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  • Aprendi os caminhos de Deus desde a infância
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 15/8 pp. 502-505

Aprendi os caminhos de Deus desde a infância

Conforme narrado por Kathryn Glass

“AGORA que começou a estudar a Bíblia e está aprendendo o propósito de Jeová, há uma coisa que deve fazer. Precisa constantemente falar destas coisas aos seus filhos pequenos.”

“Mas, ainda são tão novos! Ora, a menina só tem quatro anos e o menino acaba de passar um ano de idade. Estas coisas que aprendemos são muito profundas!”

Quantas vezes acontece que pais se expressam assim! Mas, é verdade que criancinhas não podem entender os ensinos da Bíblia? Ora, eu tenho usado muitas vezes Provérbios 22:6 para responder a esta pergunta de muitas mães. Reza: “Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” Minha própria experiência prova que tal conselho é sadio nos tempos modernos.

TREINAMENTO DESDE CEDO

Foi lá em 1911 que meus pais começaram a estudar a Bíblia com a ajuda da coleção de livros intitulada “Estudos das Escrituras”, publicada pela Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Eu não tinha ainda nem quatro anos de idade. Tinha um irmãozinho, e meus pais ensinaram-nos a esperança alegre do reino de Deus e os requisitos de Jeová para crianças, desde o começo. Mais tarde, nossa família aumentou em mais um irmão e uma irmã, e eles também passaram a aprender junto conosco. Crescemos assim tendo sempre em mente os propósitos e as promessas de Deus.

Cada manhã, no verão, antes de a maioria de nós atingirmos a idade escolar, mamãe reunia-nos com algumas crianças da vizinhança, e costumávamos entoar um cântico do cancioneiro Hinos da Aurora do Milênio. Depois ela proferia uma pequena oração, após a qual se contava uma pequena história bíblica. Além disso, ela estimulava uma pequena palestra, para que entendêssemos o significado mais profundo. Quão agradáveis eram estas ocasiões! E elas nos ajudaram a apreciar o papel desempenhado pelos diversos personagens bíblicos nos propósitos de Jeová.

A congregação do povo de Jeová em nossa cidade de Vincennes, Indiana E. U. A., reunia-se na nossa casa. Nós crianças fomos ensinadas a beber um copo de água e a ir ao banheiro antes de cada reunião, para que depois não perturbássemos a ninguém. Aprendemos a ficar sentadas quietas e a escutar. Depois, quando eu já estava no terceiro ano da escola, recebi meu próprio exemplar do compêndio bíblico e participava na minha vez em ler os parágrafos.

Nossa casa estava sempre “aberta” aos pioneiros (então conhecidos como colportores), que se empenhavam por tempo integral na distribuição das publicações da Sociedade Torre de Vigia, e aos representantes viajantes da Sociedade, que então conhecíamos como “irmãos peregrinos”. Tiramos muito proveito destas visitas, ao escutarmos suas experiências.

DECISÃO AOS DEZ ANOS DE IDADE

Minhas lembranças de uma de tais visitas ainda são bem vívidas. Eu tinha dez anos de idade. O visitante era o “peregrino” chamado W. J. Thorn. Por algum motivo, mamãe e nós crianças éramos os únicos em uma de suas reuniões, de modo que ele decidiu dirigir as suas observações especialmente a nós jovens. Ele falou sobre a dedicação e a tornou tão clara e desejável, que fiquei profundamente impressionada. Naquela noite, ao ir para a cama, parte de minha oração tratava de eu me oferecer a Deus para ser usada conforme ele quisesse. Não falei a ninguém sobre esta dedicação, mas, durante a minha adolescência, ela ocupava o primeiro lugar na minha mente e muitas vezes me guiava nas minhas decisões.

Uns dois anos depois, mudamo-nos para uma pequena cidade de Ohio, onde não havia congregação do povo de Jeová. Embora ainda realizássemos estudos bíblicos, não eram mais regulares. Doenças, a luta de criar família, os cuidados da vida, e a ausência freqüente do pai, por causa dos negócios, impediam uma associação espiritualmente sadia com outros do povo de Deus, durante vários anos. Mas aquele primitivo treinamento tivera um profundo efeito sobre nós jovens. Lançara raízes profundas no nosso coração. Um após outro dedicamos nossa vida a Deus. Eu fui batizada com minha irmã em 1936. Nossos irmãos já haviam empreendido a obra de pregação por tempo integral, o serviço de pioneiro, e Gertrude e eu planejávamos fazer o mesmo.

COMEÇO DUMA OBRA VITALÍCIA

Em dezembro de 1938, ambas entramos no serviço de pioneiro, pregando a Palavra de Deus por tempo integral. Neste tempo, nosso lar estava em Cleveland, Ohio, de modo que servimos ali alguns meses antes de aceitarmos uma designação de trabalhar em Brookville, Pensilvânia. Eram tempos emocionantes. Em muitos lugares, as testemunhas de Jeová eram alvos de perseguição durante a Segunda Guerra Mundial. Gertrude e eu passamos vários dias na cadeia por pregar a Palavra de Deus. A Sociedade obteve então um mandado de segurança contra diversas cidades de Pensilvânia, e ficamos assim livres para empenhar-nos na nossa obra de pregação, sem interferência.

Foi enquanto servíamos em Warren, na Pensilvânia, que o então presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, anunciou o novo arranjo de “pioneiros especiais”, segundo o qual a Sociedade daria algum apoio financeiro àqueles que fossem a localidades onde havia necessidade especial da pregação do Reino. Quão emocionadas ficamos quando recebemos cartas convidando-nos a participar nesta atividade especial de pregação!

Em dezembro de 1941, quatro de nós pioneiras começamos a trabalhar sob o novo arranjo em Salamanca, Nova Iorque. Mais tarde juntou-se ali a nós uma quinta moça. Em pouco tempo estabeleceu-se uma congregação, proveu-se e mobiliou-se um Salão do Reino e chegou a hora de passarmos para outra designação. No ínterim, minha irmã Gertrude achou aconselhável voltar para casa, para cuidar de mamãe na sua última doença. Dorothy Lawrence e eu fomos enviadas a Penn Yan, Nova Iorque, mas não por muito tempo. Ambas fomos convidadas a cursar a Quarta Classe da escola de treinamento de missionários da Sociedade Torre de Vigia, a Escola de Gilead. Somos companheiras desde aquele tempo.

GILEAD E OUTROS LUGARES

Observamos que muitos na nossa classe de Gilead haviam conhecido os propósitos de Jeová desde a infância. Encontramos ali também novamente o ex-“peregrino” W. J. Thorn. Embora já fosse idoso e doentio, ainda podia trabalhar cada dia na Fazenda do Reino da Sociedade Torre de Vigia, onde então se encontrava a Escola de Gilead. Quando lembrei-lhe as suas palavras, que me haviam influenciado na infância, ele me disse que usara este tema muitas vezes ao falar a jovens.

Eu poderia escrever um livro sobre o tempo maravilhoso que passamos em Gilead, mas Gilead foi apenas o trampolim para maiores coisas mais adiante. Fomos primeiro designadas a Cuba, aonde chegamos no primeiro dia do ano de 1946. Devíamos ajudar a fortalecer uma pequena congregação numa cidade chamada Cienfuegos. O Salão do Reino ou lugar de reunião era a grande sala de estar de nosso lar missionário. Alguns na congregação sentiam-se confusos; outros haviam deixado de se associar por causa de má influência, de modo que nossa tarefa era visitar e edificar a tantos quantos fosse possível. Conseguimos isso em grande parte graças à ajuda de Jeová.

DESIGNAÇÃO DIFERENTE

Nossa próxima grande designação foi à República Dominicana. Pouco depois de nos termos acomodado ali e de termos recebido a permanência começaram as dificuldades. Nossa obra foi proscrita. O ditador Trujillo mandou fechar todos os Salões do Reino, e nossa obra de pregação foi proibida. Alguns dos missionários foram retirados do país, mas Dorothy e eu ficamos felizes por podermos permanecer. A obra foi reorganizada de outro modo. Fomos aconselhadas a obter emprego secular e a viver como habitantes comuns.

Esta foi uma mudança bastante grande. Achamos um apartamento confortável defrontando o Caribe e ensinamos inglês para nos sustentar. Nossos estudantes eram na maior parte pessoas de negócios e diplomatas de diversos países. Ao mesmo tempo, designou-se a nós um pequeno grupo de Testemunhas, e nós nos reuníamos no nosso apartamento para realizar reuniões e estudos bíblicos. Deste modo, os espiões da polícia nunca sabiam ao certo quais os estudantes de inglês e quais as nossas irmãs espirituais que entravam e saíam no nosso lar.

Tínhamos no apartamento uma grande banheira, e esta tornou-se muito conveniente, visto que não era possível realizar batismos públicos durante aqueles anos da proscrição. De todas as partes da cidade vinham candidatos para serem batizados ali, e, assim, incidentalmente, ficávamos sabendo o que acontecia em outras partes da cidade e do país. Lembro-me de cinqüenta ou mais, inclusive muitos jovens, que foram imersos naquela banheira.

Certa vez, na comemoração da morte de Cristo, nosso apartamento estava superlotado de Testemunhas. Chovia muito e todos vinham molhados até os ossos, mas tínhamos toalhas à disposição para se enxugarem. E a chuva veio a ser uma bênção, porque tornou impossível que os espiões da polícia ficassem sentados no muro baixo defronte de nossa casa, para vigiar o que estava acontecendo.

DAÍ PARA PORTO RICO

Em 1957, todos os missionários foram deportados da República Dominicana; por isso fomos designadas a Porto Rico, à pequena cidade de Adjuntas, nas montanhas. Trabalhamos arduamente e progredimos apesar da oposição. Os clérigos religiosos, católicos e protestantes, exerceriam pressão sobre o povo. Esperava-se que as pessoas permanecessem na igreja na qual tinham sido criadas. Frustraram-se até mesmo os esforços da Igreja Ortodoxa Grega de se estabelecer ali. Mas não o povo de Jeová, pois, muitos se tornaram nossos amigos e muitos simpatizavam conosco, inclusive pessoas de destaque.

Uma experiência feliz ali tinha que ver com um rapaz de quatorze anos que se apresentou no lar onde eu dirigia um estudo bíblico, dizendo que veio para estudar. Ele deu muitos comentários e fez muitas perguntas. Era pessoa alegre e conversava e ria quase sempre. Não estando bem certa de sua sinceridade, fiz algumas indagações e fiquei sabendo que a professora dele já estudava a Bíblia comigo e que ela lhe havia suscitado o interesse. Ela me assegurou que ele era realmente sincero.

E ele fez mesmo notável progresso. Quando foi para uma cidade maior, para terminar seus estudos, continuou com seus estudos bíblicos, participou no ministério de campo e finalmente foi batizado. Por um tempo, ele teve de continuar com sua família, para ajudar a criar irmãos e irmãs mais jovens. Com o tempo, arranjou os seus assuntos de modo a entrar no ministério de pioneiro de tempo integral. Mais tarde, foi convidado a entrar no serviço de pioneiro especial e é agora superintendente na congregação onde serve como ministro pioneiro.

Preciso contar outra experiência, que envolve uma moça em nosso território. A moça havia sido criada bastante liberalmente. Sua franqueza, embora sincera e honesta, podia fazer as pessoas crer que ela era desrespeitosa ou mesmo leviana. Sua mãe estava realmente preocupada com ela. Certo dia, ela voltara para casa dizendo que desistira da Igreja Católica, embora sua mãe ainda fosse à missa naquele tempo. Ela mesma se retirou da escola católica e se formou numa escola pública.

Mas depois, quando sua mãe começou a estudar a Bíblia conosco, a moça era contrária a isso. Nenhum empenho para fazê-la pelo menos ler o livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna foi bem sucedido. Em desespero, a mãe fez um trato com ela. Parece que recebera a promessa duma viagem à Espanha, de modo que a mãe lhe disse então que, se estudasse o livro antes de viajar, ela lhe daria um dinheiro extra para as despesas de viagem. A mãe lhe disse que não precisava crer no livro, apenas devia completar o estudo regular dele. A moça concordou, e a mãe pediu-me que dirigisse o estudo com ela.

Era difícil. A moça procurava refutar as declarações mais simples. Eu procurava permanecer calma e responder a todas as suas objeções, e visto que ela tinha um bom senso de humor, eu procurava manter o estudo num nível leve, ao mesmo tempo mantendo a dignidade das “boas novas”. Quando nos aproximamos do fim do livro, eu achava que ela não havia aceito sua mensagem da Bíblia. Tinha as minhas dúvidas sobre o critério da mãe em fazer tal trato com a filha. Mas, para a minha surpresa, certo dia ela me perguntou que livro íamos estudar a seguir! Jeová certamente havia feito a semente crescer! — 1 Cor. 3:7.

Quando reexamino os meus trinta e um anos no serviço de tempo integral nos interesses do reino de Deus, só posso alegrar-me com a vida plena que tenho levado. Ora, em certo sentido, sou mais rica do que o Rei Salomão. E quando observo famílias com filhos pequenos no Salão do Reino aqui na congregação de Rio Pedras em São João [de Porto Rico], não posso deixar de pensar nas bênçãos resultantes para os pais que acatam o conselho de Provérbios 22:6.

Eu, da minha parte, agradeço a Jeová e a meus pais o bom treinamento cabal que me deram desde a minha infância, treinamento que me preparou para aceitar com prazer o caminho de Deus.

“Escutai, ó filhos, a disciplina do pai e prestai atenção, para conhecerdes a compreensão. Pois é boa instrução o que vos hei de dar. Não abandoneis a minha lei. Pois, mostrei-me verdadeiro filho para meu pai, terno e o único diante de minha mãe. E ele me instruía e me dizia: ‘Segure teu coração as minhas palavras. Guarda os meus mandamentos e continua vivendo. Adquire sabedoria, adquire compreensão.’” — Pro. 4:1-5.

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