. Por volta de 1921, tanto eu como a minha irmã simbolizamos nossa dedicação a Jeová pelo batismo. Daí, em 1922, que encorajamento foi comparecer ao congresso de Cedar Point, Ohio, EUA! ‘Anunciai o Rei e o Reino’ tornou-se então nosso tema. Foi então que comecei a apreciar mais plenamente a necessidade de ‘tornar-me constante, inabalável, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor’. — 1 Cor. 15:58.

Em 1923 surgiu um ponto decisivo na minha vida. Tive de escolher aceitar o convite de servir na sede de Betel da Sociedade Torre de Vigia (EUA) ou de progredir nas oportunidades comerciais dos anos do após-guerra. Meus pais, que não aceitaram meu conceito sobre a religião, opunham-se a que fosse para Betel, mas achei que, como adulto, devia fazer minha própria decisão. Sempre tenho sido grato de ter escolhido o serviço altruísta.

Meu primeiro serviço na sede da Sociedade foi no departamento de estereotipia, onde preparam os estereótipos dos quais as publicações são impressas. Apenas quatro anos depois, mudamos todas as operações da fábrica da Sociedade para o novo edifício localizado na Rua Adams, 117, Brooklyn. Pouco compreendíamos então que, quarenta anos depois, precisaríamos ocupar quatro quarteirões entre as Pontes de Brooklyn e de Manhattan, a fim de cuidar da obra de impressão e editoração que se expandiu grandemente.

No decorrer do tempo, fui transferido para o setor de máquinas, onde de novo verifiquei que há sempre “bastante para fazer na obra do Senhor”. Esta foi de novo minha experiência quando fui mais tarde designado para servir na casa de força com gerador movido a diesel, na fábrica da Sociedade.

Em 1932, o presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, pediu-me que fosse para a Ilha Staten, próxima, a fim de operar uma usina geradora para a estação de rádio da Sociedade, a WBBR. Isto exigia constantes cuidados, pois, naqueles dias, a WBBR estava ligada com uma cadeia nacional. Mas, era um trabalho elegre, pois eu sabia que era vital para disseminar a mensagem radiofônica. Durante quatorze anos, continuei constante nesta designação.

PERMANECENDO CONSTANTE

Por causa das imperfeições herdadas de Adão, permanecer “constantes, inabaláveis” não é sempre fácil. Aprendi isto quando, em 1940, os médicos diagnosticaram que tinha câncer na garganta. A operação teve êxito, contudo, e comecei a recuperar-me depois de dois meses de convalescência. Mas, para todos os fins, perdera minha voz. Quão desanimador foi de início verificar que não tinha mais do que um sussurro como voz, com a qual servir a Jeová no trabalho de casa em casa!

Outra coisa que aprendi, por meio desta experiência, foi a necessidade que temos de nossos irmãos na organização. É verdade que alguns inexperientes talvez me influenciassem a abandonar o serviço de tempo integral em Betel, em vista das minhas circunstâncias, mas o conselho dos irmãos maduros prevaleceu. Indicaram que todo o mundo tem problemas, não importa onde esteja a pessoa, e que estes não devem constituir obstáculo, antes, devem ser considerados como desafio para mantermos a integridade a Deus. Ademais, lembraram-se das palavras de Jesus em Lucas 9:62. Decidi não “olhar para as coisas atrás”, mas continuar ‘constante, inabalável’ na obra de Jeová.

Quando veio 1964, outro teste me confrontou, desta vez a questão duma transfusão de sangue. Durante os anos desde a minha operação da garganta, minha voz ficou cada vez mais fraca. Outra operação era então necessária para preservá-la. Alguns médicos não eram a favor de operar sem usar sangue. Fiquei firme, com a ajuda de Jeová, pois sabia que Sua ordem inspirada para os seguidores de Cristo é:‘Abstende-vos de sangue: (Atos 15:29) Por fim, um médico realmente concordou em operar sem sangue, e uma declaração de minhas convicções religiosas foi colocada em meu boletim hospitalar para que todos a vissem e fossem por ela guiados. Em 1967, tive de fazer outra operação devido a câncer, mas ainda posso ter alguma parte no trabalho feito em Betel, sendo grato por isto.

O conhecimento acurado da verdade bíblica que resulta da associação regular e da palestra com outros que amam a Palavra de Deus se tem provado verdadeira ajuda para mim em outros sentidos. Em minha forma anterior de vida, costumava sujeitar-me a acessos de ira, a perder a calma devido ao que agora parecem ser questões bem insignificantes. Naturalmente, naquela ocasião pareciam coisas grandes. A falta do devido equilíbrio às vezes até mesmo levou-me a largar tudo o que fazia se as coisas não fossem feitas do meu jeito. Com o passar dos anos, porém, o poder transformador do conhecimento acurado tem feito grandes mudanças, e Jeová tem misericordiosamente permitido que continue em seu serviço aqui na sede da Sociedade.

INABALÁVEL NO MINISTÉRIO

Somente por nos entregarmos à operação do espírito santo de Jeová, antes que resistir a ele, segundo tenho observado, é que podemos esperar continuar em nossos postos de serviço com o mesmo amor, zelo e a mesma devoção que tínhamos no início. É bom, também, sempre ter presente a fonte de onde emana cada designação de serviço na congregação do povo de Deus. Sobre este ponto, amiúde penso na experiência de um irmão fiel que morreu em 1932.

O irmão R. J. Martin já servia por algum tempo no campo, como pregador de tempo integral da mensagem do Reino, quando foi convidado a servir na sede, por certo tempo. Quando terminou o serviço específico para o qual fora chamado, dirigiu-se a C. T. Russell, naquele tempo presidente da Sociedade Torre de Vigia dos EUA, e disse-lhe que ia voltar a seu serviço no campo. Nisso, o presidente lhe disse: “Como foi que veio para cá?” Martin respondeu: “O irmão me enviou um telegrama, pedindo-me que viesse.” “Então”, perguntou Russell, “recebeu um telegrama pedindo-lhe que se fosse?” Martin ficou e com o tempo se tornou o servo da fábrica, tendo supervisão da fábrica inteira.

Rememorando os anos em que sirvo na sede de Betel, sinto-me cada vez mais grato pelo conselho sadio e pelos avisos oportunos fornecidos pelos homens de responsabilidade que são encarregados. Neste respeito, lembro-me do que foi dito aos membros da equipe aqui a respeito duma Testemunha que sofreu completo naufrágio na fé porque se tornou vítima de publicações que destacavam imoralidades, alta crítica da Bíblia e a evolução. Deixou de dar ouvidos ao conselho de Paulo de ‘desviar-se dos falatórios vãos, que violam o que é santo, e das contradições do falsamente chamado “conhecimento’. (1 Tim. 6:20, 21) Os bons conselhos me ajudam a permanecer constante em minha designação, inabalável.

A CONSTÂNCIA TRAZ BÊNÇÃOS

Quando meu serviço na estação de rádio da Sociedade, a WBBR, na Ilha Staten, terminou, fui designado de novo a trabalhar na fábrica de Brooklyn. Isso foi em 1946. Ésses foram anos de maravilhosa expansão. Quão emocionadas ficaram as testemunhas de Jeová de todo o mundo quando tantas vieram assistir ao grande congresso no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque, em 1950! A maioria dos visitantes percorreram o ampliado lar de Betel e a ampliada fábrica. Então, que felicidade sentimos todos nós quando foi lançada naquela assembléia a Tradução do Nôvo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs (em inglês)!

Daí, veio a Assembléia da Sociedade do Nôvo Mundo, em 1953, de novo no Estádio Ianque. Uma modalidade especial foi a formatura da vigésima primeira turma da Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia. Foi emocionante ver aqueles missionários formandos alinharem-se um após outro e receber suas designações de servirem terras distantes, onde é grande a necessidade de educação bíblica.

Algo bem excitante aconteceu em 1955. A Sociedade fez arranjos especiais para todos nós, membros mais antigos da equipe de Betel, viajarmos à Europa e assistirmos a uma série de assembléias — as Assembléias do “Reino Triunfante”. Londres! Paris! Roma! Nurembergue! e Estocolmo! Que maravilhosa experiência foi essa, e quão fortelecedor foi conhecer nossos irmãos na fé em todos esses países do outro lado do oceano!

Ao retornar dessas assembléias européias, a bênção seguinte foi a mudança para uma fábrica novinha em folha, de treze andares, que fora construída contígua à antiga fábrica. Durante os anos em que tenho estado no serviço de tempo integral aqui, tenho presenciado um tremendo aumento de nossas gráficas. Quando cheguei, em 1923, havia apenas uma grande rotativa. Atualmente há dezoito delas, e quatro mais foram pedidas para serem entregues no futuro próximo. Isto é tão maravilhoso aos nossos olhos, pois sabemos que somente é possível por ter Jeová feito prosperar sua própria grandiosa obra do Reino na terra.

Bênçãos que não eram tão espetaculares assim, mas que todavia são bênçãos, são as que usufruímos regularmente aqui na sede da Sociedade, por motivo de sermos membros de grande família feliz. Temos nosso estudo semanal da Sentinela, que sistematicamente edifica a todos. Daí, há o horário prático segundo o qual todos nós aqui trabalhamos. Há tempo para tudo, e as campainhas de Betel mantêm todos trabalhando em harmonia. Também, o fato de que a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia, bem como a escola de treinamento para os superintendentes congregacionais estão ambas localizadas agora aqui em Brooklyn significa que temos o privilégio singular de nos reunir e familiarizar com tantos de nossos conservos do mundo todo. Isso é deveras acalentador.

Não resta dúvida de que nossa aceitação voluntária de qualquer designação que nos é dada na organização mundial de Deus, e o permanecermos em nosso posto de dever, inabaláveis, traz o sorriso de aprovação de Deus sobre nossos esforços fervorosos. Até mesmo se a tarefa designada parecer servil, amiúde se dá que, sem a sua fiel execução, muitos outros serviços vitais não poderiam ser executados. Assim, se formos humildes e estivermos diretamente interessados em glorificar o nome de Jeová e não o nosso próprio, então, podemos estar seguros de que sempre seremos ‘constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra de Jeová’.

O contraste entre a nossa porção na vida e de alguns conhecidos em nossos dias passados pode amiúde mostrar-se estimulante. Quando comecei a apreciar a mensagem disseminada pelas testemunhas de Jeová, aproximei-me de um de meus colegas de escola e esforcei-me de fazê-lo interessar-se nela. Ele riu e disse que não concordava com estes conceitos, que, para ele, uma carreira comercial parecia ser o proceder mais prático. Eventualmente, estabeleceu-se num próspero negócio de garagens. Daí, ficou sofrendo do coração e mais tarde perdeu todos os seus negócios. Quando o revisitei, depois de trinta e cinco anos, ele se abriu e chorou durante nossa palestra, tão desapontado e frustrado ficara. Pelo menos pude oferecer-lhe forte esperança e conforto quanto ao futuro, instando com ele para que harmonizasse sua vida com a vontade de Deus.

A medida que rememoro os quarenta e quatro anos passados de serviço de tempo integral aqui na sede da Sociedade, não me arrependo quanto ao proceder que escolhi seguir lá em meus primeiros anos como adulto. Qualquer serviço que tenho tido, tem sido uma oportunidade de demonstrar genuíno amor pelos que têm fome e sede da verdade em toda a terra — quer no departamento de estereotipia, ou na seção de máquinas, na estação de rádio, WBBR, ou no departamento de despacho. A alegria de ver milhões de revistas e outras publicações que levam a mensagem da Palavra de Deus espalhar-se até os confins da terra tem sido maravilhosa recompensa em si mesma.

O serviço regular e diligente em favor de outros serve para manter-nos as mentes plena e saudàvelmente ocupadas, sem ter tempo para lastimar-nos de nossas próprias dificuldades e preocupações insignificantes. E por deixar de lado as coisas deste atual sistema de coisas perverso e negar-nos os gozos que as pessoas mundanas têm, mesmo que sejam apenas passageiros, habilitamo-nos para o maravilhoso resultado predito por Jesus: “Ninguém abandonou casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por minha causa e pela causa das boas novas, que não receba cem vezes mais agora, neste período de tempo, casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições, e no vindouro sistema de coisas a vida eterna.” (Mar. 10:29, 30) Como poderia alguém ser senão constante e inabalável na obra de Jeová, depois de ter provado todas estas manifestações do Seu favor?

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