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CoatitaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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anramita (Êxo. 6:18, 20), e o rebelde Corá era um coatita da família dos izaritas (Núm. 16:1), assim como Samuel, o fiel profeta. — 1 Sam. 1:1, 19, 20; 1 Crô. 6:33-38.
O recenseamento feito no deserto do Sinai revelou que havia 8.600 varões de um mês de idade ou mais, que pertenciam às famílias dos coatitas. (Núm. 3:27, 28) Seus varões, entre 30 e 50 anos, “que entraram no grupo de serviço para o serviço na tenda de reunião”, totalizavam 2.750. — Núm. 4:34-37.
Durante a peregrinação pelo deserto, os coatitas foram designados a acampar do lado S do tabernáculo (Núm. 3:29), entre este e o acampamento das tribos de Rubem, Simeão e Gade. (Núm. 2:10, 12, 14) Os coatitas tinham o privilégio e a responsabilidade de transportar a arca do pacto, a mesa dos pães da apresentação, o candelabro, os altares e os utensílios do lugar santo, bem como o reposteiro do Santíssimo (Núm. 3:30, 31), depois de tais itens serem embalados e cobertos por Arão e seus filhos, que também eram coatitas. Os outros coatitas, além de Arão e seus filhos, não tinham permissão de ver os utensílios nem sequer um instante, nem tocar no lugar santo, pois fazê-lo significaria a morte. (Núm. 4:4-15, 20) Embora Israel provesse os levitas de gado bovino e de carroças para o transporte do equipamento do tabernáculo, não se forneceu nenhuma de tais coisas aos coatitas. Sem dúvida, devido à condição sagrada de sua carga, eles transportavam nos ombros os seus fardos. (Núm. 7:2-9) Eram os últimos dos levitas a levantar acampamento. — Núm. 10:17-21.
Depois da conquista de Canaã, quando certas cidades foram designadas aos levitas, os coatitas receberam 23 delas, 13 sendo designadas aos filhos de Arão dentre os territórios de Judá, Simeão e Benjamim, e as outras 10 para o restante dos coatitas, dentre os territórios de Efraim, de Dã e da meia-tribo de Manassés. — Jos. 21:1-5, 9-26; 1 Crô. 6:54-61, 66-70.
Hemã, um coatita da família de Izar, recebeu de Davi uma posição relacionada ao canto no santuário de Jeová. (1 Crô. 6:31-38) Sob Uriel, seu chefe, 120 coatitas achavam-se entre os que Davi designou para trazer a arca de Jeová da casa de Obede-Edom para Jerusalém, ocasião em que Hemã notabilizou-se de forma destacada na música e no canto. (1 Crô. 15:4, 5, 11-17, 19, 25) Em conformidade com Primeiro Crônicas, quando Davi dividiu os levitas em séries ou divisões, alguns coatitas eram cantores (25:1, 4-6) e porteiros (26:1-9); outros eram encarregados dos armazéns e das coisas tomadas sagradas (26:23-28), e alguns atuavam como oficiais, juízes e administradores. (26:29-32) Certos coatitas cuidavam do cozimento e da preparação do pão para as pilhas, para o sábado. — 1 Crô. 9:31, 32.
Os coatitas louvaram a Jeová ao ficarem sabendo que Ele daria a vitória a Judá, sob Jeosafá, sobre as forças combinadas de Amom, Moabe e monte Seir. (2 Crô. 20:14-19) Os levitas coatitas participaram em limpar a casa de Jeová, nos dias do Rei Ezequias. (2 Crô. 29:12-17) Também, os coatitas Zacarias e Mesulão achavam-se entre os que atuavam quais superintendentes quando o Rei Josias restaurou o templo. — 2 Crô. 34:8-13.
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Cobertura Para A CabeçaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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COBERTURA PARA A CABEÇA
Os hebreus, pelo que parece, davam muito pouca ênfase a uma cobertura para a cabeça como peça regular do vestuário. O povo comum, quando necessário, talvez usasse ocasionalmente o manto ou a veste comprida (túnica) para esse fim. Coberturas ornamentais para a cabeça, contudo, eram amiúde usadas por homens em posições oficiais, e tanto por homens como por mulheres em ocasiões festivas ou especiais. Os sacerdotes de Israel tinham sua forma prescrita de toucados (barretes). — Êxo. 28:4, 39, 40.
TIPOS DE COBERTURA PARA A CABEÇA CITADOS NAS ESCRITURAS HEBRAICAS
A primeira cobertura para a cabeça mencionada na Bíblia é o lenço com que Rebeca cobriu a cabeça ao ir encontrar-se com Isaque. (Gên. 24:65) A palavra hebraica usada aqui é tsa‘íph, traduzida em outras partes “xale”. (Gên. 38:14, 19) Rebeca, ao usar este “lenço”, evidentemente demonstrava sujeição ao seu noivo, Isaque.
O turbante (Heb., mitsnépheth) do sumo sacerdote era de linho fino, sendo enrolado na cabeça e tendo uma lâmina de ouro presa na parte da frente por meio dum fio azul. (Êxo. 28:36-39; Lev. 16:4) A cobertura ornamental para a cabeça dos subsacerdotes também era “enrolada” na cabeça, mas usa-se diferente palavra hebraica (mighba‘áh) para sua cobertura para a cabeça, indicando que tinha diferente forma e, talvez, não fosse tão requintada quanto o turbante do sumo sacerdote. Os barretes dos subsacerdotes também não continham a lâmina de ouro. — Lev. 8:13.
Jó menciona o turbante em sentido figurado, assemelhando sua justiça a um turbante. (Jó 29:14; compare com Provérbios 1:9; 4:7-9.) As mulheres, às vezes, usavam esta forma de cobertura. (Isa. 3:23) Aqui, a palavra hebraica é tsaníph. É usada na expressão “turbante régio”, em Isaías 62:3, e, em Zacarias 3:5, para o barrete do sumo sacerdote.
O peʼerʹ, evidentemente parecido com um turbante, era usado pelo noivo (Isa. 61:10), e era símbolo da jovialidade. (Isa. 61:3; compare com Ezequiel 24:17, 23.) Esta palavra também é usada para a cobertura das mulheres (Isa. 3:20), e a dos sacerdotes. (Eze. 44:18) As fitas ou faixas para a cabeça (Heb., shevisímʹ; literalmente, “pequenos sóis”) parecem ter sido feitas de rede. (Isa. 3:18) Os “turbantes pendentes” (Heb., tevulím), descritos por Ezequiel como sendo usados nas cabeças dos guerreiros caldeus, podem ter sido muitíssimo coloridos e adornados. — Eze. 23:14, 15.
BARRETES DO ORIENTE MÉDIO
Uma forma comum de barrete usada atualmente no Oriente Médio é o kaffiyeh, usado pelos beduínos. Consiste num pano quadrado, dobrado de tal modo que três lados caiam sobre as costas e sobre os ombros. É preso na cabeça por uma corda, deixando a face exposta, e protegendo a cabeça e o pescoço do sol e do vento. É possível que tal cobertura para a cabeça fosse usada antigamente pelos hebreus. — Veja CABEÇA, SER (CHEFIA).
[Imagem na página 329]
Kaffiyeh usado pelo moderno beduíno.
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Cobra ArdenteAjuda ao Entendimento da Bíblia
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COBRA ARDENTE
[Heb. , saráph]. Esta palavra hebraica, em sua forma plural, é traduzida “serafins” em Isaías 6:2, 6, e significa “ardente” ou “abrasador”. Muitas vezes é usada para modificar o termo hebraico geral para serpente (nahhásh), podendo então ser traduzida “venenosa”, talvez se referindo à ardência e ao efeito inflamatório do veneno. — Deut. 8:15.
Em Isaías 14:29 e 30:6, menciona-se uma “cobra ardente, voadora”, no julgamento de Deus contra a Filístia, e na descrição da área desértica ao S de Judá. A expressão “voadora” é considerada por alguns como se referindo ao bote rápido, relampagueante, dado pelas cobras venenosas.
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Cobra-cuspideiraAjuda ao Entendimento da Bíblia
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COBRA-CUSPIDEIRA
Veja COBRA-FLECHA.
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Cobrador De ImpostosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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COBRADOR DE IMPOSTOS
(Ou, Publicano). No Império Romano, os oficiais imperiais coletavam impostos por cabeça e impostos territoriais, como parte de sua função oficial. Mas a autoridade de coletar impostos sobre as exportações, as importações e os bens transportados pelos mercadores através do país era adquirida em hasta pública. Assim, o direito de coletar tais impostos ficava com aqueles que davam o maior lance. Quando coletavam os impostos, lucravam com a receita que ultrapassasse o total de seu lance. Estes homens, conhecidos como publicani (publicanos), arrendavam a subcontratantes o direito de coletar impostos em certas áreas de seu território. Os subcontratantes, por sua vez, eram encarregados de outros homens que coletavam pessoalmente os impostos. Zaqueu, para exemplificar, parece ter sido o supervisor dos coletores de impostos de Jericó e cercanias. (Luc. 19:1, 2) E Mateus, a quem Jesus chamou para ser apóstolo, era alguém que realmente fazia o trabalho de coletar impostos, sua coletoria estando, aparentemente, localizada em Cafarnaum ou nas proximidades. — Mat. 10:3; Mar. 2:1, 14.
Assim, na Palestina, atuavam muitos coletores judeus de impostos. Eram pouco estimados pelos seus concidadãos, visto que amiúde exigiam mais do que a taxa do imposto. (Mat. 5:46; Luc. 3:12, 13; 19:7, 8) Os outros judeus geralmente evitavam associar-se voluntariamente com coletores de impostos e os colocavam na mesma classe que as pessoas conhecidas como pecadoras, inclusive as me- retrizes. (Mat. 9:11; 11:19; 21:32; Mar. 2:15; Luc. 5:30; 7:34) Também nutriam ressentimentos contra os coletores de impostos por estarem estes a serviço duma potência estrangeira, Roma, e manterem íntimo contato com os gentios “impuros”. Por isso, tratar um “irmão” como um “cobrador de impostos” significava não ter nenhuma associação voluntária com ele. — Mat. 18:15-17.
Cristo Jesus não compactuou com a corrupção predominante entre os cobradores ou coletores de impostos. Embora criticado por assim fazer, mostrou-se disposto a ajudá-los espiritualmente. (Mat. 9:9-13; Luc. 15:1-7) Em uma de suas ilustrações, Jesus mostrou que o coletor de impostos que se reconheceu humildemente como pecador e se arrependeu era mais justo do que o fariseu que se considerava orgulhosamente como justo. (Luc. 18:9-14) E os humildes e penitentes coletores de impostos (como Mateus e Zaqueu) tornaram-se elegíveis para ser membros do reino dos céus. — Mat. 21:31, 32.
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Cobra-flechaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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COBRA-FLECHA
[Heb., qippóhz]. Uma cobra assim chamada por causa dos botes e investidas sobre sua presa, à maneira da cascavel. A raiz hebraica da qual se deriva tal nome significa “saltar” ou “pular”. A cobra-flecha pe mencionada na profecia de Isaías (34:15, “cobra-cuspideira”, NM) como uma das criaturas que habitariam Edom. Isto sublinharia que Edom tornar-se-ia uma ruína tão desolada que se tornaria um lugar seguro para a cobra-flecha ‘fazer seu ninho, pôr ovos, e chocá-los, e ajuntá-los debaixo de sua sombra’. A maioria das cobras põem ovos, e este texto talvez se refira ao costume de algumas cobras de se enroscarem em volta de seus ovos. Afirma H. W. Parker, em seu livro Snakes (Cobras, pp. 105, 106): “Enroscar-se em volta dos ovos, que é também feito por várias áspides e serpentes-krait, e alguns crótalos, ajuda a incubação, por estabelecer uma camada de insulação térmica e, assim manter uma temperatura mais uniforme, mas sua principal
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