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  • Cuide de si e de seu ensino
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 1/7 pp. 393-399

Cuide de si e de seu ensino

“Presta constante atenção a ti mesmo e ao teu ensino. Permance nestas coisas, pois, por fazeres isso, salvarás tanto a ti mesmo como aos que te escutam.” — 1 Tim. 4:16

1. (a) Quem criou a faculdade de falar, e para que é usada? (b) Como usou o primeiro homem este dom de comunicação?

Logo algumas palavras depois de iniciar a sua narrativa, a Bíblia diz que Deus falou. Ele deu instruções criativas. Deu nome às suas obras. Deu trabalho às suas criações e estabeleceu limites de operação. (Gên. 1:1-25) Logo depois de algumas sentenças lemos que Jeová criou o homem e sua mulher. Deus deu a Adão instruções com respeito à “árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau”. (Gên. 2:16, 17) Adão falou; Eva, depois, repetiu as instruções. “Ora, Jeová Deus estava formando do solo todo animal selvático . . . e toda criatura voadora . . . e ele começou a trazê-los ao homem”, e o homem falou: “O homem deu assim nomes a todos os animais domésticos e às criaturas voadoras dos céus, e a todo animal selvático do campo.” (Gên. 2:19, 20) Quando Jeová trouxe a primeira mulher ao homem, este falou: “Esta, por fim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne. Esta será chamada Mulher, porque do homem foi esta tomada.” (Gên. 2:23) E dali em diante, através dos anos, as pessoas têm falado.

2. É a linguagem valiosa para o homem? De que modo?

2 A comunicação entre as criaturas humanas tem sido essencial ao homem, em todos estes anos. Promove o saber. É necessária no ensino. Por meio da linguagem, o homem pode entrar em contato com as suas concriaturas. É por meio da linguagem que damos a conhecer o que pensamos, e nós a usamos também como instrumento para descobrir o que a outra pessoa pensa. A capacidade de comunicar-se por meio da linguagem falada aumenta com o desenvolvimento da pessoa. Diz-se até mesmo que os bebês obtêm a capacidade de pronunciar com mais clareza ao passo que comem mais alimento sólido e exercitam os músculos de sua língua. O apóstolo Paulo, que era perito no uso de palavras, disse: “Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino.” (1 Cor. 13:11) Em geral, o homem gosta de falar, e muitos o fazem simplesmente pelo prazer de falar. Ninguém poderia, na sua vida curta, examinar todas as palavras dos homens, escritas e preservadas até o tempo atual. Mas, com o tempo com o exame e o uso, torna-se mais habilitado no uso das palavras, e, conforme se dá com qualquer outra atividade, maior capacidade dá maior satisfação.

3. (a) O que torna possível que se fale? (b) De que modo podemos usar com proveito a nossa faculdade de falar?

3 Jeová, o mestre de projeção e criador do homem, é quem lhe deu os essenciais para a fala: os lábios, a língua e a garganta, secundados pelo seu corpo, como caixa de ressonância, que podem produzir comunicação significativa e agradável, levando informação edificante a outros e dando também louvar a Deus. “A linguagem, bem como a faculdade da fala, foram a dádiva direta de Deus”, disse Noah Webster. O profeta Isaías registrou há muito tempo: “O próprio Senhor Jeová me deu a língua dos instruídos, para que eu soubesse responder ao cansado com uma palavra.” (Isa. 50:4) O escritor do Salmo 71:8, 15, 23, 24, focaliza um dos usos valiosos deste maravilhoso equipamento: “Minha boca está cheia do teu louvor”; “minha própria boca narrará a tua justiça”; “meus lábios gritarão de júbilo quando eu estiver inclinado a entoar-te melodias”; “também a minha própria língua, o dia inteiro, proferirá em voz baixa a tua justiça”.

4. (a) Podemos usar a fala do modo como Paulo instou com Timóteo que a usasse? (b) Que efeito podem ter as palavras?

4 Mais de 500 anos depois, Paulo enfatizou o uso correto de nosso instrumento de falar: “Não saia de vossa boca nenhuma palavra pervertida, mas a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, para que confira aos ouvintes aquilo que é favorável.” (Efé. 4:29) Em 2 Timóteo 2:2, 24, Paulo fala a Timóteo, e agora a nós: “E as coisas que ouviste de mim, com o apoio de muitas testemunhas, destas coisas encarrega homens fiéis, os quais, por sua vez, estarão adequadamente habilitados para ensinar outros. . . . o escravo do Senhor não precisa lutar, porém, precisa ser meigo para com todos, qualificado para ensinar.” Sua língua é seu instrumento para ensinar. As palavras em si mesmas talvez tenham pouco significado, mas agrupadas juntas, e dando-se-lhes sentimento, podem ser amargas, severas, duras, frias, ignóbeis, ou podem ser graciosas, ternas, amorosas, bondosas e gentis.

A NECESSIDADE DE UM VOCABULÁRIO

5. (a) O que indicam usualmente a hesitação ou vacilação no falar? (b) Significa isso que há falta de palavras? (c) Por que deve o homem falar?

5 Fornece-lhe seu vocabulário palavras suficientes para ensinar outros de modo gentil? Satisfaz-se com apenas poder comunicar-se, com apenas arranjar-se com o mínimo necessário, em vez de sentir o prazer de fazer as palavras trabalhar a seu favor? William Armstrong escreveu em Study Is Hard Work (Estudar É Trabalho Árduo), na página 39: “A preguiça mental e um vocabulário limitado são usualmente confrades no mesmo cérebro.” Talvez consiga arranjar-se com algumas centenas de palavras, mas, alguns milhares delas darão vida, colorido e maior satisfação ao seu trabalho de gentilmente ensinar outros. Quando verifica que começa a hesitar e a vacilar ao ler, ou a tentar achar palavras ao falar, é provavelmente devido ao vocabulário limitado. Isto se pode remediar tendo-se mais interesse nos instrumentos que usamos cada dia e fazendo-se esforço de entende-los melhor. Salomão, famoso pela sabedoria, fez tal esforço, conforme notamos em Eclesiastes 12:10: “O congregante procurou achar palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade.” Examine o tesouro de palavras disponíveis na sua língua e encontrará muitas que poderá acrescentar ao seu vocabulário; por exemplo, a língua inglesa tem mais de 450.000 palavras. (Webstees New International Dictionary, página seis.) Por que deixar de apresentar a sua idéia plenamente, quando há tal suprimento abundante de palavras simplesmente à espera de serem usadas? Isto não significa que precisamos ser dicionários ambulantes, mas, antes, siga o bom exemplo dos escritores bíblicos, que escreveram em linguagem simples, fácil de entender, mas, com convicção e significado. Paulo exclamou: “Ó profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento!” (Rom. 11:33, 34) Note até que ponto Cristo Jesus progrediu sob este mestre de instrução, conforme Paulo revela adicionalmente, dizendo: “Cuidadosamente oculto nele [Cristo] se acham todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.” (Col. 2:3) Com tal tesouro ilimitado de sabedoria e os enormes meios de expressão disponíveis, o homem deve falar. Deve comunicar-se.

6. Quando é que o falar traz felicidade?

6 As realizações, quer na construção duma casa, na costura dum vestido, na plantação de milho, quer em tocar um instrumento musical, trazem um senso de satisfação e de contentamento. O mesmo se dá quando explica a alguém o reino de Deus. Quando as suas palavras transmitem a idéia à mente da outra pessoa e ela aceita a idéia, sente-se feliz, e a Bíblia diz que se sentiria assim: “O homem tem alegria na resposta da sua boca, e uma palavra no tempo certo, oh! quão boa ela é!” (Pro. 15:23) Jeová fornece o perfeito exemplo de se obterem resultados, com as suas palavras: “Assim mostrará ser a minha palavra que sai da minha boca. Não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.” — Isa. 55:11.

7. (a) Quando devemos parar de melhorar nosso vocabulário? (b) Explique o que Jesus fez no sermão do monte.

7 Naturalmente, isto significa trabalho e estudo. Alguém talvez responda: “Sou velho demais para aprender”, ou: “Estou ocupado demais para estudar.” Uma revista das artes gráficas disse: “Dentre um grupo de 400 dos mais famosos estadistas, pintores, guerreiros, poetas e escritores, 35 por cento das suas maiores realizações foram feitas entre 60 e 70 anos de idade; 23 por cento, entre 70 e 80; e 8 por cento, acima dos 80.” (Printing Impressions, julho de 1966, página 74.) Há mais de 300 anos atrás, Shakespeare escreveu: “Alguns homens nunca parecem envelhecer; sempre ativos em pensamento, sempre prontos para aceitar novas idéias, nunca acusáveis de fossilismo . . . Sempre usufruem o melhor do que há e são os primeiros a encontrar o melhor do que haverá.” Ou, conforme declarado por Tryon Edwards: “A idade não depende dos anos, mas do temperamento e da saúde — alguns homens nasceram velhos, e outros nunca o ficarão.” (The New Dictionary of Thoughts, de Tryon Edwards, págs. 13, 15) É triste ver-se um homem idoso, que percorreu a estrada dura, complexa, da vida, que, por falta de oportunidade, não obteve sabedoria. Sim; porém, mais triste ainda é ver-se um homem idoso, que tem a oportunidade de obter verdadeira sabedoria, dizer: “Sou velho demais para aprender.” A Bíblia está cheia de relatos de homens e mulheres fiéis que continuaram a aprender enquanto viveram. Temos ainda mais razão para progredir dia após dia; temos a perspectiva de vida eterna. Aprender as verdades do reino de Deus ou aumentar o vocabulário não se consegue num só dia. Requer tempo, mas, note o que pode fazer com apenas algumas palavras e um bom entendimento da Palavra de Jeová. O sermão do monte, proferido por Jesus em 31 E. C., nas belas colinas da Galiléia, é um bom exemplo disso: três capítulos em Mateus, de cinco a sete, contendo cento e sete versículos. Um vocabulário de umas quinhentas e vinte e três palavras diferentes (segundo uma contagem real feita na Tradução do Novo Mundo) é usado por Jesus para apresentar idéias que ainda são conhecidas ou ouvidas pelo mundo da humanidade. Depois de Jesus proferir este sermão, a Bíblia relata que “o efeito foi que as multidões ficaram assombradas com o seu modo de ensinar; pois ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como seus escribas”. (Mat. 7:28, 29) Tem sido reconhecido por não-cristãos como notável obra-prima de comunicação. (Mahatma Gandhi veja A Sentinela de 1958, página 584.) Nos quinze minutos que talvez leve para ler este sermão na sua Bíblia, Jesus lhe diz muitas coisas que são proveitosas ao ponto de lhe significarem vida. Notará que este discurso excepcional transmite idéias, não apenas palavras. Ele comunica idéias.

8. (a) Descreva os problemas de comunicação hoje em dia. (b) Que falta geral se encontra em toda a parte?

8 Apesar do cuidadosamente projetado instrumento que forma e produz a fala, que Deus tornou parte do homem, e apesar do enorme número de palavras, expressões e sons que transmitem idéias, à disposição, um dos maiores problemas do homem é comunicar-se. Esta dificuldade é encontrada em toda a parte. A indústria se queixa de que há falta de comunicação entre a gerência e os operários, que os departamentos não transmitem informação vital aos seus departamentos dependentes, vizinhos. Líderes de organizações religiosas não seguem o exemplo de Moisés ou de Jesus em falar ao povo. Usualmente há mais de um lado ou significado na linguagem dos políticos; portanto, no que se refere às pessoas, não podem encontrar uma idéia sólida em que possam confiar. O sistema comercial, com sua maneira intensa de vender, suas idéias de saturação e seus objetivos de criar desejos e necessidades, apresenta um quadro muito confuso, de modo que não se pode crer nas suas declarações, nem dizer que é veraz. Encontram-se outras barreiras que bloqueiam idéias. Os cientistas falam e escrevem, mas apenas outros cientistas compreendem sua linguagem. Os mais instruídos falam muito acima da compreensão dos que tiveram menos anos de instrução secundária ou universitária. Os da profissão médica comunicam-se com os do seu próprio círculo. Quando um paciente deseja informações sobre o seu padecimento, precisa continuar a perguntar, e, muitas vezes, nem assim obtém toda a informação. Aparecem em cena marido e mulher, e existe o mesmo problema: “Nós não nos falamos.” A maioria dos pais tem dificuldade em considerar os assuntos com seus filhos. De fato, uma grande multidão de jovens tem e fala uma linguagem própria que seus pais têm dificuldade de entender. Por que é que as pessoas não se falam? Por que ficam calados os homens que têm idéias que ajudariam outros?

DAR CONSELHO

9, 10. (a) O que pensam muitos sobre dar conselho? (b) É este conceito recomendado na Bíblia? Que diz ela?

9 Outro aspecto do mesmo problema é que as criaturas humanas estão sempre ansiosas de que outro dê conselho aos que necessitam de ajuda para melhorar, ou os avise dos perigos à frente. Isto se encontra em toda a parte. Os cônjuges procuram conselheiros matrimoniais, os pais entregam seus filhos a outros para receberem instrução, a indústria contrata mediadores para estabelecer comunicação e os governantes enviam embaixadores.

10 Até mesmo ministros cristãos se refreiam de dar o necessário conselho ou de dizer algumas palavras que ajudariam outros a evitar entrar em dificuldades. Talvez digam: “A responsabilidade de cuidar destas coisas é do superintendente.” Em Gálatas 6:1, a Bíblia encoraja: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós os que tendes qualificações espirituais, tentai restabelecer tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado.” Os que têm qualificações espirituais incluem outros, além dos superintendentes nas congregações. Se visse na estrada uma tabuleta dizendo: “Perigo — Ponte Destruída”, questionaria a capacidade do pintor da tabuleta ou seria grato pelo aviso que poderá ter salvo a sua vida? Quando se compreendem os requisitos de Deus quanto a um princípio que rege a conduta cristã, certamente se deve advertir o irmão, quando se vê que Ele anda numa direção que forçosamente levará à violação deste princípio. Quando um irmão precisa de ajuda no que se refere a consôlo ou encorajamento, quase que todos têm capacidade para dar tal espécie de ajuda. Paulo insta, em 1 Tessalonicenses 5:11: “Portanto, persisti em consolar-vos uns aos outros e em edificar-vos uns aos outros, assim como de fato estais fazendo.”

AUMENTAR A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO

11. Como nos fornece a Bíblia ajuda para melhorarmos a, capacidade de nos comunicarmos?

11 Como se pode aumentar a capacidade de comunicação? Como pode melhorar o instrumento de comunicação, seu vocabulário? Onde se pode obter ajuda fidedigna e auxílio preciso? Em primeiro lugar, a Bíblia é o melhor guia que temos neste assunto, porque ela não só usa linguagem compreensível, mas esclarece os pontos que apresenta, e as idéias são fidedignas. Visto que Jeová Deus é seu autor, ele certamente tem protegido sua informação inspirada, bem como controlado seu uso de palavras e expressões apropriadas. Portanto, a leitura diária da Bíblia nos equipará em breve com os mesmos meios vigorosos, descritivos, de comunicação. No entanto, há mais envolvido do que apenas se aumentar a força da palavra ou a escolha de palavras; precisa-se amar a verdade da Palavra de Deus para se dar informação edificante que oriente a vida. Muitos têm excelente vocabulário, mas talvez permitam que sua língua fale sem freio, para o prejuízo de outros. O contraste nos é bem apresentado em Provérbios 12:18: “Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas duma espada, mas a língua dos sábios é uma cura.” Por isso é necessário aprender da Palavra de Deus a verdade sobre os seus requisitos para com suas criaturas.

12. Por que é essencial a compreensão dos requisitos de Jeová para melhorarmos nossa maneira de falar?

12 Transmitir informação a outros requer pensar antes de falar. Não se pode refletir cabalmente sobre um assunto a menos que se tenha palavras que formulem idéias. E não falaremos sobre matéria informativa, útil, a menos que tenhamos idéias. Observe como a sabedoria da parte de Deus, o pensamento e o falar estão entreligados em Provérbios 5:1, 2: “Filho meu, presta deveras atenção à minha sabedoria. Inclina teus ouvidos ao meu discernimento, para guardar os raciocínios; e resguardem os teus lábios o próprio conhecimento.” Desconsiderarmos esta boa instrução nos harmonizaria com a descrição em Provérbios 29:20: “Observaste o homem que é precipitado com as suas palavras? Há mais esperança para o estúpido do que para ele.” Portanto, o alvo a ter em mente não é o de nos esforçarmos a obter um vocabulário útil, mas, antes, o de aprender tudo o que pudermos a respeito dos propósitos de Jeová, e, ao procurarmos os tesouros da verdade, aumentar as palavras ou as expressões de nosso vocabulário que precisamos para expressar a verdade a outros, em diversas circunstâncias. Este é o ponto destacado por Paulo: “Presta constante atenção a ti mesmo e ao teu ensino.” (1 Tim. 4:16) Moisés era homem bem instruído na família de Faraó (Heb. 11:23-28) ; no entanto, este mesmo Moisés se preocupava com poder comunicar-se claramente, e ele disse a Jeová: “Perdão, Jeová, mas eu não sou orador fluente, nem desde ontem, nem desde antes, nem desde que falaste a teu servo, pois sou vagaroso de boca e vagaroso de língua.” (Êxo. 4:10) Foi Jeová quem indicou a Moisés a fonte da faculdade de falar de modo edificante, Aquele que “designou a boca ao homem”. — Êxo. 4:11.

13. (a) Que instrumento descrito na Bíblia dá um bom exemplo da comunicação essencial? (b) De que modo?

13 O “escravo fiel e discreto” foi designado por Cristo Jesus para alimentar a família dos domésticos, e até o dia de hoje ele está tomando a liderança em ensinar a verdade. Este corpo de escravos fiéis dá um bom exemplo com o uso eficiente de muitos idiomas, em muitos países, para divulgar as boas novas do reino de Deus. A linguagem usada nas publicações escritas sob a supervisão deste “escravo” é clara, compreensível e apresenta pensamentos que continuamente fazem as pessoas voltar-se para a Palavra de Deus. Os programas das reuniões, nas congregações, em toda a parte da terra, são planejados por este ‘escravo discreto’ de modo a edificarem a fé, e isto por meio dum crescente conhecimento de Deus. (Rom. 10:14) Há uma dignidade que inspira confiança e um espírito fortalecedor na atitude destemida deste “escravo” fiel, baseada nos princípios da Palavra de Jeová. Por colocar a sabedoria de Deus acima do conhecimento dos homens, este “escravo” fiel é o único a fornecer alimento espiritual à família dos domésticos, e continua a ter a rica bênção de Jeová. — Mal. 3:10.

AUMENTAR NOSSOS MEIOS

14. Como nos ajuda a aplicação do conselho em Provérbios 13:20 a melhorar nosso ensino?

14 Outra maneira de cuidarmos de nosso ensino e aumentarmos os nossos meios de comunicação é a recomendada em Provérbios 13:20: “Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio.” Isto exige mais do que estudo, conforme Paulo escreveu em Efésios 5:15: “Assim, mantende estrita vigilância para não andardes como néscios, mas como sábios”, mas terá de reconhecer que “não é do homem que anda o dirigir o seu passo”. (Jer. 10:23) O registro bíblico diz que “a congregação através de toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria, entrou então num período de paz, sendo edificada; e, como andava no temor de Jeová e no consôlo do espírito santo, multiplicava-se”. (Atos 9:31) Noé andava com Deus. (Gên. 6:9) Jesus deu o exemplo do modo de se andar. (1 João 2:6) Portanto, andar com alguém significa estar em união com Ele, fazerem juntos as coisas, com a mesma maneira de pensar sobre o assunto. Paulo mostrou isto em Efésios 2:1-3; entre outras coisas, ele diz ali: “Andastes outrora segundo o sistema de coisas deste mundo . . . todos nós nos comportávamos outrora entre eles em harmonia com os desejos de nossa carne, fazendo as coisas da vontade da carne e dos pensamentos.” Assim é com os do povo de Deus; ajudam-se mutuamente, chegam à mesma maneira de pensar sobre os princípios bíblicos por deixarem que a Palavra de Deus, seu espírito e seu povo maduro edifiquem a pessoa. O Salmo 119:63 explica a atitude dum servo sábio de Deus: “Sou associado de todos os que deveras te temem e dos que guardam as tuas ordens.”

15. Como explica Paulo o progresso do cristão?

15 Chega-se, pois, à conclusão bíblica de que não se faz todo este progresso na própria força; não, a moldagem vem da parte de Deus, conforme Paulo mostra em 2 Coríntios 3:5, 6: “Não é que de nós mesmos estejamos adequadamente habilitados para considerar qualquer coisa como procedente de nós mesmos, mas, estarmos adequadamente habilitados procede de Deus, quem deveras nos habilitou adequadamente para sermos ministros dum nôvo pacto.”

ASSOCIAÇÃO COM OUTROS

16. Indique outros benefícios de se andar com os que respeitam os princípios bíblicos.

16 A associação com os orientados por princípios bíblicos é valiosa. Com tais pessoas podemos sentir-nos à vontade. É verdade que até mesmo estas pessoas cometem enganos e fazem coisas erradas, mas, poderá fazer um apelo a elas, à base do ensino bíblico, e elas escutarão. Nestes dias de pessoas orgulhosas é uma bênção associar-se com tal espécie de pessoas, que aceitam a correção das Escrituras e que reagem com genuína espontaneidade: “Peço desculpas; por favor, não se lembre mais disso.” São deveras pessoas sábias.

17. (a) Dá-se rapidamente o aumento na capacidade de se expressar? (b) De que modo especifico devemos cuidar de que garantimos o crescimento? Ilustre isso.

17 Crescemos pouco a pouco, em todos os sentidos, e isto se aplica tanto ao aumento do conhecimento como aos meios de usá-lo. É neste ponto que deve cuidar de si mesmo. Cuide das coisas pequenas, das pequenas oportunidades; estas garantem um progresso gradual e resultam num progresso encorajador através dos anos. Quando tem o privilégio de proferir um discurso da tribuna da congregação, ordena seus pensamentos de modo a poderem ser compreendidos? Verifica as palavras pouco usadas para que possa usá-las no lugar certo e pronunciá-las corretamente? Ao ler o resumo no estudo da Sentinela, certifica-se de que possa pronunciar todas as palavras, sem hesitação? Ao ir de casa em casa, confia demais na idéia de que nós sabemos mais sobre a Bíblia do que os que visitamos, de modo que abrevia ou elimina a preparação? Pais, não dão importância a crescerem um pouco cada dia junto com os seus filhos, deixando-os entregues ao treinamento pela televisão, só porque não estão com vontade de se comunicar? É como aprender outro idioma; se, cada dia, fizer um pouco de esforço para acrescentar uma ou duas palavras ao seu vocabulário e depois usá-las, não demorará muito até que conheça algumas centenas delas e possa falar aquele idioma. Ao passo que continua a acrescentar expressões e palavras, sua maneira de falar se torna mais variada, cheia de significado, expressiva e muito útil para os outros. Tenha paciência e alegre-se com cada progresso, mesmo pequeno. Lembre-se de que, com tempo e treinamento regular, bebês que não sabem falar tornam-se adultos que falam.

18. (a) Onde podemos encontrar o verdadeiro reflexo de nós mesmos? (b) De que cautela se precisa usar?

18 Cuide de si por olhar no espelho que Jeová proveu para que estude a si mesmo, “a lei perfeita que pertence à liberdade”. (Tia. 1:25) Seja justo consigo mesmo, não exigindo tanto, que seja levado ao desespero e se esgote constantemente. O conselho bíblico é usar a Palavra de Deus como espelho, e não fazer como alguns fazem, usando outras pessoas como norma de medir para tudo o que fazem. O único a quem seguimos é Cristo Jesus, e ele disse que a sua carga era leve. (Mat. 11:30) Se fizer o melhor que puder, então não se preocupe com o que os outros dizem ou fazem. Por outro lado, não seria sábio adotar a atitude afetada que muitos têm para com o progresso no conhecimento e a melhora da sua capacidade. Para muitos, progresso é trabalho. Neste mundo moderno, o trabalho nem sempre interessa. Manter o equilíbrio correto neste assunto exige mais investigação, o que faremos no próximo artigo.

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