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  • Aceitação do treinamento piedoso desde a infância
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1973
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1973
w73 1/2 pp. 92-95

Aceitação do treinamento piedoso desde a infância

Conforme narrado por Rose Cuffie

A BÍBLIA diz em Provérbios 22:6: “Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” Visto que este princípio se aplica também às moças, considero-me abençoada por ter tido pais que fizeram exatamente isso.

Nasci em Trinidad, no ano de 1919. As testemunhas cristãs de Jeová estavam então ajudando meus pais a estudar a Bíblia. Por isso, meus pais começaram bastante cedo a treinar seus dez filhos de modo piedoso.

Amiúde fomos ensinados com a ajuda de gravuras, tais como as num livro chamado “Sinopse do Fotodrama da Criação”, que ilustrava a história real da Bíblia. Por exemplo, meus pais me mostravam a gravura de Noé construindo a arca e depois perguntavam: Por que foi Noé salvo quando veio o dilúvio? Assim aprendi já bastante cedo que Noé e sua família sobreviveram porque eram justos. Isto causou uma impressão duradoura em mim, de modo que quis ser semelhante a Noé, mas nunca como aqueles que foram destruídos pelo dilúvio.

Além de usarem gravuras, meus pais treinaram-me por contar experiências que tiveram e que me ajudariam a apreciar princípios bíblicos. Por exemplo, meu pai contou certa experiência que me ensinou que os verdadeiros cristãos nunca devem transigir quanto à sua fé. Ele contou que, quando eu tinha cerca de cinco anos de idade, seu patrão, sob a pressão dum clérigo, deu-lhe este ultimato: “Vou dar-lhe trinta dias para escolher entre seu Deus e seu emprego.” Meu pai disse que sabia que Deus vinha em primeiro lugar e que não precisava nem mesmo de um só dia para escolher. Em resultado disso, foi logo despedido do emprego, e ficou assim ‘encalhado’ em Tobago, cerca de duzentos e doze quilômetros ao norte de Trinidad. Meu pai ficou feliz de não ter transigido. O espírito de Jeová induziu seus irmãos cristãos em Trinidad a ajudar-nos a mudar para lá.

Entoar cânticos de louvor a Jeová era outra particularidade da vida doméstica de que eu gostava e que também me ajudou a ser treinada. Meu pai obteve um dos cancioneiros produzidos especialmente para crianças e primeiro publicado em 1925 pela Sociedade Torre de Vigia; era um pequeno livrinho encadernado com oitenta cânticos, com música, intitulado “Hinos do Reino”. Ele nos ajudou a aprender a cantar os cânticos, e enquanto os aprendíamos cantávamos durante o trabalho em casa.

Ainda me lembro de algumas das palavras do cântico intitulado “Embora Eu Seja Pobre e Necessitado”. A primeira estrofe era esta: “Embora eu seja pobre e necessitado, o Deus Todo-poderoso cuida de mim; Dá-me roupa, abrigo e alimento, Tudo o que é bom ele dá a mim.” A terceira estrofe: “Embora eu sofra aqui por um pouco, Ele prometeu que a terra sorriria; Quando a aflição passar dentro em pouco, Bendito por fim eu seria.” Aprendi deste cântico a agradecer a Deus o que tenho, a estar contente e a aguardar dele as bênçãos.

Outra maneira, muito importante, pela qual fui treinada era meus pais me levarem às reuniões da congregação cristã. Às vezes tínhamos de andar a pé às reuniões; outras vezes, íamos de charrete ou carruagem de toldo, com um assento adicional na parte traseira. Estas reuniões eram importantes na minha vida.

Ao passo que eu aceitava o treinamento piedoso, aumentava meu apreço por Jeová e seus propósitos. Por isso sempre me sentia feliz poder acompanhar minha mãe na pregação de porta em porta. Depois de ela falar primeiro, eu costumava entregar um livro, um folheto ou um convite ao morador. No ano de 1933, comecei a pregar sozinha. Daí, em março de 1939, fiz a minha dedicação para servir a Jeová e simbolizei-a pelo batismo em água. Aceitando o treinamento piedoso, eu quis fazer cada vez mais coisas para os outros. Em 1943, apresentou-se uma boa oportunidade, quando eu estava empregada no escritório dum sindicato em Porto de Espanha. Naquele tempo, nossa literatura bíblica estava proscrita por causa dum mal-entendido quanto à nossa obra cristã por parte do governo. No entanto, o escritório em que eu trabalhava podia receber toda espécie de jornais estrangeiros, sem qualquer dificuldade; portanto, usei o endereço de meu lugar de trabalho para obter exemplares da revista A Sentinela duma Testemunha em Granada. Embora eu não obtivesse suficientes para todos na congregação, ajudei a fazer cópias datilografadas, para que mais de nós pudessem obter este importante alimento espiritual.

MINHA CARREIRA DE PREGADORA DE TEMPO INTEGRAL

Em aceitação do treinamento que recebi cedo dos meus pais, eu sempre freqüentava as reuniões da congregação cristã e lia as publicações da Sociedade Torre de Vigia. Estas e também especialmente a Sentinela de 1945, que considerava o capítulo doze do livro bíblico de Eclesiastes, influenciaram-me grandemente. Fiquei muito impressionada com os versículos um e três deste capítulo bíblico: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento. No dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas.”

O artigo explicava que os jovens devem servir a Deus antes de virem “os maus dias”, quer dizer, a velhice com seus problemas físicos. Eu achava que, visto que tinha vinte e seis anos e em pouco tempo deixaria meus dias de mocidade, não tinha tempo a perder. Providenciei meus assuntos de modo a seguir a carreira de pregação de tempo integral da Palavra de Deus.

Portanto, em agosto de 1946, renunciei ao meu emprego secular e comecei a pregação por tempo integral em Granada. Passei três anos ali, e duas pessoas com as quais estudei a Bíblia foram batizadas.

Em 1949, fui a Trinidad, para uma assembléia cristã, e enquanto eu estava ali, recebi uma petição para a escola missionária de Gilead. Preenchi a petição porque quis fazer o que Jeová indicava, e eu considerava esta oportunidade, de ser treinada para a obra missionária, como evidência das bênçãos de Jeová. Em 29 de janeiro de 1950, parti de Trinidad para Nova Iorque, para cursar a décima quinta classe da Escola Bíblica de Gilead da Watchtower.

VIDA NA ESCOLA DE GILEAD

Na Escola de Gilead aprendi muito mais da Bíblia do que eu já sabia, embora eu a tivesse lido, e isto aprofundou meu apreço por Jeová e seus propósitos. Nas horas após as aulas, eu tinha outro trabalho a fazer, e gostava dele, quer fosse consertar roupa, serzir meias, arrumar camas ou colher morangos. Nesta décima quinta classe, fui uma dentre 120 estudantes, todos muito ocupados. Viver, estudar e trabalhar com tantos outros mostrou-se proveitoso, pois aprendi a usufruir a associação com uma diversidade de personalidades na organização de Jeová.

A formatura de nossa classe, no domingo, 30 de julho, foi uma particularidade especial do primeiro dia da “Assembléia do Aumento da Teocracia”, de 30 de julho a 6 de agosto de 1950, no Estádio Ianque de Nova Iorque. No dia da formatura, os instrutores da escola, o presidente e o vice-presidente da Sociedade, todos deram bons conselhos e encorajamento. O discurso “O Caminho do Êxito”, baseado em Josué 1:8, causou-me uma impressão duradoura. Ainda posso lembrar-me das palavras iniciais: “Jeová está dirigindo uma escola governamental de êxito. Não há nada na terra igual a ela. Desde o tempo em que se formou nela um Instrutor Mestre ela tem funcionado por mais de mil e novecentos anos.” Aprendi que a minha formatura em Gilead não era o fim do estudo e da instrução para mim, mas era o começo duma vida de grande responsabilidade perante Deus, de continuar a estudar e a usar o conhecimento obtido para ajudar outros a tomar o caminho da vida.

Nunca antes tinha estado numa multidão tão grande do povo de Jeová. E nunca antes me havia apercebido de que aceitar o treinamento piedoso enquanto se é jovem poderia levar a tal bênção.

Em outubro, parti para a Guiana, na América do Sul, meu novo lar, para continuar por tempo integral no serviço do Reino, como missionária.

OBRA MISSIONÁRIA NA GUIANA

Quando cheguei a Guiana, verifiquei que o clima era tropical, similar ao de Trinidad, donde eu vinha. Aqui crescem as mesmas frutas que em Trinidad, tais como mamões, abacaxis, mangas e uma ampla variedade de bananas. Estas similaridades entre a minha terra natal e minha nova designação ajudou-me a me ajustar.

Quando se oferecem revistas bíblicas aqui nas ruas de Georgetown, a capital, não é estranho encontrar africanos, ameríndios, chineses, indianos e portugueses. Todos entendem o inglês, porque é a língua oficial.

Em 1952, minha companheira e eu fomos designadas a ajudar uma pequena congregação em Hope Town, a cerca de dezoito quilômetros de Nova Amsterdã, do outro lado do rio Berbice. No primeiro domingo depois de recebermos a designação, atravessamos o rio na barca das 6,15 horas, levando conosco as nossas bicicletas. Andamos cerca de onze quilômetros sob chuva torrencial até onde devíamos começar, e nosso trabalho mostrou-se satisfatório. Iniciei um estudo bíblico frutífero com uma moça adolescente. Na semana seguinte, seus avós, sua mãe e duas irmãs mais jovens estavam presentes ao estudo, e um irmão e uma irmã dela, que moravam distantes do lar, assistiam quando em visita. Todas estas oito pessoas tornaram-se por fim testemunhas cristãs de Jeová.

Em 1953, tivemos o privilégio de levar as boas novas do reino de Deus às pessoas que moravam ao longo do próprio rio Berbice. Usávamos a barco que servia estas pessoas duas vezes por semana, viajando de Nova Amsterdã até Paraíso, uma viagem de cerca de vinte horas. Acompanhavam-me duas irmãs cristãs da congregação. Planejávamos passar uma semana pregando as boas novas nesta região. Pouco depois de subirmos a bordo, encontramos uma família à qual falamos sobre a nossa obra. Os pais pediram-nos de ir primeiro à sua casa, para ensinar-lhes a Bíblia. Por isso aceitamos a sua hospitalidade.

Aconteceu que, embora fossem hospitaleiros, não estavam muito interessados em aprender sobre o reino de Deus. Por isso partimos na manhã seguinte. Cada dia continuávamos a subir o rio, usando trilhas ao longo da margem ou indo num pequeno barco. Pregamos a todos os que encontramos no caminho.

Quando acabaram os nossos mantimentos, verificamos que não havia armazéns onde pudéssemos comprar alimentos. Enquanto pensávamos entre nós mesmas que Jeová sempre provê para os que fazem fielmente sua vontade, alguém ofereceu-se a ajudar-nos por nos levar no seu barco rio acima até onde pudéssemos comprar mantimentos.

Quão felizes nos sentimos de ter transmitido as boas novas a tantas pessoas ao longo daquele rio! Uma das moças do primeiro lar em que passamos a noite já está casada, e certo dia a encontramos numa loja. Ela me pediu que fosse e estudasse a Bíblia com ela e seus filhos.

Em 1963, fui designada para Georgetown, onde tive muitas bênçãos em ajudar outros a conhecer as verdades de Deus. Lembrando-me do treinamento que recebi desde cedo, achei útil nos estudos bíblicos usar gravuras para ajudar os jovens que não sabem ler a prestar atenção e aprender alguma coisa, e também para ajudar os mais idosos a entender o que as gravuras ilustram.

Pude também usar cânticos e experiências para ajudar outros, assim como meus pais ajudaram a mim. Por exemplo, recentemente falei sobre o Cântico 87, no cancioneiro “Cantando e Acompanhando-vos com Música nos Vossos Corações”, a uma de minhas irmãs cristãs que se sentia desanimada. O cântico, baseado no Salmo 55, intitula-se: “Lança Tua Carga em Jeová!” Isto ajudou a lançar sua carga sobre Jeová e ela ficou animada a entoar o cântico sempre que se sente desanimada. Quanto ao uso de experiências para ajudar outros — certa pessoa com quem eu estudava a Bíblia ficou estimulada a endireitar sua vida por causa duma experiência que lhe contei, mostrando o que outra estudante da Bíblia fez para vencer o mesmo problema.

Quando vim a Guiana, em 1950, havia ali 206 pessoas proclamando as boas novas do reino de Deus. Agora, este número aumentou para mais de mil, por causa do trabalho árduo de muitas das testemunhas de Jeová.

Tornar a pregação por tempo integral minha carreira mostrou ser uma bênção para mim. Fez-me sentir mais achegada a Jeová, porque gasto mais tempo em aprender e em ensinar sobre ele. O que sinto sobre este achego está expresso no Salmo 125:2: “Jeová está ao redor do seu povo, desde agora e por tempo indefinido.”

Quão feliz me sinto de que aceitei o treinamento piedoso dado pelos meus pais!

“Quem ouve, diga: ‘Vem!’ E quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça a água da vida.” — Rev. 22:17.

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