Assembléias que realmente enaltecem o nome divino
“MONTARÃO uma pequena cidade regida por Jeová no estádio [Riverfront]”, foi como descreveu o editorialista do jornal Enquirer a Assembléia de Distrito “Nome Divino” então em preparação em Cincinnati, E. U. A.
Esta previsão se aplicava também a todas as trinta e quatro assembléias realizadas nos Estados Unidos, às onze realizadas no Canadá, de junho a agosto do ano passado, e às dezoito realizadas no Brasil, em dezembro e janeiro últimos.
De fato, desde os preparativos antecipados até o fim do programa de cinco dias, evidenciou-se que as testemunhas de Jeová reunidas gozavam do sorriso do seu Deus e Criador, a quem reconhecem como controlando suas atividades. O espírito predominante nas assembléias era o enaltecimento do Nome Divino, bem como de se ter um bom nome perante Deus. Deu-se ênfase especial à espiritualidade, à necessidade de alcançá-la, a como protegê-la e à edificação espiritual de outros.
Esta atitude permeava de tal maneira as reuniões, que um jornalista do Constitution de Atlanta, E. U. A., sentiu-se induzido a dizer: “Vêm à procura de sustento e revigoramento espirituais, de ajuda nos seus problemas ou para prestar ajuda a alguém que amam — e amam a todo o mundo.”
PREPARATIVOS
Não é tarefa pequena providenciar e preparar tais assembléias, nas quais se espera uma assistência conjunta de centenas de milhares de pessoas. Começa-se já com mais de um ano de antecedência, às vezes anos antes, o trabalho de se proverem novas publicações bíblicas a serem lançadas. Selecionam-se e contratam-se também locais para os congressos. Com meses de antecedência, as gráficas da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados começam a compor e a imprimir. Os livros encadernados mantêm o departamento de encadernação das gráficas ocupado até a ocasião dos congressos. Os lançamentos impressos nas assembléias, além da demanda normal das Bíblias, dos livros bíblicos e das revistas da Sociedade, lançam um peso adicional sobre as gráficas e costumam exigir trabalho extra.
Além disso, precisa-se preparar o programa, visando as necessidades dos cristãos no meio da atual situação do mundo. Alguns dos discursos principais são impressos em forma de manuscritos. Outros são preparados como esboços, para que o mesmo alimento espiritual seja transmitido não importa a que assembléia alguém assista. Gravam-se dramas bíblicos, que são enviados às cidades de assembléia em tempo para que os participantes possam aprender o texto e encenar em pantomima as palavras transmitidas pelo sistema sonoro. Outros dramas são cabalmente preparados, ensaiados e apresentados “ao vivo”.
Além de tudo isso, gastam-se milhares de horas de trabalho na organização de cada assembléia local, para que haja um restaurante, bares, indicadores para cuidar da multidão, equipes grandes de limpeza, equipamento sonoro, locais de estacionamento e ajudantes, hospedagem, departamento de serviço voluntário e uma multidão de outras coisas, tudo pronto para o dia de abertura.
CIDADES DÃO BOAS-VINDAS ÀS ASSEMBLÉIAS
Em tempos passados, a oposição da parte das religiões da cristandade criava muitas dificuldades para as testemunhas de Jeová em obter locais de assembléia. Também, por causa da influência clerical sobre os cidadãos locais, às vezes era difícil conseguir hospedagem. Até mesmo autoridades municipais e comerciantes ficavam influenciados pela difamação dos motivos e da fidedignidade das Testemunhas. Mas hoje, isto acontece raras vezes.
Um repórter do jornal Star de Montreal, Canadá, ao ver tantos reunidos (22.692 num estádio de corridas), observou: “A Bíblia atraiu mais pessoas para cá do que as corridas. As Testemunhas de Jeová simplesmente nunca desistem. Aquela gente que as combatia não está mais presente, mas as Testemunhas de Jeová ainda estão aqui.”
Típicos da atitude de autoridades, gerentes de auditórios e comerciantes são os seguintes exemplos.
No segundo dia da assembléia de Mênfis, E. U. A., o jornal Commercial Appeal escreveu em editorial:
“QUINZE MIL das Testemunhas de Jeová chegaram a Mênfis para uma reunião de cinco dias, e Mênfis tem o prazer de dar-lhes as boas-vindas.
“As Testemunhas são um grupo diligente. Já estiveram em Mênfis no passado, e sua conduta foi sempre exemplar. É uma seita evangélica, cujos membros trabalham como voluntários. Seu congresso procura manter o custo reduzido para os seus trabalhadores atarefados, e o restaurante improvisado que estabeleceram é um exemplo de seu cuidadoso planejamento.
“Tal diligência de sua parte as torna hóspedes bem-vindos. Esperamos que achem a cidade hospitaleira.”
E o jornal Press-Scimitar, de Mênfis, observava que a multidão, tratando-se dum “acontecimento de família”, era grande demais para o maior salão de Congressos da cidade, e depois dizia: “Quando as Testemunhas programarem a sua próxima assembléia em Mênfis, já estará pronto para elas o novo Centro de Congressos Everett Cook, da cidade, na rua North Main. As Testemunhas sempre são um grupo bem-vindo. Mantêm elevadas normas de conduta e cortesia, e cuidam dos seus próprios problemas.”
Esta foi a recepção dada em quase todas as cidades de assembléia. Apenas em alguns casos isolados houve certa dúvida quando se falou com gerentes de auditórios ou autoridades. Mas quando se lhes pediu que telefonassem para outros gerentes e autoridades com os quais as Testemunhas já haviam tido tratos, afastaram-se as suas dúvidas. O diretor do Estádio dos Veteranos, em Filadélfia, E. U. A., observou aos jornalistas que ele havia falado com outros funcionários do estádio antes de alugá-lo. Acrescentou: “São a melhor gente para se conseguir. Atraem muitas pessoas, mas fazem um trabalho enorme de limpeza e cuidam bem de suas próprias necessidades.”
A cooperação similar da polícia, de autoridades municipais e de comerciantes foi um ponto de destaque em cada assembléia nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil. O bom êxito em conseguir hospedagem foi tão notável, que induziu o seguinte comentário no jornal News de Albuquerque, Novo México, E. U. A.: “Quase se tem a sensação de que Alguém Importante toma interesse pessoal no assunto.”
OBJETIVO DAS ASSEMBLÉIAS
Pode-se dizer que as assembléias tinham um objetivo duplo: (1) enaltecer o Nome Divino Jeová na mente e no coração das testemunhas de Jeová e de todos os outros com quem podem entrar em contato (Mat. 6:9); e (2) fornecer educação para si mesmas, seus filhos e outros, em obediência aos princípios divinos representados por este Nome.
O discurso básico das assembléias, proferido no primeiro dia, intitulava-se “O Nome de Quem Respeita Mais — O Seu Próprio ou o de Deus?”. Mostrou-se claramente que os clérigos da cristandade colocam a si mesmos à frente de Deus, preferindo as suas próprias idéias à Palavra de Deus. Em contraste, uma particularidade destacada desta assembléia foi a ênfase dada ao uso da Bíblia. Incentivou-se a leitura diária da Bíblia em cada família. E para se obter compreensão realmente profunda e inclinação correta, demonstrou-se a necessidade de se considerarem o fundo histórico e os acontecimentos que cercam os livros bíblicos, bem como o contexto geral da parte lida.
A necessidade de se atender a soberania de Deus e a vindicação do Nome Divino foi salientada no discurso público “Quando Todas as Nações Entrarem em Choque com Deus”. Este discurso culminante no dia final das assembléias foi a ocasião da maior assistência, que ascendeu a 678.359 pessoas só nos Estados Unidos e no Canadá.
As assembléias, na realidade, constituem passos maiores na preparação para a vida numa nova ordem, na qual prevalecerão justiça, ordem, paz, verdadeiro amor e interesse nos outros. As testemunhas de Jeová procuram viver assim agora.
As Testemunhas realmente crêem na oração do “Pai-Nosso”, que pede a Deus: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:10) Seguem o conselho de Jesus: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça”, isto é, a de Deus. E isto as torna realmente felizes. — Mat. 6:33.
Alguns gostam das testemunhas de Jeová, mas não querem escutar o que elas crêem baseadas na Palavra de Deus. Mas, se não fosse a Palavra de Deus e a aplicação de seus princípios na sua vida, sua conduta não seria exemplar e não poderiam realizar assembléias tão excelentes. Alguns se dão conta disso. Certa senhora, em Portland, Oregon, E. U. A., disse a duas testemunhas de Jeová que lhe falaram sobre obter hospedagem no seu lar para os congressistas visitantes: “São tão cordiais, bondosas e gentis. Deve ser a sua religião que as torna assim.”
Certa cronista escreveu no jornal Evening News, de Búfalo, E. U. A.: “As Testemunhas acham que a consideração para com a propriedade dos outros simplesmente é conduta cristã.” Ela contou a experiência dum dono-de-casa em Tonawanda, Nova Iorque, que primeiro hesitara em conceder hospedagem aos congressistas, mas depois disse: “Se todos fossem como eles, gostaria de alugar meus quartos cada semana. Quando o dia era chuvoso, tiravam até mesmo os sapatos antes de entrar na casa, para não sujar os tapetes. Estão entre as pessoas mais corteses que já encontrei.”
ENSINO
O programa das assembléias dava muita ênfase ao ensino. Os congressistas foram informados de que é preciso manter abertas as comunicações na família. A fim de ajudar os pais a evitar a ‘lacuna entre gerações’, é preciso instruir os filhos desde os seus primeiros anos. Antes de o orador anunciar o lançamento do livro de 192 páginas intitulado Escute o Grande Instrutor, ele disse aos pais: “Não pensem que seus filhos se tornarão por natureza discípulos só porque vocês, pais, os são. Não serão seguidores de Jesus Cristo a menos que os instruam neste sentido.”
Os pais acolheram o livro como verdadeira dádiva para ajudá-los a estabelecer um programa organizado de ensino, para fazer os filhos compreender verdades e princípios bíblicos profundos de conduta cristã em linguagem clara e simples, e com ilustrações. Também os filhos presentes nas assembléias mostraram que estavam ansiosos de receber tal ensino bíblico, pois, foram vistos nos locais de assembléia, às centenas, segurando firmemente o livro que era ‘para eles’, ou estando profundamente absortos na leitura dele.
Antes da publicação deste livro, havia aparecido uma série de artigos similares na Sentinela. Alguns haviam recortado os artigos e feito deles um livro. Certo pai observou: “Meus filhos verificam comigo cada semana para terem a certeza de que não perdi nenhum artigo. Fazemos da leitura destes artigos uma espécie de jogo. Os filhos respondem a cada pergunta feita no artigo. De fato, temos de insistir em que primeiro levantem a mão, para que não falem todos ao mesmo tempo. Estes artigos induzem os filhos a pensar e a participar mentalmente.” Outro disse: “Fiquei impressionado com a rapidez com que uma criança aprende até mesmo conceitos difíceis.”
Tal cuidadoso ensino parental traz ricas recompensas. Neste mundo de desintegração familiar, a unidade familiar entre os verdadeiros cristãos é bem notável, conforme observou um jornalista no State Journal de Lansing, Michigan, E. U. A.: “O mar de rostos idosos e jovens no auditório, nos corredores e transbordando para o salão de feira, no andar térreo, é uma demonstração de solidariedade familiar — a pedra fundamental da prática da religião. Este vínculo se estende através de todo o grupo de aderentes.” (O grifo é nosso.)
‘O programa de ensino não pára com os jovens’, disse um orador nos congressos. ‘Todos nós freqüentamos uma escola em que não há formatura. Todos nós precisamos continuar a aprender do tesouro inesgotável de Deus. O Nome Divino tem brilho cada vez maior ao aprendermos mais sobre os modos de Jeová.’ Depois lançou para os reunidos o Manual da Escola do Ministério Teocrático, a ser usado na escola do ministério realizada semanalmente em cada congregação das testemunhas de Jeová, tanto para Jovens como para idosos.
Para um conhecimento bíblico mais adiantado, lançou-se em inglês o livro de 1.700 páginas intitulado Ajuda ao Entendimento da Bíblia. Este livro, de estilo similar ao dum dicionário bíblico, representa sete anos de pesquisa.
MORALIDADE
Em todo o programa, deu-se muita atenção à moral. Jovens foram entrevistados no palco, considerando-se o problema dos tóxicos existente nas escolas. Certo pai e mãe palestraram sobre o assunto com seus filhos adolescentes, alertando-os aos perigos dos entorpecentes e dando-lhes conselho sobre o motivo e a maneira de evitar os tóxicos. Esta maneira raciocinante e compreensiva serviu de modelo para os pais, que precisam saber o que seus filhos estão fazendo e precisam prepará-los contra a ameaça dos tóxicos, se quiserem salvá-los.
No palco, entrevistaram-se alguns que no passado haviam usado tóxicos, mas que em razão de aprenderem e aplicarem os princípios bíblicos se livraram deles. Em diversas cidades de congressos, estes jovens foram depois entrevistados extensamente no rádio e na TV. Depois de uma entrevista, o diretor de notícias duma rádio de Atlanta, E. U. A., concluiu: “Seus jovens não só têm respostas quanto à Bíblia, mas também têm respostas para o problema dos entorpecentes.”
Muitos ficaram comovidos com o drama “Jeová Abençoa os Leais”, demonstrando o laço em que caíram os antigos israelitas por causa da sua associação com moabitas imorais e idólatras, quando Israel estava para entrar na Terra da Promessa. (Números, capítulos 22-25) Salientou-se claramente que a conduta desenfreada e sexualmente imunda, de qualquer espécie, é pecado, assim como também a fornicação e a idolatria. O drama fez todos os observadores compreender o grande perigo das más associações nos tempos atuais, quando já estão bem próximos a destruição do atual sistema de coisas e a entrada do povo de Deus na Sua nova ordem de justiça.
O CORAÇÃO POR ALVO
Houve muitas observações de apreço pela boa matéria apresentada no programa. Mas, tanto quanto a própria informação, muito apreciado foi o espírito que criou, devido ao destaque do coração no programa. Um congressista, que já anda neste “caminho” da verdade por dezenove anos, expressou tal sentimento. Ele disse: “O programa foi de natureza muito pessoal, motivando a pessoa a examinar a condição do próprio coração e o de sua família, e prover amorosa ajuda bíblica quando necessária. Fez com que eu me apercebesse mais da minha obrigação de dar maior ajuda à congregação.” Outro, quando interrogado sobre o que ele considerou ser o ponto principal do programa em geral, respondeu: “O amor a Deus e não as estatísticas. Queremos que o Nome Divino seja vindicado.”
Um ponto do programa que atraiu a atenção de todos intitulava-se “O Que Tem no Coração?”. Os participantes deste drama passaram por situações esquadrinhadoras do coração, comuns aos cristãos. No palco, modelos gigantescos dum cérebro e dum coração se iluminavam ao passo que cada um “falava” dentro da pessoa que lidava com uma difícil decisão moral. O drama “Adote o Propósito de Jeová Como Seu Modo de Vida”, retratava a devoção de Rute, a moabita, ao Deus de Noemi, o que comoveu o coração de todos. As palavras de Rute: “Aonde quer que fores, irei eu, . . . Teu povo será o meu povo, e teu Deus, o meu Deus, induziam os ouvintes a esquadrinhar seu próprio coração quanto a se eles também se colocavam plenamente a disposição para servir na promoção da adoração do verdadeiro Deus, Jeová.
O consenso da opinião quanto à eficácia do método da apresentação de “dramas” foi ressaltado por um congressista em Portland, Oregon, dizendo: “Os discursos e os dramas salientaram vigorosamente a necessidade de ‘resguardarmos o coração’, agindo prontamente para expulsar idéias erradas.” Outro, do estado de Washington, observou: “O que se salientou nesta assembléia foi o amor, ajudando a todos nós a esquadrinhar o coração para ver a profundeza de nossa lealdade e devoção a Jeová e a Cristo Jesus.”
De fato: “Dele [do coração] procedem as fontes da vida.” É conforme concluiu um congressista de Poughkeepsie, Nova Iorque: “A questão da motivação correta — do motivo de fazermos as coisas, não apenas o que fazemos — parecia ser o fio da idéia da maioria dos oradores, visto que Jeová julga o coração, não apenas as obras da pessoa ou o que ela parece ser por fora.” — Pro. 4:23; 21:2.
Portanto, as assembléias “Nome Divino” enalteceram realmente o Nome de Jeová diante do próprio povo de Deus. E sua ordem, limpeza, boas maneiras e espírito feliz glorificaram aos olhos de todos os expectadores o Nome do Deus a quem servem as testemunhas de Jeová. Um redator do Journal de Shreveport, E. U. A., intitulou um artigo de fundo sobre a assembléia: “Dão Testemunho de Uma Deidade Feliz.”
A sinceridade de coração resultante da adoração do verdadeiro Deus Jeová foi observada por um redator do jornal Daily News de Greensboro, Carolina do Norte, E. U. A. Observando a “maior proporção de mistura étnica do que na maioria dos outros grupos religiosos”, ele disse: “Este negócio de ‘irmão e irmã’ não é mero fingimento.”
As testemunhas de Jeová se sentem felizes de que suas atividades resultam no enaltecimento do Nome Divino. Mas sabem que precisam ‘persistir em buscar o reino e a justiça de Deus’ por melhorarem constantemente seu ministério a Deus. Este assunto amplo foi também considerado no programa da assembléia, e será considerado no artigo que segue.
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Letreiro na Prefeitura de Milwaukee dá boas-vindas aos congressistas.
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Em Los Angeles, 62.885 ouviram o discurso “Quando Todas as Nações Entrarem em Choque com Deus”.
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Um orador em Milwaukee lança a edição completa de “Ajuda ao Entendimento da Bíblia”.
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Meninos se deleitam em falar sobre o novo livro “Escute o Grande Instrutor”.