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Coisas com que o “Reino dos céus” se assemelhaA Sentinela — 1976 | 1.° de junho
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Coisas com que o “Reino dos céus” se assemelha
“A que se assemelha o reino de Deus e com que o compararei?” — Luc. 13:18.
1, 2. Que profecia cumpriu Jesus, por usar ilustrações no seu ensino?
ILUSTRAÇÕES ou parábolas constituíam uma parte destacada do método de ensino de Jesus Cristo, há dezenove séculos atrás. Com isso ele cumpriu uma profecia bíblica. Assegura-se-nos isso na narrativa sobre a vida de Jesus Cristo, conforme escrita pelo seu apóstolo Mateus Levi. Este biógrafo nos conta:
2 “Todas estas coisas falou Jesus às multidões por meio de ilustrações. Deveras, nada lhes falava sem ilustração; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta, que disse: ‘Abrirei a boca com ilustrações, publicarei as coisas escondidas desde a fundação [do mundo].’” — Mat. 13:34, 35; Sal. 78:2.
3. Como se poderiam chamar as ilustrações relacionadas com o reino de Deus, e como as introduziu Jesus?
3 As ilustrações ou parábolas que se referiam especialmente ao reino messiânico de Deus bem que poderiam ser chamadas de ilustrações ou parábolas do Reino. Às vezes foram introduzidas com as palavras: “O reino dos céus é semelhante a”, ou: “A que compararemos o reino de Deus?”, ou: “Com que compararei o reino de Deus”? — Mat. 13:47; Mar. 4:30; Luc. 13:20.
4, 5. (a) Quantas ilustrações contou Jesus, e que série delas contou no capítulo treze de Mateus? (b) Segundo Lucas 13:17-21, em que circunstâncias contou Jesus as ilustrações do grão de mostarda e do fermento?
4 Relata-se que Jesus proferiu trinta ilustrações ou parábolas. De acordo com o capítulo treze do Evangelho de Mateus, Jesus certa vez proferiu uma série de sete ilustrações do Reino, intimamente relacionadas umas com as outras. Primeiro, a ilustração do semeador, depois a do trigo e do joio, do grão de mostarda, do fermento escondido na massa de farinha, do tesouro oculto num campo, da pérola de grande valor e da rede de arrasto. (Mat. 13:1-50) O escritor evangélico Lucas introduz as parábolas do grão de mostarda e do fermento de maneira diferente, dizendo:
5 “Pois bem, quando ele disse estas coisas, todos os seus opositores começaram a ficar envergonhados; mas toda a multidão começou a alegrar-se com todas as coisas gloriosas feitas por ele. Por isso prosseguiu a dizer: ‘A que se assemelha o reino de Deus e com que o compararei? É semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e pôs na sua horta, e o qual cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu ficaram pousando nos seus ramos.’ E, novamente, ele disse: ‘Com que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento, que certa mulher tomou e escondeu em três grandes medidas de farinha, até que a massa inteira ficou levedada.’” — Luc. 13:17-21.
6. Visto que Jesus contou as parábolas depois de as pessoas se terem alegrado com as coisas que ele fizera, o que se poderia estar inclinado a pensar que Jesus queria ilustrar com as parábolas?
6 Visto que “toda a multidão começou a alegrar-se com todas as coisas gloriosas feitas por ele”, estaríamos inclinados a pensar que Jesus reagiu à alegria de “toda a multidão” por contar duas ilustrações proféticas para retratar que o reino de Deus não se constituiria apenas dum “pequeno rebanho”, conforme Jesus indicara anteriormente, em Lucas 12:32. Antes, cresceria até se tornar bem grande, e todo o mundo da humanidade seria igual as aves, por pousarem no refúgio provido pelo Reino. Também, que a grande massa da humanidade ficaria impregnada dos verdadeiros ensinos do cristianismo. Por exemplo, o Manual Crítico e Exegético do Evangelho de Mateus, de H. A. W. Meyer, Th. D., edição inglesa de 1884, diz na página 259, parágrafo três:
A parábola da semente de mostarda destina-se a mostrar que a grande comunidade, composta dos que haviam de participar no reino messiânico, i. e., o verdadeiro povo de Deus, constituindo o organismo político do futuro reino, destina-se a se desenvolver dum pequeno começo numa vasta multidão, e, portanto, a crescer extensamente; . . . “sendo um pequeno rebanho, foram aumentados a um inúmero”. A Parábola do fermento, por outro lado, intenciona-se a mostrar como influências específicas do reino do Messias (Efé. iv. 4 ff.) aos poucos penetram no conjunto de seus futuros súditos, até que, por este meio, a massa inteira é levada intensivamente àquela condição espiritual que a habilita a ser admitida no reino.
7, 8. Que pergunta séria registra Lucas depois disso, e que parábola do Reino contada por Jesus?
7 No entanto, há um fator que vale a pena considerar aqui como significativo. É o seguinte: Logo depois de registrar estas duas parábolas de Jesus e de falar sobre como depois ele foi ensinando de lugar em lugar, o escritor evangélico Lucas intercala a pergunta de certo homem: “Senhor, são poucos os que estão sendo salvos?” Parece a resposta de Jesus concordar com esta sugestão? Indica ela um reino dum “pequeno rebanho”? — Luc. 13:22, 23.
8 Escute: “Ele lhes disse: ‘Esforçai-vos vigorosamente a entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos buscarão entrar, mas não poderão, uma vez que o dono de casa se tiver levantado e fechado a porta à chave, e vós principiardes a ficar de fora e a bater na porta, dizendo: “Senhor, abre-nos.” Mas ele, em resposta, vos dirá: “Não Bei donde sois.” Então principiareis a dizer: “Comemos e bebemos na tua frente e tu ensinaste nas nossas ruas largas.” Mas ele falará e vos dirá: “Não sei donde sois. Afastai-vos de mim, todos vós obreiros da injustiça!” Ali é que haverá o vosso choro e o ranger de vossos dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó e todos os profetas, no reino de Deus, mas vós mesmos lançados fora.”’ (Luc. 13:23-28) Por isso, tantos quantos conseguirem entrar pela “porta estreita” terão de ‘esforçar-se vigorosamente’. — Note também Lucas 13:5-9.
9. Numa contribuição para a Torre de Vigia de abril de 1881, como explicou J. H. Paton a parábola do fermento?
9 Tempos atrás, no número inglês de abril de 1881, da Torre de Vigia de Sião, na página 5, apareceu uma contribuição de J. H. Paton, sobre a parábola do fermento. No decorrer de sua argumentação, ele disse:
Esta obra de progresso e glorioso sucesso parece ser ilustrada pela parábola do Salvador, na qual Ele compara o reino dos céus com fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que o todo ficou levedado. Mat. 13:33. Uma objeção muito plausível, e, acrescentaremos, forçosa, a esta aplicação da parábola baseia-se no fato de que, na Bíblia, se fala do fermento de pão e de doutrina como elementos de impureza e de corrução. Representaria o Salvador o reino do céu por um elemento e processo de corrução? Entendemos que o Salvador usou aqui apenas uma particularidade do fermento, na sua ilustração, quer dizer, sua capacidade de permear. Não pára até que o trabalho esteja acabado, de modo que o reino de Deus não cessará suas operações até que a maldição seja removida.
10. Que comentário fez o número de 15 de maio de 1900 dá Torre de Vigia sobre a parábola do fermento?
10 No entanto, a Torre de Vigia de Sião, no número inglês de 15 de maio de 1900, página 154, objetou a esse conceito. Debaixo do subtítulo “A Parábola do Fermento”, dizia: “O fermento representa corrução, em todas as Escrituras: Em todos os outros casos de seu uso bíblico, é representado como um mal, uma impureza, algo aviltante. . . . Não parece ser razoável que nosso Senhor usasse a palavra fermento aqui assim como o povo cristão em geral supõe, num sentido bom, como indicando alguma graça do espírito santo. Ao contrário, reconhecemos a coerência em todos os seus ensinos, e podemos ter a mesma certeza de que não usaria fermento como símbolo de justiça, como não usaria a lepra como símbolo de santidade.”
11. Como foi a parábola do fermento explicada na Torre de Vigia de 15 de junho de 1910?
11 A Torre de Vigia, de 15 de junho de 1910, página 205, em inglês, seguiu o mesmo raciocínio. Disse o seguinte, sob o cabeçalho “Fermento Escondido na Farinha”: “A parábola do ‘fermento’ (v. 33) ilustra o processo pelo qual, conforme predito, a igreja passaria para a condição errada. Assim como ama mulher tomaria sua porção de farinha para cozer e poria nela fermento (levedo), e o resultado seria que a massa ficasse levedada, assim seria com a igreja de Cristo; o alimento para a casa inteira ficaria levedado ou corruto. Cada porção ficaria mais ou menos contaminada com o fermento de doutrinas falsas, que permeariam a massa inteira. Assim, hoje, quase cada doutrina inculcada por Jesus e seus apóstolos ficou mais ou menos pervertida ou deturpada pelos erros da idade do obscurantismo.” — Veja também The Watchtower (A Torre de Vigia, agora A Sentinela) de 15 de junho de 1912, páginas 198,199, sob o título “Parábola do Fermento”.
FERMENTO E VINHO
12. Em objeção a isso, em que talvez insistisse o mencionado contribuinte para a Torre de Vigia, e que ilustração de Jesus a respeito de vinho e de odres talvez mencionasse?
12 Ora, se J. H. Paton estivesse vivo naquele tempo, assim como o editor da Torre de Vigia, C. T. Russell, talvez objetasse a esses artigos nos números de 1960, 1910 e 1912 da Torre de Vigia em inglês. Talvez insistisse em que a Torre de Vigia (em português agora A Sentinela) se apegasse a “apenas uma particularidade do fermento, na . . . ilustração [de Jesus], quer dizer, sua capacidade de permear”. Visto que a capacidade de permear está na fermentação que produz, talvez argumentasse que fermentação é fermentação, algo a ser encarado objetivamente. Assim, talvez citasse Mateus 9:17, onde Jesus diz: “Tampouco se põe vinho novo em odres velhos; mas caso o fizerem, os odres rebentarão e o vinho se derramará, e os odres ficarão arruinados. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e ambas as coisas ficam preservadas.” — Também Marcos 2:22; Lucas 5:37, 38.
13. (a) Em que sentido, então, é a fermentação do vinho usada como símbolo? (b) Em vista disso, que pergunta surge a respeito do significado símbolo da fermentação causada por levedo?
13 A fermentação ainda persistente do vinho novo produz bolhas de gás e rebenta os odres velhos, não mais elásticos. A fermentação do vinho tem uma finalidade boa, e por isso, a fermentação é aqui usada de modo bom e simboliza algo de bom. Mas, argumenta isso que a fermentação causada pelo levedo é usada como símbolo de algo bom, na parábola da mulher que escondeu fermento em três grandes medidas de farinha, até que a massa inteira ficou fermentada? E, assim, será que há uma ou duas exceções ao uso bíblico de fermento como símbolo do que é mau e iníquo? Usa a Bíblia o fermento como símbolo duplo, como símbolo do que é bom e justo e também como símbolo do que é mau e iníquo?
14. Que fato mostra que a Bíblia não considera a fermentação do vinho como sendo do mesmo nível da fermentação causada por levedo acrescentado a uma massa de farinha?
14 No entanto, como se pode argumentar corretamente que a Bíblia usa o fermento da massa de tal modo duplo, quando na celebração da Páscoa e da festividade de sete dias que se lhe seguia, se permitia beber vinho, ao passo que todo o fermento ou levedo de pão era proibido e proscrito, sob pena de morte para o violador? (Lev. 23:5-13; Luc. 22:7-20) Portanto, trata a Bíblia de modo igual toda a fermentação e sua capacidade de permear? Trata a Bíblia apenas com a capacidade de permear causada pela fermentação como o único fator a ser considerado, sem tomar em conta o que causa a fermentação? A resposta bíblica é Não! De outro modo, não encontraríamos a aparente discrepância na celebração da Páscoa e da festividade dos pães não fermentados, de uma semana, que se seguia à Páscoa.
15. Na questão da fermentação qual é o fator determinante, e, assim, é a parábola do fermento uma do lado positivo ou não?
15 Portanto, é evidente que a fermentação em si mesma, com sua capacidade de permear, não é o fator determinante, ao ponto de representar uma condição boa ou má, quanto ao seu significado simbólico. Antes, o fator determinante é aquilo que se acrescenta para causar a fermentação. Nas Escrituras Sagradas, a fermentação (como fator) não é isolada daquilo que a causa. Por conseguinte, a fermentação produzida naturalmente na vinificação não é classificada na mesma categoria como a fermentação produzida na massa de farinha por um aditivo, o levedo, a saber, fermento ou massa lêveda.a Por isso, quando alguém cita a fermentação de vinho novo posto em odres novos, a fim de mostrar que o fermento (a massa lêveda) acrescentado na fabricação de pão é símbolo do que é bom e justo, ele não atinge seu intento. Seu argumento não se baseia na Bíblia. Por este motivo, o argumento usado por J. H. Paton, no número inglês de abril de 1881 da Torre de Vigia de Sião, não é válido. As Escrituras inspiradas obrigam-nos a fazer uma distinção no caso do fermento (da massa lêveda) como símbolo. Por conseguinte, a parábola do fermento não é uma ilustração de algo positivo; ao contrário, ilustra algo negativo. Mas, apresentaremos mais sobre este assunto do fermento mais adiante na nossa argumentação.
“O REINO DOS CÉUS É SEMELHANTE” A VÁRIAS COISAS
16, 17. Por que poderia alguém objetar ao que se acaba de mencionar, em vista da maneira em que se introduzem as parábolas do grão de mostarda e do fermento? Mas, que espécie de introdução se faz na parábola da rede de arrasto, usada para que atividade?
16 Será que a explicação anterior da parábola do fermento, nos números de 1900, 1910 e 1912 de A Torre de Vigia é válida hoje, quando as ilustrações parabólicas de Jesus atingem o clímax de seu cumprimento? Sim, é válida! Alguns estudantes da Bíblia talvez estejam inclinados a objetar, porque, segundo dizem, é “o reino dos céus” que é comparado ao fermento e ao grão de mostarda. (Mat. 13:31-33) Sim, mas também é verdade que, na sétima e última parábola da série, em Mateus, capítulo treze, Jesus disse:
17 “Novamente, o reino dos céus é semelhante a uma rede de arrasto lançada ao mar e que apanhou peixes de toda espécie. Quando ela ficou cheia, arrastaram-na para a praia, e, assentando-se, reuniram os excelentes em vasos, mas os imprestáveis lançaram fora. Assim será na terminação do sistema de coisas: os anjos sairão e separarão os iníquos dos justos, e lançá-los-ão na fornalha ardente. Ali é que haverá o seu choro e o ranger de seus dentes.” — Mat. 13:47-50.
18. (a) Portanto, que perguntas se fazem a respeito da parábola da rede de arrasto e a das virgens tolas e das sábias? (b) Evidentemente, o que queria Jesus dizer com “o reino dos céus é semelhante a”?
18 Agora, sabemos que os que compõem o “reino dos céus” ou o messiânico “reino de Deus” são o Cordeiro Jesus Cristo e seus 144.000 seguidores israelitas espirituais. (Rev. 7:4-8; 14:1-5) Por isso, vemo-nos aqui obrigados a perguntar: Queria Jesus dizer que esta classe do Reino, de 144.001, é semelhante a uma rede de arrasto que contém tanto “iníquos” como “justos”, e que é manobrada por anjos inferiores a Jesus Cristo? Lembramo-nos também que Jesus apresentou outra parábola, dizendo: “O reino dos céus se tornará então semelhante a dez virgens que tomaram as suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas foram tolas e cinco foram discretas.” (Mat. 25:1, 2) Devemos entender que os da classe do Reino, de cento e quarenta e quatro mil e um, estão divididos em metade de pessoas tolas e outra metade de discretas? Isto nunca poderia ser assim! É evidente, pois, que Jesus, com a expressão “o reino dos céus é semelhante”, queria dizer que, relacionado com o reino dos céus, há esta ou aquela particularidade. Ou que os assuntos relacionados com o Reino seriam desta ou daquela maneira.
19, 20. (a) Para obtermos o entendimento correto, o que precisamos saber sobre o propósito da série de parábolas? (b) Segundo as próprias palavras de Jesus, por que falou ele ao povo em parábolas?
19 Tal entendimento do significado das expressões permite que Jesus ilustre tanto desenvolvimentos maus como bons, com respeito ao “reino dos céus” ou ao messiânico “reino de Deus”. Para chegarmos ao entendimento correto, temos de tomar em consideração o objetivo com que foi dada a parábola ou série de parábolas. O próprio Jesus nos advertiu deste objetivo. Depois de ter publicamente proferido a parábola ou ilustração das quatro espécies de solo, em que caiu a semente do semeador, seus discípulos perguntaram-lhe: “Por que é que lhes falas usando ilustrações?” Vejamos, agora, a seguinte resposta de Jesus:
20 “A vós [discípulos] é concedido entender os segredos sagrados do reino dos céus, mas a esses não é concedido. Pois a todo aquele que tiver, dar-se-á mais e far-se-á abundar; mas a todo o que não tiver, até mesmo o que tiver será tirado dele. É por isso que lhes falo usando ilustrações, porque [citando Isaías 6:9, 10] olhando, olham em vão, e ouvindo, ouvem em vão, nem entendem; e é neles que tem cumprimento a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas de modo algum entendereis; e olhando olhareis, mas de modo algum vereis. Pois o coração deste povo tem ficado embotado e seus ouvidos têm ouvido com aborrecimento, e eles têm fechado os olhos; para que nunca vissem com os olhos, nem ouvissem com os ouvidos, nem entendessem com os corações e se voltassem, e eu os sarasse.’” — Mat. 13:10-15.
21. (a) Por Jesus usar parábolas, como se cumpriu Isaías 6:9, 10 no caso de Israel? (b) Como é este mesmo fato ilustrado pela parábola dos quatro tipos de solo?
21 Este era o propósito declarado de Jesus, ao falar ao povo de Israel por meio de parábolas, a fim de cumprir o Salmo 78:2; e, por meio das parábolas, Jesus mostrou que a profecia de Isaías 6:9, 10 seria cumprida, a saber, que relativamente poucos, um restante, aceitariam sua mensagem veraz e se tornariam verdadeiros cristãos, dignos do “reino dos céus”. Por exemplo, na parábola do semeador, ele falou a respeito de quatro tipos de solo, mas três dentre os quatro mostraram-se improdutivos. Apenas o solo do tipo excelente produziu abundantemente, trinta, sessenta ou cem vezes mais, na proclamação da mensagem do Reino. (Mat. 13:3-8) Assim, logo na primeira parábola da série, predomina o aspecto negativo com respeito ao “reino dos céus”.
22. Na parábola de Jesus a respeito do trigo e do joio em que classe se cumpre Isaías 6:9, 10?
22 Na próxima parábola apresentada, a do trigo e do joio, o inimigo semeou joio no campo de trigo, de modo que, ao chegar a colheita, o campo estava prejudicado pela presença duma abundância de joio. Jesus explicou que “a semente excelente” são os verdadeiros cristãos ungidos, “os filhos do reino”. O joio são os contrários a estes, são os cristãos de imitação, de fato, “os filhos do iníquo”, o Diabo que os semeou. A colheita é a “terminação dum sistema de coisas”, em que nos encontramos agora. Ao examinarmos agora a obra de colheita espiritual feita desde a primavera setentrional de 1919 E. C., o que observamos? Os “filhos do reino”, recolhidos sob orientação angélica, são apenas um restante, somando hoje cerca de dez mil que tomam do emblemático pão e vinho na celebração da Ceia do Senhor. Desde o ano de 1948, quando o relatório mostra que estes somavam 25.395, têm decrescido em número. Por outro lado, a imitação dos “filhos do reino”, aqueles em quem se cumpre a profecia de Isaías 6:9, 10, somam cerca de um bilhão de membros das igrejas da cristandade. — Mat. 13:24-30, 36-43.
23. Na parábola do tesouro escondido, quantos tomam uma ação positiva?
23 Na parábola do tesouro escondido no campo, é apenas um só homem que descobre este tesouro e “vende todas as coisas que tem e compra aquele campo”. Todos os outros aplicaram seu senso de valores em outra direção, porque seus olhos estavam como que ‘grudados’ e não viam o valor oculto naquele campo. — Mat. 13:44.
24. Na parábola da pérola de grande valor, quantos comerciantes viajantes estavam dispostos a pagar o preço dela?
24 Na parábola da “uma pérola de grande valor”, foi apenas um só “comerciante viajante” que ansiava ter a mais rara das pérolas que se podia achar. Só ele “foi e vendeu prontamente todas as coisas que tinha e a comprou”. Todos os outros comerciantes viajantes procuravam outra coisa que consideravam valiosa, provavelmente algo que não lhes custasse tudo o que tinham para ter o preço de compra. — Mat. 13:45, 46.
25, 26. (a) Em que tempo atingem as parábolas da rede de arrasto e do campo de trigo o clímax de seu cumprimento? (b) Como se cumprem as profecias para com os “justos” e para com os cristãos de imitação?
25 Na parábola da rede de arrasto, este instrumento de pesca em massa, manejado por pescadores que representavam os “anjos”, recolheu “peixes de toda espécie, peixes próprios para consumo pelos judeus que guardavam a Lei e outros peixes proibidos pela lei de Moisés. Apenas os peixes próprios foram reunidos em vasos, e os demais foram lançados fora como abomináveis. — Mat. 13:47-50.
26 É aqui na terra, na “terminação do sistema de coisas”, em que nos encontramos desde o ano de 1914 E. C., que a parábola do campo de trigo chega ao clímax de seu cumprimento. Portanto, no prosseguimento da atividade de ‘separar os iníquos dos justos’, sob a orientação invisível dos santos anjos de Deus, o que observamos quanto aos fatos do caso com relação ao “reino dos céus”? São os “justos”, chamados para o reino celestial, a grande maioria? Ao contrário, são um insignificante “restante” espiritual, ao passo que os membros das igrejas da cristandade, que esperam ir para o céu, ao morrerem, são calculados em centenas de milhões. A profecia de Isaías 6:9, 10, cumpre-se para com estes cristãos de imitação. Estes serão lançados no “fogo” da “grande tribulação” que é iminente. (Mat. 13:47-50) Portanto, a cristandade, a contrafação do “reino dos céus”, não é o lugar onde alguém deva agora procurar refúgio.
[Nota(s) de rodapé]
a “O processo da fermentação alcoólica exige controle cuidadoso na produção de vinhos de alta qualidade. . . . As peles das uvas estão normalmente recobertas de bactérias, fungos e levedura. As leveduras naturais, tais como Pichia, Kloeckera e Torulopsis são muitas vezes mais numerosas do que a levedura de vinho Saccharomyces. Embora as espécies de Saccharomyces sejam em geral consideradas mais desejáveis para a eficiente fermentação alcoólica, é possível que outros gêneros de leveduras contribuam sabor, especialmente nos primeiros estágios da fermentação. Prefere-se Saccharomyces por causa de sua eficiência em converter açúcar em álcool e porque é menos sensitivo ao efeito inibidor do álcool.” — Encyclopœdia Britannica, Volume 19, edição de 1974, página 879, sob “Fermentação”.
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A exposição do falso reino de refúgioA Sentinela — 1976 | 1.° de junho
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A exposição do falso reino de refúgio
1. Qual foi a intenção de Jesus ao contar a parábola do grão de mostarda, e em harmonia com que profecia?
QUAL deve ser, então, a intenção da parábola de Jesus a respeito do grão de mostarda, semente muito pequena na sua condição embriônica, mas que se desenvolve numa árvore? Deve ser a de mostrar algo em harmonia com a referência feita por Jesus ao aspecto negativo apresentado em Isaías 6:9, 10. (Mat. 13:13-15) Ao apresentar esta terceira parábola numa série de sete, Jesus disse: “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual, de fato, é a menor de todas as sementes, mas, quando desenvolvida, é a maior das hortaliças e se torna uma árvore, de modo que as aves do céu vêm e acham pousada entre os seus ramos.” — Mat. 13:31, 32.
2. Ao comparar a árvore mostardeira com a igreja nominal, como interpretou a Torre de Vigia de Sião, de maio de 1900, o pouso das aves do céu nos ramos daquela árvore?
2 O número inglês de 15 de maio de 1900, da Torre de Vigia de Sião, na página 153, dizia: “A terceira parábola pictórica do reino, na sua atual condição embriônica de desenvolvimento, destina-se a mostrar que a igreja nominal desta era evangélica, partindo dum começo muito pequeno, atingiria proporções bastante consideráveis. . . . Contudo, este grande desenvolvimento não necessariamente significa alguma vantagem ou algo especialmente desejável, mas, ao contrário, torna-se uma desvantagem, visto que as aves do céu vêm e pousam nos seus ramos, e a aviltam. As ‘aves do ar’, na parábola precedente do semeador, representam a Satanás e seus agentes, e achamos que estamos justificados em fazer uma aplicação similar aqui e em interpretar isso como significando que a igreja plantada pelo Senhor Jesus floresceu rápida e extraordinariamente, e que, por causa de suas consecuções, força, etc., Satanás, por meio de seus agentes, veio e pousou nos diversos ramos da Igreja. Eles têm pousado nos ramos desta igreja do Evangelho já por todos estes séculos e ainda se encontram nela, como elemento profanador.”
3. O que dizia A Torre de Vigia de 15 de junho de 1910 sobre o que representava a “árvore” no seu pleno desenvolvimento, junto com as aves?
3 Apresentando um conceito similar ao que acabamos de citar, o número inglês de 15 de junho de 1910 da Torre de Vigia (A Sentinela), na página 204, passou a dizer: “Portanto, o ensino desta parábola nos levaria a concluir que a igreja de Cristo, em certa ocasião, era tão sem importância no mundo, que era uma vergonha e desonra pertencer a ela, mas que, por fim, ela se tornaria honrosa e grande, e que os servos do adversário teriam prazer na sua sombra. Este desenvolvimento é apresentado pelas Escrituras como sendo Babilônia, dizendo que, como um todo, com os diversos ramos e denominações, a igreja nominal de Cristo é babilônica. Atente às palavras do Senhor: ‘Ela se tornou guarida de todo espírito imundo e jaula de toda ave impura e odiosa.’” — Veja também The Watch Tower de 15 de junho de 1912, página 198, sob o título “Semelhante ao Grão de Mostarda”.
4. (a) O que não diziam aqueles dois artigos da Torre de Vigia sobre o que era a “árvore” simbólica? (b) Quanto ao tempo e ao lugar, que espécie de quadro e cena não são ilustrados pela parábola do grão de mostarda?
4 Estamos agora neste ano de 1976, e a grande pergunta é: O que representa a mostardeira plenamente desenvolvida? Os dois números citados da revista Torre de Vigia (Sentinela) dizem que é Babilônia, a Grande. Não dizem que esta árvore das hortas representa a classe do Reino, de 144.001 cristãos entronizados no poder celestial. Mas, o que temos de dizer nós, hoje? Em primeiro lugar, temos de lembrar-nos de que esta ilustração do grão de mostarda não representa um quadro do milênio, para mostrar o número final dos da classe do Reino, reinando em glória celestial, com toda a humanidade refugiando-se debaixo deste reino messiânico. Não representa uma cena celestial referente aos herdeiros do “reino dos céus”. Representa, sim, um estado de coisas terreno, num determinado período de tempo.
5. Em que período especial de tempo atinge a parábola o clímax de seu cumprimento, e onde ocorre esse cumprimento?
5 O período especial de tempo é o indicado por Jesus na parábola do trigo e do joio, bem como na da rede de arrasto. Na parábola do campo de trigo no qual se semeou também joio, Jesus disse: “A colheita e a terminação dum sistema de coisas e os ceifeiros são os anjos.” Na parábola da rede de arrasto, Jesus disse: “Assim será na terminação do sistema de coisas: os anjos sairão e separarão os iníquos dos justos, e lançá-los-ão na fornalha ardente. Ali é que haverá o seu choro e o ranger de seus dentes.” (Mat. 13:39, 49, 50) A “colheita” ocorre aqui na terra, onde se encontra o “joio” que precisa ser retirado. Do mesmo modo, a separação dos “peixes” adequados daqueles que são impróprios ocorre aqui na terra, onde estão as ‘águas’ de pesca. O simbólico “joio” e os “peixes” impróprios são professos cristãos, cujo coração não é receptivo, cujos ouvidos não escutam e cujos olhos estão grudados, de modo que a cura espiritual de tais professos cristãos é impossível. — Isa. 6:9, 10; Mat. 13:14. Compare isso com Atos 28:25-28. Veja o artigo “Não Haverá Cura Até que as Casas Fiquem sem Nenhum Homem”, na Sentinela de 1.º de maio de 1967.
6. O que afirma ser esta atual “árvore” das hortas, e por que, pois não podia essa “árvore” simbólica ser Babilônia, a Grande?
6 Com a “terminação do sistema de coisas” em nossos tempos, a mostardeira simbólica já deve estar plenamente desenvolvida. Esta condição de desenvolvimento corresponderia ao tempo de colheita. Visto que a colheita do “trigo” espiritual, ou dos “filhos do reino” já está em progresso desde 1919 E. C., podemos discernir agora a simbólica mostardeira no seu pleno desenvolvimento aqui na terra. Esta árvore das hortas afirma representar o “reino dos céus”, pois Jesus disse que “o reino dos céus é semelhante” a ela. Por este motivo, a mostardeira não pode representar Babilônia, a Grande, porque esta organização é o império mundial da religião falsa, que começou com a antiga Babilônia. Babilônia, a Grande, como um todo, não afirma ser ou representar “o reino dos céus” ou o messiânico “reino de Deus”. Contudo, a parte mais numerosa e destacada de Babilônia, a Grande, afirma representar o messiânico reino celestial de Deus. A parte mais poderosa de Babilônia, a Grande, é a cristandade, com seus mais de mil ramos religiosos e denominações ou seitas.
7. A que se deve o maior crescimento da cristandade na história, e quando e como começou ela realmente?
7 A cristandade afirma derivar-se da pequena congregação cristã, original, em Jerusalém, durante o primeiro século E. C. Atualmente, as congregações da cristandade ascendem a milhões. Ela atingiu seu maior desenvolvimento! Mas o seu escandaloso mundanismo e sua falta de espiritualidade tornam certo que o tremendo desenvolvimento dela não se deve às suas virtudes espirituais e a ter ela a luz progressiva da verdade bíblica. A história religiosa mostra que, na realidade, a cristandade foi fundada no quarto século E. C. pelo imperador romano, pagão, Constantino, o Grande, que afirmou ter-se convertido ao cristianismo em 312 E. C., mas que só foi batizado pouco antes de sua morte em 22 de maio de 337 E. C. Ele tornou o degradado cristianismo dos seus dias a Igreja Estatal do Império Romano, usando uns trezentos “bispos” apóstatas e transigentes para conseguir isso. Como Pontifex Maximus ou Sumo Pontífice do Império Romano, ele convocou o primeiro Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, e determinou quais as doutrinas que este decretou serem as doutrinas da Igreja.
8. O que permeia hoje a cristandade em matéria de doutrina e prática, e em cumprimento de que parábola?
8 Atualmente, o que permeia toda a massa das igrejas da cristandade? Verdadeiro ensino, estrutura, procedimento e observância bíblicos? Não! É uma religião amalgamada, promovida pelo Sumo Pontífice Constantino, em que as coisas fundamentais são doutrinas e procedimentos babilônicos, em vez de os ensinos da inspirada Palavra Sagrada de Deus. Foi Constantino, como autoridade presidente do Concílio de Nicéia, quem resolveu a disputa sobre a personalidade e os atributos de Jeová Deus, por fazer a decisão a favor da doutrina babilônica da Trindade. Jesus Cristo predisse este processo de corrompimento da doutrina e prática cristã, ao proferir a parábola do fermento. Ele disse: “O reino dos céus é semelhante ao fermento que certa mulher tomou e escondeu em três grandes medidas de farinha, até que a massa inteira ficou levedada.” — Mat. 13:33.
9. Por quanto tempo tem prosseguido esta influência religiosamente corrompedora na cristandade, com que oportunidade para os agentes do Diabo?
9 A fermentação da massa inteira da cristandade já teve agora dezesseis séculos para se processar. Quem pode negar que a cristandade hoje está completamente levedada pela influência corrompedora das doutrinas babilônicas, pelo mundanismo e pelo desafio à soberania universal de Jeová Deus, semelhante ao feito por Ninrode? Este corrompimento da enorme massa dos “filhos do reino”, de imitação, da cristandade tornou o falso “reino de Deus” terrestre, um lagar excelente para os agentes de Satanás, o Diabo, se refugiarem nele, iguais às “aves do céu” que pousavam entre os ramos da mostardeira plenamente desenvolvida. — Mat. 13:31, 32.
10, 11. (a) Por que não se retrata nada de proveitoso para a humanidade na parábola do grão de mostarda? (b) Portanto, que “reino” atual é retratado pela “árvore” mostardeira?
10 O pouso de todas essas simbólicas “aves do céu” nas muitas ramificações da cristandade não se deu em benefício espiritual da cristandade. É igual à árvore que se desenvolveu do grão de mostarda que o lavrador plantou na sua horta ou campo. As aves do céu que pousaram nos seus ramos puderam comer as sementes de mostarda, assim como as aves na parábola de Jesus a respeito dos quatro tipos de solo consumiram as sementes caídas da mão do semeador na beira da estrada. (Mat. 13:4) No que se referia à parábola de Jesus, a árvore não servia para nenhum benefício humano. Por exemplo, a parábola não diz que o plantador, quando a árvore ficou plenamente desenvolvida, veio para espantar essas aves e recolher uma grande quantidade de grãos de mostarda para produzir um bom condimento, para temperar alguns alimentos. Mas, o lavrador certamente não plantou o grão de mostarda na sua horta, só para prover pousada para as “aves do céu”.
11 Quando se considera tudo, é evidente que a simbólica “árvore” mostardeira da atualidade é a contrafação do “reino dos céus”, a saber, a cristandade, na qual os clérigos dominam sobre os leigos. A “árvore” plenamente desenvolvida não podia coerentemente retratar o restante dos israelitas espirituais, selados, hoje na terra, porque estes são apenas uma fração, não o número pleno dos 144.000 herdeiros do Reino. De fato, já por uns vinte e oito anos, o restante espiritual tem diminuído em número. Na celebração da Comemoração da morte de Cristo, de 1975, seu número havia diminuído a 10.454.
MOSTARDEIRA DIFERENTE DA QUE PODERÍAMOS ESPERAR
12. À base da regra bíblica, de que a semente tem de produzir a sua própria espécie, que objeção poderia alguém levantar logicamente a explicação de que a “árvore” mostardeira representa a cristandade?
12 Alguém, com bastante lógica, poderia suscitar a seguinte objeção à explicação precedente: Na parábola de Jesus, o homem que semeou o grão de mostarda fez isso com boas intenções. Esperava que deste grão se desenvolvesse uma mostardeira “segundo a sua espécie”. (Gên. 1:11, 12) Não esperava algo diferente do que havia semeado. Não pensava numa contrafação da mostardeira. Sendo assim, como podemos dizer que foi exatamente tal contrafação que o semeador recebeu? Por conseguinte, como podemos dizer, assim como se fez mais acima, que a “árvore” que se desenvolveu do grão de mostarda representa a cristandade, a contrafação do “reino dos céus”?a Não é isso contrário à lei de Deus, de que a semente tem de produzir segundo a sua espécie? Não impediria esta lei divina, quando aplicada espiritualmente, tal idéia a respeito da cristandade, que é contrária ao “reino dos céus”?
13, 14. (a) Por que não haveria cristandade se não tivesse havido Jesus Cristo? (b) Segundo que norma a considera Deus responsável perante Ele, e de que é ela o equivalente?
13 Neste respeito, as coisas começaram com Jesus Cristo. Se não fosse por Cristo, não haveria cristandade. É uma declaração simples, mas veraz! No quarto século de nossa Era Comum, a cristandade prendeu-se ao verdadeiro Cristo, não a um Cristo falso, um falso Messias, de modo a tornar a contrafação menos discernível. Ela até mesmo adotou seu nome oficial por chamar-se cristandade. Apropriou-se de diversas coisas relacionadas com Jesus Cristo. Ela pratica o batismo em água, sendo que algumas de suas igrejas até hoje praticam a imersão total. Celebra a Ceia do Senhor com pão e o produto da videira. Tem seus anciãos ou bispos e diáconos. (Fil. 1:1, Almeida) E no que se refere à Bíblia Sagrada como um todo, as próprias Bíblias usadas pelas testemunhas cristãs de Jeová até que se começou a publicar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, em 1950 E. C., vieram a nós das sociedades bíblicas administradas pelas igrejas da cristandade.
14 É bastante evidente que Jesus Cristo está envolvido na formação da cristandade, que até agora professa ser a sua verdadeira Igreja. Além disso, Jeová Deus leva a cristandade a sério segundo as próprias afirmações dela. Por este motivo, Jeová exige dela que viva em harmonia com suas afirmações e a mantém responsável por não viver à altura dos requisitos dele: Por isso trará sobre ela a devida punição. Nesta “terminação do sistema de coisas”, ele a julga como sendo infiel às suas profissões religiosas. Ela é o equivalente moderno do infiel Israel da antiguidade.
15, 16. Como mostra a parábola do trigo e do joio contada por Jesus, que ele está envolvido no desenvolvimento da cristandade até agora?
15 Para aumentar a prova bíblica de que Jesus Cristo está envolvido no desenvolvimento da cristandade, temos a parábola do trigo e do joio. É verdade que Jesus Cristo, “o Filho do homem”, uso semeou aquele joio no seu próprio campo. Quem fez isso foi seu inimigo, Satanás, o Diabo. Na parábola, os escravos do Semeador descobriram depressa a presença do joio no campo de trigo. Queriam arrancar os brotos do joio. Mas o Semeador, dono do campo de trigo, não lhes permitiu isso. Na sua paciência e longanimidade, ordenou que os escravos deixassem o joio e o trigo crescer juntos até a colheita, por volta de Pentecostes. Só então separaria o já plenamente desenvolvido joio do trigo.
16 No cumprimento desta particularidade da parábola de Jesus, ele não fez com que a cristandade fosse destruída assim que se manifestou. Permitiu que se expandisse. Neste sentido, ele está envolvido no crescimento da cristandade até as suas proporções atuais, as maiores da história. Nem mesmo até o momento de se escrever isso fez Jesus Cristo com que a cristandade fosse destruída. Pela sua permissão, ela ainda ocupa lugar no campo do Semeador, “seu campo”, seu religioso ‘campo em lavoura’. — Mat. 13:24-27; veja 1 Coríntios 3:9.
17. Por quem foi manejada a simbólica “rede de arrasto”, e, o que se disse em 1891 e em 1912 sobre o que esta “rede de arrasto” representava?
17 Ilustrando adicionalmente a ligação de Jesus com a cristandade há a parábola da rede de arrasto. (Mat. 13:47-50) Os pescadores que manejavam a rede de arrasto representam os anjos celestiais sob a direção do glorificado Jesus Cristo. Mas o que representa a própria rede de arrasto? Visto que a parábola diz que “o reino dos céus é semelhante a uma rede de arrasto”, será que a rede de arrasto representa os 144.001 membros da classe do “reino dos céus”? Não, não pode representá-la, quando tomamos em conjunto todos os aspectos da parábola. O livro “Venha o Teu Reino”, publicado em inglês em 1891, dizia na página 214 que a rede de arrasto representava “a Igreja nominalmente cristã”. A Torre de Vigia de 15 de junho de 1912, na página 201 e sob o título “A Parábola Duma Rede de Peixes”, falava dela como sendo “a rede evangélica, com o seu pleno sortimento de eclesiasticismo de todo tipo”.
18. O que dizia A Sentinela de 15 de junho de 1968 sobre o que representava a rede de arrasto?
18 Mais recentemente, na Sentinela de 15 de junho de 1968, publicou-se um artigo de estudo intitulado “Abaixai as Vossas Redes Para uma Pesca”. Na página 365, parágrafo 6, disse-se que “a rede simboliza a organização terrestre que professa ser a congregação de Deus, que se acha no novo pacto com Deus, mediante o Mediador, Jesus Cristo. Assim, afirma ser o Israel espiritual, a nação santa que é ungida com o espírito de Deus para reinar com Jesus Cristo no reino celeste. Inclui os adeptos verdadeiros e os adeptos falsos ou infiéis. Logicamente, inclui a cristandade, com suas centenas de milhares de cristãos professos, que pertencem a centenas de seitas chamadas cristãs.”
19, 20. (a) A experiência de Jesus com o simbólico grão de mostarda foi semelhante a que experiência de Jeová apresentada em Jeremias 2:21-23? (b) Em Oséias 10:14 como retratou Jeová a degeneração de Israel como “videira” simbólica?
19 Assim, nas parábolas do Reino, Jesus Cristo ilustrou a sua ligação com a formação e o desenvolvimento da organização nominalmente cristã da cristandade. Sua relação com a cristandade é similar à relação de seu Pai celestial, Jeová, com o Israel apóstata dos tempos antigos. O propósito de Jeová em estabelecer a nação de Israel, lá em 1513 A. E. C., havia sido bom e justo. Mas o que aconteceu com aquela nação que ele havia escolhido e plantado na Terra da Promessa, na Palestina? O próprio Jeová responde a esta pergunta em Jeremias 2:21-23. Ali ele diz: “‘No que se refere a mim, eu te tinha plantado como videira seleta de casta tinta, toda ela de semente verdadeira. Portanto, como é que te transformaste para mim em varas degeneradas duma videira estrangeira? Porém, mesmo que fizesses a lavagem com álcali e tomasses para ti grandes quantidades de barrela, teu erro certamente seria uma mancha diante de mim’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová. ‘Como podes dizer: “Não me aviltei. Não andei atrás dos Baalins”? Vê o teu caminho no vale. Nota o que fizeste. Uma veloz fêmea nova de camelo correndo a esmo para lá e para cá nos seus caminhos.’”
20 Em Oséias 10:1-4, Jeová diz também: “Israel é uma videira em degeneração. Está produzindo fruto para si mesmo. Multiplicou os seus altares na proporção da abundância de seu fruto. Ergueram colunas boas na proporção da bondade de sua terra. Seu coração tornou-se hipócrita; agora serão achados culpados . . . Falam palavras, prestando juramentos falsos, concluindo um pacto; e o julgamento floresceu qual planta venenosa nos sulcos da campina.”
21. (a) Como mostrou a geração judaica dos dias de Jesus a sua apostasia? (b) A experiência de quem responde a pergunta sobre se Jesus podia plantar um simbólico grão de mostarda e obter uma planta de espécie alheia?
21 Nos dias de Jesus Cristo e de seus apóstolos, a nação de Israel era tão apóstata como nos dias de Jeremias e de Oséias. De fato, era a geração de Israel que causou a morte de Jesus, o Messias, e perseguiu os apóstolos e discípulos dele no primeiro século. Eram especialmente esses israelitas a quem Jesus e também Isaías se referiram como tendo os olhos grudados, os ouvidos insensíveis e o coração embotado, de modo que não havia cura espiritual para eles. (Isa. 6:9, 10; Mat. 13:13-15; Atos 28:24-28) Por isso, aquela geração apóstata sofreu uma calamidade nacional em 70 E. C. Então, será que alguém faz a pergunta: Como podia Jesus, como o Semeador da parábola, plantar o simbólico grão de mostarda, e este ainda assim se tornar uma árvore de espécie alheia, a contrafação corruta chamada cristandade? A experiência de Jeová Deus com a antiga nação de Israel fornece a resposta divina a tal indagador!
22. Por que podia Jesus contar a parábola do grão de mostarda e estar pensando em que a “árvore” plenamente desenvolvida representaria uma organização falsificada?
22 Jesus Cristo, com sua previsão profética, podia saber de antemão o resultado do simbólico grão de mostarda que ele plantou no primeiro século. Estava familiarizado com a história de Israel e conhecia todas as profecias. Por isso podia contar a parábola do grão de mostarda e estar pensando na contrafação do “reino dos céus”, a cristandade, como representada pela mostardeira plenamente desenvolvida na qual pousavam as “aves do céu”. — Veja Mateus 13:25, 38, 39; 24:23-25.
23. (a) O que não devemos concluir de a parábola não mostrar a destruição da “árvore” mostardeira? (b) O que não mostra a parábola da rede de arrasto sobre esta rede de pesca?
23 A parábola de Jesus não ilustrou em si mesma ou no seu alcance que aquilo que foi simbolizado pela “árvore” cheia de aves seria destruído. Contudo, isto não quer dizer que tal destruição não sobrevenha à simbólica “árvore”, a saber, à cristandade. (Veja Lucas 13:5-9.) O mesmo se pode dizer a respeito da rede de arrasto: A parábola de Jesus não mostrou que a rede de arrasto deixaria de existir. Mas a parábola tampouco mostrou que a rede fosse usada outra vez. Se fosse usada outra vez, traria do “mar” novamente a mesma mistura de frutos do mar conforme retratada na parábola. Assim, só porque a parábola não vai ao ponto de ilustrar isso, não significa que aquilo que foi representado pela rede de arrasto não seria eliminado no tempo devido de Deus. As operações com essa simbólica rede de arrasto foram realizadas sob a orientação angélica durante os últimos dezenove séculos. Mas, uma vez completada a obra de separação das formas de vida marinha recolhidas pela simbólica rede de arrasto, esta operação de pesca não mais será repetida.
24. Apesar de não se mostrar isso na parábola, por que será eliminada a simbólica rede de arrasto no tempo devido de Deus?
24 Visto que a rede de arrasto representa “a Igreja nominalmente cristã” ou ‘a organização de professos cristãos, incluindo os verdadeiros e os falsos’, a simbólica rede de arrasto será realmente eliminada. Tal dispositivo religioso, que inclui a cristandade, será lançado fora e nunca mais usado. Até o fim da “terminação do sistema de coisas”, Jeová Deus terá obtido todos os seus “peixes” bons para o verdadeiro “reino dos céus”. (Mat. 4:17; 13:47-50) Portanto, não ser isso ilustrado pela parábola não prova que a figurativa rede de arrasto não atinja seu objetivo e não seja eliminada, posta de lado, para nunca mais ser usada. Contudo, Jesus disse que “o reino dos céus” era semelhante a essa rede de arrasto. Certamente, pois, a própria rede não representava em si mesma a classe do Reino, de 144.001 membros.
QUE DIZER DE COISAS FERMENTADAS OFERECIDAS A JEOVÁ?
25. Embora a organização nominalmente cristã esteja levedada com coisas babilônicas, que pergunta poderá ter alguém ainda sobre o fermento escondido na massa por uma mulher, e por quê?
25 Não há dúvida de que a organização nominalmente cristã, representada pela “árvore” mostardeira cheia de aves, ficou corruta com ensinos e práticas babilônicos. Na consideração precedente, salientou-se que este corrompimento da organização professamente cristã foi representado na parábola de Jesus, em que certa mulher escondeu um pouco de fermento em três grandes medidas de farinha, a fim de levedar a massa inteira. (Mat. 13:33) No entanto, alguém talvez ainda ache dificuldade nesta explicação da parábola. Poderá perguntar-se: Será que o fermento nesta parábola retrata realmente algo ruim, que corrompe a religião? Não poderá representar o poder que permeia a verdadeira congregação cristã de herdeiros do Reino com justiça e santidade? Ora, veja as coisas que se ofereciam a Jeová Deus segundo a lei de Moisés e que continham fermento e que tinham a Sua aceitação! Não indica isso que as Escrituras Sagradas usam o fermento como símbolo do que é bom e justo? Não se poderá dar isso também no caso da parábola de Jesus a respeito do fermento metido numa grande quantidade de massa?
26. Como poderia tal indagador raciocinar a respeito do fermento nos dois pães de trigo que o sumo sacerdote oferecia no dia de Pentecostes?
26 Um caso destacado, que se poderia citar, de coisas levedadas oferecidas a Jeová sob as ordens dele e que tinha sua aceitação são os dois pães levedados de trigo que o sumo sacerdote judaico oferecia no dia da Festividade das Semanas, ou Pentecostes, que caía no sexto dia do mês lunar primaveril de sivã. Este era o qüinquagésimo dia depois de 16 de nisã, em que o sumo sacerdote oferecia as primícias da ceifa da cevada. (Lev. 23:15-17; Deu. 16:9-12; Atos 20:16; 1 Cor. 16:8) Em vista de todo o respeito com que se tratavam estes dois pães, poderia raciocinar-se do seguinte modo: Jeová aceita no dia festivo os dois pães de trigo contendo fermento. Então, não significa neste caso a aceitação de algo levedado por Jeová que o fermento assume um significado favorável? Não prova isso que o fermento, às vezes, assume um valor simbólico bom perante Deus? Ora, o pão fermentado era pão favorito entre o antigo povo escolhido de Jeová, ao passo que o pão não fermentado era chamado de “pão de tribulação”. (Deu. 16:1-3) Isto certamente deve dar ao fermento um aspecto favorável quando usado como símbolo na Bíblia!
27. Se seguirmos tal raciocínio, a que conclusão nos levará quanto ao significado do fermento, no antítipo, nos dois pães pentecostais de trigo?
27 Se seguíssemos tal raciocínio com respeito aos dois pães levedados de trigo, apresentados no dia festivo das Semanas, aonde nos levaria isso coerentemente? Ao seguinte: Aqueles dois pães pentecostais eram típicos, prefigurando coisas vindouras, segundo o propósito de Deus. Portanto, no antítipo daquela apresentação dos dois pães levedados em 6 de sivã, o que era simbolizado por aquele fermento nos pães tinha de ser algo de bom, justo e virtuoso. Por isso, perguntamos: O que tipificavam aqueles dois pães fermentados de trigo? Tipificam a verdadeira congregação cristã de crentes humanos imperfeitos, a qual veio à existência no dia de Pentecostes do ano 33 E. C. (Zion’s Watch Tower de 1.º de março de 1898, página 68, parágrafo 4) Portanto, se o fermento, no dia de Pentecostes, representava algo de bom, então de modo coerente, a nova congregação cristã é retratada como tendo começo com um antitípico fermento do que é bom em si mesma, alguma especial “graça do espírito santo”. Tudo isso se daria antes do derramamento do espírito santo!
28. No entanto, em harmonia com A Torre de Vigia, o que representa o fermento nos dois pães típicos de trigo, de Pentecostes?
28 Todavia, será que os membros humanos da congregação cristã começaram com algum mérito próprio, no íntimo, no dia de Pentecostes, quando foi derramado sobre eles o espírito santo de Deus, Não; não possuíam nenhuma justiça própria. Portanto, o fermento encontrado na oferta das primícias da colheita de trigo já por muito tempo está sendo explicado como significando pecado, o pecado que os membros da congregação cristã dos co-herdeiros do Reino herdaram do desobediente Adão. (Rom. 5:12; veja The Watch Tower de 15 de junho de 1912, página 198, o segundo parágrafo debaixo do título “Parábola do Fermento”.) Contudo, lá no dia de Pentecostes de 33 E. C., aconteceu com os membros imperfeitos da congregação cristã que “o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado”. — 1 João 1:7; veja a página 229, parágrafo 1, até a página 231 do livro The Temple (O Templo), de Alfred Edersheim, edição de 1881.b
29. (a) Com que dia de oferta de primícias relaciona-se o dia de Pentecostes, e como? (b) Que dizer da questão do fermento com relação àquele dia anterior da oferta de primícias da colheita?
29 Tal explicação do fermento nos dois pães pentecostais de trigo é apoiada por outro fato. É o seguinte: Pentecostes, o dia festivo das Semanas (Shabuoth), é relacionado pela contagem do tempo com o dia da oferta das primícias da ceifa de cevada. Esta oferta era feita no dia 16 de nisã, no terceiro dia depois da Páscoa. (Lev. 23:9-17) Em 16 de nisã, quando o sumo sacerdote movia para lá e para cá “um molho das primícias da . . . colheita” de cevada por Israel, não se oferecia nenhum fermento junto com ele. Ofereciam-se dois décimos dum efa de flor de farinha umedecida com azeite, junto com um quarto de um him de vinho, mas nenhum fermento. (Lev. 23:13) De fato, essa cerimônia caía dentro da festividade dos pães não fermentados, de sete dias de duração, tempo durante o qual não podia haver fermento por perto ou ser consumido. Então, por que não havia fermento nesta cerimônia, em 16 de nisã, enquanto na festividade relacionada de Pentecostes havia fermento presente?
30. (a) Se o fermento tipificasse algo justo então, o que indicaria a sua ausência no dia da oferta das primícias da cevada? (b) O que tipificou o molho das primícias da ceifa da cevada?
30 Se o fermento devesse ser encarado como símbolo favorável, porque Deus o aceitava no dia de Pentecostes, por que não era permitido nas ofertas feitas quando se movia o molho das primícias da ceifa de cevada? Se o fermento fosse um símbolo em sentido bom, então, não indicaria a ausência de fermento que faltava algo de bom na oferta do molho de cevada pelo sumo sacerdote? Sim, tipificaria que, no cumprimento deste quadro profético, faltava alguma virtude ou alguma “graça do espírito santo”. Mas, era este realmente o caso? Para obtermos a resposta, temos de considerar o que foi tipificado pelo molho das primícias da ceifa da cevada. Não é outro senso o próprio ressuscitado Senhor Jesus Cristo. — 1 Cor. 15:20.
31. (a) Em que dia foi Jesus ressuscitado, e por que então? (b) O que foi representado a respeito da ressurreição de Cristo por não se permitir fermento naquele dia, em Israel?
31 Em harmonia com isso, Jesus Cristo foi ressuscitado dentre os mortos no domingo, 16 de nisã de 33 E. C., no meio da festividade dos pães ou bolos não fermentados, de uma semana de duração. Nesta gloriosa ressurreição, certamente não lhe faltava algo de bom, alguma virtude ou “graça do espírito santo”, o que seria representado se o fermento ausente fosse encarado como símbolo favorável, como algum chamado ‘fermento da justiça’. Bem ao contrário, a ausência do fermento em 16 de nisã, por ocasião de se mover o molho das primícias da ceifa da cevada tipificava que Jesus Cristo foi ressuscitado como pessoa espiritual perfeita, justa e sem pecado. Na sua ressurreição, como diz 1 Timóteo 3:16, ele “foi declarado justo em espírito”. Não havia nele nenhum simbólico “fermento”.
32. (a) O que disse Jesus a respeito do pão que partiu ao instituir a Ceia do Senhor? (b) Portanto o que simbolizava ali a qualidade ázima desse pão?
32 Relacionado com isso há o seguinte fato: O dia 16 de nisã, quando se apresentava a Jeová Deus as primícias da ceifa da cevada, era o terceiro dia depois da Páscoa. Depois de Jesus Cristo ter celebrado a ceia pascoal em 14 de nisã de 33 E. C., tomou um pão não levedado ou ázimo, partiu-o e disse aos seus apóstolos fiéis: “Tomai, comei. Isto significa meu corpo.” (Mat. 26:26) Visto que não havia fermento no pão usado, significa isso que, segundo o raciocínio de que o fermento é um bom símbolo, ao corpo carnal de Jesus faltava alguma coisa, faltava justiça ou alguma “graça do espírito santo”? De modo algum! A qualidade ázima do pão, o qual, segundo disse Jesus, representava seu corpo, retratava que o corpo carnal de Jesus era livre de todo o pecado e da imperfeição. — Heb. 7:26
33. Assim, pois, como usam as Escrituras Sagradas o fermento de modo simbólico, e que testemunhas temos em apoio disso?
33 De acordo com todo o precedente, os números de 15 de maio de 1900 e de 15 de junho de 1910 da revista Torre de Vigia (Sentinela), em inglês, estavam corretos ao dizer que o fermento, ou a massa lêveda, como símbolo, é usado em todas as Escrituras com sentido desfavorável ou aspecto negativo. Desde a primeira menção de fermento ou massa lêveda na Bíblia, em Êxodo 12:15-20; 13:7, até a última menção, em Gálatas 5:9, as Escrituras Sagradas usam o fermento como símbolo de algo mau. Se precisarmos testemunhas disso, temos pelo menos DUAS testemunhas, atestando que a Bíblia usa invariavelmente o fermento como símbolo de algo mau, da injustiça, do erro e do pecado. Jesus mencionou o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes. (Mat. 16:6-12; Mar. 8:15; Luc. 12:1) O apóstolo Paulo adverte contra o fermento que leveda a massa inteira. Ele se refere à festividade típica dos pães não fermentados e define claramente o que o fermento simboliza, pois, ele diz: “Cristo, a nossa páscoa, já tem sido sacrificado. Conseqüentemente, guardemos a festividade, não com o velho fermento, nem com o fermento de maldade e iniqüidade, mas com os pães não fermentados da sinceridade e da verdade.” — 1 Cor. 5:6-8; veja Deuteronômio 17:6, 7; 19:15; 1 Timóteo 5:19; Hebreus 10:28.c
34. Por conseguinte, o que ilustra a parábola do fermento?
34 Em face disso, Jesus não fez uma exceção com respeito ao significado do fermento, quando contou a parábola da mulher, que escondeu um pouco de fermento em três grandes medidas de farinha. Na sua coerência de ensino, ele usou ali o fermento como símbolo de algo desfavorável. De modo que a parábola precisa ilustrar algo desfavorável nos assuntos que têm que ver com o “reino dos céus”. A fermentação da grande quantidade de massa representa ali profeticamente o corrompimento da congregação professamente cristã com erro babilônico de ensino e prática. Representa a fermentação simbólica daquilo que é ilustrado pela mostardeira plenamente desenvolvida. Tanto Mateus como Lucas, apropriadamente, colocam a parábola do fermento ao lado da parábola do grão de mostarda, e Lucas faz isso logo após a causticante censura dos religiosos hipócritas. — Luc. 13:10-21.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja as páginas 206-209 do livro Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!, publicado em inglês em 1975.
b As linhas 12-14, na página 230, dizem: “Por isso eram levedadas, porque as ofertas públicas de agradecimento, de Israel, mesmo as mais santas, do levedadas pela imperfeição e pelo pecado, e precisam de uma oferta pelo pecado.”
De concordância com o precedente, lemos no livro Comentário Bíblico Sobre o Velho Testamento, de Keil e Delitzsch, (Volume II — o Pentateuco; em inglês) e sob o cabeçalho (página 437) “Santificação do Sábado e as Festas de Jeová. — Cap. XXIII”, nas linhas 16-34 da página 443:
“‘ . . . Ver. 20. O sacerdote os moverá (os dois cordeiros das ofertas pacíficas), junto com os pães das primícias como oferta movida perante Jeová; com os dois cordeiros (os dois que se acabam de mencionar), eles (os pães) serão santos para Jeová, para o sacerdote.’ . . . A oferta pelo pecado devia estimular o sentimento e a consciência de pecado da parte da congregação de Israel, a fim de que, enquanto comessem seu pão levedado, diário, não servissem o fermento de sua antiga natureza, mas buscassem e implorassem do Senhor, seu Deus, o perdão e a purificação de seu pecado.”
c Na edição de 1971 da Encyclopædia Judaica, Volume 7, encontramos nas colunas 1235-1237 um artigo intitulado “Hamez . . . ‘massa fermentada’.” Na coluna 1237, sob o título “Fermento na Idéia Judaica”, lemos o seguinte:
“O fermento é considerado como símbolo de corrução e impureza. O ‘levedo na massa’ é uma das coisas que ‘nos impede fazermos a vontade de Deus’ (Ber. 17a). A idéia foi grandemente desenvolvida na Cabala. O Novo Testamento também se refere ao ‘fermento da malícia e iniqüidade’, que é contrastado com ‘o pão ázimo da sinceridade e verdade’ (1 Cor. 5:8). A palavra é similarmente aplicada ao que era considerado como sendo doutrina corruta dos fariseus e saduceus (Mat. 16:12; Mar. 8:15).
“Foi especialmente aplicado à misturação de elementos de descendência impura na família. A ‘massa’ (fermentada) foi contrastada neste contexto com a ‘farinha pura, peneirada’. . . . ”
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Fuga para o verdadeiro reino de refúgioA Sentinela — 1976 | 1.° de junho
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Fuga para o verdadeiro reino de refúgio
1. (a) Como foi exposta a organização retratada pela “árvore” mostardeira da parábola de Jesus? (b) Como se mostrou a maioria das pessoas na cristandade assim como descrito em Isaías 6:8-10?
A ORGANIZAÇÃO representada pela “árvore” que se desenvolveu dum grão de mostarda, na parábola de Jesus, tem sido exposta pela pregação mundial das testemunhas cristãs de Jeová. (Mat. 13:31, 32) Relativamente poucos professos cristãos têm fugido daquela organização religiosa, a saber, a cristandade, e se têm refugiado no reino messiânico de Deus, proclamado pelas testemunhas cristãs de Jeová. Estas Testemunhas, iguais ao profeta Isaías, do oitavo século A. E. C., têm ido e ainda vão repetidas vezes aos povos da cristandade, mas em que condição espiritual mostra encontrar-se a grande maioria da cristandade? Assim como predisse o profeta Isaías, a saber, de olhos grudados, de ouvidos insensíveis e de coração sem apreço da mensagem do Reino. — Isa. 6:8-10.
2. Por quanto tempo ficarão tais pessoas espiritualmente doentes na cristandade?
2 Por quanto tempo permanecerão tais naquele estado de doença espiritual, dentro da cristandade? Jeová respondeu profeticamente a esta pergunta nas suas palavras registradas em Isaías 6:11-13. Ficarão ali até que a cristandade, a simbólica “árvore” mostardeira, seja eliminada na vindoura “grande tribulação”. (Mat. 24:21, 22) Veja o artigo “Será que Disse: ‘Eis-me aqui! Envia-me!’?” na Sentinela de 1.º de maio de 1967.
3. Por que se refugiaram pessoas tementes a Deus sob o estabelecido reino messiânico de Deus, e a que os levou ele?
3 Os tementes a Deus que fugiram da condenada cristandade examinaram os assuntos e acontecimentos do mundo desde 1914 à luz das profecias bíblicas. Por meio de tal comparação discerniram que o reino messiânico de Deus, nas mãos de seu Filho Jesus Cristo, nasceu nos céus naquele ano do irrompimento da guerra. Não se refugiaram na Liga das Nações, como “expressão política do Reino de Deus na terra”, nem nas atuais Nações Unidas, como “última esperança” da humanidade. Em total rejeição de tais conceitos, conforme foram expressos pelos clérigos da cristandade, essas pessoas de olhos abertos, ouvidos sensíveis e coração receptivo fugiram para o reino estabelecido de Deus e se refugiaram nele, fugindo como que “para os montes” fora da zona de perigo, antes de irromper a “grande tribulação”. (Mat. 24:16-22) Assim entraram num “paraíso” duma espécie espiritual, que Jeová Deus estabeleceu para seu povo restabelecido desde 1919, em cumprimento das profecias da Bíblia a respeito do restabelecimento. — Isa. 35:1-10; 65:17-25.
4, 5. (a) Como se descrevem em Isaías 32:1, 2, 17, 18, a paz e a segurança dos levados ao paraíso espiritual? (b) Em cumprimento desta profecia, quem são os “príncipes” mencionados, e como contribuem para as condições sossegadas do paraíso?
4 A paz e a segurança que tais usufruem agora sob o reino messiânico são descritas em linguagem pictórica em Isaías 32:1, 2, 17, 18, nas seguintes palavras: “Eis que um rei reinará para a própria justiça; e quanto a príncipes, governarão como príncipes para o próprio juízo. E cada um deles terá de mostrar ser como abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada. E o trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação.”
5 Aqueles, na terra, que correspondem aos “príncipes” descritos ali não são nenhuns “príncipes da Igreja” na cristandade. São os “anciãos”, os “superintendentes” designados das mais de trinta e oito mil congregações do povo liberto e restabelecido de Jeová. Visto que são diretamente responsáveis perante o Rei celestial, Jesus, o Messias, desincumbem-se sabiamente quais pastores do seu cuidado do rebanho, “para o próprio juízo”. Assim contribuem para a paz, o sossego, a fidedignidade e a segurança do paraíso espiritual ao qual Jeová levou seus adoradores restabelecidos desde o ano de 1919 E. C.
SOB O VINDOURO REINADO MILENAR DO MESSIAS
6. Como se dará que a nova ordem de Deus, na terra começará com um paraíso espiritual, mas que obra terrena aguardará aqueles que estiverem nesse paraíso?
6 Assim como a arca à prova de água levou Noé, sua família e casais de todos os animais e aves através do dilúvio global de 2370-2369 A. E. C., assim o paraíso espiritual, sob a proteção de Jeová, sobreviverá ao vindouro dilúvio da “grande tribulação”. Os adoradores fiéis de Jeová, que permanecerem dentro deste paraíso espiritual, sobreviverão junto com ele através daquela “tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. (Mat. 24:21, 22; Rev. 7:9-14) Por este motivo, a nova ordem justa de coisas de Deus, após a tribulação, na terra, começará com um paraíso espiritual ‘cheio do conhecimento de Jeová’ e ocupado por seus adoradores fieis. (Isa. 11:9) Diante da “grande multidão” de sobreviventes, que correspondem aos três filhos e três noras de Noé, haverá a obra de embelezar toda a terra literal para ela se tornar um paraíso, igual ao Jardim do Éden, em escala global. Portanto, a futura terra habitada, sob o reinado milenar de Jesus Cristo e seus 144.000 reis associados, será um paraíso em sentido literal. O próprio Jesus Cristo prometeu isso por nome. — Luc. 23:43.
7, 8. (a) Quem sobreviveu com Noé e sua família na arca? (b) Quando a família de Noé saiu da arca, por que não tinha medo dos animais terrestres inferiores?
7 Lá em 2369 A. E. C., depois de a arca de Noé pousar num monte de Ararate e ele ter a permissão de abrir a porta que Jeová Deus fechara, Noé e sua família saíram dela. Mas não só eles, pois, conforme nos diz Gênesis 8:19, “toda criatura vivente, todo animal movente e toda criatura voadora, tudo o que se movia na terra, saíram da arca segundo as suas famílias”. Deviam multiplicar-se na terra, assim como também os sobreviventes humanos do dilúvio. — Gên. 1:20-25.
8 Qual seria a relação daquelas criaturas terrestres, inferiores, com o homem? Deus indicou esta relação quando disse, ao abençoar Noé e sua família: “E o medo de vós e o terror de vós continuará sobre toda criatura vivente da terra e sobre toda criatura voadora dos céus, sobre tudo o que se está movendo no solo, e sobre todos os peixes do mar. Na vossa mão estão agora entregues.” (Gên. 9:1, 2) Portanto, a humanidade não saiu da arca de preservação com perspectivas aterrorizantes diante de si, nem mesmo da parte dos animais. A humanidade não havia tido medo dos animais dentro da arca, onde até mesmo o leão comeu vegetação, assim como o touro.
9. O que indica isso quanto a que Deus fará depois da “grande tribulação” em cumprimento do que Ele ordenou a Adão e Eva com respeito às criaturas terrestres inferiores?
9 Sem dúvida, esta foi uma indicação de nosso próprio futuro na terra habitada. Junto com os adoradores humanos de Jeová no seu paraíso espiritual, as criaturas terrestres, inferiores, serão preservadas para o uso e usufruto da humanidade. Indubitavelmente, após a “grande tribulação”, Deus fornecerá garantia aos seus adoradores sobreviventes na terra com respeito aos peixes, às criaturas voadoras e aos animais terrestres. O Criador Todo-poderoso porá o medo do homem em todas essas criaturas terrestres, inferiores, para não molestarem o homem. Segundo o que Deus ordenou ao primeiro homem e à primeira mulher, a humanidade terá todas essas criaturas inferiores em sujeição. Serão obedientes e inofensivos em sujeição à humanidade. — Gên. 1:27, 28.
10. Estão todas as criaturas terrestres inferiores agora em sujeição ao homem? E como indicou Davi profeticamente o homem a quem estariam sujeitas?
10 Mais de treze séculos após aquele Dilúvio, quando o Rei Davi de Jerusalém escreveu o oitavo salmo, nem todas as criaturas terrestres, inferiores, estavam em sujeição ao homem, no sentido de serem mansas e inofensivas para o homem. Mas, neste salmo, Davi apontou profeticamente para o futuro, para um homem que ainda teria todas elas em sujeição. Naquele salmo, Davi disse: “Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele, e o filho do homem terreno para que tomes conta dele? Também passaste a fazê-lo um pouco menor que os semelhantes a Deus, e então o coroaste de glória e de esplendor. Tu o fazes dominar sobre os trabalhos das tuas mãos; puseste tudo debaixo de seus pés: gado miúdo e bois, todos eles, e também os animais da campina, as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares.” — Sal. 8:3-8.
11. Onde e como se fornece o nome do homem a quem Deus designou para ter todas as coisas terrestres em sujeição a si?
11 Ora, a quem designou Jeová Deus como tal “homem”, a quem todas as coisas terrenas devem estar sujeitas? O livro inspirado de Hebreus, capítulo dois, versículos cinco a nove, nos diz: “Pois, não é a anjos que ele sujeitou a vindoura terra habitada, da qual estamos falando. Mas, certa testemunha deu prova, em alguma parte, dizendo: ‘Que é o homem para que te lembres dele, ou o filho do homem, para que tomes conta dele? Tu o fizeste um pouco menor que os anjos; de glória e honra o coroaste e o designaste sobre as obras das tuas mãos. Sujeitaste todas as coisas aos seus pés.’ Ora, ao lhe sujeitar todas as coisas, Deus não deixou nada que não lhe fosse sujeito. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas sujeitas a ele, mas observamos a Jesus, feito um pouco menor que os anjos, coroado de glória e de honra por ter sofrido a morte, para que, pela benignidade imerecida de Deus, provasse a morte por todo homem.”
12. Na “vindoura terra habitada”, que criaturas terrestres vivas também estarão em sujeição aos pés de Jesus?
12 Isto significa que, depois da “grande tribulação” e do acorrentamento de Satanás, o Diabo, e seus demônios, e o encarceramento deles no abismo, “a vindoura terra habitada” estará em sujeição aos pés de Jesus, o Messias. Assim também todas as coisas na terra habitada, inclusive “gado miúdo e bois, todos eles, e também os animais da campina, as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares”. (Sal. 8:7, 8) Os “animais da campina” incluem todos os animais selvagens, atualmente ferozes e perigosos para o homem, tais como o leão, o urso, o leopardo, a naja e outras cobras venenosas. “Tudo o que passa pelas veredas dos mares” incluirá as piranhas, os tubarões e as orcas.
13. Como mostrara Jesus Cristo agora glorificado no céu, que todas essas criaturas terrestres, inferiores, lhe estarão sujeitas na “vindoura terra habitada”?
13 Jesus, o Messias, agora coroado de glória e honra no céu, não perdeu sen poder sobre os animais selvagens e não domados. (Mar. 1:13; 11:2-7) Mostrará a sujeição destas criaturas atualmente perigosas a ele mesmo. Como? Por torná-las sujeitas à “grande multidão” de herdeiros do futuro paraíso terrestre, os quais sobreviverão à “grande tribulação” para a nova ordem de Deus para a nossa terra. Assim, os atuais animais selvagens, ferozes e perigosos serão tornados inofensivos para os adoradores terrestres de Jeová Deus. A relação inofensiva entre homem e animal, então prevalecente, corresponderá à descrição de Isaías 11:6-9, que já encontra seu cumprimento no paraíso espiritual agora usufruído pelas testemunhas cristãs de Jeová.
14. Por que não precisarão temer nada os mortos humanos resgatados ao saírem para a “vindoura terra habitada”?
14 Assim, o propósito original de Deus, o Criador, de que toda a criação animal da terra estivesse em sujeição ao homem e à mulher perfeitos, num Jardim do Éden global, passará a tomar forma. O paraíso global será um lugar de paz e segurança. Todos os resgatados mortos humanos, que serão trazidos de volta de suas sepulturas para esta “vindoura terra habitada” não terão nada que temer. (Atos 24:15; João 5:28, 29; Rev. 20:11-14) O “leão que ruge”, Satanás, o Diabo, e seus demônios não estarão por perto. O glorificado “Filho do homem”, nos céus, imporá a paz em toda a terra entre homem e homem, entre homem e animal e entre animal e animal. “Os habitantes do solo produtivo certamente aprenderão a justiça”, e o serviço e efeito de tal justiça em toda a terra serão paz, sossego, motivo de verdadeira confiança, e segurança. (Isa. 26:9; 32:17, 18) Oh! quão maravilhosa será a terra para o homem ocupar eternamente como seu lar paradísico! Tudo isso se dará porque “a vindoura terra habitada” estará debaixo do verdadeiro “reino dos céus”. — Mat. 4:17; 5:3, 10.
15. Que privilégio e oportunidade temos agora para com as pessoas que estão em perigo por causa da iminente “grande tribulação”?
15 Este é o “reino dos céus” que temos agora o privilégio e a oportunidade de proclamar mundialmente. Nós, os que já nos refugíamos debaixo dele, preocupamo-nos com a segurança de outros, neste tempo de aflição mundial sem precedente. A maior de todas as tribulações é iminente. Em vista disso, continuemos a encaminhar todos os dóceis para o verdadeiro e messiânico “reino dos céus” e ajudá-los a se refugiar debaixo dele. Sua salvação do meio da maior aflição do mundo depende disso!
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