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  • Enviuvada, encontrei genuíno consolo

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  • Enviuvada, encontrei genuíno consolo
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
w91 1/2 pp. 25-29

Enviuvada, encontrei genuíno consolo

Conforme narrado por Lily Arthur

Um jovem ministro das Testemunhas de Jeová fazia visitas de casa em casa numa região de Ootacamund, Índia. Segundo o costume, as mulheres não abriam a porta para tal estranho. Depois de algumas horas, cansado e um tanto desanimado, ele ia embora. Mas parou, sentindo-se de algum modo impelido a bater na próxima porta. Considere o que aconteceu, conforme narrado pela senhora que o atendeu.

COM minha filhinha de dois meses nos braços e meu filho de um ano e dez meses do lado, abri prontamente a porta e vi um estranho. Na noite anterior eu estivera extremamente angustiada. Em busca de consolo, havia orado: “Pai celestial, por favor, consola-me através da tua Palavra.” Daí, para meu espanto, o estranho disse: “Trago-lhe uma mensagem de consolo e esperança da Palavra de Deus.” Achei que ele fosse um profeta enviado por Deus. Mas que situação me induzira a orar pedindo ajuda?

Como Aprendi Verdades da Bíblia

Nasci em 1922, no povoado de Cudalore, nos lindos montes Nílgiri, no sul da Índia. Minha mãe morreu quando eu tinha três anos. Mais tarde, papai, um clérigo protestante, casou-se novamente. Logo que aprendemos a falar, papai ensinou meus irmãos e irmãs e a mim a orar. Aos quatro anos, enquanto papai diariamente lia a Bíblia, sentado à escrivaninha, eu ficava no soalho lendo a minha própria Bíblia.

Quando adulta, tornei-me professora. Daí, quando completei 21 anos, meu pai arranjou meu casamento. Meu marido e eu fomos abençoados com um filho, Sunder, e depois com uma filha, Rathna. Na época em que Rathna nasceu, contudo, meu marido ficou muito doente e pouco depois morreu. Aos 24 anos, fiquei repentinamente viúva, responsável por duas criancinhas.

Depois disso, implorei a Deus que me consolasse à base de sua Palavra, e, no dia seguinte, o ministro das Testemunhas de Jeová me visitou. Convidei-o a entrar e aceitei o livro “Seja Deus Verdadeiro”. Lendo-o naquela noite, deparei várias vezes com o nome Jeová, que para mim era muito estranho. O ministro voltou noutra ocasião e mostrou-me na Bíblia que este é o nome de Deus.

Logo aprendi também que ensinos tais como a Trindade e o inferno de fogo não se baseiam na Bíblia. Encontrei consolo e esperança quando aprendi que, sob o Reino de Deus, a terra se tornará um paraíso e os entes queridos falecidos retornarão através da ressurreição. Mais importante ainda, passei a conhecer e amar o Deus verdadeiro, Jeová, que ouvira a minha oração e viera em meu auxílio.

Partilhei o Conhecimento Recém-adquirido

Comecei a me perguntar como foi que eu passara por alto os versículos bíblicos que contêm o nome de Deus. E por que não vira em minha própria leitura da Bíblia a clara esperança de vida eterna numa terra paradísica? Eu lecionava numa escola dirigida por missionários protestantes; por isso, mostrei versículos bíblicos à administradora da escola.(Êxodo 6:3; Salmo 37:29; 83:18; Isaías 11:6-9; Revelação [Apocalipse] 21:3, 4) Mencionei que de alguma forma os havíamos despercebido. Mas, para minha surpresa, ela não se agradou disso.

Escrevi então à diretora, que se encontrava em outra cidade, citando esses versículos bíblicos. Solicitei uma oportunidade de conversar com ela. Ela respondeu que seu pai, um bem conhecido clérigo procedente da Inglaterra, discutiria esse assunto comigo. O irmão da diretora era um destacado bispo.

Preparei todos os pontos e textos e fui à cidade vizinha levando o livro “Seja Deus Verdadeiro” e meus filhos. Expliquei entusiasticamente quem é Jeová, que a Trindade não existe e outras coisas que aprendera. Eles escutaram por um tempo, mas não disseram uma palavra sequer. Daí, o clérigo que viera da Inglaterra disse: “Vou orar pela senhora.” Em seguida, orou sobre mim e me dispensou.

O Testemunho Nas Ruas

Certo dia, o ministro das Testemunhas de Jeová convidou-me para dar testemunho nas ruas com as revistas A Sentinela e Despertai!. Disse-lhe que isto era algo que eu jamais poderia fazer. Como se sabe, na Índia as pessoas fariam mau juízo da mulher que ficasse parada na rua ou que fosse de casa em casa. Isto resultaria em vitupério sobre a reputação dessa mulher e até sobre a de sua família. Visto que eu amava e respeitava profundamente a meu pai, não queria lançar vitupério sobre ele.

Mas o ministro mostrou-me um versículo bíblico que diz: “Filho meu, sê sábio, e alegra o meu coração, para que eu replique àquele que me vitupera.” (Provérbios 27:11, Versão Rei Jaime, em inglês) Ele disse: “A senhora alegra o coração de Jeová mostrando publicamente que está a favor dele e do Seu Reino.” Querendo acima de tudo alegrar o coração de Jeová, peguei a sacola de revistas e acompanhei-o no trabalho de dar testemunho nas ruas. Até hoje não consigo imaginar como fiz aquilo. Isto foi em 1946, uns quatro meses depois de eu ter sido contatada.

Encorajada Para Superar Temores

Em 1947, aceitei lecionar na vizinhança de Madras, na costa leste da Índia, e mudei-me para lá com meus filhos. Um pequeno grupo de umas oito Testemunhas de Jeová reunia-se regularmente na cidade. Para comparecermos às reuniões, tínhamos de viajar mais de 25 quilômetros. Na Índia, naquela época, as mulheres geralmente não viajavam sozinhas. Elas dependiam de ser levadas pelos homens. Eu não sabia pegar ônibus, comprar passagem, descer do ônibus e assim por diante. Eu sentia que devia servir a Jeová, mas como? Assim, orei: “Jeová Deus, não posso viver sem servir ao Senhor. Mas é absolutamente impossível para mim, como mulher indiana, sair de casa em casa.”

Eu esperava que Jeová me deixasse morrer para livrar-me desse conflito. Contudo, decidi ler a Bíblia. Abri por acaso no livro de Jeremias, onde está escrito: “Não digas: ‘Sou apenas rapaz.’ Mas, deves ir a todos a quem eu te enviar; e deves falar tudo o que eu te ordenar. Não tenhas medo das suas faces, pois ‘eu estou contigo para te livrar.’” — Jeremias 1:7, 8.

Senti que Jeová estava realmente falando comigo. Portanto, reuni coragem e, na mesma hora, fui à máquina de costura e fiz uma sacola de revistas. Após orar fervorosamente, saí sozinha de casa em casa, distribuí todas as publicações que eu tinha e até iniciei um estudo bíblico naquele mesmo dia. Fiquei determinada a dar a Jeová o primeiro lugar na vida e depositei toda a minha fé e confiança nele. A obra de pregação pública tornou-se parte regular da minha vida apesar dos vitupérios que eu recebia. A despeito da oposição, minha atividade causou profunda impressão em algumas pessoas.

Um exemplo disso ocorreu certa ocasião quando eu e minha filha saímos de casa em casa em Madras, muitos anos depois. Um cavalheiro hindu, juiz da Suprema Corte, enganando-se na minha idade, disse: “Conheci estas revistas desde antes de você nascer! Há trinta anos uma senhora as oferecia regularmente na Rua Mount Road.” Ele desejava fazer uma assinatura.

Em outra casa, um brâmane hindu, oficial aposentado, convidou-nos a entrar e disse: “Há muitos e muitos anos, uma senhora costumava oferecer A Sentinela na Rua Mount Road. Vou aceitar o que a senhora me está oferecendo em consideração a ela.” Tive de sorrir, porque eu sabia que era eu a senhora a quem os dois se referiam.

Fortalecida e Abençoada

Foi em outubro de 1947 que simbolizei minha dedicação a Jeová pelo batismo em água. Naquela época eu era a única Testemunha de Jeová do sexo feminino que falava tâmil em todo o estado, mas, agora, centenas de mulheres tâmiles são fiéis e ativas Testemunhas de Jeová.

Depois do meu batismo, a oposição veio de todos os lados. Meu irmão escreveu: “Você ultrapassou todas os limites de decoro e decência.” Sofri oposição também na escola em que eu lecionava e da comunidade. Mas apeguei-me ainda mais a Jeová em contínua e fervorosa oração. Quando acordava no meio da noite, eu imediatamente acendia a lanterna a querosene e estudava.

À medida que eu ia sendo fortalecida, ficava em melhores condições de consolar e ajudar outros. Certa idosa senhora hindu com quem eu estudava tomou firme posição em favor da adoração de Jeová. Quando faleceu, outra senhora na família disse: “O que nos alegrou muito foi ver sua lealdade ao Deus que ela escolheu adorar, até o fim.”

Outra senhora com quem eu estudava nunca sorria. Seu rosto sempre refletia ansiedade e tristeza. Mas, após ensinar-lhe sobre Jeová, encorajei-a a orar a ele, visto que ele conhece as nossas tribulações e se importa conosco. Na semana seguinte, seu rosto estava radiante. Foi a primeira vez que a vi sorrir. “Tenho orado a Jeová”, explicou ela, “e tenho paz na mente e no coração”. Ela dedicou sua vida a Jeová e permanece fiel apesar de muitas dificuldades.

Equilibrando Responsabilidades

Com duas crianças para criar, eu achava que era improvável realizar meu desejo de servir a Jeová por tempo integral como pioneira. Mas então se abriu uma oportunidade de serviço quando se precisou de alguém para traduzir publicações bíblicas para a língua tâmil. Com a ajuda de Jeová, consegui cuidar dessa designação e, ao mesmo tempo, lecionar, cuidar dos meus filhos, fazer o serviço de casa, assistir a todas as reuniões e participar no serviço de campo. Por fim, quando meus filhos cresceram, tornei-me pioneira especial, privilégio que usufruo já por 33 anos.

Procurei instilar em Sunder e Rathna, mesmo quando eram pequenos, amor por Jeová e o desejo de sempre darem prioridade aos interesses Dele em todos os aspectos da vida. Eles aprenderam que Jeová é a primeira pessoa com quem deviam conversar ao levantar e a última com quem deviam falar antes de dormir. E aprenderam que não deviam desconsiderar a preparação para as reuniões cristãs e para o serviço de campo por causa de deveres escolares. Embora eu os incentivasse a fazer o melhor possível nos estudos, nunca insistia que tirassem notas altas, temendo que fizessem disso a coisa mais importante na vida.

Depois de batizados, passaram a usar as férias escolares no serviço de pioneiro. Incentivei Rathna a ser corajosa, não tímida e acanhada como eu havia sido. Após concluir o segundo grau e o treinamento comercial, ela ingressou no serviço de pioneiro e mais tarde tornou-se pioneira especial. Com o tempo, casou-se com um superintendente viajante, Richard Gabriel, que agora serve como coordenador da Comissão de Filial da Sociedade Torre de Vigia, na Índia. Eles e a filha, Abigail, trabalham por tempo integral na filial da Índia, e seu filhinho Andrew é publicador das boas novas.

Contudo, aos 18 anos, Sunder partiu meu coração quando parou de associar-se com as Testemunhas de Jeová. Os anos que se seguiram foram angustiantes para mim. Eu suplicava continuamente a Jeová que perdoasse quaisquer falhas que eu tivesse cometido na criação dele e que fizesse Sunder cair em si, de modo que retornasse. Mas, com o tempo, perdi todas as esperanças. Daí, certo dia, 13 anos depois, ele me disse: “Mamãe, não se preocupe, vou-me recuperar.”

Pouco depois disso, Sunder fez esforços especiais para amadurecer em sentido espiritual. Progrediu a ponto de ser incumbido de supervisionar uma congregação das Testemunhas de Jeová. Mais tarde, deixou um bom emprego para ser pioneiro. Agora, ele e a esposa, Ester, trabalham juntos nesse serviço em Bangalore, no sul da Índia.

Consolo Vitalício

Sempre agradeço a Jeová por me ter permitido passar por sofrimentos e dificuldades ao longo dos anos. Sem ter passado por tais coisas, eu não teria tido o precioso privilégio de sentir em tamanho grau a bondade de Jeová, sua misericórdia e suas expressões de terno cuidado e afeto. (Tiago 5:11) É acalentador ler na Bíblia sobre o cuidado e a preocupação de Jeová “para [com] o menino órfão de pai e para com a viúva”. (Deuteronômio 24:19-21) Mas isto não é nada em comparação com o consolo e o prazer de realmente sentir seu cuidado e preocupação.

Aprendi a depositar crédito e confiança implícitos em Jeová, não me estribando em meu próprio entendimento, mas notando-o em todos os meus caminhos. (Salmo 43:5; Provérbios 3:5, 6) Quando eu era jovem e fiquei viúva, orei a Deus pedindo consolo de sua Palavra. Agora, aos 68 anos, posso dizer sinceramente que foi no entendimento da Bíblia e na aplicação dos seus conselhos que encontrei consolo além de medida.

[Foto na página 26]

Lily Arthur com membros de sua família.

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