BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • O “sinal” de sua aproximação
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 10

      O “sinal” de sua aproximação

      1. Por que devemos estar animadamente Interessados em saber da proximidade do Milênio?

      QUANDO o examinamos segundo o que a Bíblia diz, o Milênio é algo muito desejável para toda a humanidade, os vivos e os mortos. É por isso que o anúncio de que se aproxima é a notícia mais bem-vinda para todos os que entendem. Devemos estar animadamente interessados em saber quais os motivos válidos que temos para estar convencidos de que já está próximo. Quais são? Vamos tomar o tempo para considerar alguns deles?

      2. (a) Que ajuntamento, que vemos em progresso é em si mesmo evidência clara da aproximação do Milênio? (b) Quem chefia a “guerra” do lado de Deus, e em que cargo já serve ele?

      2 Do exame que fizemos até agora, do Milênio, apercebemo-nos de que precisa ser precedido logo antes pela guerra mais destrutiva de toda a história humana, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Podemos agora ver que os governantes políticos ou “reis de toda a terra habitada” estão sendo ajuntados por forças além do controle humano para esta Guerra de todas as guerras. Isto já em si mesmo deve ser evidência clara de que o esperado milênio, que seguira à guerra, também se aproximou. (Revelação [Apocalipse] 16:13-16) O Líder dos exércitos celestiais de Deus, o chamado Fiel e Verdadeiro, a Palavra de Deus, tomará parte ativa nesta guerra, do lado de Deus, o Todo-poderoso. Este Líder celestial é Rei já antes de começar essa guerra do Har-Magedon. “Na sua cabeça há muitos diademas” e “sobre a sua roupa exterior, sim, sobre a sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (Revelação 19:11-16) De modo que ele já é Rei reinante antes de entrar neste período de mil anos de reinado junto com seus 144.000 co-herdeiros cristãos. — Revelação 12:5; 14:1-4; 20:4-6.

      3. Com referência ao reinado pré-milenar de Cristo, o que viu João quando foram abertos os primeiros dois selos do rolo (Revelação 6:1-4)?

      3 A referência ao começo deste reinado pré-milenar deste Rei dos reis, Jesus Cristo, é feita num quadro anterior dos acontecimentos mundiais deste século vinte. Este quadro é apresentado no capítulo seis de Revelação, no qual o apóstolo João nos fala sobre o que viu quando o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, começou a abrir os sete selos que selavam o “rolo” que recebera da mão de Deus, que estava sentado no trono celestial. João diz: “E eu vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi uma das quatro criaturas viventes dizer com voz como de trovão: ‘Vem!’ E eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória. E quando abriu o segundo selo, ouvi a segunda criatura vivente dizer: ‘Vem!’ E saiu outro, um cavalo cor de fogo; e ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz, para que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” — Revelação 6:1-4.

      4, 5. (a) A quem vemos simbolizado naquele cavaleiro no cavalo cor de fogo? (b) Quem saiu naquele tempo para vencer completamente e como preparou isso o cenário para o cumprimento do Salmo 2:1-6?

      4 Vemos ali os símbolos que representam a primeira guerra mundial, que irrompeu no ano 1914 E.C., mas que foi apenas precursora da segunda guerra mundial, que tirou da terra a paz por mais seis anos. Aquela primeira das guerras mundiais assinalou o tempo em que o guerreiro justo, Jesus Cristo, recebeu a coroa celestial e avançou contra seus inimigos na terra, para vencer a luta, para derrotar completamente seus inimigos terrestres. Isto significava que mais tarde lutaria do lado de Deus na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Ser ele coroado como Rei no céu, no tempo da primeira guerra mundial, preparou o cenário para o cumprimento das palavras do Salmo Dois:

      5 “Por que se alvoroçaram as nações e continuam os próprios grupos nacionais a murmurar coisa vã? Os reis da terra tomam sua posição, e os próprios dignitários se aglomeraram à uma contra Jeová e contra o seu ungido [seu Cristo, Versão dos Setenta grega], dizendo: ‘Rompamos as suas ligaduras e lancemos de nós as suas cordas!’ Aquele mesmo que está sentado nos céus se rirá; o próprio Jeová caçoará deles. Nesse tempo lhes falará na sua ira e os perturbará no seu ardente desagrado, dizendo: ‘Eu é que empossei o meu rei em Sião, meu santo monte.’” — Salmo 2:1-6; veja Atos 4:24-30.

      6. Foi o Rei de Jeová, no Monte Sião, destronado pelas guerras mundiais e pelas Nações Unidas, e o que nos assegurará o resultado da guerra no Har-Magedon?

      6 Apesar de todo o tumulto que perturbou as nações desde a primeira guerra mundial de 1914-1918 E.C., Jeová tem tido seu Rei, seu Filho Jesus Cristo, sentado na sede celestial do governo real, Siso. (Revelação 14:1; Hebreus 12:22) Nem a Primeira Guerra Mundial, nem a Segunda Guerra Mundial, nem a organização das Nações Unidas conseguiram destronar este Rei messiânico. A “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, o confirmará no seu trono celestial e ele estará presente para iniciar seu reino milenar com seus 144.000 co-herdeiros leais. (Revelação 19:19-21) Por este motivo vital assegura-se-nos o prometido Milênio com bênçãos vitalizadoras para a humanidade. Já se aproximou!

      7. Por que não somos iguais àquela antiga “geração iníqua e adúltera”, contudo, onde encontramos um “sinal” dado por Jesus para nossa consideração?

      7 Apesar da evidência que se acaba de apresentar, muitos céticos demandam um “sinal” antes de decidirem convencer-se de que o Milênio realmente se aproximou, sim, que começará na nossa geração. Não somos desta “geração iníqua e adúltera” dos escribas religiosos e dos fariseus de há dezenove séculos atrás, que queriam de Jesus Cristo um sinal para convencê-los de que ele era o Messias. (Mateus 12:38, 39) Entretanto, temos a descrição dum “sinal” que o próprio Jesus Cristo deu, e visto que ele o tornou disponível a nós, ficaríamos em séria ignorância se nos recusássemos a considerá-lo. A descrição está a nossa disposição nos capítulos vinte e quatro e vinte e cinco de Mateus, no capítulo treze de Marcos e no capítulo vinte e um de Lucas. A descrição do sinal foi dada aos seus apóstolos a pedido deles, não para provar que ele era o Messias ou Cristo, mas para indicar a proximidade de certos acontecimentos futuros, prometidos, prestes a se cumprir. Foi dada no dia onze do mês primaveril de nisã do ano 33 E.C., três dias antes de sua morte violenta.

      A PROFECIA DO “SINAL”

      8. Como indicou Jesus que ele iria embora, e que palavras seriam ditas no seu retorno?

      8 Jesus acabava de predizer algo que soava muito terrível aos ouvidos dos judeus, a saber, a destruição de seu templo em Jerusalém. Declarara ali aos seus opositores religiosos: “Eis que a vossa casa vos fica abandonada. Pois eu vos digo: De modo algum me vereis doravante até que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome de Jeová!”’ (Mateus 23:38, 39) Isto indicava que ele ia embora. Ao retornar, haveria os que usariam as palavras proféticas do Salmo 118:26 e diriam: “Bendito aquele que vem em nome de Jeová!”

      9. Como indicou Jesus que estas palavras de boas-vindas na sua volta não seriam proferidas por adoradores no templo em Jerusalém?

      9 Evidentemente, não seria no templo material em Jerusalém que os adoradores de Jeová aclamariam com tais palavras proféticas aquele que vem em nome de Jeová. Jesus deu a entender isso de modo bem claro, segundo a narrativa que segue as suas palavras momentosas: “Afastando-se então, Jesus ia sair do templo, mas os seus discípulos aproximaram-se para mostrar-lhe os edifícios do templo. Ele, porém, disse-lhes: ‘Não observais todas estas coisas? Deveras, eu vos digo: De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.”’ — Mateus 24:1, 2.

      10. No Monte das Oliveiras, que se sobreleva ao templo, que pergunta fizeram a Jesus quatro dos apóstolas e como é sua pergunta vertida por diversas traduções?

      10 Os doze apóstolos só indagaram a respeito desta profecia terrível quando chegaram ao Monte das Oliveiras, que sobreleva Jerusalém e do qual se podia ter uma bela vista desse templo, que havia sido renovado pelo Rei Herodes, o Grande. A vista parece ter suscitado uma pergunta momentosa entre quatro dos apóstolos, que suscitou também o interesse dos outros, pois lemos: “Enquanto estava sentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se dele os discípulos, em particular, dizendo: ‘Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença [em grego: parousía] e da terminação do sistema de coisas?”‘ (Mateus 24:3) A Tradução Literal da Bíblia Sagrada de Young, em inglês, verte as suas palavras do grego: “Dize-nos, quando acontecerão? e qual é o sinal da tua presença e do fim completo da era?” A Bíblia Enfatizada de Rotherham, em inglês, reza de modo similar: “Dize-nos quando serão estas coisas, — e qual o sinal da tua presença e da terminação da era.” A Nova Tradução (Texto Corrigido) do Arcebispo Newcome reza: “Qual será o sinal do teu aparecimento e do fim da era?” — Edição de 1808, em inglês.

      11. (a) Quando ocorreu a destruição do templo de Jerusalém, mas o que mais não ocorreu então? (b) Portanto, o que seria natural que fizéssemos a respeito da história?

      11 Sabemos hoje quando se deu a destruição do templo literal de Jerusalém. Foi há dezenove séculos atrás, no verão do ano 70 E C., quando as legiões romanas debaixo do General Tito destruíram a cidade inteira. (Lucas 21:20-24) Mas que dizer daquelas outras coisas, do “sinal” da parusia (presença, aparecimento) de Cristo e da terminação da era ou do sistema de coisas (ou: estadoa), incluídas na pergunta dos discípulos? ˜ verdade que o fim total ou a terminação do estado ou sistema judaico de coisas foi alcançado no ano 70 E.C., mas não a terminação do sistema de coisas maior, do qual o sistema judaico foi apenas modelo ou tipo profético. Tampouco ocorreu naquele ano a parusia, presença ou aparecimento do Senhor Jesus Cristo. Já que vivemos neste século vinte E. C., a coisa mais natural a fazer é olhar para a história deste nosso século vinte para ver se o “sinal” predito apareceu durante a nossa própria geração.

      12. Em vista do que Estêvão disse a respeito da primeira vinda de Cristo, por que devemos perguntar se os apóstolos indagavam sobre a “vinda” ou “Advento” de Jesus?

      12 Devemos notar que os discípulos perguntaram sobre a parusia do Senhor Jesus Cristo. Neste respeito, estavam perguntando sobre a sua “vinda”? Ou sobre seu “Advento”, conforme alguns chamam isso? Esta pergunta merece ser feita, porque o mártir cristão Estêvão, ao falar sobre a primeira “vinda” do Senhor Jesus, disse ao Sinédrio judaico em Jerusalém: “A qual dos profetas foi que os vossos antepassados não perseguiram? Sim, mataram os que faziam anúncio antecipado a respeito da vinda [em grego: éleusis] do Justo, cujos traidores e assassinos vós vos tornastes agora.” (Atos 7:52) Notamos que ao falar sobre a primeira vinda de Cristo, Estêvão não usou a palavra parousía, mas a palavra grega éleusis. Estas duas palavras gregas não só são diferentes na forma e na derivação, mas são também diferentes no significado.

      13. Por derivação, o que significa literalmente a palavra parousía, mas que explicação sobre seu significado dão autoridades em palavras gregas?

      13 A palavra parousía significa literalmente “estando ao lado”, derivada da preposição grega pará (“ao lado”) e ousia (“estando”). O Léxico Grego-Inglês de Liddell e Scott, Volume II, página 1343, coluna 2, dá como primeira definição de parousía a palavra inglesa para “presença”. Dá como segunda definição dela chegada, e depois acrescenta: “Especialmente a visita dum personagem real ou oficial.” Concordando com isso, o Dicionário Teológico do Novo Testamento (em inglês, de Gerhard Friedrich), no Volume V, dá como “O Sentido Geral” a palavra “Presença”. (Página 859) Daí, como “O Uso Técnico dos Termos” no helenismo, dá “1. A Visita dum Governante”. Na página 865 diz a respeito do “Uso Técnico de pareimi [verbo] e parousía no N. T.”: “No N. T., os termos nunca são usados para a vinda de Cristo na carne, e parousía nunca tem o sentido de retorno. A idéia de mais de uma parousía é primeiro encontrada apenas na Igreja posterior.”

      14. (a) Segundo o uso técnico do termo grego no helenismo, que expressão se usaria em lugar de “presença”? (b) Em que traduções é parousía constantemente vertida por “presença’, com que contraste mostrado em Filipenses 2:12?

      14 Portanto, os discípulos de Jesus não estavam perguntando sobre a sua “chegada”, mas sobre depois de sua chegada. Estavam perguntando sobre a sua “presença”. E se em vez de usarmos a palavra “presença” recorrermos ao “uso técnico dos termos” no helenismo, entenderemos que os discípulos perguntaram a Jesus: “Qual será o sinal da tua [visita como personagem real] e da terminação do sistema de coisas?” Uma “visita” inclui mais do que apenas a “chegada”. Inclui uma “presença”. No chamado Novo Testamento, a palavra grega parousía ocorre vinte e quatro vezes, e em todas as suas ocorrências ali, não só a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas traduz a palavra cada vez por “presença”, mas também outras traduções fazem isso, tais como a Tradução Literal da Bíblia Sagrada de Young, de 1862 E.C.; A Dinglott Enfática, grega-inglesa, de Wilson de 1857-1868 E.C.; e A Bíblia Enfatizada de Rotherham, de 1897 E.C. Notamos quão apropriadamente se contrastam “presença” e “ausência” em Filipenses 2:12, onde o apóstolo Paulo diz: “Sempre obedecestes, não somente durante a minha presença, mas agora muito mais prontamente durante a minha ausência.”

      A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

      15. Diversas particularidades do “sinal” predito por Jesus exigem que tradução de parusia, como, por exemplo, em que parábola?

      15 O significado de “presença” para parousía é necessário em diversas particularidades da profecia de Jesus sobre o “sinal” da parusia e da terminação do sistema de coisas. Por exemplo, consideremos a parte da profecia geralmente chamada de parábola das virgens sábias e das tolas. Jesus acabava de profetizar sobre o “escravo fiel e discreto” e o “escravo mau”, e profetizou então sobre outro aspecto relacionado com sua parusia. “O reino dos céus”, disse ele, “se tornará então semelhante a dez virgens que tomaram as suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas foram tolas e cinco foram discretas. Pois as tolas tomaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo, ao passo que as discretas levaram óleo nos seus recipientes, junto com as suas lâmpadas.” — Mateus 25:1-4; 24:45-51.

      16. Em que sentido são “virgens” estas mulheres, segundo a introdução da parábola?

      16 Em primeiro lugar, devemos notar que esta parábola envolve uma classe de pessoas e por isso não deve ser aplicada na sua inteireza à vida e à morte de cada pessoa. As envolvidas são “virgens” em sentido específico, visto que representam o “reino dos céus”, porque “então”, conforme disse Jesus, “o reino dos céus se tornará [o quê?] . . . semelhante a dez virgens”. Este é o “reino” de que Jesus falara antes na sua profecia, dizendo: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” — Mateus 24:14.

      17. (a) A quem representam as “virgens”, que são dez em número? (b) Quando começou o cumprimento da parábola, e por que então?

      17 Visto que o número “dez” é biblicamente um número que significa perfeição com respeito a coisas terrenas, as “virgens”, por serem dez em número, representam todos os cristãos que são candidatos ou professam ser candidatos ao reino celestial, em herança conjunta com Jesus Cristo. Portanto, quando começou a ter cumprimento esta parábola profética? No domingo, 6 de sivã, no festivo Dia de Pentecostes, do ano 33 E.C. Por quê? Porque foi então que a classe virgem veio à existência. Isto se deu porque os discípulos fiéis de Jesus Cristo, reunidos numa sala de sobrado em Jerusalém, foram naquele dia batizados com espírito santo. Foram assim gerados por Deus para serem seus filhos espirituais, em condições de ser “herdeiros de Deus” e “co-herdeiros de Cristo”. (Romanos 8:17) Na Bíblia, porém, os herdeiros costumam ser os filhos; então por que se dá que, na parábola, todos os membros da congregação gerada pelo espírito dos discípulos de Cristo são representados como moças, como moças virgens que, numa noite de casamento, saem ao encontro do noivo? E quem é este “noivo”?

      18. Relacionado com assuntos matrimoniais, com quem comparou João Batista a si mesmo e a Jesus, e a quem encaminhou João seus próprios discípulos?

      18 Em primeiro lugar, este “noivo” é o ressuscitado e glorificado Senhor Jesus Cristo. João Batista falou dele deste ponto de vista, e, por conseguinte, comparou-se ao “amigo do noivo”. Naqueles dias, o “amigo do noivo” costumava providenciar o casamento entre o noivo e a noiva. Na noite da união dos dois noivos, dava-se mais atenção ao noivo do que ao amigo do noivo. E foi por isso que João Batista disse aos seus discípulos, os quais ele preparava para Jesus Cristo, como figurativo “noivo” deles: “Eu não sou o Cristo, mas fui enviado na frente deste. Quem tem a noiva é o noivo. No entanto, o amigo do noivo, estando em pé e ouvindo-o, tem muita alegria por causa da voz do noivo. Esta alegria minha, por isso, ficou completa. Este tem de estar aumentando, mas eu tenho de estar diminuindo.” (João 3:28-30) Por isso, João encaminhava corretamente seus discípulos a Jesus.

      19, 20. (a) Como se compara Jesus, na parábola e em Revelação, com um noivo? (b) Correspondentemente, como é chamada a Nova Jerusalém?

      19 O próprio Jesus comparou-se a um noivo em outra parábola que proferiu. É a parábola da “festa de casamento” que um rei preparou para seu filho, e este filho representa o Filho do grande Rei da Eternidade, Jeová Deus. (Mateus 22:1-14) E na Revelação, que Jesus Cristo recebeu de Deus e transmitiu ao apóstolo João, Jesus, como o Cordeiro de Deus, é comparado a um noivo que se casa com a congregação de seus discípulos, nas seguintes palavras: “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria, e demos-lhe a glória, porque chegou o casamento do Cordeiro e a sua esposa já se preparou. Sim, foi-lhe concedido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos. . . . Escreve: Felizes os convidados à refeição noturna do casamento do Cordeiro.” Além disso, o apóstolo João fala sobre um anjo que veio a ele e diz:

      20 “Falou comigo, dizendo: ‘Vem para cá, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.’ Levou-me assim no poder do espírito para um grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém descendo do céu, da parte de Deus, e tendo a glória de Deus.” — Revelação 19:7-9; 21:9-11.

      21. Em Efésios 5:23-27, com que compara Paulo a relação entre Jesus Cristo e sua congregação?

      21 O apóstolo Paulo compara a relação entre Jesus Cristo e sua congregação de 144.000 co-herdeiros à do marido com a esposa. Escreveu: “O marido é cabeça de sua esposa, assim como também o Cristo é cabeça da congregação, sendo ele salvador deste corpo. De fato, assim como a congregação está sujeita ao Cristo, também as esposas estejam sujeitas aos seus maridos, em tudo. Maridos, continuai a amar as vossas esposas, assim como também o Cristo amou a congregação e se entregou por ela, para que a santificasse, purificando-a com o banho de água por meio da palavra, a fim de que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fosse santa e sem mácula.” — Efésios 5:23-27.

      22. Onde se dá o casamento e por que não menciona a parábola de Jesus a noiva do noivo?

      22 O casamento do Noivo Jesus Cristo e sua “noiva” congregacional, naturalmente, deve dar-se no céu, onde serão unidos com a bênção de Jeová Deus, o Pai celestial. No entanto, deve-se notar que na parábola das dez virgens não se faz menção da noiva. Faz-se isso para evitar uma confusão de idéias. De fato, é porque a “noiva” é tirada ou escolhida dentre as próprias “dez virgens”. As “virgens” escolhidas são aqueles “felizes” que são “convidados à refeição noturna do casamento do Cordeiro”. (Revelação 19:9) Em harmonia com isso, a parábola de Jesus mostra as “virgens” habilitadas como entrando pela porta para a sala da festa de casamento. A parábola passa a ilustrar como se habilitam.

      23. Serem os membros da congregação de Cristo comparados a “virgens” impõe-lhes que requisito?

      23 Os membros da congregação-noiva de Cristo são comparados a “virgens” por mais do que o motivo de estarem comprometidos com um Noivo virgem. São “virgens” em mais um sentido espiritual. Assim como uma moça virgem é pura, casta, sexualmente intata, assim também estes membros fiéis da congregação cristã precisam ser puros e limpos por se manterem separados deste mundo, não tendo nenhuma relação com as organizações religiosas e políticas deste mundo. Não participam em nenhuma união entre Igreja e Estado. Mantêm sua virgindade espiritual por não se envolverem nos assuntos deste mundo. (2 Timóteo 2:3, 4) É a isto que se refere dizer-se a respeito dos 144.000 vistos em pé, com o Cordeiro de Deus, no Monte Sião espiritual: “Estes são os que não se poluíram com mulheres [tais como a meretriz religiosa Babilônia, a Grande, e suas filhas]; de fato, são virgens. Estes são os que estão seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá.” — Revelação 14:4; 17:3-5.

      24. O que diz Tiago 1:26, 27, sobre a pureza exigida dos comparados a virgens?

      24 No que se refere à pureza exigida, o discípulo Tiago diz: “Se algum homem achar que e adorador formal, contudo não refrear a sua língua, mas prosseguir enganando seu próprio coração, a forma de adoração de tal homem é fútil. A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem mancha do mundo.” — Tia. 1:26, 27.

      SAI AO ENCONTRO DO “NOIVO”

      25. De que modo começou a congregação de Cristo, em Pentecostes de 33 E. C., com uma religião pura e imaculada do ponto de vista de Deus, e que evidência tiveram disso?

      25 No festivo Dia de Pentecostes do ano 33 E.C., quando o espírito santo desceu como batismo sobre os discípulos fiéis de Jesus Cristo, ao esperarem em Jerusalém, a congregação cristã começou com a “forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai”. Eram espiritualmente uma classe virgem, separados da organização religiosa que havia rejeitado a Jesus Cristo e causado que ele fosse pendurado numa estaca pelo governador romano Pôncio Pilatos. (Atos 2:1-42) Começaram com os ensinos do Messias Jesus e com os ensinos de seus doze apóstolos, e mantiveram-se separados daquela “geração pervertida”, saturada de tradições religiosas antibíblicas, transmitidas pelos antepassados desencaminhados. (Atos 2:40; Gálatas 1:13-17; Mateus 15:1-9) O batismo do espírito santo junto com o dom de línguas foi evidência de que tinham a religião verdadeira, e eles sabiam disso. Precisavam então permanecer “virgens” nela.

      26, 27. (a) Em sentido espiritual de quem ficou noiva a congregação cristã em Pentecostes de 33 E.C? (b) Como falou Paulo, qual “amigo do noivo”, aos cristãos em 2 Coríntios 11:2-5?

      26 Foi naquele dia (6 de sivã de 33 E.C.) que a congregação cristã ficou esposada, comprometida como noiva, prometida em casamento ao Noivo celestial, Jesus Cristo. Todos os que depois foram acrescentados àquela congregação original de 120 discípulos em Jerusalém tornaram-se parte desta classe noiva e ficaram obrigados a manter-se “virgens”. O apóstolo Paulo refere-se a isso quando adverte os cristãos em Corinto contra violarem seu noivado com Jesus Cristo e se casarem com um cristo falso. Parecido a um “amigo do noivo”, Paulo disse:

      27 “Estou ciumento de vós com ciúme piedoso, porque eu, pessoalmente, vos prometi em casamento a um só marido, a fim de vos apresentar como virgem casta ao Cristo. Mas tenho medo de que, de algum modo, assim como a serpente seduziu Eva pela sua astúcia, vossas mentes sejam corrompidas, afastando-se da sinceridade e da castidade que se devem ao Cristo. Pois, do modo como é, se alguém vem e prega um Jesus diferente do que nós pregamos, ou recebeis um espírito diferente do que recebestes, ou boas novas diferentes do que aceitastes, vós facilmente o suportais. Porque eu considero que em nem uma única coisa me mostrei inferior aos vossos superfinos apóstolos.” — 2 Coríntios 11:2-5.

      28. Como foram os discípulos informados, tanto por Jesus como pelos anjos, que ele viria qual noivo Judaico para levá-los para casa?

      28 Seu casamento com o Noivo virgem no céu seria no futuro indefinido, num tempo distante daquele dia de noivado de Pentecostes de 33 E.C. Cinqüenta e dois dias antes disso, na noite em que foi traído pelo apóstolo infiel Judas Iscariotes, Jesus dissera aos seus apóstolos fiéis: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não, eu vos teria dito, porque vou embora para vos preparar um lugar. Também, se eu for embora e vos preparar um lugar, virei novamente e vos acolherei a mim, para que, onde eu estiver, vós também estejais. E sabeis o caminho para onde vou.” (João 14:2-4) Quarenta e dois dias depois disso, quando ascendeu do Monte das Oliveiras e subiu ao céu diante dos olhos de diversos dos seus discípulos, apareceram-lhes dois anjos e disseram: “Homens da Galiléia, porque estais parados aí, olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi acolhido em cima, no céu, virá assim da mesma maneira em que o observastes ir para o céu.” (Atos 1:9-11) Portanto, os discípulos sabiam que, igual ao noivo judaico na noite de casamento, Jesus, que se ausentara, voltaria para levá-los ao lar de seu Pai celestial, assim como Jesus já lhes havia assegurado. — João 14:1-3.

      29. (a) Quando começou a classe das “virgens” a ir ao encontro do Noivo? (b) Que pergunta surgiu então, e o que é indicado por ambas as espécies de virgens serem de número igual?

      29 Com tal perspectiva de casamento, a classe noiva da virgem passou a ir ao encontro do Noivo, para acolhê-lo e se alegrar com ele. Tinham de ficar vigilantes, porque ‘não sabiam nem o dia nem a hora’. (Mateus 25:13) Quantos dos que começaram no dia de Pentecostes de 33 E.C. e dos milhares daqueles que se lhes juntaram mais tarde se mostrariam semelhantes às virgens “discretas” da parábola, e quantos se mostrariam iguais às virgens “tolas” ou injudiciosas? A parábola representa como igual o número das discretas e o das tolas, indicando que havia oportunidade igual para todos os que realmente começaram, e também para não indicar que haveria mais de uma espécie do que da outra; o assunto foi deixado indefinido. Mas a parábola predisse que nem todos os que começaram como “virgens” se mostrariam dignos de ser admitidos a entrar para a “refeição noturna do casamento do Cordeiro” e participar dela. — Lucas 12:35-38.

      30. (a) O que distinguiu as virgens discretas daquelas tolas? (b) Começaram todas com lâmpadas acesas, e, assim, qual era a questão vital neste respeito?

      30 Então, o que distingue as virgens discretas ou prudentes das virgens tolas ou imprudentes? O seguinte: “As tolas tomaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo, ao passo que as discretas levaram óleo nos seus recipientes, junto com as suas lâmpadas.” (Mateus 25:3, 4) No entanto, todas elas sabiam que terem lâmpadas acesas até o fim da procissão de acolhimento serviria para identificá-las, como prova de seu merecimento de ser admitidos à festa de casamento. Em vista disso, precisavam de óleo bastante para durar-lhes até que a procissão de casamento chegasse ao lar do noivo. No cumprimento da parábola, o que foi prefigurado pelo óleo? Começaram a ir ao encontro do noivo antes de se anunciar a sua chegada, e suas lâmpadas estavam acesas quando partiram. Assim, pelo menos então havia óleo nas suas lâmpadas. Mas bastava para manter as lâmpadas acesas até que a procissão de casamento entrasse na casa do noivo?

      31, 32. (a) O que pretendia a parábola mostrar a respeito daquelas “virgens” simbólicas? (b) Que atitude de espera devem manter; conforme expresso por Paulo em Filipenses 3:20, 21?

      31 O óleo era um líquido de iluminação. Sem ele, o pavio na lâmpada não podia dar uma luz constante e continua. O que simbolizava levarem uma lâmpada acesa à festa de casamento? Em resposta a essa pergunta, precisamos lembrar-nos do objetivo com o qual Jesus proferiu esta parábola. O objetivo era mostrar que os que desejavam ser admitidos ao casamento celestial teriam de ter certa identificação, certa personalidade, e teriam de retê-la até o próprio fim, não importando quando começasse e se realizasse a procissão de casamento até chegar finalmente ao lar do Noivo para a sua “noiva”. Em primeiro lugar, os da classe do “reino dos céus”, enquanto na terra no meio deste mundo tenebroso, teriam de manter-se “virgens” em sentido espiritual. Têm as suas esperanças fixas no Noivo celestial, e esta atitude não permite nenhuma contaminação deles com o mundo impuro. Têm de estar “seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá”. (Revelação 14:4) Têm de permanecer assim como o apóstolo Paulo, que disse:

      32 “A nossa cidadania existe nos céus, donde também aguardamos ansiosamente um salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual remodelará o nosso corpo humilhado para ser conforme ao seu corpo glorioso, segundo a operação do poder que ele tem, sim, de sujeitar todas as coisas a si mesmo.” — Filipenses 3:20, 21.

      33. (a) Por quanto tempo têm de manter a sua virgindade espiritual. a fim de se mostrarem dignos de que? (b) Que disse Jesus sobre eles refletirem tal condição aceitável?

      33 Portanto, sua virgindade espiritual mantida se deve ao seu desejo e à sua determinação de se mostrarem dignos de ser aceitos pelo Noivo celestial como sua “noiva”. Sua vida diária deve refletir isso no meio da escuridão deste mundo da humanidade. Jesus Cristo, o Noivo, disse aos seus discípulos no seu Sermão do Monte, no ano 31 E.C.: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. As pessoas acendem uma lâmpada e a colocam, não debaixo do cesto de medida, mas no velador, e ela brilha sobre todos na casa. Do mesmo modo, deixai brilhar a vossa jaz perante os homens, para que vejam as vossas obras excelentes e dêem glória ao vosso pai, que está nos céus.” — Mateus 5:14-16.

      34. Segundo as palavras de Paulo em Filipenses 2:14-16, como deviam os cristãos brilhar?

      34 Também o apóstolo Paulo disse aos concristãos: “Persisti em fazer todas as coisas livres de resmungos e de argüições, para que venhais a ser inculpes e inocentes, filhos de Deus sem mácula no meio duma geração pervertida e deturpada, entre a qual estais brilhando como iluminadores no mundo, mantendo-vos firmemente agarrados à palavra da vida, para que eu tenha causa para exultação no dia de Cristo, de que não corri em vão nem trabalhei arduamente em vão.” — Filipenses 2:14-16

      35. Portanto, o que é representado por erguerem as virgens suas lâmpadas acesas, em expectativa de quê?

      35 Para que os da classe do “reino dos céus” brilhem como a “luz do mundo” precisam empenhar-se em “obras excelentes” que glorificam o Pai celestial; precisam fazer tudo sem resmungos e argüições, mantendo-se inculpes e inocentes no que se refere à sua vida cristã, mostrando-se sem mácula como filhos de Deus. Precisam fazer isso na expectativa da vinda do Noivo para levá-los ao lar de seu Pai celestial. Fazerem tudo isso é representado por erguerem as virgens as suas lâmpadas acesas. É algo que deleita o Noivo no meio da noite de escuridão do mundo.

      O ÓLEO E OS RECIPIENTES SIMBÓLICOS

      36. O que representa o “óleo” como líquido iluminador?

      36 Então, o que representa o óleo, o líquido iluminador? Simboliza aquilo que mantém os da classe do “reino dos céus” brilhando como iluminadores no meio dum mundo em escuridão. Concordemente, representa a “palavra da vida”, a que precisam manter-se “firmemente agarrados”; pois está escrito: “Lâmpada para o meu pé é a tua palavra e luz para a minha senda.” (Salmo 119:105) “A própria exposição das tuas palavras dá luz, fazendo que os inexperientes entendam.” (Salmo 119:130) Como representação, o “óleo” incluiria também o espírito santo de Deus, porque esta santa força ativa, invisível, de Deus, ajuda no entendimento da Palavra de Deus. (João 16:13) Também, este espírito santo no cristão manifesta-se nos frutos, nos frutos do espírito, tais como amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura e autodomínio. (Gálatas 5:22, 23) Tal “óleo” espiritual tem poder iluminador.

      37. O que representa terem as virgens um suprimento de óleo nos seus “recipientes”? E por quê?

      37 Na parábola, as “virgens” tinham de ter um suprimento de óleo em recipientes, dos quais podiam derramá-lo nas lâmpadas que levavam. Não podiam transformar seus próprios corpos em “recipientes” por beber o óleo e depois, conforme necessário, regurgitá-lo para as lâmpadas, a fim de mantê-las acesas. Contudo, terem “recipientes” cheios de óleo significava que tinham um suprimento de óleo, naturalmente, não nos seus próprios corpos quais vasilhames. De modo que os da classe do “reino dos céus” possuem, sim, em si mesmos, um suprimento da Palavra de Deus e de Seu espírito santo. Apropriadamente, pois, os “recipientes” retratados na parábola representam os próprios membros da classe “virgem” como possuidores do “óleo” simbólico. Certamente, precisam dum suprimento amplo de tal “óleo” ao saírem ao encontro do Noivo e se juntarem à sua procissão.

      38. Então o que é simbolizado pelas lâmpadas das virgens, e de que modo há iluminação?

      38 Na parábola, as dez virgens usavam lâmpadas de óleo para iluminar o cenário noturno. Portanto, o que representam as lâmpadas no cumprimento atual da parábola? O mesmo que os “recipientes” de óleo, porque as antigas lâmpadas continham óleo iluminador do mesmo modo que os “recipientes” de suprimento. Os próprios membros da classe do “reino dos céus” são as lâmpadas simbólicas. Não é que bebam inteiramente o óleo e depois derramem óleo sobre si, incendiando-se quais “tochas vivas” enfileiradas ao longo do caminho da procissão, quais mártires que se sacrificam em honra do Noivo. Não, mas estão cheios da Palavra iluminadora de Deus e de seu espírito santo, e isto os torna brilhantes de modo espiritual para a honra do glorioso Noivo celestial. Eles mesmos são “iluminadores no mundo”, por causa de suas qualidades espirituais. Por causa da espécie da que levam sob a influência da Palavra e do espírito de Deus, brilham para a glória Dele.

      39. (a) Por que não sabiam as “virgens” quanto tempo teriam de esperar pelo noivo? (b) Portanto, que acharam as virgens discretas aconselhável fazer?

      39 Visto que não se fixou a hora da noite em que o noivo partia da casa onde se lhe deu a noiva e depois encabeçava a procissão de volta ao seu próprio lar, para a vida de casado, as virgens da parábola não sabiam exatamente quanto tinham de esperar até o noivo aparecer. Por isso não sabiam por quanto tempo tinham de manter suas lâmpadas acesas. Portanto, era aconselhável que não só enchessem as lâmpadas, mas também um recipiente com óleo adicional. As virgens “discretas” ou prudentes compreenderam isso e “levaram óleo nos seus recipientes”, junto com a suas lâmpadas acesas. As virgens “tolas” ou injudiciosas, imprudentes, não fizeram isso, e sua tolice neste respeito tornou-se evidente com o tempo.

      40. (a) No cumprimento da parábola, de que modo levam os da classe das virgens “discretas” óleo consigo nos seus recipientes? (b) Como os ajuda isso a se mostrarem fiéis no seu noivado com o seu Noivo?

      40 No cumprimento da parábola, os representado’ pelas cinco virgens “discretas” tomam consigo óleo extra nos seus recipientes, por assim dizer, enchendo-se com a Palavra de Deus, tendo-a na mente e no coração por meio do estudo pessoal, em particular, por assistir às reuniões cristãs onde se ensina e considera a Palavra de Deus e por fazer uso desta Palavra de Deus por, transmiti-la a outros. Oram pelo espírito de Deus e procuram estar continuamente “cheios de espírito”. (Efésios 5:18) Em qualquer tempo futuro de emergência, esta plenitude de “óleo” espiritual os ajudaria a renovar sua faculdade de perseverança e a continuar brilhando como a “luz do mundo”, em prova de que se mantêm fiéis ao seu noivado com o Noivo celestial.

      “DEMORANDO O NOIVO”

      41. (a) Quando foi pela primeira vez que os gentios se tornaram parte da classe da “virgem casta” que saiu ao encontro do Noivo? (b) Em vista do que aconteceu aos judeus em 70 E.C., encontraram-se as “virgens” naquele tempo com o Noivo?

      41 No outono (setentrional) do ano 36 E.C., abriu-se a porta a não judeus incircuncisos, a gentios, para serem convertidos ao cristianismo, que é a “forma de adoração que é pura e imaculada” do ponto de vista de Deus. Estes gentios crentes receberam o espírito santo de Deus e seus dons, do mesmo modo como os crentes judaicos haviam recebido no dia de Pentecostes de 33 E.C. (Atos 10:1 a 11:18; 15:7-19) Assim também estes se tornaram parte da classe da “virgem casta” ‘prometida em casamento’ a Cristo. (2 Coríntios 11:2) Daí em diante, tinham parte no cumprimento da parábola das “dez virgens”, e, usando-se a linguagem da parábola, “tomaram as suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo”. No ano 70 E.C., a cidade de Jerusalém e seu suntuoso templo foram destruídos pelas legiões romanas, mas, embora esta destruição horrível fosse uma expressão do julgamento de Deus contra os judeus descrentes, anticristão, a classe da “virgem casta” não se encontrou com o Noivo celestial, ao encontro de quem foi, para dar-lhe boas vindas. — Lucas 21:20-24; Mateus 24:15-22; Marcos 13:14-20.

      42, 43. (a) Perto do fim do primeiro século, que revelação deve ter animado os da classe da “virgem casta” na sua esperança, mas como terminou aquela revelação? (b) Na primeira carta que João escreveu depois disso, à presença de quem já se referiu João?

      42 Passaram-se anos, e perto do fim do primeiro século E.C., por volta do ano 96 E.C., o apóstolo João recebeu a maravilhosa Revelação, com o que tinha para revelar sobre o Noivo celestial, Jesus Cristo, e sua “noiva”, representada como a Nova Jerusalém. (Revelação 21:1 a 22:17) Isto deve ter sido de indizível encorajamento para os da classe da “virgem casta”, que ainda persistiam na sua esperança de se encontrar com o retornado Noivo. No entanto, o Noivo celestial encerrou aquela Revelação por dizer: “Aquele que dá testemunho dessas coisas diz: ‘Sim; venho depressa.”’ Em resposta, o idoso apóstolo João respondeu: “Amém! Vem, Senhor Jesus”, e depois João acrescentou, em conclusão: “A benignidade imerecida do Senhor Jesus Cristo seja com os santos.” (Revelação 22:20, 21) Talvez dois anos depois disso, por volta de 98 E.C., o apóstolo escrevesse a primeira de suas três cartas, dizendo nela:

      43 “Criancinhas, é a última hora, e, assim como ouvistes que vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos; sendo que deste fato obtemos o conhecimento de que é a última hora.” “Sabemos que todo aquele que tem nascido de Deus não pratica pecado, mas o Nascido de Deus vigia sobre ele, e o iníquo não o segura. Sabemos que nos originamos de Deus, mas o mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” — 1 João 2:18; 5:18, 19.

      44. (a) A morte posterior de João abriu o caminho para a entrada de quem? (b) Mas, então, quanto devem ter brilhado as lâmpadas acesas da classe das “dez virgens”, e que esperança havia de se encontrar o Noivo?

      44 Pouco depois de escrever as suas três cartas e também a narrativa da vida de Jesus, conhecida como Evangelho de João, o idoso apóstolo deve ter morrido, sem dúvida como último dos “doze apóstolos do Cordeiro”. O falecimento de João, portanto, permitiria a abertura gradual da porta, não para a entrada de Cristo, o Noivo, mas para a do anticristo, a respeito de quem João advertira. (2 Tessalonicenses 2:7, 8) A “luz do mundo” foi então quase que apagada. As “lâmpadas” simbólicas da classe representada pelas “dez virgens” devem ter iluminado muito pouco. De fato, o número das verdadeiras “virgens” deve ter ficado muito pequeno. Outros interesses, interesses materiais do mundo, em vez de o desejo da volta do Senhor Jesus, devem ter ocupado a atenção dos que apenas professavam ser cristãos. Passava-se tanto tempo, e ele ainda não aparecia.

      45. Como se cumpriu que, “demorando o noivo, todas elas cochilaram e adormeceram”, especialmente já por volta do tempo de Constantino?

      45 Isto foi o que a parábola das dez virgens predisse, nas seguintes palavras: “Demorando o noivo, todas elas cochilaram e adormeceram.” (Mateus 25:5) De modo similar, dentro do grupo religioso que professava ser a congregação cristã, os membros estavam ficando cansados de esperar a vinda do Noivo. De fato, com a chamada “conversão” de Constantino, o Grande, e tornar ele o cristianismo professo nos seus dias a Religião Estatal do Império Romano, não parecia haver necessidade da volta de Cristo. A cristandade achava-se então estabelecida, sendo que muitos dos bispos religiosos das igrejas tornaram-se aliados do Estado romano e começaram a reinar em sentido religioso. Não só os apóstolos genuínos de Jesus Cristo estavam adormecidos na morte, mas tais bispos que professavam ser cristãos também adormeceram para com a responsabilidade cristã e a necessidade de manter a congregação cristã pura e livre das filosofias e tradições dos homens, e de ter de manter-se absolutamente puros e imaculados do mundo, numa forma pura e imaculada de adoração perante Deus.

      46. (a) De que modo é este sono da classe das “dez virgens” paralelo ao que Jesus predisse na parábola do trigo e do Joio? (b) Quanto tempo duraria o sono espiritual e quando se daria o tempo do cumprimento da fase final da parábola?

      46 Esta situação religiosa parece ser paralela àquela retratada na parábola de Jesus a respeito do trigo e do joio, na qual ele disse: “O reino dos céus tem-se tornado semelhante a um homem que semeou excelente semente no seu campo. Enquanto os homens dormiam, veio seu inimigo e semeou por cima joio entre o trigo, e foi embora.” (Mateus 13:24, 25) Apenas após um longo período de crescimento viria a colheita e o tempo para o “homem” da parábola vir para o trabalho da colheita e mandar que se arrancasse o joio e se ajuntasse o “trigo” puro nos seus celeiros. É interessante que Jesus, ao explicar toda esta parábola, usou a mesma expressão que seus apóstolos usaram quando lhe fizeram a pergunta registrada em Mateus 24:3. Jesus disse: “A colheita é a terminação dum sistema de coisas.” (Mateus 13:39) Ainda faltaria muito tempo até a terminação do sistema mundano de coisas, e o cochilo predito na parábola das “dez virgens” mostrou ser longo. O cumprimento das particularidades finais da parábola das virgens faria parte do “sinal” de que estamos na “terminação do sistema de coisas”.

      (Notas de rodapé)

      a The Sacred Writings of the Apostles and Evangelists of Jesus Christ Commonly called the New Testament, de Campbell, Macknight e Doddridge, de 1828 E. C.

  • “Aqui está o noivo!”
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 11

      “Aqui está o noivo!”

      1. Durante este sono de duração indefinida das “dez virgens”, houve movimentação da parte de quem, e especialmente depois de que despertar religioso?

      DURANTE aquele sono de duração indefinida, conforme predito na parábola de Jesus, deve ter havido alguma movimentação da parte das “virgens” simbólicas, especialmente da parte das virgens “discretas”, que haviam trazido um suprimento extra de óleo nos seus recipientes. Isto se deu especialmente depois de um despertar religioso no começo do século dezesseis E. C. e um esforço estrênuo, na Europa, de retornar às Escrituras Sagradas inspiradas como o único livro de verdade divina, o verdadeiro guia inspirado para os seguidores de Cristo, o Noivo. A promessa de Cristo, de voltar novamente, causou bastante impressão nos leitores e estudantes sinceros da Bíblia. Eles viram que esta segunda vinda podia ser antes do milênio, quer dizer, antes de começar o prometido Milênio, que seria assinalado por Satanás ser preso e encarcerado na “cova sem fundo” ou “abismo”.

      2. Que papel desempenhou o teólogo luterano J. A. Bengel em tal movimentação religiosa?

      2 Por exemplo, na primeira metade do século dezoito surgiu um teólogo luterano chamado Johann Albrecht Bengel, que nasceu em 1687 em Winnenden, em Wuertenberg, na Alemanha, e faleceu em 1752 E.C. Ele escreveu vários livros sobre as Escrituras Sagradas. Sobre estes diz a Encyclopædia Britannica (décima primeira edição):

      Os mais importantes são: Ordo Temporum [Ordem dos Tempos], um tratado sobre a cronologia da Escritura, na qual ele entra em algumas especulações sobre o fim do mundo, e uma Exposição do Apocalipse, que por um tempo gozava de grande popularidade na Alemanha e foi traduzida em várias línguas. — Volume 3, página 737.

      A Cyclopœdia de M’Clintock e Strong diz a respeito de Bengel:

      Suas obras cronológicas, empenhando-se em determinar o “número da besta”, a data do “milênio” (ele era positivo em fixar o início do milênio no ano 1836), etc., detraíram um pouco de sua reputação de critério sólido. — Volume 1, páginas 749, 750.

      3. (a) Por que não foram os escritos publicados de Bengel o grito à meia-noite sobre o Noivo? (b) Que outra movimentação houve com William Miller, de Pittsfield, Massachusetts?

      3 No entanto, os escritos publicados de Bengel, na primeira metade do século dezoito, não mostraram ser o grito à meia-noite: “O noivo está chegando! Venham se encontrar com ele.” “Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.” (Mateus 25:6, A Bíblia na Linguagem de Hoje; Tradução do Novo Mundo) Os que acompanharam as publicações de Bengel e agiram segundo elas não se encontraram com o Noivo celestial no ano 1836, pela volta visível Dele na carne. Com o decorrer do tempo, houve outros movimentos entre os cristãos que professavam ser da classe da “virgem casta”, especialmente em relação com um homem nascido em Pittsfield, Massachusetts, E. U. A., no ano 1781. Este homem era William Miller, que se tornou fundador dos chamados milleritas ou adventistas. Diz a Cyclopœdia de M’Clintock e Strong, Volume 6, página 271:

      Por volta de 1833, quando era habitante de Low Hampton, N. I., iniciou a sua carreira como apóstolo da nova doutrina, que ensinava que o mundo chegaria ao fim em 1843. O principal argumento em que se baseava a sua crença era o relacionado com a terminação dos 2300 dias em Daniel 8:14, que ele considerava como anos. Daí, considerando as setenta semanas de Daniel 9:24 como chave para a data dos 2300 dias do capítulo precedente e datando os períodos de 457 A. C., quando Artaxerxes, rei da Pérsia, enviou Esdras de seu cativeiro para restabelecer a comunidade judaica em Jerusalém (Esdras 7), e terminando as setenta semanas, como fazem em geral os comentadores, em 33 A. D., com a crucificação de Cristo, ele achava que os remanescentes dos 2300 dias, que eram 1810, acabariam em 1843. Propôs este significado durante dez anos e conseguiu reunir um grande número de seguidores, dos quais se diz que chegaram a cinqüenta mil, que aguardaram com expectativa crédula o dia designado. No entanto, resultando o contrário do ensino do seu apóstolo, os adventistas, conforme às vezes são chamados, aos poucos abandonaram a Miller. Ele morreu em Low Hampton, Condado de Washington, N. I., em 20 de dezembro de 1849.

      4. (a) Como se mostrou que o movimento de Miller não foi o grito à meia-noite? (b) Trinta anos depois, o que descobriu um grupo independente de estudantes da Bíblia a respeito da segunda vinda de Cristo?

      4 É evidente, pois, que o lançamento do movimento millerita não resultou em ser o grito à meia-noite: “Aqui está o noivo!” O Noivo celestial não apareceu visivelmente na carne àqueles adventistas, nem os levou em arrebatamento ao seu desejado lar celestial, lá em 1843. Contudo, o estudo da Bíblia continuou. Trinta anos mais tarde, houve um pequeno grupo de homens, não associados com os adventistas, nem afiliados com qualquer das seitas religiosas da cristandade, que estudavam as Escrituras Sagradas, em Pittsburgh (Allegheny), na Pennsilvânia, E. U. A. Estudavam independentemente, a fim de evitar encarar a Bíblia através de óculos sectários. Entre estes homens encontrava-se Charles Taze Russell, que estava entrando nos seus vinte e poucos anos. Naturalmente, estavam vivamente interessados na segunda vinda do Noivo celestial, Jesus Cristo. No entanto, seus estudos bíblicos levaram à descoberta de que a volta de Cristo seria invisível, não visível na carne como homem materializado, mas invisível no espírito, visto que ele não era mais carne e sangue. Sua chegada, portanto, não seria vista pelos homens, e esta chegada iniciaria uma presença ou parusia invisível da sua parte. Mas ela se manifestaria por meio de evidências.

      “SETE TEMPOS” — “OS TEMPOS DOS GENTIOS”

      5. No decorrer dos seus estudos, que período de tempo mencionado por Jesus consideraram eles, e, em 1876, o que publicou Russell sobre o fim daquele período?

      5 No decorrer de seus estudos bíblicos, estes estudantes pesquisadores passaram a examinar os “tempos dos gentios”, mencionados por Jesus em Lucas 21:24 (Al), e eles associaram esses Tempos dos Gentios com os “sete tempos” mencionados quatro vezes em Daniel, capítulo quatro, versículos 16, 23, 25, 32. O que verificaram estes estudantes da Bíblia quanto à data em que tais “sete tempos” de dominação gentia da terra acabariam legalmente perante Deus? Ora, naquele tempo publicava-se uma revista mensal em Brooklyn, Nova Iorque, por George Storrs, chamada “Examinador da Bíblia”. No ano 1876, Russell, aos vinte e quatro anos, fez uma contribuição sobre o assunto para esta revista. Ela foi publicada no Volume XXI, Número 1, que era o número de outubro de 1876. Nas páginas 27 e 28 daquele número, o artigo de Russell foi publicado sob o título “Tempos dos Gentios: Quando Terminam?” Naquele artigo (na página 27), Russell disse: “Os sete tempos terminarão em 1914 A. D.”

      6. (a) Em 1877, na publicação de que livro participou Russell, e o que disse este sobre o fim dos Tempos dos Gentios? (b) Segundo a cronologia seguida então, quando terminaram seis mil anos da existência do homem, mas em que ano se calculou que começaria o sétimo milênio?

      6 No ano seguinte (1877), Russell juntou-se a certo Nelson H. Barbour, de Rochester, Nova Iorque, na publicação dum livro intitulado “Três Mundos e a Colheita Deste Mundo”. Neste livro, apresentou-se que o fim dos Tempos dos Gentios, em 1914 E.C., seria precedido por um período de quarenta anos, assinalado pelo início duma colheita de três anos e meio, começando em 1874 E.C. Entendeu-se que esta colheita fosse sob a direção invisível do Senhor Jesus Cristo, cuja presença ou parusia teria começado no ano 1874. Entendeu-se que pouco depois se daria o início do grande Jubileu antitípico para a humanidade, prefigurado pelas celebrações antigas do “jubileu” dos judeus sob a lei de Moisés. (Levítico, capítulo vinte e cinco) Segundo a cronologia bíblica adotada depois, os seis mil anos da existência do homem na terra acabaram no ano 1872, mas o Senhor Jesus não veio no fim desses seis milênios da existência humana, ou antes, no início do Jubileu antitípico, em outubro de 1874. Calculou-se que o ano 1874 fosse o fim de seis milênios de pecado entre a humanidade. Entendeu-se que a humanidade, a partir desta última data, estivesse no sétimo milênio. — Revelação 20:4.

      7. (a) Por que foi que a revista religiosa publicada em 1879 incluiu no seu título “E Arauto da Presença de Cristo”? (b) O que devia acontecer quando esta “presença” atingisse o fim dos Tempos dos Gentios em 1914?

      7 Em vista de tal entendimento dos assuntos, a classe da “virgem casta” começou a sair ao encontro do Noivo celestial no ano 1874, visto que cria que ele tivesse chegado naquele ano e estivesse desde então invisivelmente presente. Achavam que já viviam na presença invisível do Noivo. Por causa disso, quando Charles T. Russell começou a publicar a sua própria revista religiosa, em julho de 1879, publicou-a sob o título “Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo”. Ele já se familiarizara com a Diaglott Enfática, de Wilson, que traduzia a palavra grega parousia como “presença”, não “vinda”, em Mateus 24:3 e em outra parte. A nova revista proclamava a presença invisível de Cristo como tendo começado em 1874. Esta presença continuaria até o fim dos Tempos dos Gentios em 1914, quando as nações gentias seriam destruídas e o restante da classe da “virgem casta” seria glorificado junto com o noivo no céu, pela morte e pela ressurreição à vida no espírito. Deste modo, a classe representada pelas cinco virgens sábias entraria pela porta para o casamento.

      8. (a) O que aguardava ansiosamente o restante da classe da “virgem casta”, e por quê? (b) Na manhã daquele dia, o que anunciou Russell ao pessoal da sede, em Brooklyn, Nova Iorque?

      8 Com o passar dos anos e ao se aproximar mais o tempo, os do restante da classe da “virgem casta” aguardavam com interesse cada vez maior a data crítica de 1.º de outubro de 1914. Tratava-se duma classe de cristãos separados deste mundo impuro e plenamente “consagrados” a Deus mediante Cristo, e eles haviam simbolizado a sua “consagração” a Deus pela imersão em água. Esforçavam-se a deixar sua luz brilhar, ao se aproximar o tempo em que esperavam encontrar-se com seu Noivo nos céus. Finalmente chegou o dia 1.º de outubro de 1914, e na manhã daquele dia, Charles T. Russell, como presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) anunciou ao pessoal da sede em Brooklyn, Nova Iorque: “Os Tempos dos Gentios já terminaram e seus reis já tiveram seu dia.”

      9. No entanto, quando faleceu o próprio Russell e que conclusão devemos tirar disso?

      9 No entanto, com este fim dos Tempos dos Gentios tampouco veio a aguardada glorificação do restante da igreja nos céus. O próprio Russell faleceu só em 31 de outubro de 1916, deixando a presidência da Sociedade para outro. Alguma coisa tinha de ter sido calculada errada.

      10. (a) O que viu o 1.º de outubro de 1914 surgir para o restante da classe da “virgem casta” na terra? (b) Quando atingiu a perseguição seu auge, e que carta mostra um anseio de coração da união com o Noivo celestial?

      10 Em vez de presenciar a glorificação da igreja de Cristo no céu a data de 1.º de outubro de 1914 viu surgir grande dificuldade para os que estavam desejosos de se encontrar com o Noivo celestial. Ao se prolongarem horrivelmente os anos da Primeira Guerra Mundial, a perseguição que continuava a ser movida à classe da “virgem casta” veio ao clímax. Este se deu no verão de 1918, quando o novo presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.), Joseph F. Rutherford, e o secretário-tesoureiro dela, W. E. Van Amburgh, e mais seis outros homens cristãos relacionados com o pessoal da sede em Brooklyn, Nova Iorque, foram condenados injustamente por um tribunal federal e encarcerados na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia. De sua cela ali, o Presidente Rutherford dirigiu uma carta aos seus concristãos, que sofriam perseguição fora das barras e paredes da prisão. Parte desta carta foi impressa na página quatro do programa do congresso de quatro dias da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, de 30 de agosto a 2 de setembro de 1918, em Milwaukee, Wisconsin, E. U. A.a Esta carta revelava o anseio de coração dos da classe da “virgem casta” de uma breve união com o Noivo nos céus, especialmente nas linhas que citamos aqui:

      AO ISRAEL DE DEUS

      “Mui Amados em Cristo:

      “A vida na prisão parece estranha; contudo, cada experiência é acompanhada por alegria, visto que encaramos tudo isso dum ponto de vista celestial. Deveras, agora podemos cantar:

      ‘Desvaneça, desvaneça, cada alegria terrena,

      Jesus é meu!’

      “De fato, agora não há alegrias terrenas; mas aguardamos com alegre expectativa nosso recolhimento para casa. . . . Muitas vezes nos sentimos num apuro entre duas coisas — se preferimos partir ou ir e servi-los por um tempo antes de ir para casa. Faça-se a Sua vontade! Estou certo de que todas estas experiências amadurecem a igreja em preparação para o recolhimento final. As cartas dos queridos em outra parte mostram quão meigamente se entregam ao fogo que consome o sacrifício. . . .

      “. . . Façam tudo o que puderem para animar as queridas ovelhas do rebanho. Consolem-nas com as promessas agradáveis duma breve e gloriosa ida para casa. Nunca os amei tanto quanto agora. Quão agradável será estar ajuntados em volta do trono de nosso Pai e regozijar-nos com alegria indizível para todo o sempre! . . .

      “Agradeço ao nosso querido Pai por ele ter sido tão bom de enviar sete irmãos comigo, para que tivéssemos juntos estes privilégios. . . .

      “Estejam certos de que os amamos muito. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos.

      “Seu irmão e servo pela graça Dele,

      “J. F. RUTHERFORD.”

      11. (a) Durante aquela perseguição, o que não reconheceu o restante da classe da “virgem casta” a respeito de 1874? (b) Quanto tempo ficaram os representantes da Sociedade na penitenciária e o que se abriu ao serem libertos?

      11 Durante todos estes padecimentos no meio das trevas da Primeira Guerra Mundial, o restante sofredor dos da classe da “virgem casta” não reconheceu que o ano de 1874, então já quarenta anos no passado, não havia sido o tempo da volta do Noivo e o tempo para se anunciar: “Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.” O tempo do grito à meia-noite ainda estava no futuro, mas perto. O tempo que o Presidente Rutherford passou na prisão não veio a ser vinte anos, segundo a sentença que lhe havia sido imposta pelo tribunal, em 21 de junho de 1918, mas veio a ser apenas nove meses. Em 25 de março de 1919, ele e seus sete companheiros foram libertos da Penitenciária de Atlanta e levados de volta a Brooklyn, Nova Iorque, onde em 26 de março lhes foi concedida fiança e um apelo. Estavam novamente livres para empreender sua obra do após-guerra junto com todos os outros membros do restante da classe da “virgem casta”. Este restante não havia passado por nenhum recolhimento ao trono de seu Pai celestial, longe das crescentes trevas deste mundo iníquo. Iniciava-se um novo período de serviço cristão na terra!

      12. Por que parte da parábola de Jesus sobre as “dez virgens” passaram então?

      12 Foi neste momento crítico que passaram por aquilo que foi predito pelo Noivo celestial na sua parábola das “dez virgens”, nas seguintes palavras: “Logo no meio da noite levantou-se um grito: ‘Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.’ Todas aquelas virgens levantaram-se então e puseram as suas lâmpadas em ordem.” — Mateus 25:6, 7.

      13, 14. (a) Na parábola, quem anunciou a presença do noivo e como se cumpriu isso? (b) Que evidência há desde 1914 de que o Noivo celestial está realmente presente?

      13 Na parábola, o anúncio de que o noivo estava ali não foi feito pelas “dez virgens”. Evidentemente, foi feito pelos ajudantes do noivo. As virgens apenas ouviram o grito. Do mesmo modo, no ano 1919 E.C., todos os que afirmavam ser como as virgens que aguardavam a vinda do Noivo para levá-los à festa espiritual de casamento no lar de seu Pai foram confrontados com a presença invisível do Noivo.

      14 Portanto, o ano de 1919 mostrou ser o ano de desparamento para todas as professas “virgens”, as tolas e as discretas. A primeira guerra global havia acabado e a Liga das Nações fora promovida como organização internacional em prol de paz e segurança mundiais. Desde o irrompimento daquela guerra mundial em 1914, cumpriu-se um número suficiente de particularidades da profecia de Jesus a respeito de sua parusia e da terminação do sistema de coisas para constituir um “sinal” composto, de que Jesus Cristo deveras havia entrado no seu reino celestial, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914. De modo que se estabelecera nos céus o prometido reino messiânico de Deus. A história mundial e a história da igreja provaram então realmente que Cristo estava presente!

      PONDO AS SUAS “LÂMPADAS” EM ORDEM

      15. (a) Que subtítulo podia então levar corretamente a revista Torre de Vigia? (b) Os leitores da Torre de Vigia, em todo o mundo, ficaram emocionados com que anúncio no número inglês de 15 de abril de 1919?

      15 Então, por fim, a revista Torre de Vigia (agora Sentinela) podia de direito levar o subtítulo “E Arauto da Presença de Cristo”. Os oito estudantes cristãos da Bíblia, soltos da penitenciária federal em março, foram privilegiados em assistir à celebração anual da Ceia do Senhor, na noite de domingo, 13 de abril de 1919, e, segundo um relatório incompleto da assistência total, publicado no número inglês da Torre de Vigia de 15 de maio, na página 151, houve mais de 17.961 celebrantes. Nas páginas 117 e 118 do número inglês da Torre de Vigia de 15 de abril de 1919 anunciou-se o livramento sob fiança de 10.000 dólares de cada um dos oito homens acusados falsamente e a grandiosa recepção que receberam no lar do Betel de Brooklyn, por centenas de concristãos. Este anúncio, publicado mundialmente, teve um efeito estimulante sobre os leitores da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo.

      16. (a) Segundo Isaías 60:2, para que era então tempo? (b) Como foi fortalecida a coragem dos estudantes “consagrados” da Bíblia e que reunião internacional se realizou?

      16 Não era então tempo para sonolência e sono espirituais. Era tempo de ação, quando, segundo predisse Isaías 60:2, “a própria escuridão cobrirá a terra e densas trevas os grupos nacionais; mas sobre ti raiará Jeová e sobre ti se verá a sua glória”. A situação mundial exigiu ação corajosa da parte de todos os estudantes “consagrados” da Bíblia. Não se perdeu tempo, a fim de reforçar a coragem cristã daqueles que haviam aguardado o Noivo, pois, nos números de 1.º e 15 de agosto de 1919 da Torre de Vigia em inglês foram publicados dois artigos sobre o tema “Benditos os Destemidos”, junto com anúncios dos arranjos para um “Congresso Geral: Cedar Point, Lago Erie”, durante oito dias, de 1.º a 8 de setembro, em escala internacional. Sacudindo-se vigorosamente para se livrar da sonolência espiritual, milhares do povo “consagrado” de Deus afluíram ao local do congresso, por volta de 6.000, especialmente do Canadá e dos Estados Unidos, para assistir às sessões diárias. Este congresso emocionante foi uma ocasião para os “consagrados” renovarem sua resolução de estar bem despertos e ativos no serviço de Deus, que os aguardava.

      17, 18. (a) Que publicação foi anunciada no “Dia dos Co-trabalhadores” naquele Congresso Geral, e com que perspectiva? (b) Como eram encorajadoras as instruções sobre como agir neste trabalho, e foram os acontecimentos daquele dia no congresso apenas de interesse passageiro?

      17 Houve tremendo entusiasmo no “Dia dos Co-trabalhadores”, sexta-feira, 5 de setembro, quando o Presidente J. F. Rutherford anunciou a publicação duma nova revista, a partir de 1.º de outubro de 1919, com o título de “A Idade de Ouro”. Seria companheira da revista Torre de Vigia (Sentinela) para a publicação das boas novas do reino messiânico de Deus, e os do povo “consagrado” de Deus foram incentivados a participar na angariação de assinatura para ela, aguardando o tempo em que a tiragem fosse de 4.000.000 de exemplares por número. Mais tarde foram publicadas instruções adicionais sobre como proceder nesta obra mundial de publicidade, num artigo de duas páginas e meia, intitulado “Anunciando o Reino”, nas páginas 279-281 da Torre de Vigia de 15 de setembro de 1919, em inglês.

      18 Quão revigorante como chamada a todos os leitores foi a declaração no antepenúltimo parágrafo deste artigo: “Entrai por ela depressa. Lembrai-vos, ao sairdes nesta obra, que não estais apenas atuando como agentes duma revista, mas que vós sois embaixadores do Rei dos reis e Senhor dos senhores, anunciando ao povo de modo dignificado a vinda da Idade de Ouro, o glorioso reino de nosso Senhor e Mestre, o qual os cristãos verdadeiros têm esperado e pelo qual têm orado por muitos séculos”! Houve uma resposta instantânea àquele convite para participar nesta nova fase da obra do Reino, e hoje, mais de cinqüenta e cinco anos depois, esta mesma revista, que agora tem o nome de “Despertai!” tem uma tiragem de 8.650.000 exemplares de cada número. Por certo, a presença daqueles 6.000 cristãos “consagrados”, ali em Cedar Point, Ohio, e sua aclamação do anúncio da revista A Idade de Ouro, na sexta-feira, 5 de setembro de 1919, de modo algum eram coisas de interesse passageiro, sem conseqüência na história da classe da “virgem casta” de Deus, neste verdadeiro tempo da parusia de Cristo. Esta classe virgem nunca mais adormeceu!

      19. Por as lâmpadas em ordem exigiu que ação, e por que levou isso a uma separação entre as virgens?

      19 Foi deveras o tempo em que “todas aquelas virgens levantaram-se . . . e puseram as suas lâmpadas em ordem”. (Mateus 25:7) Na parábola, isto exigiu que as virgens reenchessem suas lâmpadas com óleo, porque as suas lâmpadas estavam “prestes a apagar-se”. Mas, as virgens tolas descobriram então que não podiam logo preencher suas lâmpadas; não haviam trazido consigo recipientes cheios de óleo, o que as virgens discretas haviam feito. Isto levou a uma divisão entre as virgens. Por quê? Mateus 25:8, 9, explica isso, dizendo: “As tolas disseram às discretas: ‘Dai-nos do vosso óleo, porque as nossas lâmpadas estão prestes a apagar-se.’ As discretas responderam com as palavras: ‘Talvez não haja suficiente para nós e para vós. Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.”‘

      20. Foi egoísta da parte das virgens discretas recusarem compartilhar seu óleo com as tolas, e o que resolveram as discretas?

      20 Podemos imaginar quão difícil seria para aquelas virgens tolas ir naquela hora da noite e tentar achar uma venda de óleo aberta ou vendedores de óleo que pudessem suprir-lhes o óleo necessário. Mas, não foi egoísta da parte daquelas virgens discretas não compartilharem seu suprimento com as virgens injudiciosas? Não! Pois, se tivessem feito isso, então nenhuma das dez virgens teria chegado até a porta da casa do noivo e entrado na festa de casamento. O suprimento repartido de todas as dez teria acabado antes de chegarem lá. As virgens discretas mostraram que se sentiam obrigadas a chegar lá por trazerem consigo um suprimento de óleo para uma emergência. Isto mostrou também que todas tinham decidido chegar lá, e, assim, estas virgens discretas não se deixaram frustrar ou falhar no seu bom objetivo de honrar o noivo. Além disso, as virgens tolas ainda tinham óleo disponível de outras fontes, sem estorvarem ou porem em perigo o bom êxito das virgens discretas.

      21. O que não significa isso quanto ao tratamento que os da classe das virgens “discretas” dão àquele que deseja estudar a Bíblia e aprender algo sobre o Noivo?

      21 Como resultou isso no cumprimento da parábola neste tempo da parusia ou presença do Noivo celestial? Significa isso que, se uma pessoa sincera que ouve algo sobre a presença invisível do Senhor Jesus Cristo desejar que os da classe das virgens “discretas” estudem a Bíblia com ela e quiser participar em honrar o Noivo, os da classe das virgens “discretas” se recusam a fazer isso, mas dizem à pessoa que se arranje sozinha? Se esta quiser ficar cheia da Palavra e do espírito santo de Deus, seria fazer isso uma violação da lição da parábola? De modo algum.

      22. Ao considerarmos a questão de compartilhar o “óleo”, de que nos devemos lembrar sobre o que significa erguer as lâmpadas acesas? E o que simboliza o “óleo”?

      22 Então, no cumprimento, por que se negam os da classe das virgens “discretas” a repartir seu “óleo” com os da classe das virgens “tolas”? Devemos lembrar-nos de que ter óleo no seu recipiente é o mesmo que ter o “óleo” simbólico em si mesmo. Também, que erguer a lâmpada acesa é o mesmo que deixar a sua luz brilhar, é brilhar como luminar, para que as pessoas neste mundo escuro e tenebroso possam ver nossas boas obras e glorificar a Deus por causa delas. (Mateus 5:14-16; Filipenses 2:15) O que dá o poder iluminador é o “óleo” simbólico, “óleo” que representa tanto a Palavra de Deus, que é como uma lâmpada e uma luz para o adorador de Deus (Salmo 119:105), como o espírito santo de Deus, que ilumina a Palavra de Deus para nós e produz em todos os que o possuem as excelentes qualidades piedosas chamadas de “frutos do espírito”. (Gálatas 5:22, 23; Efésios 5:18-20) Então, deveriam as virgens “discretas” reduzir a quantidade deste óleo, deste poder iluminador em si mesmas? Deveriam finalmente deixar de brilhar?

      23. (a) O que querem os da classe das virgens “tolas” que lhes façam os da classe das virgens “discretas”? (b) Que espécie de “cristãos” são os da classe das virgens “tolas”?

      23 Isto é o que os da classe das virgens “tolas” gostariam que as “discretas” fizessem. As “tolas” desejam que as “discretas” transijam com elas. O anúncio da presença invisível do Noivo celestial, em 1919 E.C., constituiu um desafio para todos os que professavam ser “virgens”, com o desejo de se encontrar com o Noivo e compartilhar da alegria dele. Os que são como as virgens “tolas” apenas professam o cristianismo; são na maior parte cristãos nominais, mas não preenchem os requisitos do verdadeiro cristianismo. Podem ter algum conhecimento da Bíblia, especialmente com entendimento sectário de tal conhecimento bíblico. Talvez tenham sido influenciados pelo conhecimento que têm das Escrituras, mas não ao ponto de terem em si o poderoso espírito de Deus, para produzir os “frutos do espírito”. Sua conduta não se harmoniza com o verdadeiro modelo cristão. Brilham apenas como cristãos nominais ou professos nos formalismos religiosos de sua seita na cristandade. Esperam ir para o céu ao morrer!

      24. (a) Habilita o desenvolvimento religioso dos da classe das virgens “tolas” a aceitarem as evidências comprováveis da presença do Noivo? (b) A que nível de profissão cristã querem os tolos que os discretos se rebaixem, para ficarem juntos?

      24 Entretanto, seu desenvolvimento religioso não os habilita a enfrentar o desafio, ao se fazer o grito à meia-noite: “Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.” De fato, não discernem, nem aceitam o fato comprovável da presença do Noivo desde o ano de 1914. Professam crer no Noivo e que a igreja é sua noiva, mas insistem em encontrar-se com o Noivo e entrar na sua alegria do seu próprio modo, do seu modo sectário. Portanto, se houver associação entre eles e os da classe das virgens “discretas”, haverá transigência. Precisaria haver uma fusão ecumênica deles todos como professos cristãos e herdeiros do céu. Os da classe ‘discreta’ teriam de tirar de seu próprio suprimento de “óleo” espiritual e rebaixar seu nível de desenvolvimento cristão ao dos religiosos injudiciosos. Assim, os ‘discretos’ se fariam religiosamente tolos para continuar na companhia dos ‘tolos’, injudiciosos e imprudentes, que professam o cristianismo.

      25. (a) Então, qual é a questão com respeito aos da classe das virgens “discretas”? (b) Para satisfazerem finalmente os requisitos, que palavras de Pedro e Paulo precisam cumprir?

      25 A questão é clara: Devem os da classe das virgens “discretas” ser influenciados pelo mero sentimento religioso, tal como se encontra na cristandade? Deixar-se-ão privar de seu “óleo” espiritual e ficar incapacitados de brilhar como verdadeiros cristãos até o fim, sendo obrigados com o tempo a sair da procissão dos portadores da luz, que acompanham o Noivo à porta da sala da festa de casamento? Conforme diz 2 Pedro 1:10, precisam ‘fazer o seu máximo para se assegurar da sua chamada e escolha’. Precisam imitar o apóstolo Paulo, que escreveu perto do fim de sua vida terrestre: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia.” Precisam preencher os plenos requisitos cristãos, ao chegarem àquela porta da festa de casamento do Noivo. — 2 Timóteo 4:7, 8.

      26. Como passaram a sofrer restrição os da classe das virgens “discretas” durante a Primeira Guerra Mundial, e por que se separaram em 1919 dos da classe das virgens “tolas”?

      26 Por este motivo, os da classe das virgens “discretas” separaram-se dos que apenas professavam o cristianismo, assim como o joio, na parábola do trigo e do joio. Durante a Primeira Guerra Mundial, foram levados à escravidão de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, e seus amantes militares, políticos e judiciais. Não só se achavam em grande parte sob restrição por causa do medo dos homens em posições fortes, mas estavam em cativeiro literal por meio de encarceramentos e detenções em acampamentos militares e em outros lugares. Em 1919, reagiram à chamada desde o céu com respeito à Babilônia, a Grande: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” (Revelação 18:4) Não podiam transigir nesta questão com os da classe das virgens “tolas”. Tinham de obedecer a Deus antes que a Babilônia, a Grande, e seus amantes mundanos. Tampouco podiam acompanhar Babilônia, a Grande, na adoração da imagem da fera, a Liga das Nações, que Babilônia, a Grande, transformou na sua montaria, no ano 1919 E.C. — Revelação 13:14, 15; 14:11, 12; 17:1-18.

      27. Quão inequívoca, desde o começo, foi a atitude adotada pelos da classe das virgens “discretas’, conforme se evidenciou na declaração pública feita no domingo, 7 de setembro de 1919?

      27 A atitude adotada nesta questão pelos da classe das virgens “discretas” foi inequívoca, desde o começo. Em evidência disso, na tarde de domingo, 7 de setembro de 1919, no congresso de Cedar Point, o Presidente Rutherford proferiu seu discurso público sobre “A Esperança Para a Humanidade Angustiada”, no qual salientou a desaprovação da Liga das Nações por Deus. Citamos o relatório publicado no jornal Star-Journal de Sandusky (Ohio, E. U. A.), de segunda-feira, 8 de setembro de 1919:

      O Presidente Rutherford falou a quase 7.000 pessoas, debaixo das árvores, na tarde de domingo. Declarou que uma Liga das Nações, formada pelas forças políticas e econômicas induzidas pelo desejo de melhorar a humanidade pelo estabelecimento de paz e abundância, realizaria um grande bem, e daí afirmou que é certo, porém, que o desagrado do Senhor recairá sobre a Liga, porque os clérigos — católicos e protestantes — que afirmam ser representantes de Deus, abandonaram o plano Dele e endossaram a Liga das Nações, aclamando-a como expressão política do reino de Cristo na terra. — The Watch Tower, de 1.º de outubro de 1919, página 298, coluna 1.

      28, 29. Por que foi esta atitude adotada pelos da classe das virgens “discretas”, e que termo pejorativo usado por Tiago não podia ser aplicado a eles?

      28 Os da classe das virgens “discretas” tinham fé em que o reino do querido Filho de Deus fora estabelecido nos céus no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, e eles eram intransigentes a favor dele, negando-se a reconhecer e a adorar qualquer substituto. Não podiam dar-se ao luxo de ceder de seu “óleo” espiritual e reduzir a plena medida de sua devoção ao reino messiânico de Deus. Este apego firme ao Reino não os tornou populares neste mundo ou amigos dele. Intensificou o ódio deste mundo para com eles. Mas tal ódio e inimizade do mundo tornaram tanto mais evidente que se mantinham fiéis à sua relação com o Rei-Noivo celestial. Não se podia aplicar a eles o termo pejorativo de “adúlteras”, pelo motivo que o discípulo Tiago aplicou este termo a certos membros da congregação do primeiro século, dizendo:

      29 “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” — Tiago 4:4.

      30, 31. A quem mostraram assim os da classe das virgens “discretas” as qualidades duma virgem noiva, e como é essa beleza nupcial descrita na profecia de Isaías?

      30 Assim, por manterem intransigentemente seu pleno suprimento do “óleo” espiritual e o usarem para se manter quais “lâmpadas” continuamente acesas com chama clara, os da classe das virgens “discretas” honravam seu Noivo celestial, com quem estavam comprometidos ou a quem foram prometidos em casamento. Deixavam brilhar em si mesmos as qualidades leais, castas, limpas e puras que se esperam nos que constituem a noiva celestial de seu “um só marido”, o Senhor Jesus Cristo. Regozijam-se com ele, de que veio o tempo de Deus para seu Filho amado levar a “noiva” dele para casa; participam na sua exultação, assim como está escrito: “Teu Deus exultará sobre ti com a exultação de um noivo sobre a noiva.” (Isaías 62:5) Para se harmonizarem com a glória da aparência dele, também querem parecer lindos assim como a noiva no dia do casamento, aceitando o adorno que o Pai celestial lhes dá. Este belo equilíbrio de beleza entre noivo e noiva é descrito em Isaías 61:10:

      31 “Pois ele me trajou das vestes de salvação; envolveu-me na túnica sem mangas da justiça, igual ao noivo que, à maneira sacerdotal, põe uma cobertura para a cabeça, e igual à noiva que se atavia com os seus adornos.”

      32. Como brilham os da classe das virgens “discretas” em honra de seu Noivo?

      32 Nada da parte dos da classe das virgens “discretas”, na terra, deve refletir contra a glória do Noivo celestial, que é todo radiante como o sol: “É como um noivo quando sai da câmara nupcial.” (Salmo 19:4, 5) Portanto, cabe aos da classe das virgens “discretas” brilhar em honra de seu Noivo quais luminares, por demonstrarem as qualidades cristãs que os distinguem daquela meretriz religiosa, Babilônia, a Grande, e de todas as suas religiosas “filhas” imorais. Brilhando assim, não representam mal seu amado Noivo perante a humanidade.

      COMPRAR ÓLEO DE LÂMPADA DOS VENDEDORES

      33. Segundo a parábola de Jesus, apenas o que podiam as virgens “discretas” dizer às “tolas”, e o que demonstraram assim as “discretas”?

      33 Por falta do “óleo” espiritual, os da classe das virgens “tolas” não podiam brilhar em honra do Noivo que havia chegado, estava presente e seguia para a festa de casamento. Não tinham direito a nenhuma parte do “óleo” que as “discretas” haviam trazido consigo e de que precisavam para seguir os passos do Noivo. Portanto, segundo a parábola, tudo o que as “discretas” podiam dizer às “tolas” era: “Talvez não haja suficiente para nós e para vós. Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.” (Mateus 25:9) Ao adotarem tal atitude, as virgens “discretas” mostraram ainda mais sua discrição, e a tolice das virgens injudiciosas e imprudentes tornou-se desastrosa para elas. Viram-se obrigadas a procurar vendedores de óleo e fazer preencher suas lâmpadas.

      34, 35. No cumprimento da parábola, como se fez esta compra de óleo mas o que mostrou a parábola que aconteceria no ínterim?

      34 De modo similar, no cumprimento da parábola, as “tolas” viram-se obrigadas a obter seu próprio suprimento necessário de “óleo” espiritual. Foram para onde achavam religiosamente poder obter “óleo” que preparasse o caminho para sua entrada no céu, segundo as suas crenças religiosas. Por conseguinte, procuraram os sistemas sectários, denominacionais, religiosos, para obter o tipo de “óleo” que estes vendiam, e obtiveram de tais vendedores a espécie de “óleo” que estavam dispostas a pagar, sem a devoção correta ao Noivo celestial. Mas, será que o “óleo” religioso que compraram dos vendedores de óleo ao preço deles mostrou-se eficiente para obter admissão à festa de casamento? Lemos sobre isso:

      35 “Enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo, e as virgens que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento; e a porta foi fechada.” — Mateus 25:10.

      36. Quais foram as virgens que usufruíram a presença do noivo na procissão, e o que as habilitou a passarem pela inspeção à “porta”?

      36 As virgens “discretas” e as virgens “tolas” foram em direções opostas — as “tolas” afastaram-se do Noivo e as “discretas” dirigiram-se ao Noivo que chegava. Havia certa distância entre o lugar onde as virgens “discretas” se encontraram com o noivo e a “porta” da casa onde se realizou a festa de casamento. Entre estes dois pontos, houve por um tempo uma procissão iluminada, e durante este período as virgens “discretas” estavam com o noivo e o noivo estava presente com elas. Quando a procissão alegre chegou ao seu destino e passou pela porta da residência do noivo, as lâmpadas das virgens “discretas” estavam bem acesas. Seu suprimento de óleo não se havia esgotado antes de chegarem à “porta”. As virgens “discretas” provaram então que faziam parte da procissão que seguia o noivo. Isto as habilitou a ser admitidas na festa de casamento. A importância de estarem preparadas para a inspeção é salientada quando a parábola diz: “E as virgens que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento.” Não se fechou a porta diante delas, mas atrás delas!

      37. No ponto de inspeção, as “virgens” da atualidade mostram que brilham de que modo e o Noivo as admite à classe da “noiva” por estarem em que condição?

      37 No cumprimento da parábola em nosso tempo, os da classe das virgens “discretas” continuam na procissão que honra e enaltece o glorioso Noivo, até o fim. Ao chegarem ao ponto de inspeção junto à “porta”, mostram ser dignos e ser admitidos nas festividades de casamento. Sua inspeção por parte do Celestial a quem são prometidos em casamento traz à luz que brilham com a personalidade cristã que o Noivo aprova para a sua “noiva” celestial. Apresentam-se qual “virgem casta ao Cristo”. Não se deixaram ‘corromper, afastando-se da sinceridade e da castidade que se devem ao Cristo’. (2 Coríntios 11:2, 3) O Noivo pode aceitar estas virgens “discretas” da atualidade como parte da congregação cristã, a respeito da qual está escrito: “A fim de que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fosse santa e sem mácula.” — Efésios 5:27.

      “E A PORTA FOI FECHADA”

      38. Finalmente, quantos serão admitidos à festa de casamento e quando se fechará ocasionalmente a “porta”? Por quê?

      38 Naturalmente, não se admitirão mais outros pela “porta” à festa de casamento além dos que completarão o número dos 144.000 membros da classe da “noiva” celestial. (Revelação 7:4-8; 14:1-5) Mas, quando é que a “porta” é oficialmente fechada? Isto seria quando irrompesse a “grande tribulação”, no tempo designado de Deus, e a destruição começasse a sobrevir à cristandade e a todo o restante daquela meretriz religiosa, Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Será então tarde demais para quaisquer cristãos professos saírem de Babilônia, a Grande, a fim de não serem participantes de seus pecados e para não receberem parte de suas pragas mortíferas. (Revelação 18:4) Visto que o número dos dias da “grande tribulação” será ‘abreviado’ por causa dos “escolhidos”, é evidente que o pleno número dos “escolhidos”, a saber, 144.000, estará completo por ocasião do irrompimento da “grande tribulação”. Isto produz o fechamento da porta.

      39. O que aconteceu, por fim, na parábola das “dez virgens”?

      39 O que acontecerá então? A parábola das “dez virgens” indica isso, ao concluir com as palavras: “Depois veio também o resto das virgens, dizendo: ‘Senhor, senhor, abre para nós!’ Ele disse, em resposta: ‘Eu vos digo a verdade: Não vos conheço.”’ — Mateus 25:11, 12.

      40. Por que estava o noivo justificado em dizer às virgens “tolas”: “Não vos conheço”?

      40 As cinco virgens “tolas” procuraram o óleo que podiam obter dos vendedores de óleo que podiam achar naquela hora da noite e vieram à porta com suas lâmpadas acesas. Mas as suas lâmpadas não haviam brilhado em honra do noivo. Não fizeram parte da procissão que foi ao encontro dele e o acompanhou com alegria por causa dele. Então, que base havia para o noivo reconhecê-las como parte de seus celebrantes? Nenhuma! Não haviam dado nenhum brilho à procissão de casamento dele. Por isso, podia dizer-lhes verazmente: “Não vos conheço.” Isto o justificou em manter a porta fechada para elas.

      41. Quando a “grande tribulação” sobrevier à cristandade, o que descobrirão sobre si mesmos os da classe das virgens “tolas”?

      41 Do mesmo modo, quando a “grande tribulação” começar na cristandade, como a parte mais destacada da meretriz religiosa Babilônia, a Grande, suas esperanças de irem para o céu ao morrer ficarão grandemente abaladas e postas em dúvida. Discernirão que não se associaram com a organização religiosa certa, que compõe a “virgem casta”, a “noiva, a esposa do Cordeiro”. Não se verão “arrebatados” nos seus corpos físicos para as nuvens, em arrebatamento físico, “para encontrar o Senhor no ar”, segundo a interpretação dada a 1 Tessalonicenses 4:17 pelos seus instrutores religiosos. É verdade que têm brilhado como membros desta ou daquela seita religiosa da cristandade, mas eram apenas cristãos nominais ou professos, não reais. O que conta então, ao entrarem na “grande tribulação” não é o que seu sacerdote ou pregador pensava ou dizia sobre eles, mas o que o Noivo celestial diz que eles são!

      42. Tendo então desaparecido sua organização religiosa como mediadora, pedirão o reconhecimento do Noivo em que base?

      42 Tarde demais, como “excluídos”, chegam à situação que indica para eles uma porta fechada, quando a base religiosa em que se firmavam for destruída pela “grande tribulação”. Com a destruição de sua organização religiosa, que agiu como mediadora para eles, terão de lidar diretamente com o Noivo, Cabeça da verdadeira congregação. Visto que a parusia ou presença dele é invisível e ele está escondido de seus olhos, como que atrás duma porta fechada, clamarão para ele, para ver se conseguem que sua mera profissão do cristianismo, sem as obras corretas, os salve e faça entrar no céu. Eles o reconheceram, pela palavra da boca, e não devia ele então retribuir isso e reconhecê-los? Clamarão: “Senhor, senhor”, na esperança de serem ouvidos por ele. Isto lhes devia abrir a porta. Mas faz isso?

      43. (a) Que palavras do Sermão do Monte, de Jesus, quanto a chamá-lo de “Senhor”, não foram tomadas a sério pelos da classe das virgens “tolas”? (b) O que lhes acontecerá quando Jesus finalmente tomar a sério estas palavras?

      43 Não tomaram a sério o que o Noivo celestial disse na terra no seu Sermão do Monte: “Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo, eu lhes confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei.” (Mateus 7:21-23) Mas então, na “grande tribulação”, os da classe das virgens “tolas” saberão que o Noivo disse estas palavras de modo muito sério, como princípio para sua orientação. Não lhes abrirá a porta da festa celestial de casamento. Ele os deixará fora, na escuridão da noite mais profunda do mundo, para perecerem junto com todos os outros “obreiros do que é contra a lei”. Destruídos, não terão nenhuma ressurreição para a vida celestial.

      44. Com que palavras encerrou Jesus a parábola das “dez virgens” e o que não se permitem às “discretas” quanto ao seu suprimento de óleo espiritual?

      44 Por conseguinte, as palavras de Jesus, com que ele enfatizou o ponto em questão na parábola das “dez virgens”, são especialmente oportunas para nós os que vivemos na “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Mantende-vos vigilantes, porque não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus 25:13) Agora é a ocasião para os que desejarem ser semelhantes às cinco virgens “discretas” brilharem continuamente com uma personalidade cristã ativa, que satisfaz os requisitos para os membros da classe celestial da “noiva”. Não se atrevem a transigir com os que procuram fazer com que compartilhem dos fardos da tolice dos outros e assim tirem parte ou muito de seu suprimento do “óleo” espiritual.

      45. Na companhia de quem não se atrevem a colocar-se os ‘discretos’, e para a honra de quem devem brilhar continuamente? Por quê?

      45 Não nos atrevemos a expor-nos ao perigo de se apagar nossa luz e de nos colocarmos na companhia religiosa deles. Precisamos de todo o “óleo” espiritual com que nos podemos suprir. Nossa fé na chegada e presença do Noivo precisa continuar luminosa, e precisamos continuar a fazer parte da procissão luminosa que segue os passos dele até que ele leve sua congregação-noiva inteiramente para casa. Acabou a longa demora da chegada do Noivo. Ele está aqui, na sua gloriosa parusia. O tempo de cochilo e sono já passou! É tempo de brilhar em honra dele e de regozijar-se com ele nesta alegria que o Pai celestial lhe apresentou, de tomar a si a sua “noiva” espiritual e celebrar isto com uma festa de casamento. É agora vitalmente necessário mantermo-nos vigilantes, pois não sabemos nem o dia nem a hora, quando a “porta” da oportunidade se fechar, para nunca mais se abrir de novo.

      PARTE DO “SINAL” DE SUA PARUSIA

      46. (a) A parábola das “dez virgens” faz parte da resposta de Jesus a que pergunta dos seus apóstolos? (b) Como vêem os da classe ‘discreta’ o clímax do cumprimento da parábola, e de que fatos os convence isso?

      46 A parábola das “dez virgens” foi dada como parte da resposta à pergunta dos apóstolos de Jesus: “Qual será o sinal da tua presença [parousia] e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) O clímax desta parábola tem tido cumprimento desde o ano de 1914 E.C. Todo o mundo pode ver que se realizam hoje as fases finais desta parábola. Os acontecimentos que acabamos de apresentar em pormenores não se realizaram às escondidas, fora da vista, num lagar escuro, mas ocorreram abertamente, onde pessoas observadoras os podiam notar, não importando se entendiam seu significado ou não. Pelo menos, os que são da classe das virgens “discretas” observaram estes acontecimentos significativos, e têm neles forte prova de que o Noivo celestial chegou em 1914 E.C. e que sua parusia ou presença se desenrola agora invisivelmente. Discernem a sua presença com os olhos da fé, por causa da evidência fornecida em cumprimento da parábola das “dez virgens”. Estão certos de que a “terminação do sistema de coisas” começou no ano de 1914 E.C.

      47. Como é o significado correto da palavra grega parousia confirmado por aquilo que as virgens “discretas” fizeram depois que o grito à meia-noite anunciou o noivo?

      47 Também, a palavra grega usada pelo apóstolo Mateus no seu Evangelho, Mt capítulo vinte e quatro, versículo três, significa “presença”, não “vinda”, conforme muitos tradutores verteram a palavra grega. Isto é apoiado pelo que foi descrito na parábola. As “dez virgens” levantaram-se do cochilo e sono ao ouvirem o grito à meia-noite: “Aqui está o noivo!” Quando seus olhares ansiosos, à espreita de sua procissão luminosa, discernem que ele chega ao lugar onde estão, então o acompanham no seu séquito. Deste ponto em diante, leva tempo até que todos atinjam a residência do Noivo, onde a festa de casamento aguarda a todos os dignos convidados. Por conseguinte, passou um período, na presença ou parusia do Noivo, depois da chegada dele, até que ele levasse sua noiva à casa preparada para ela.

      CORREÇÃO DUM MAL-ENTENDIDO

      48. (a) O redator e editor da Torre de Vigia de Sião calculou que a presença de Cristo começou em que ano? (b) Também qual era a data da criação do homem, conforme publicada na página da capa da Torre de Vigia durante alguns anos?

      48 É verdade que o redator e editor da Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo calculou que a ‘presença” ou parusia do Noivo celestial tivesse começado no ano 1874 E.C. Também, que a data da criação do primeiro homem por Jeová Deus tivesse sido o ano 4128 A.E.C., o que significava que seis mil anos da existência do homem na terra terminaram no ano 1872 E.C., conforme calculado por Russell e seus associados. Este cálculo começou a ser anunciado na primeira página da Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo, a partir do número de 1.º de junho de 1906, e este costume continuou até o número de 15 de setembro de 1928. Por exemplo, no primeiro destes números mencionados apareceu a data da edição: “1.º de julho de 1906 A. D. — A. M. 6034”; ao passo que a data da última edição mencionada foi: “Anno Mundi 6056 — 15 de setembro de 1928.” O Anno Mundi ou “Ano do Mundo” foi calculado ser o ano 4128 antes de nossa Era Comum.

      49. (a) Quando teria ocorrido a entrada do pecado, segundo se calculou? (b) Portanto, quando começaria o milênio para Satanás ser lançado na cova sem fundo e para o reinado de Cristo?

      49 No entanto, calcularam-se dois anos para a inocência do homem e da mulher perfeitos no Jardim do Éden antes de entrar o pecado, e, por isso, o ano da entrada do pecado foi calculado como sendo 4126 A.E.C. Isto resultou em calcularem o fim de seis mil anos de pecado em 1874 E.C., ano em que também, no outono, teria começado o sétimo milênio, para o instigador do pecado, Satanás, o Diabo, ser acorrentado e lançado na cova sem fundo, e para Cristo começar a reinar durante os preditos mil anos. Isto significava que o ano do começo do reinado de Cristo seria também o ano da sua volta e do início de sua presença ou parusia invisível.

      50. Esta cronologia seguiu que nota ao pé da página sobre Atos 13:20, segundo a Diaglott Enfática de Wilson?

      50 A cronologia acima seguiu a sugestão feita na Diaglott Enfática de Wilson, na sua nota ao pé da página sobre Atos 13:20, versículo que reza em inglês: “E depois destas coisas, deu juízes por cerca de quatrocentos e cinqüenta anos, até Samuel, o profeta.” A nota ao pé da página sobre esta versão do versículo diz:

      Aqui ocorre uma dificuldade que tem intrigado muito os cronologistas bíblicos. A data dada aqui diverge da declaração encontrada em 1 Reis 6:1. Ofereceram-se muitas soluções, mas apenas uma que parece inteiramente satisfatória, i. e., que o texto de 1 Reis 6:1 foi deturpado, pela substituição da letra hebraica dálete (4) por hê (5), que é bem similar na forma. Isto daria 580 anos (em vez de 480) desde o êxodo até a construção do templo, e concorda exatamente com a cronologia de Paulo.

      51. (a) Concordemente, o que disse o autor C. T. Russell na página 53 de “Está Próximo o Tempo” a respeito de 1 Reis 6:1? (b) Segundo isso, quando foi criado o homem, quando terminaram os 6.000 anos do pecado e quando começou o Grande Jubileu?

      51 Por conseguinte, na página 53 do livro intitulado “Está Próximo o Tempo”, o autor C. T. Russell escreveu com referência a 1 Reis 6:1:

      Evidentemente, deve ser o qüingentésimo octogésimo ano, e foi possivelmente um erro de transcrição; pois, se acrescentarmos aos quatro anos de Salomão os quarenta de Davi, e o espaço de quarenta de Saul, e os quarenta e seis anos desde a partida do Egito até a divisão do país, temos cento e trinta anos, os quais, subtraídos dos quatrocentos e oitenta, deixariam apenas trezentos e cinqüenta anos para o período dos Juízes, em vez de os quatrocentos e cinqüenta anos mencionados no Livro de Juízes e por Paulo, conforme já se mostrou. A letra hebraica “dálete” (4) parece-se muito com a letra “hê (5) e supõe-se que foi assim que se deu o erro, possivelmente um engano do transcritor. Portanto, I Reis 6:1 deve rezar quinhentos e oitenta, e assim estar em perfeita harmonia com as outras declarações.

      Assim, por se inserirem cem anos na cronologia bíblica durante o período dos Juízes, a criação do homem foi lançada para trás em cem anos, para 4128 A.E.C., e os seis mil anos da existência do homem na terra terminaram assim em 1872 E.C. (The Time is at Hand, página 42) Daí, a concessão de dois anos antes da entrada do pecado levou ao ano 1874 como ano em que terminariam seis mil anos do pecado humano e começariam os sétimos mil anos para a eliminação do pecado pelo reino de Cristo. Portanto, iniciar-se-ia o Grandioso Jubileu.

      52. Segundo os manuscritos gregos mais antigos, aplicam-se os 450 anos de Atos 13:20 antes ou durante o período dos Juízes, conforme mostram traduções modernas da Bíblia?

      52 Segundo os manuscritos mais antigos das Escrituras Gregas Cristãs, porém, Atos 13:20 reza de modo diferente da versão dada na Diaglott Enfática e na Versão Autorizada do Rei Jaime da Bíblia, em inglês. (Al) Assim, segundo os manuscritos mais antigos, os quatrocentos e cinqüenta anos não se aplicam ao período dos Juízes. Em confirmação disso, a edição revista e atualizada no Brasil da Versão Almeida (1960) verte Atos 13:20 como segue: “vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. Depois disto lhes deu juízes até o profeta Samuel”. A versão da Liga de Estudos Bíblicos (1967) reza: “após cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. Depois, deu-lhes juízes, até o tempo de Samuel”. A versão do Pontifício Instituto Bíblico, de 1967, reza de modo similar, e o mesmo se dá com A Bíblia na Linguagem de Hoje, O Novo Testamento, de 1973 E.C.

      53. Usavam os antigos manuscritos hebraicos da Bíblia caracteres alfabéticos para representar números?

      53 Além disso, os mais antigos manuscritos hebraicos existentes, tais como os Rolos do Mar Morto, soletram os números da Bíblia e não usam caracteres alfabéticos em lugar de números, não admitindo assim nenhum erro visual do transcritor em 1 Reis 6:1.b

      54. (a) A aceitação da cronologia bíblica conforme está escrita atesta o início de que período aqui em consideração? (b) Significava o abandono de “Presença” no título da Torre de Vigia que não se cria mais na presença de Cristo?

      54 Vê-se assim que a inserção de cem anos na cronologia bíblica, durante o período dos Juízes, não tem base bíblica. Por isso, a inserção deve ser abandonada e a Bíblia deve ser aceita assim como reza, quanto à sua cronologia. Era inevitável, pois, que isso afetasse a data do começo da parusia do Noivo Jesus Cristo. A partir do número inglês de 1.º de janeiro de 1939 da revista Torre de Vigia (agora Sentinela), o título foi mudado para A Torre de Vigia e Arauto do Reino de Cristo, e com o número inglês de 1.º de março de 1939, para A Torre de Vigia Anunciando o Reino de Jeová. Isto não queria dizer que os editores da revista não mais criam na presença ou parusia de Cristo como em progresso. Antes, significava que se dava mais importância ao Reino, ao reino de Jeová Deus por Jesus Cristo, pois é o reino de Jeová por Cristo que vindicará a soberania universal de Jeová.

      55. (a) Quando e como se eliminou a inserção de 100 anos no período dos Juízes, de modo que 6.000 anos da existência do homem terminam quando? (b) Como afetou isso a data de 1874 E.C., e que pergunta surgiu assim?

      55 No ano de 1943 (em português em 1946), a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados publicou o livro “A Verdade Vos Tornará Livres”. No capítulo 11, intitulado “A Contagem do Tempo”, eliminou a inserção dos cem anos do período dos Juízes e seguiu o texto mais antigo e mais autêntico de Atos 13:20, aceitando os números soletrados das Escrituras Hebraicas. Isto avançou o fim dos seis mil anos da existência do homem para a década de 1970. Naturalmente, eliminou o ano 1874 E.C. como data da volta do Senhor Jesus Cristo e do começo de sua presença ou parusia invisível. O milênio, que havia de ser assinalado pelo acorrentamento de Satanás, o Diabo, no abismo e pelo reino dos 144.000 co-herdeiros de Cristo em glória celestial, portanto, ainda era futuro. Então, que dizer da parusia (presença) de Cristo? Na página 330, o livro mencionado diz positivamente: “A presença ou parousia do Rei começou em 1914.” Também, na Sentinela de janeiro de 1950 (página 7, parágrafo 22), faz-se a declaração: “. . . Messias, o Filho do homem, veio no poder do Reino em 1914 E.C., o que constitui a sua segunda vinda e o princípio da sua segunda parousia ou presença.”

      56. (a) Que nova tradução da Bíblia foi publicada em 1950, e que versão de Atos 13:20? (b) Também, que declaração se fez a respeito da presença de Cristo segundo a cronologia bíblica direta?

      56 No ano de 1950, foi publicada a edição inglesa da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs’, com a versão mais autêntica de Atos 13:20, traduzindo parousia cada vez por “presença”. Logo após foi publicado o livro “Isto Significa Vida Eterna”. Seu capítulo 21 intitulava-se “A Segunda Presença do Principal Agente da Vida”. Era todo um capítulo sobre o assunto, segundo a cronometria direta da Bíblia. Lemos nas páginas 220-222:

      A evidência já considerada prova que em 1914 E. C. nasceu o reino de Deus e seu Filho foi entronizado com autoridade para reger com uma vara de ferro no meio dos seus inimigos. Finalmente, ele os reduzirá a pedaços e livrará o universo de todos os que lutam contra a justa soberania de Deus. — Salmo 2:8, 9.

      Portanto, 1914 E.C. assinala o tempo da volta invisível de Cristo em espírito. . . . A sua vinda ao Reino em 1914 assinala o início de sua segunda presença ou parousia. Esta palavra grega significa presença.

      . . . Embora invisível em espírito, sua segunda presença é de tal importância para as pessoas sobre toda a terra, que não deve ser mantida em segredo, e não o será. . . . “Pois assim como o relâmpago vem das partes orientais e brilha até às partes ocidentais, assim será a presença [parousia] do Filho do homem.” — Mateus 24:26, 27, NM.

      Desde 1914, o Cristo presente tem tornado as evidências da sua segunda presença ou parousía manifestas e inteligíveis aos homens em toda a parte.

      57. (a) Começou Cristo a reinar no meio dos seus inimigos antes do fim dos Tempos dos Gentios em 1914? (b) Quando fez o Noivo que se ouvisse o grito à meia-noite, e o que tem acontecido desde então é evidência de que fatos importantes?

      57 Portanto, quão harmonioso é com as Escrituras inspiradas que Cristo não começou a reinar quarenta anos antes do fim dos Tempos dos Gentios em 1914! Antes, ele esperou até então à mão direita de seu Pai celestial, para começar a dominar no meio de seus inimigos terrestres, que Jeová coloca como escabelo para os seus pés! (Salmo 110:1, 2; Hebreus 10:12, 13) Corretamente, pois, sua presença ou parusia real começou naquele ano. No ano de 1919, conforme a história comprova, ele fez com que ressoasse o grito da meia-noite na terra e despertou as “virgens” adormecidas para com a urgência da situação. “Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.” Este grito assegurou-lhes a presença do Noivo celestial. Os da classe das “virgens discretas” desde então têm ido ao encontro dele. Brilham como luminares neste mundo tenebroso. Isto já em si mesmo é evidência de que estamos na prometida presença de Cristo. É também evidência de que o reino de Deus por Cristo, de mil anos, já se aproximou!

      58. Por que não podemos parar aqui com a parábola das “dez virgens” ao considerarmos o “sinal” da aproximação do Reino?

      58 O cumprimento da parábola das “dez virgens” não é tudo o que há no “sinal” da aproximação deste bendito reino milenar. Portanto, não podemos parar nesta parábola, mas temos de passar a considerar outras fases deste “sinal” assombroso.

      (Notas de rodapé)

      a Veja o livro “Cumprir-se-á, Então o Mistério de Deus”, página 274, último parágrafo. Veja também The Watch Tower de 15 de agosto de 1918, página 249, sobre o congresso de Milwaukee e a carta de Rutherford.

      b Depois dos tempos bíblicos, quando os hebreus usaram letras do alfabeto para números, eles não tinham nenhum símbolo para zero, visto que seu sistema não usava o zero. Portanto, 400 não foi representado pela letra dálete seguida por dois zeros, nem 500 pela letra hê seguida por dois zeros. O número 400 foi representado por uma única letra hebraica (tau) e o número 500 foi representado por duas letras hebraicas (tau cofe). O número oitenta foi representado pela letra hebraica pê, ao passo que dez foi representado pela única letra iode. De modo que não havia probabilidade de se confundir tau pê (480) com tau cofe pê (580).

      [Foto na página 188]

      C. T. Russell

  • A multiplicação dos bens do Rei
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 12

      A multiplicação dos bens do Rei

      1. (a) Que pergunta surge quanto aos co-herdeiros do Reino ainda entre nós? (b) Observarmos tais coisas ocorrendo com eles é evidência de que fato?

      VISTO que toda a evidência indica que o reino de Deus, de mil anos, já se aproximou, surge a seguinte pergunta: O que se esperaria dos que hão de ser juntados com o Rei milenar de Deus no governo celestial? Enquanto estão entre nós, devemos esperar observá-los quando estão sendo provados e examinados quanto a como manejam o que pertence ao Rei celestial, com quem são chamados para reinar. Como cuidam de todos os interesses que o Rei celestial tem na terra? Se observarmos uma prova e um exame dos co-herdeiros deste Reino ocorrendo entre nós, teremos forte evidência de que o Rei messiânico de Deus está governando. Ele está presente no seu trono real!

      2, 3. (a) O que vemos em desenvolvimento é cumprimento de que parábola de Jesus e parte de sua resposta a que pergunta dos apóstolos? (b) Como começa esta parábola?

      2 Este desenvolvimento interessante ocorrido sob a observação dos olhos humanos durante este século vinte foi retratado para nós numa parábola ou ilustração que Jesus Cristo incluiu na sua profecia notável que fez ao estar sentado no Monte das Oliveiras, que sobreleva Jerusalém, no dia onze do mês primaveril de nisã do ano 33 E.C. Ainda dava a sua resposta pormenorizada às perguntas feitas pelos seus apóstolos: “Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença [parousia, em grego] e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) Ele acabava de proferir aos seus apóstolos a parábola das “dez virgens” e de tirar uma lição dela, e então passou a dar-lhes outra parábola, cujo cumprimento indicaria que a sua parusia invisível havia começado e estava em progresso. Esta parábola costuma ser chamada de “parábola dos talentos”. Começa assim:

      3 “Pois é assim como quando um homem, prestes a viajar para fora, convocou escravos seus e confiou-lhes os seus bens. E a um deles deu cinco talentos, a outro dois, e a ainda outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e viajou para fora.” — Mateus 25:14, 15.

      4. (a) Segundo o contexto desta parábola, o que é “assim como quando” um homem rico viaja para fora e confia valores aos seus escravos? (b) A quem representa este “homem”, e por quê?

      4 O que, porém, é “assim como quando” um homem rico confia seus bens aos seus escravos, antes de viajar para fora? Ora, são as circunstâncias relacionadas com o Reino, sobre o qual Jesus estava falando. Isto é evidente na sua parábola precedente, a das “dez virgens”, que ele introduziu com as palavras: “O reino dos céus se tornará então semelhante a dez virgens que tomaram as suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo.” (Mateus 25:1) É também evidente na parábola que Jesus contou depois de sua parábola a respeito dos “talentos”. (Mateus 25:31-34) Na parábola agora em consideração, o homem rico que viaja para fora, naturalmente, é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele fora perguntado a respeito do “sinal” de sua presença.

      5. Que parábola anterior se assemelha em alguns aspectos com a parábola dos “talentos”, mas em que diferem as duas parábolas quanto ao que querem mostrar?

      5 Esta parábola dos “talentos” parece-se em vários aspectos com uma parábola anterior, contada por Jesus, que costuma ser chamada de “a parábola das minas”. É interessante que a parábola dos “talentos” destinava-se a provar, pelo seu cumprimento em nossos dias, que a presença ou parusia real do Senhor Jesus Cristo estava em progresso, ao passo que a parábola das “minas” foi contada pelo Senhor Jesus para mostrar aos seus ouvintes que, naquele tempo, o reino messiânico ainda estava no futuro distante. Por isso, a narrativa que introduz a parábola das minas diz: “Enquanto escutavam estas coisas, contou em adição uma ilustração.” Por quê? “Porque estava perto de Jerusalém e eles estavam imaginando que o reino de Deus ia apresentar-se instantaneamente. Ele disse, portanto: ‘Certo homem de nobre estirpe viajou para um país distante, para assegurar-se poder régio e voltar. Chamando dez escravos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: “Fazei negócios até eu voltar.”’” (Lucas 19:11-13) Envolvia uma longa viagem a um país distante e o retorno de lá, e isto significava um longo tempo antes de o nobre voltar com seu poder do reino.

      6. (a) O que acontecera apenas dois dias antes de Jesus contar a parábola dos “talentos” e o que não apareceu então? (b) Portanto, que pergunta surge agora?

      6 Do mesmo modo, de fato, quando o Senhor Jesus contou a sua parábola dos “talentos”, o reino messiânico de Deus ainda estava no futuro distante; não estava prestes a aparecer. Apenas dois dias antes, no domingo, 9 de nisã de 33 E.C., Jesus havia feito sua entrada triunfal em Jerusalém, montado num jumentinho, e as multidões jubilantes haviam clamado: “Bendito é aquele que vem em nome de Jeová! Bendito é o reino vindouro de nosso pai Davi! Salva, rogamos, nas maiores alturas!” Ainda assim, o Reino não se mostrou então. (Marcos 11:9, 10) Mostra-se este Reino nos nossos dias? Esta é a questão vital que nos confronta agora! Já se passou muito tempo desde que Jesus esteve aqui na carne.

      7, 8. (a) Como podemos saber quando a parábola dos “talentos” começou a cumprir-se? (b) Como é isso confirmado por Atos 1:2-5?

      7 A parábola dos “talentos”, cujo cumprimento tem que ver com a parusia ou presença de Jesus, começou a tornar-se realidade nos dias dos apóstolos, há dezenove séculos atrás. O certo “homem” da parábola, o próprio Jesus Cristo, ainda estava pessoalmente com eles até o dia de sua ascensão ao céu, dez dias antes da Festividade de Pentecostes ser celebrada em Jerusalém. A parábola inicia-se quando o homem está “prestes a viajar para fora” e convoca seus escravos, confiando-lhes seus bens. O ressuscitado Jesus só iniciou a ‘viagem para fora’, para um “país distante”, no dia em que ascendeu ao céu e desapareceu. Portanto, antes de isso acontecer, deve ter convocado os “escravos seus”, seus fiéis discípulos de então, e deve ter-lhes confiado seus bens. Por isso, também, a parábola deve ter começado entre o tempo de sua ressurreição dentre os mortos e sua ascensão à presença de seu Pai celestial. Em harmonia com isso, lemos em Atos 1:2-5:

      8 “Até o dia em que foi tomado para cima [Jesus tinha negócios a tratar com seus discípulos. Foi levado para cima] depois de ter dado mandamento, por intermédio de espírito santo, aos apóstolos que escolhera. A estes mostrou-se também vivo, por meio de muitas provas positivas, depois de ter sofrido, sendo visto por eles durante quarenta dias, e contando as coisas a respeito do reino de Deus. E, reunindo-se com eles, deu-lhes as ordens: ‘Não vos retireis de Jerusalém, mas persisti em esperar por aquilo que o Pai tem prometido, a respeito do qual ouvistes falar; porque João, deveras, batizou com água, mas vós sereis batizados em espírito santo, não muitos dias depois disso.’”

      9. (a) Na parábola dos “talentos”, como se indica o objetivo pelo qual o homem viaja para fora? (b) Na parábola correspondente das minas, qual foi o objetivo de o homem viajar para um país distante e como confirmou isso Jesus na Ceia do Senhor?

      9 O país de “fora”, para o qual o “homem” da parábola ia viajar, era o próprio céu, onde reside o Pai celestial do Senhor Jesus Cristo. Lucas 19:12 fala dele corretamente como sendo um “país distante”. Na parábola dos “talentos”, Jesus não nos fala sobre o objetivo pelo qual o “homem” viajou para fora. Indica, porém, que se destinava a obter uma “alegria” especial e realmente aumentar seus “bens” a “muitas coisas” mais. Portanto, quando o homem alcançou o objetivo de sua viagem para fora, entrou na sua “alegria” como Senhor daqueles “escravos” que deixara atrás. A parábola paralela ou correspondente das minas indica que o objetivo da viagem para fora era “assegurar-se poder régio e voltar”. A posse do reino, portanto, era sua “alegria”. Indicando que este era o objetivo de ele ir embora para o céu, Jesus disse aos seus apóstolos fiéis, depois de mostrar-lhes como celebrar anualmente a Ceia do Senhor: “Eu faço convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto, para um reino, a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” — Lucas 22:29, 30.

      10. Na parábola, a quem representam os “escravos seus”, e como se mostrou a sua aceitação desta designação?

      10 Na parábola, os “escravos seus” eram os discípulos batizados de Jesus Cristo, que eram candidatos ao trono no “reino dos céus”. Nem mesmo os apóstolos se envergonhavam de confessar ser “escravos” do Senhor Jesus. Por exemplo, a segunda carta de Pedro inicia-se com as palavras: “Simão Pedro, escravo e apóstolo de Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:1) Na introdução do último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse, o apóstolo João diz que Jesus Cristo “enviou o seu anjo e a apresentou por intermédio dele em sinais ao seu escravo João”. (Revelação 1:1) O discípulo Judas inicia a sua carta por dizer: “Judas, escravo de Jesus Cristo, mas irmão de Tiago.” (Judas 1) O discípulo Tiago inicia sua carta com as palavras: “Tiago, escravo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que estão espalhadas.” (Tiago 1:1) O apóstolo Paulo inicia sua carta aos filipenses: “Paulo e Timóteo, escravos de Cristo Jesus, a todos os santos em união com Cristo Jesus, os quais estão em Filipos.” — Filipenses 1:1.

      CONFIAR OS “SEUS BENS”

      11. Os “bens” que Jesus, como o “homem” da parábola deixou com seus “escravos” não eram de que espécie?

      11 Os discípulos que eram candidatos ao reino celestial eram os “escravos” que Jesus Cristo, de partida, convocou antes de deixar a terra e aos quais confiou “seus bens”. (Mateus 25:14) Quais eram estes bens? Não deixou bens materiais atrás, para seus discípulos, tais como casas, terrenos, roupa e dinheiro no banco. Deixou atrás sua idosa mãe Maria, seus meios-irmãos e suas meias-irmãs, ao morrer na estaca de tortura no Calvário, e a estes se deixaram quaisquer bens físicos para os usufruírem, segundo a Lei de Moisés. E durante sua atividade na pregação e no ensino do reino de Deus, durante cerca de três anos e meio, não armazenou para si “tesouros na terra”, mas buscou primeiro o reino de seu Pai celestial. (Mateus 6:19, 20, 33; 12:46, 47; 24:3-47; Atos 1:14) Então, o que deixou atrás que pudesse confiar aos seus “escravos”?

      12, 13. (a) Então, o que deixou Jesus Cristo atrás como seus “bens”? (b) Como é este conceito confirmado pelo que Jesus disse aos seus apóstolos perto da fonte de Jacó, em Samaria?

      12 Tratava-se duma base para mais obra cristã, dum campo cultivado em que se podia realizar com bons resultados mais pregação das boas novas do reino messiânico de Deus e fazer discípulos cristãos. Foi um caminho preparado para seus discípulos “escravos”. Já no ano 30 E.C., quando atravessava a terra da Samaria e depois de ter pregado a uma mulher samaritana, junto à “fonte de Jacó”, perto de Sicar, Jesus dissera aos seus discípulos:

      13 “Eis que vos digo: Erguei os vossos olhos e observai os campos, que estão brancos para a colheita. Desde já o ceifeiro está recebendo salário e está ajuntando fruto para a vida eterna, para que o semeador e o ceifeiro se alegrem juntos. Neste respeito, de fato, é verdadeira a palavra: Um é o semeador e outro o ceifador. Eu vos mandei ceifar aquilo em que não labutastes. Outros labutaram, e vós entrastes no proveito do seu labor.” — João 4:35-38.

      14. (a) Como se comparam as carreiras públicas de João Batista e de Jesus Cristo? (b) Entre quem e de que modo deixou Jesus um campo cultivado capaz de maior produção?

      14 Durante cerca de seis meses, João Batista havia servido como precursor de Jesus e havia proclamado: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” Depois do encarceramento de João, no ano 30 E.C., Jesus havia prosseguido com a mesma mensagem. Durante os próximos três anos, Jesus persistira em pregar esta mensagem e em ensinar as pessoas onde quer que se oferecesse a oportunidade. A atividade pública, gratuita, de João Batista, portanto, foi bastante curta, apenas de cerca de um ano, mas a atividade pública e particular de Jesus durou três vezes tanto. Podia-se dizer que ambos haviam feito uma semeadura, Jesus prosseguindo onde João parou. Jesus começou a colher discípulos, mas não todos os que podiam ser colhidos de seu campo de atividade. (Mateus 4:12-23; 3:1-7) Além disso, por meio de sua carreira pública, que incluiu sua morte violenta e sua ressurreição dentre os mortos, Jesus havia cumprido as profecias bíblicas a respeito do prometido Messias, e isto tudo era do conhecimento público. Teve efeito sobre o povo judaico que morava no território onde Jesus Cristo se tornou a figura pública mais controvertida daqueles tempos. Isto resultou num campo cultivado para se produzir discípulos cristãos.

      15. (a) Portanto, que coisa valiosa com potencialidade deixou Jesus Cristo para seus discípulos? (b) Com quantos deixou estes “bens” no início?

      15 Jesus introduziu certo potencial no campo das pessoas em que trabalhou, poder e capacidade latentes para produzir discípulos, uma condição preparada do campo que estava pronto para reagir ou responder favoravelmente à obra futura dos discípulos de Jesus. Este campo preparado de potencialidades (possibilidades cristãs), para o cultivo e a colheita de discípulos cristãos, era o que constituía os “bens” do ressuscitado Senhor Jesus Cristo. Isto foi o que ele confiou aos seus discípulos escravos. Após a sua ressurreição dentre os mortos, ele apareceu a “mais de quinhentos irmãos de uma só vez”, mas depois, no festivo Dia de Pentecostes, houve apenas cerca de cento e vinte discípulos reunidos num sobrado em Jerusalém, os quais foram os primeiros a receber o espírito santo quando este foi derramado do céu. (1 Coríntios 15:6; Mateus 28:16-18; Atos 1:13-15) Portanto, havia pelo menos mais de cem “escravos” cristãos aos quais confiou seus “bens” antes de viajar para fora, por ascende ao seu Pai celestial.

      16. Quanto dinheiro representavam os “bens” do homem da parábola? E como distribuiu estes “bens” entre seus “escravos”?

      16 Como foi feita a distribuição de seus “bens” e em que base? Lemos: “E a um deles deu cinco talentos, a outro dois, e a ainda outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e viajou para fora.” (Mateus 25:15) Assim, seus “bens” que distribuiu entre seu, escravos foram representados por oito (8) talentos de prata. Isto representava muita riqueza lá no primeiro século de nossa Era Comum, porque cada talento de prata eqüivalia a sessenta (60) minas ou aproximadamente Cr$ 6.000,00 em moeda brasileira. O escravo que recebeu um talento de prata recebeu esta quantia de dinheiro para usar; o escravo que recebeu dois talentos, recebeu duas vezes mais esta quantia de dinheiro; aquele que recebeu cinco talentos, recebeu cinco vezes mais aquela quantia. Cada escravo recebeu a quantia de dinheiro correspondente à “sua própria capacidade” de lidar com tal quantia e fazer negócios com ela. O homem rico conhecia seus escravos e as capacidades deles.

      17. (a) Que espécie de capacidades tinham os “escravos” da parábola, mas que dizer do cumprimento da parábola? (b) Quem recebeu maior responsabilidade, tanto na parábola como no cumprimento?

      17 Na parábola, as capacidades eram naturais ou eram capacidades que os escravos haviam cultivado e desenvolvido. No cumprimento da parábola dos “talentos”, a “capacidade” não é mera capacidade física ou mental, embora esta espécie de capacidade possa ser valiosa e útil. Antes, a “capacidade” representa as possibilidades espirituais que se podem encontrar no escravo cristão que é candidato ao reino celestial. O zelo, a disposição e o fervor que o escravo cristão tem contribuem para as suas possibilidades de usar a riqueza espiritual que lhe é confiada. Aquele que recebe o correspondente a cinco talentos, segundo a sua própria capacidade, naturalmente, leva maior responsabilidade. O Senhor Jesus Cristo colocou assim sobre seus escravos apostólicos a maior responsabilidade, e eles tinham de fazer uma obra pioneira em grande escala, bem como ser alicerces secundários da congregação cristã. — Revelação 21:14; Efésios 2:20-22.

      18. (a) O que representava serem apenas três os “escravos”? (b)Na parábola, os “escravos” eram todos homens, mas que dizer do cumprimento?

      18 O Senhor Jesus Cristo, naturalmente, tem mais de três “escravos” espirituais, com os quais pactuou o reino celestial. De modo que estes três “escravos” da parábola representam três classes respectivas de prospectivos herdeiros do reino celestial. Devemos lembrar-nos de que a congregação cristã, gerada pelo espírito, contém muitas mulheres crentes. No festivo Dia de Pentecostes de 33 E.C., a mãe de Jesus, Maria, foi uma de tais mulheres, e provavelmente também Maria e Marta, da cidade de Betânia, perto de Jerusalém, estavam entre as “algumas mulheres” mencionadas em Atos 1:14, que receberam o espírito santo naquele dia notável de Pentecostes. (João 11:1-45) Também, quando o evangelizador Filipe, sob a pressão da perseguição em Jerusalém, foi para o norte, a Samaria, encontrou mulheres samaritanas crentes, pois lemos: “Mas, quando acreditaram em Filipe, que estava declarando as boas novas do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres.” — Atos 8:12.

      19. (a) Na parábola, o que esperava o “homem” que os escravos fizessem com seus “bens’? (b) O que espera Jesus Cristo quanto aos “bens” que deixou entregues aos seus discípulos?

      19 Na parábola, o homem viajante esperava que seus escravos fizessem negócios com aqueles talentos durante a sua ausência e os aumentassem. Não queria que deixassem o dinheiro ocioso e improdutivo. Do mesmo modo, o Senhor Jesus Cristo, ao confiar aos seus discípulos “escravos” todos os seus bens na terra, esperou deles, de fato, ordenou-lhes que não deixassem o campo preparado e cultivado, que lhes confiou, sem mais atenção e lavoura, ao ponto de não produzir mais. Nem se devia deixar o campo nas suas proporções originais, sem ser aumentado, ampliado ou alargado. Não, mas o ausente Senhor Jesus Cristo esperava aumento, e, por conseguinte, deixar de produzir aumento resultaria em punição para aquele que não cumprisse com a sua responsabilidade.

      NEGÓCIOS COM OS “TALENTOS”

      20. O que esperava o “homem” que os escravos fizessem, tendo-lhes confiado os talentos, e que recompensa trouxe para os escravos satisfazerem tais expectativas?

      20 Os escravos da parábola, mesmo que não se lhes falasse especificamente, davam-se conta de que se esperava deles um aumento. A parábola torna isto evidente, pois lemos: “Aquele que recebera cinco talentos foi imediatamente e negociou com eles, e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, aquele que recebera dois ganhou mais dois.” (Mateus 25:16, 17) Evidentemente, estes dois escravos não depositaram o dinheiro num banco para ganhar juros pelas operações dos banqueiros; mas eles mesmos se entregaram a negócios com perícia, discernimento e destreza. Seus esforços pessoais produziram resultados, porque seu respectivo dinheiro dobrou em quantia. Cada um usou “a sua própria capacidade”, com lealdade e devoção ao seu amo, bem como com o desejo de obter a aprovação dele.

      21, 22. Como devia ser aumentada a quantia dos “bens” de Jesus Cristo, e até que ponto? Abrangendo que região?

      21 Então, como se dobra a quantia da parte dos “bens” do Senhor Jesus Cristo, que ele confiou aos prospectivos herdeiros do Reino, no cumprimento da parábola? O Senhor Jesus disse como devia ser feito e a narrativa bíblica fornece ilustrações de como foi feito há dezenove séculos atrás. Alguns dias antes de ele ascender ao céu, o Senhor Jesus materializou-se e apareceu aos seus discípulos num lugar predeterminado em certo monte da província da Galiléia. Ali disse-lhes: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” (Mateus 28:16-20) Mas no dia em que subiu ao céu, ele foi mais específico sobre o rumo que a obra de aumentar seus “bens” devia tomar. Lemos sobre isso:

      22 “Tendo-se eles então reunido, perguntavam-lhe: ‘Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?’ Disse-lhes ele: ‘Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição; mas, ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder e sereis testemunhas de mim tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais distante da terra.’” — Atos 1:6-8.

      23. (a) A que regiões havia Jesus restringido sua pregação e seu ensino, e com que resultado? (b) Então, onde encontraram os discípulos os “bens” de Cristo, para trabalhar com eles até o tempo devido de quem?

      23 Durante sua atividade terrestre como pregador e instrutor do Reino, Jesus havia restrito seus esforços a Jerusalém e às províncias da Galiléia e da Judéia (inclusive Samaria), e à Peréia, na margem oriental do rio Jordão. Naquelas regiões, Jesus havia produzido uma condição preparada e cultivada entre os judeus e os samaritanos para fazer mais discípulos. Era desta condição em tais regiões que os discípulos deviam aproveitar-se para aumentar o número dos discípulos cristãos; estes eram os “bens” que Jesus, seu Senhor, lhes confiou como “escravos”. Assim, em primeiro lugar, deviam trabalhar nas regiões preparadas até o tempo ou a época que o Pai celestial mantinha dentro da sua própria jurisdição. Tinham de fazer isso lembrando-se de que “Cristo se tornou realmente ministro do’ circuncisos em favor da veracidade de Deus, a fim de confirmar as promessas que Ele fez aos antepassados deles”. — Romanos 15:8.

      24. (a) Depois de receberam o espírito santo, como foi que os discípulos puseram a trabalhar imediatamente os “bens” de seu Senhor e com que produção? (b) Que campo para produtividade encontraram os judeus crentes ao voltarem para casa após Pentecostes?

      24 Em harmonia com isso, os discípulos “escravos” lá naquele tempo aproveitaram o patrimônio preparado e cultivado que o Senhor Jesus lhes confiou como sem “bens”, pelos quais tinha trabalhado, e eles puseram este patrimônio espiritual a trabalhar, a fim de produzir um aumento de discípulos. Fizeram isso imediatamente, logo naquele festivo Dia de Pentecostes de 33 E.C., em Jerusalém, e logo houve uma produção de cerca de três mil batizados, que se tornaram candidatos ao Reino por serem batizados com espírito santo. Todos eram pessoas circuncisas, quer judeus naturais, quer prosélitos da crença judaica. Os bens que o Senhor Jesus havia confiado aos discípulos continuaram a ser usados ainda mais, fazendo-se negócios cristãos com estes “bens”, de modo que algum tempo depois o número dos discípulos em Jerusalém havia subido a “cerca de cinco mil”. (Atos 4:4) Sem dúvida, centenas daqueles judeus e prosélitos, que deixaram Jerusalém depois da celebração de Pentecostes e voltaram para casa, nas diversas partes da terra, encontraram um campo de atividade a favor do cristianismo na sua própria vizinhança judaica, em casa.

      25. (a) Como havia Jesus já trabalhado para produzir alguns “bens” na casa dos judeus e prosélitos que assistiam às festividades em Jerusalém? (b) Como fez a perseguição com que a crença cristã se espalhasse às comunidades judaicas distantes?

      25 É possível que muitos destes judeus e prosélitos que retornaram tenham entrado em contato com Jesus Cristo e o tenham ouvido em visitas anteriores a Jerusalém, ao assistirem a todas as festividades. Sendo assim, Jesus havia até mesmo produzido uma condição preparada e cultivada no caso de tais judeus e prosélitos visitantes, e os apóstolos e condiscípulos em Jerusalém aproveitaram esta parte dos bens de Jesus e puseram tais “bens” a trabalhar. (João 12:20-29; Atos 2:5-11) Assim aconteceu que, mesmo antes de o apóstolo Paulo chegar a Roma, na Itália, já havia ali uma congregação de muitos cristãos. (Romanos 1:1-7; 15:22-24) Também, a perseguição que surgiu em Jerusalém contra os discípulos de Cristo ali resultou na difusão da crença cristã entre muitos judeus fora das províncias judaicas. Em Atos 11:19 está escrito: “Conseqüentemente, os que tinham sido espalhados pela tribulação que surgiu por causa de Estêvão foram até a Fenícia, e Chipre, e Antioquia, não falando a palavra a ninguém senão a judeus.”

      26. (a) A restrição da obra de fazer discípulos apenas ao campo judaico continuou até quando e até que acontecimento? (b) Como foi que a obra naquela região recém-aberta resultou num aumento dos “talentos” espirituais?

      26 Esta restrição do aumento dos “bens” do ausente Senhor Jesus Cristo apenas a judeus e prosélitos judaicos continuou até o outono (setentrional) do ano 36 E.C. Chegou então o tempo de aumentar o número dos discípulos cristãos em outras regiões, assim como o próprio Jesus ordenara, dizendo: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as”, e, “sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra”. (Mateus 28:19, 20; Atos 1:8) Era então o tempo devido de Deus para que estes discípulos judaicos, aos quais Jesus confiara seus “talentos” espirituais, usassem estes “bens” seus para produzir mais “talentos” espirituais. Isto começou com a ação por parte da classe dos cinco talentos, quando o apóstolo Pedro foi enviado à capital romana da Judéia, Cesaréia, para converter Cornélio ao discipulado de Jesus Cristo. (Atos 10:1 a 11:18) Por meio disso abriu-se todo o mundo gentio ou não-judeu da humanidade para fazer discípulos. Era uma região que não havia ‘pertencido’ a Jesus Cristo na terra por designação de Jeová Deus, para ele semear, colher e fazei discípulos. — Mateus 15:24.

      27. Esta abertura duma região mundial para produtividade exigiu o que, da parte dos discípulos judaicos?

      27 Esta era uma vasta região em que não havia condicionamento das pessoas pelo próprio Jesus Cristo, não havia uma situação preparada e cultivada deixada por Jesus como pioneiro, para ser usada com vantagem pelos seus discípulos, a fim de aumentarem a congregação cristã. Com o benefício, a vantagem e o ímpeto de que Jesus havia feito em prover o campo original sol cultivo, eles, como trabalhadores experientes e habilitados, podiam então lançar semente e cultivar as possibilidades do crescimento, acrescentando assim outros campos para a produção de discípulos de Jesus, o Messias. Isto exigiu esforços pioneiros da parte dele’ mesmos e exigiu coragem, esforço sincero, atenção cuidadosa e perseverança da parte deles, para que não se sofressem perdas. Não mais edificavam sobre o alicerce de outro homem, mas eles mesmos faziam todo o serviço preliminar para fazer discípulos numa região totalmente nova. Isto mostrava obediência ao seu Senhor. — Romanos 15:17-21.

      28, 29. (a) Seguindo o modelo provido pelos discípulos do primeiro século, como agiram posteriores discípulos “escravos” de Cristo segundo a sua capacidade? (b) Qual tem sido o fator mais vital envolvido em produzir um aumento?

      28 Os apóstolos e outros discípulos de Jesus Cristo no primeiro século estabeleceram o modelo quanto a como ‘fazer negócios’ com os “talentos” figurativos, que lhes foram confiados. Aumentaram o número dos talentos de seu Senhor em cem por cento. A classe dos “escravos” cristãos a que se confiaram “cinco talentos” dos “bens” do Senhor produziu mais cinco talentos. A classe dos “escravos” de Cristo que foi responsabilizada por dois talentos do que pertencia ao seu Senhor produziu mais dois talentos. Para cada classe foi proporcionalmente um aumento de cem por cento, de modo que cada um fez o que lhe foi possível, e ninguém foi melhor do que o outro. Fez tanto quanto se podia esperar dele. Cada um fez o máximo segundo a “sua própria capacidade”. Entretanto, o aumento dos bens de seu Senhor não se devia inteiramente ao uso da “capacidade” de cada “escravo”. Havia outro fator que entrava na questão, e era o fator mais essencial. O apóstolo Paulo refere-se a este fator ao falar comparativamente de seu próprio serviço e daquele do discípulo eloqüente Apolo, dizendo:

      29 “O que, então, é Apolo? Sim, o que é Paulo? Ministros por intermédio de quem vos tornastes crentes, assim como o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus o fazia crescer; de modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que o faz crescer. Ora, quem planta e quem rega é um só, mas cada um receberá a sua própria recompensa, segundo o seu próprio labor. Pois somos colaboradores de Deus. Vós sois campo de Deus em lavoura, edifício de Deus.” — 1 Coríntios 3:5-9.

      30. (a) Então a quem cabe principalmente o mérito pelo aumento? (b) No primeiro século, que evidência havia do aumento na região cultivada pelos discípulos?

      30 Portanto, Deus é Aquele a quem se deve atribuir o aumento, e os “escravos” de Cristo são apenas os instrumentos que ele se agrada de usar para produzir O aumento. Ele ajuda os “escravos” a cumprir com suas responsabilidades. Equipa os “escravos” com o necessário para realizarem com bom êxito a obra de fazer discípulos de pessoas de todas as nações. Assim se aumenta a área preparada e cultivada para a produção de discípulos, que o Filho de Deus deixou aos seus discípulos ao partir, porque outras regiões desta espécie são trazidas à existência em todo o globo por meio da obediência dos “escravos” de Cristo às suas ordens e por imitarem o seu exemplo. Que evidência havia disso no primeiro século de nossa Era Comum? A seguinte: congregações de discípulos que eram herdeiros do reino dos céus surgiram fora de Jerusalém e de toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Estabeleceram-se congregações na Ásia, na África, na Europa e nas ilhas do Mar Mediterrâneo.

      31. Como exemplo do precedente, o que indica sobre Pedro o lugar donde escreveu sua primeira carta?

      31 Tome, por exemplo, o apóstolo Pedro. Ele foi um dos quatro apóstolos que, depois de ouvir Jesus predizer a destruição do suntuoso templo em Jerusalém, lhe fizeram a pergunta: “Quando serão estas coisas e qual será o sinal quando todas estas coisas estão destinadas a chegar a uma terminação?” (Marcos 13:1-4) Pois bem, cerca de trinta anos depois, por volta de 62-64 E.C., ou vários anos antes de “estas coisas” acontecerem com o sítio e a destruição de Jerusalém, junto com seu templo, o apóstolo Pedro fazia serviço missionário fora do Império Romano. Sim, a primeira carta que escreveu a concristãos dentro do Império Romano foi escrita na cidade de Babilônia, no rio Eufrates, na Mesopotâmia, e nesta carta ele se refere à congregação cristã ali, no fim dela, dizendo: “Aquela que está em Babilônia, escolhida igual a vós, manda-vos os seus cumprimentos.” — 1 Pedro 5:13.

      32-34. (a) Aproximadamente quando e de onde escreveu Paulo a sua carta aos colossenses? (b) Como declara nela Paulo o aumento mundial dos “talentos” confiados aos discípulos?

      32 Depois houve também o apóstolo Paulo. Ele havia finalmente chegado à capital imperial de Roma, mas como prisioneiro que apelara para César, para obter um julgamento justo. De seu lugar de detenção, em Roma, escreveu à congregação cristã em Colossos, na Ásia Menor, por volta de 60-61 E.C. Isto foi quase dez anos antes ‘destas coisas’ preditas pelo Senhor Jesus Cristo, contudo, tão cedo assim antes do fim do sistema judaico de coisas, centralizado em Jerusalém, o apóstolo Paulo falou do aumento mundial dos “talentos” figurativos, que Jesus havia confiado aos seus “escravos”. Referindo-se a se terem ‘contado a eles as boas novas’, Paulo escreveu:

      33 “Ouvimos falar da vossa fé em conexão com Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os santos, por causa da esperança que está sendo reservada para vós nos céus. Desta esperança já ouvistes falar antes, por se contar a verdade daquelas boas novas que se vos apresentaram, assim como estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós, desde o dia em que ouvistes e aprendestes a conhecer a benignidade imerecida de Deus em verdade. É isso o que aprendestes de Epafras, nosso amado co-escravo, que é ministro fiel do Cristo, da nossa parte, o qual nos expôs também o vosso amor em sentido espiritual.

      34 “Deveras, a vós, os que outrora estáveis apartados e éreis inimigos, porque as vossas mentes se fixavam nas obras iníquas, ele reconciliou agora novamente, mediante o corpo carnal daquele, por intermédio da morte dele, a fim de vos apresentar santos e sem mácula, e não expostos a nenhuma acusação perante ele, desde que, naturalmente, continueis na fé, estabelecidos no alicerce e constantes, e sem serdes deslocados da esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu.” — Colossenses 1:4-8, 21-23.

      35. Este testemunho do zelo dos discípulos do primeiro século foi realizado durante que período limitado de tempo, e em cumprimento de que profecia de Jesus?

      35 Quanto estas palavras inspiradas do apóstolo Paulo atestavam o zelo daqueles “escravos” do Senhor Jesus Cristo, no primeiro século, em ‘fazer negócios’ com os “talentos” que lhes havia confiado! Que consecução foi para eles num período tão curto de tempo — as boas novas “dando fruto e . . . aumentando em todo o mundo”, as boas novas já “pregadas em toda a criação debaixo do céu”! Imagine só Jesus Cristo “se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas de coisas”, nos anos 29-33 E.C., e, no entanto, mesmo já antes de acabar a terminação do sistema judaico de coisas no ano 70 E.C. com a aniquilação de sua capital religiosa, os judeus em todo o mundo então conhecido receberam um testemunho a respeito do reino messiânico de Deus. De fato, todas as nações gentias também haviam recebido tal testemunho, num cumprimento típico da profecia de Jesus sobre o “sinal” da “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14; Hebreus 9:26.

      CULMINAÇÃO DO CUMPRIMENTO ATUAL DA PARÁBOLA

      36. Voltou o Senhor dos discípulos “escravos” antes ou depois da destruição de Jerusalém, e o que indicaram as palavras finais de João, em Revelação, a respeito da vinda de Cristo?

      36 Aqueles “escravos” do primeiro século, que aumentaram os preciosos “talentos” em tal alcance mundial, apesar de guerras, pestes, fomes, terremotos e perseguições, todos morreram, mas seu Senhor e Amo, que partiu, não voltou nos seus dias, nem antes, nem depois da destruição de Jerusalém pelas legiões romanas. Cerca de vinte e seis anos depois de este acontecimento horrível abalar o mundo religioso judaico, o apóstolo João teve sua prisão na ilha de Patmos iluminada por receber a Revelação divina, na qual ele apontou para o futuro e disse: “Eis que ele vem com as nuvens e todo olho o verá, e aqueles que o traspassaram.” E João encerrou a narrativa da Revelação com a oração: “‘Amém! Vem, Senhor Jesus.’ A benignidade imerecida do Senhor Jesus Cristo seja com os santos.” (Revelação 1:7; 22:20, 21) Aquela oração fervorosa pela vinda do Senhor só foi realmente respondida mais de dezoito séculos depois.

      37. (a) Contrário a que expectativa, quando voltou o Senhor Jesus Cristo? (b) A partir de então, a pregação do Reino assumiu que novo significado, e por quê?

      37 Apenas com a volta do Senhor Jesus Cristo e sua parusia ou presença viria a culminação do cumprimento da parábola dos “talentos”. Na última metade do século dezenove que passou, pensava-se que o Senhor havia voltado no ano 1874 E.C. e que havia começado naquele ano a sua presença invisível em espírito. Mas, realmente, o “sinal” de sua presença e da terminação do sistema de coisas não se apresentou durante as próximas quatro décadas. Isto só se deu no fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, por volta de 4/5 de outubro ou no meio do mês lunar judaico de tisri. Naquele tempo, a pregação das boas novas do vindouro reino messiânico de Deus transformou-se na pregação das boas novas do reino estabelecido de Deus. Os acontecimentos mundiais que se seguiram acumularam evidência de que, no acima mencionado ano crítico, o reino dos céus, de Deus, nasceu por meio da entronização e coroação de seu Messias, Jesus, filho de Davi, filho de Abraão. (Mateus 1:1) Havia chegado aquele que tinha o “direito legal” a ele. De fato, ele havia voltado! — Ezequiel 21:25-27.

      38. A parábola dos “talentos” foi dada como parte de que profecia, e, por isso, como se deve indicar a culminação de seu cumprimento nos nossos dias?

      38 A parábola dos “talentos” foi contada por Jesus Cristo como parte do “sinal” múltiplo para indicar a sua parusia ou presença. Portanto, culminar o cumprimento a parábola em nosso tempo deve aumentar o testemunho de que ele voltou em espírito e que estamos na sua presença. Certamente, se dissermos que a presença real do Senhor Jesus Cristo começou no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, então devia haver fatos disponíveis para confirmar que o cumprimento da parábola atinge sua culminação em nossos dias. Quais são os fatos?

      39. O que fez o escravo com o único talento e quando começou o ajuste de contas com os escravos?

      39 Primeiro, examinamos o resultado da parábola. Por isso, prosseguimos na leitura da parábola de Jesus, conforme segue: “Mas aquele que recebera apenas um foi e cavou no chão, e escondeu o dinheiro de prata de seu amo. Depois de muito tempo voltou o amo daqueles escravos e ajustou contas com eles.” — Mateus 25:18, 19.

      40. (a) Na parábola, com que voltou o “amo daqueles escravos”? (b) Com que “poder régio” em especial tinha que ver o ano de 1914 E.C., e como?

      40 Quando o “amo daqueles escravos” voltou, voltou com aquilo que foi obter na viagem para fora. Suas próprias palavras, mais adiante, mostram que ele obteve uma “alegria” a compartilhar com seus escravos fiéis; voltou com “muitas coisas” que não tinha quando lhes confiou os oito talentos de prata. Uma parábola anterior contada por Jesus, a parábola das “dez minas”, especifica que ele voltou com “poder régio”. (Lucas 19:12-15) Os Tempos dos Gentios ou “tempos designados das nações” têm que ver com “poder régio”, especialmente o “poder régio” da família do Rei Davi de Jerusalém, poder régio da família davídica que foi derrubado por Nabucodonosor, rei de Babilônia, no ano 607 A.E.C. Aquele ano desastroso foi o tempo em que começaram a contar os 2.520 anos dos Tempos dos Gentios, até o ano 1914 E.C. De modo que o fim destes Tempos dos Gentios, por volta de 4/5 de outubro de 1914, devia logicamente presenciar a inversão da situação de há muito tempo. Portanto, não foi sem significado que 4/5 de outubro de 1914 encontrou as nações gentias em dificuldades, já por dois meses envolvidas na primeira guerra mundial da história humana.

      41. (a) Exterminou a Primeira Guerra Mundial o pequeno número dos discípulos “escravos” do Senhor Jesus Cristo então na terra? (b) O que lhes procuravam fazer as nações quanto a darem mais testemunho?

      41 Que dizer, porém, dos “escravos” cristãos do Amo celestial Jesus Cristo, aos quais confiara seus “talentos” valiosos? Até hoje há ainda um pequeno número destes “escravos” fiéis que estavam no cenário terrestre naquele tempo marcado e que discerniram das Escrituras Sagradas o significado da Primeira Guerra Mundial. Este conflito internacional, que finalmente envolveu vinte e oito nações e impérios numa guerra total não eliminou estes “escravos” leais do recém-entronizado Rei celestial Jesus Cristo. Os inimigos terrestres, que não quiseram que Jesus Cristo os governasse como Rei de toda a terra, quiseram matar estes “escravos seus”, mas não o conseguiram. De fato, tentaram tirar deles os “talentos” figurativos que tinham recebido de seu Amo e Dono celestial. Tentaram desfazer todas as boas realizações e ganhos espirituais que estes “escravos” haviam conseguido para o recém-entronizado Rei celestial. Para este fim, tentaram acabar com a influência deles junto às pessoas de todas as nações. Tentaram desesperadamente minar a base preparada e cultivada deles para mais testemunho do Reino.

      42, 43. (a) O fim da Primeira Guerra Mundial em 1918 encontrou os “escravos” do Amo celestial em que condição? (b) Segundo todas as aparências, o que acontecera aos “talentos” que lhes foram confiados?

      42 O fim da Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, encontrou “escravos” do reinante Rei celestial praticamente mortos no que se refere a ter uma boa reputação com as pessoas dentro e fora da cristandade. O favor que gozavam como cristãos entre as pessoas estava praticamente morto sob a mortalha de difamação e detração por parte de pretensos patriotas nacionalistas e fanáticos de mentalidade guerreira. Houve distúrbios violentos contra eles. Ou se proscreveu a sua literatura bíblica ou eles mesmos foram proscritos. Muitos deles estavam na prisão, principalmente o presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), também o secretário-tesoureiro dela e mais seis associados de destaque, sob acusações falsas das quais só podiam ser eximidos depois de ter acabado a loucura da guerra.

      43 Estes “escravos” do Governante Legítimo deste globo terrestre foram aparentemente despojados de tudo. Os “talentos” dele que lhes foram confiados aparentemente foram eliminados. Seus inimigos alegraram-se de ter tirado estes “escravos” do serviço de seu Amo celestial para todo o tempo futuro, pois, parecia haver sérias dúvidas sobre a capacidade deles de começar tudo de novo.

      44. (a) Quando começou a inversão da situação, e como? (b) Que pergunta surgiu então a respeito dos “escravos” sobreviventes, e por quê?

      44 Foi só mais de quatro meses depois, após o fim da guerra, que os inimigos ficaram surpresos e espantados com a inversão que então começou. Esta se deu quando aqueles oito representantes da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados foram libertos do encarceramento na Penitenciária Federal de Atlanta (Geórgia, E. U. A.), em 25 de março de 1919, concedendo-se-lhes fiança no dia seguinte, em Brooklyn, Nova Iorque. Pouco depois, nos devidos tramites, foram declarados eximidos das acusações flagrantemente falsas. Mas, quanto valia isso para as pessoas prostradas pela guerra, que continuavam a ter um ponto de vista preconcebido e deturpado a respeito dos “escravos” de Jesus Cristo, por causa da propaganda e da febre da guerra? Isto era algo para os “escravos” tomarem em consideração. Podiam começar e prosseguir em face de tais circunstâncias ameaçadoras? Tinham a coragem e a confiança de seu Amo celestial para fazer isso? Deveras, foi um tempo de prova para estes escravos cristãos.

      45. (a) Segundo a parábola, o que estava para fazer o “amo daqueles escravos”? (b) Quanto a estarem de posse dos “talentos”, o que precisava ser feito a favor daqueles escravos cristãos?

      45 A parábola dos “talentos” retratou que quando o viajante voltasse de fora, ajustaria as contas com eles. Isto significaria um exame deles. Era bastante lógico que, em vista dos acontecimentos na primavera (setentrional) de 1919, seria o tempo devido para o celestial “amo daqueles escravos” examiná-los. Mas que contas podiam eles prestar com respeito aos seus “talentos”, confiados à classe dos escravos? Qualquer aumento que tivessem obtido antes do clímax da perseguição do tempo de guerra, em 1918, parecia ter sido eliminado. Estavam como que sem “talentos” figurativos. Então, se haviam de mostrar um aumento dos “talentos” de seu Amo, teriam de produzir este aumento no período do após-guerra e entregar-lhe no futuro tal aumento de seus bens. Teriam de receber uma nova oportunidade adicional de ‘fazer negócios’ com os preciosos “talentos” dele. E foi assim que aconteceu historicamente, por causa da consideração misericordiosa de seu Amo celestial.

      46. (a) Era tempo para dissiparem o quê? E para que precisavam reorganizar-se? (b) Visto que seu Amo celestial estava de posse do “poder régio”, para que era oportuna a situação e auspicioso o tempo?

      46 O ano de 1919 foi o tempo vital para a dissipação do temor dos homens que se havia criado entre os da classe dos escravos, durante a violência e a histeria da primeira guerra mundial e que havia feito com que os da classe dos escravos se retraíssem consideravelmente de fazer negócios como escravos responsáveis do Rei reinante, Jesus Cristo. Era então tempo para começarem a reorganizar suas fileiras quebradas e desfeitas para o maior empenho da sua vida no seu serviço prestado ao seu Amo, que então já estava de posse do poder régio. Então, mais do que nunca, seu Amo podia reivindicar de direito toda a terra como campo à sua disposição para produzir mais discípulos favorecidos com a esperança do reino celestial. Podia confiar-lhes esta situação oportuna para ‘fazerem negócios’ no seu serviço. Era um tempo oportuno para a classe ‘escrava’ de discípulos se levantar, conforme retratada pelo escravo a quem se confiaram “cinco talentos” e também para a classe retratada pelo escravo a quem se confiaram dois talentos. Fizeram isso, pois a parábola dos “talentos” não podia deixar de se cumprir, especialmente no seu clímax.

      47. Como foram fortalecidos em 1919 para não temerem, mas para se apresentarem para a obra do após-guerra?

      47 Não se perdeu tempo. Estas duas classes de “escravos” passaram a atarefar-se em 1919. Receberam forte confiança renovada dos artigos da Torre de Vigia em inglês, de 1.º e 15 de agosto de 1919, sobre o tema “Benditos os Destemidos”. Aclamaram o anúncio do congresso de oito dias a ser realizado em Cedar Point, Ohio, de 1.º a 8 de setembro de 1919. Não deixaram de assistir àquele congresso geral por medo de ficarem confrontados com uma obra do após-guerra que exigisse muita energia e coragem de sua parte, com mais perseguição.

      48. (a) Como acolheram os congressistas em Cedar Point o anúncio sobre uma nova revista como companheira da Torre de Vigia? (b) Como se usou até agora esta revista adicional?

      48 Avidamente querendo saber como Jeová queria que fizessem a obra diante deles, seis mil dos que vieram, especialmente do Canadá e dos Estados Unidos da América, assistiram diariamente às sessões deste congresso da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Com surpresa, mas com forte apreço de coração, receberam o anúncio duma nova revista a ser publicada a partir de 1.º de outubro de 1919, A Idade de Ouro, como companheira da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo. Esta nova revista seria um auxiliar adicional na proclamação do estabelecido reino messiânico de Deus. Seria mais um instrumento para usarem em plantar, regar e cultivar novas regiões para a produção de mais discípulos do Senhor Jesus Cristo. Lado a lado com A Torre de Vigia (agora A Sentinela), esta nova revista (agora Despertai!) tem tido uma tiragem cada vez maior, suscitando novo interesse nas pessoas sinceras e aprontando-as para receber as coisas mais profundas da Palavra de Deus. Tem feito uma excelente obra preparatória.

      49. O que se fez com respeito às filiais da Sociedade Torre de Vigia e até que ponto se trouxeram assim mais regiões sob o cultivo?

      49 Restabeleceram-se e fortaleceram-se também as comunicações entre a sede da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e suas organizações congêneres em todo o globo, interrompidas pela guerra mundial, e, conforme o tempo e as circunstâncias mostraram a necessidade disso, estabeleceram-se novas filiais em diversos países. Isto aumentou a região trazida sob supervisão mais detida dos “escravos” do Amo celestial Jesus Cristo e ajudou muito na intensificação da obra do cultivo de tais regiões para o recolhimento de mais discípulos de pessoas de todas as nações. Partindo das poucas filiais então existentes, o número aumentou ao atual de noventa e seis filiais. Estas supervisionam a sementeira e o cultivo realizados em duzentos e sete países e ilhas do mar.

      50. (a) Por que é que os que assistiram ao congresso de Cedar Point em 1922 se viram na situação de Isaías no templo? (b) A resposta de Isaías ao convite de Jeová suscitava que pergunta a respeito deles?

      50 Em setembro de 1922, estes escravos cristãos, candidatos ao reino celestial, foram obrigados a aperceber-se de que estavam então deveras sob o exame do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o reinante Senhor Jesus. Em cumprimento de Malaquias 3:1, ele acompanhara a Jeová Deus na vinda ao seu templo espiritual para a obra de julgamento com respeito aos seus “escravos” gerados pelo espírito, naquele templo. Os que assistiram ao segundo congresso da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Cedar Point, Ohio, no seu quarto dia, 8 de setembro de 1922, chamado de “O Dia”, viram-se então na situação do profeta Isaías, quando teve uma visão de Jeová Deus no seu templo. Isaías sentiu a necessidade de limpeza espiritual, e recebeu misericordiosamente a necessária limpeza. Isto o colocou na situação favorável de responder ao convite de Jeová com o clamor ávido: “Eis-me aqui! Envia-me.” (Isaías 6:1-8) Portanto, a questão era: Responderiam os congressistas da A. I. E. B. de modo similar ao convite de Jeová para serviço, que então se lhes fez?

      51. No encerramento de seu discurso sobre “O Dia”, que perguntas fez o presidente da Sociedade aos congressistas, e que exortação final lhes deu?

      51 No penúltimo parágrafo de seu discurso, tratando da visão de Isaías, o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.), J. F. Rutherford, fez uma série de perguntas aos congressistas, inclusive estas últimas: “Crêem que o Senhor está agora no seu templo, julgando as nações da terra? Crêem que o Rei da glória já começou o seu reinado?” Com enorme entusiasmo, os milhares de congressistas clamaram sua resposta afirmativa. Então, o orador culminou seu discurso por dizer: “Então, voltem ao campo, ó filhos do altíssimo Deus! Ponham sua armadura! Sejam sóbrios, vigilantes, ativos, valentes. Sejam testemunhas fiéis e verdadeiras do Senhor. Avancem na luta até que fique desolado todo vestígio de Babilônia. Proclamem a mensagem em toda a parte. O mundo precisa saber que Jeová é Deus e que Jesus Cristo é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este é o dia de todos os dias. Eis que o Rei reina! São os seus agentes de publicidade. Portanto, anunciem, anunciem, anunciem o Rei e seu reino.” — Veja The Watch Tower (A Torre de Vigia) de 1.º de novembro de 1922, páginas 332-337.

      52. (a) O que fez a Sociedade em 1922 para aumentar a distribuição de publicações bíblicas? (b) Em 1924, que outros meios para se anunciar o Reino começaram a ser usados pela Sociedade, aumentados mais tarde com que outros meios de publicidade?

      52 Com maior zelo e esforço do que nunca antes, os “escravos” do retornado Senhor Jesus Cristo saíram para anunciá-lo como Rei reinante, pregando publicamente tanto de casa em casa como da tribuna pública. Desde 1920, haviam começado a operar sua própria gráfica em Brooklyn, Nova Iorque, e isto os habilitou a obter maiores quantidades de literatura bíblica, revistas, folhetos, tratados, livros encadernados e finalmente as próprias Bíblias, com maior economia, para usar em anunciar o Rei messiânico e seu reino. A partir de domingo, 24 de fevereiro de 1924, começaram a ser usadas estações de rádio de propriedade de pessoas jurídicas destes “escravos”, na divulgação da mensagem do Reino aos inúmeros ouvintes invisíveis nos seus receptores de rádio. Com o decorrer do tempo, passaram a usar-se dezenas de estações de rádio, quer com tempo alugado, quer gratuitamente, em diversos países, para transmitir as boas novas do Reino até os próprios confins da terra. A estes meios de publicidade acrescentaram-se, anos depois, carros sonantes com alto-falantes e vitrolas portáteis, levadas de porta em porta pelos “escravos” de Cristo, para anunciar o Reino aos moradores.

      53. Por que tiveram os leitores motivos para ficar emocionados com o artigo principal do número inglês de 1.º de março de 1925 da Torre de Vigia?

      53 Os leitores da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo ficaram emocionados ao receberem seu número inglês de 1.º de março de 1925 e lerem o artigo principal, intitulado “Nascimento da Nação”. Por quê? Porque receberam ali melhor entendimento de Revelação, capítulo doze. Seus olhos de discernimento espiritual foram abertos para ver que o nascimento simbólico do filho varão, apresentado de modo tão emocionante naquele capítulo, que por muito tempo lhes foi um mistério, representava o nascimento do reino messiânico de Deus no ano 1914, no fim dos Tempos dos Gentios. O artigo concluiu, na página 74, dizendo: “O reino do céu está aqui. O dia de livramento está à vista. Proclamem-se estas boas novas aos povos da terra. A vitória é de nosso Rei. Então, fiéis até o fim da guerra; e nos aqueceremos para sempre ao sol de seu amor, onde há plenitude de alegria e prazeres para todo o sempre.”

      54, 55. Como indicou o número dos participantes da Ceia do Senhor um aumento nos campos de atividade?

      54 A celebração anual da Cela do Senhor na próxima data, quarta-feira, 8 de abril de 1925, trouxe à luz algo animador. Em vista da obra de plantar, regar e cultivar feita até então em regiões adicionais de atividade, com novos instrumentos providos para a divulgação do Reino, o número de congregações dos discípulos com esperanças celestiais havia aumentado. O número dos membros das congregações havia aumentado. De modo que, nesta celebração da Ceia do Senhor, o número dos participantes dela indicou este aumento e a produção de discípulos de Cristo. Então, quantos participaram naquele ano? O número inglês de 1.º de setembro de 1925 da Torre de Vigia, na página 263, sob “Relatórios da Comemoração”, dizia:

      55 “Ficamos contentes de que o número dos que participam na Comemoração da morte de Cristo seja tão grande, porque manifesta tamanho interesse na verdade em toda a parte, e isto se dá como deveria. O total geral relatado até a data é de 90.434 pessoas, que é de 25.329 pessoas mais do que o relatado há um ano atrás.”

      56. O que indicou isso a respeito das transações de “negócios” dos discípulos “escravos” aos quais se confiaram os “talentos”?

      56 Deveras, os “escravos” de Cristo, a classe representada pelo escravo a quem se confiaram “cinco talentos” e a classe representada pelo escravo a quem se confiaram dois talentos, ‘faziam negócios’ com eles prontamente e logo cedo, para acrescentar outras regiões que poderiam ser frutíferas com mais discípulos de Cristo. Os fatos publicados provam que estes “escravos” foram abençoados nos seus esforços e foram recompensados com aumento. Isto os estimulou ainda mais.

      ALEGRIA

      57. (a) Por que viajou para fora o homem rico da parábola? (b) Portanto, que perguntas surgem a respeito de Jesus Cristo no cumprimento da parábola?

      57 No entanto, historicamente entra agora outro fator claro no assunto. Na parábola de Jesus, o homem que tinha oito talentos de prata e três escravos não foi viajar para fora só por prazer, como numa excursão. Tinha um motivo sério para viajar para fora; queria obter algo valioso. Conforme a parábola mostra, viajou para fora para obter certa “alegria”, junto com “muitas coisas”. Por conseguinte, tinha de viajar para longe, levando muito tempo, a fim de recorrer àquele que lhe podia dar esta “alegria” específica. Isto é subentendido na parábola de Jesus, embora a parábola dos “talentos” não o mencione explicitamente. Visto que o homem rico da parábola representa o Senhor Jesus Cristo, o homem que viajou para fora, numa longa viagem, representa o Senhor Jesus dirigir-se à única Fonte da alegria especial que visava. A quem se dirigiu, pois? Quem era esta Fonte de alegria?

      58, 59. (a) A quem se dirigiu o ressuscitado Jesus Cristo para obter esta “alegria”? (b) Para quem mais é Ele Fonte de alegria, conforme indicado em Romanos 15:13?

      58 Isto nos é indicado em Hebreus 12:2, que reza: “[Olhamos] atentamente para o Agente principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus. Pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha, e se tem assentado à direita do trono de Deus.”

      59 Sim, Jeová Deus é a Fonte desta “alegria”. A ele é que o ressuscitado Jesus Cristo foi, deixando seus discípulos fiéis aqui na terra, encarregados de seus “bens”, seus “talentos”. O Pai celestial era a Fonte da causa especial de “alegria” de Jesus. Jeová Deus é também a Fonte de alegria dos discípulos de seu Filho amado. Em harmonia com isso, um destes discípulos disse, ao escrever a concristãos em Roma: “Que o Deus que dá esperança vos encha de toda a alegria e paz pela vossa crença, para que abundeis em esperança com poder de espírito santo.” (Romanos 15:13) Deus pôde responder a esta oração correta.

      60. (a) Era oportuno dar o devido destaque a quem, já que Jesus Cristo voltará com a sua “alegria”? (b) Como se lhe deu este destaque devido com respeito ao Seu nome?

      60 No desenrolar dos acontecimentos, seria oportuno que Deus, a Fonte celestial da alegria, recebesse o devido destaque aos olhos dos “escravos” do Senhor Jesus Cristo, após a sua volta alegre, já que o reino messiânico de Deus havia nascido nos céus. Havia chegado o tempo para esta Fonte divina de alegria fazer um nome para si, e isto exigia primeiro que Seu nome pessoal fosse conhecido. Este Nome foi devidamente divulgado. Merecidamente, passou a ser usado de modo regular entre seus adoradores reverentes na terra e foi divulgado em toda a terra, assim como nunca tinha sido divulgado em qualquer tempo anterior. Ao se iniciar o ano de 1926, o primeiro número inglês da Torre de Vigia publicou o artigo principal intitulado “Quem Honrará a Jeová?”. Daí em diante, o nome divino que aparece milhares de vezes no texto hebraico original da Bíblia Sagrada foi enaltecido no seu destaque legítimo entre os “escravos” do Filho de Deus. Estes começaram a ser em primeiro lugar testemunhas Dele, sem diminuírem seu testemunho do Filho dele, Jesus Cristo. Desincumbiram-se amorosamente de sua obrigação de ser testemunhas do Único que leva o nome Jeová.

      61. (a) Por meio duma resolução em 1931, os discípulos escravos de Jesus Cristo declararam-se opostos a ser chamados por que nomes? (b) Por que nome desejavam daí em diante ser chamados?

      61 Seguiram-se cinco anos e meio de tal testemunho do Nome divino. Veio então o tempo para os “escravos” cristãos se identificarem, para se diferenciar de todos os professos cristãos da cristandade religiosa. Para este fim, os “escravos” de Jesus Cristo tomaram ação na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A. As 16 horas, apresentou-se e leu-se perante os milhares de congressistas uma resolução, cujo quarto, quinto e sexto parágrafos temos o prazer de citar aqui:

      AGORA, POIS, a fim de que nossa verdadeira situação seja conhecida, e crendo que isto está em harmonia com a vontade de Deus, conforme expressa na sua Palavra, SEJA RESOLVIDO, conforme segue, a saber:

      QUE temos grande amor ao irmão Charles T. Russell pela sua obra e que reconhecemos de bom grado que o Senhor o usou e que abençoou grandemente a sua obra, mas não podemos ser coerentes com a Palavra de Deus por consentir ser chamados pelo nome de “russelitas”, que a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados [dos E. U. A.], e a Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, e a Associação do Púlpito do Povo são apenas nomes de sociedades que nós, como grupo de pessoas cristãs, mantemos, controlamos e usamos para realizar nossa obra em obediência aos mandamentos de Deus, mas que nenhum destes nomes se prende ou aplica devidamente a nós como corpo de cristãos que seguimos as pisadas de nosso Senhor e Amo, Cristo Jesus, que somos estudantes da Bíblia, mas como corpo de cristãos constituindo uma sociedade, rejeitamos assumir ou ser chamados pelo nome de “Estudantes da Bíblia” ou por nomes similares, como meio de identificação de nossa situação correta perante o Senhor; recusamos levar ou ser chamados pelo nome de qualquer homem;

      QUE, tendo sido comprados pelo precioso sangue de Jesus Cristo, nosso Senhor e Redentor, justificados e gerados por Jeová Deus e chamados para seu reino, declaramos sem hesitação a nossa inteira lealdade e devoção a Jeová Deus e seu reino, que somos servos de Jeová Deus, mandados a fazer uma obra em seu nome, e, em obediência ao seu mandamento, a dar testemunho de Jesus Cristo e a tornar conhecido às pessoas que Jeová é o Deus Todo-poderoso e verdadeiro, portanto, alegremente adotamos e tomamos o nome dado pela boca do Senhor Deus, e desejamos ser conhecidos e chamados pelo nome, a saber, testemunhas de Jeová. — Isa. 43:10-12; 62:2; Rev. 12:17.

      62. Que convite se fez no último parágrafo da resolução?

      62 O oitavo e último parágrafo da Resolução dizia:

      Convidamos humildemente a todos os inteiramente devotados a Jeová e ao seu reino a participar na proclamação destas boas novas a outros, a fim de erguer o estandarte justo do Senhor, para que as pessoas do mundo saibam onde encontrar a verdade e a esperança de alívio; e, acima de tudo, para que se vindique e enalteça o grande e santo nome de Jeová Deus.

      63. (a) Ao todo, por quem foi adotada esta resolução sobre o Novo Nome? (b) Que publicidade se deu depois a essa resolução, como aviso para o mundo?

      63 Esta resolução foi adotada entusiasticamente não só pelos reunidos em congresso em Columbus, Ohio, mas também mais tarde pelas congregações dos “escravos” de Jesus Cristo em todo o globo. Adotaram assim voluntariamente o nome “testemunhas de Jeová”. Esta Resolução sobre o nome foi também publicada no folheto lançado no congresso, intitulado “O Reino, a Esperança do Mundo”. Este título foi também o tema do discurso público do presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, tanto perante a assistência visível do congresso, bem como perante a assistência invisível que o escutou por meio duma vasta rede radiofônica, a partir do meio-dia. Depois, este folheto contendo tanto o discurso público como a resolução foi levado diretamente por portadores pessoais às mãos dos clérigos religiosos, católicos e protestantes, e mais tarde às mãos de destacados políticos e profissionais liberais. Houve também uma distribuição mais ampla entre o povo em geral. Foi assim que se avisou todo o mundo de que estes adoradores do Deus Altíssimo, justificados e gerados pelo espírito, andariam no nome de seu Deus e reconheceriam apenas o nome de testemunhas de Jeová. — Miquéias 4:5.

      64. Por que se reconhecem como testemunhas cristãs de Jeová?

      64 Visto que houve também testemunhas do único Deus vivente e verdadeiro antes da primeira vinda do Senhor Jesus Cristo, reconhecem-se como sendo testemunhas cristãs de Jeová. — Isaías 43:10-12; 44:8; Hebreus 11:1 a 12:1. Veja também The Watch Tower de 15 de setembro de 1931, páginas 278, 279.

  • Ajuste de contas com os escravos atuais
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 13

      Ajuste de contas com os escravos atuais

      1, 2. (a) O que deu aos do restante dos “escravos” de Cristo levarem o nome divino, e quem era a fonte disso? (b) Que menção se faz desta alegria na parábola dos “talentos”?

      LEVAREM o nome divino a partir do ano de 1931 deu nova alegria aos do restante dos “escravos” do Senhor Jesus Cristo ainda na terra. Sua alegria procedeu da mesma fonte da qual seu Senhor e Dono obteve a alegria dele, a saber, de Jeová Deus. O Senhor Jesus Cristo referiu-se a esta alegria sua quando ajustou as contas com seus escravos, no cumprimento da parábola dos “talentos”. Observamos isso em Mateus 25:20-23, onde lemos:

      2 “Apresentou-se então o que recebera cinco talentos e trouxe cinco talentos adicionais, dizendo: ‘Amo, confiaste-me cinco talentos; eis que ganhei mais cinco talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’ A seguir, apresentou-se aquele que recebera dois talentos e disse: ‘Amo, confiaste-me dois talentos; eis que ganhei mais dois talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’”

      3, 4. (a) São os três “escravos” representativos de pessoas, ou de que? (b) Como argumenta o ajuste de contas com o que é representado pelos “escravos” no cumprimento da parábola, a favor do significado correto de parusia?

      3 Este ajuste de contas com os escravos certamente exigiu tempo e atenção. Por isso, representa um período de presença ou parusia da parte do Amo celestial, Jesus Cristo, em cumprimento da parábola, nos seus aspectos finais. (Mateus 24:3) Não nos esqueçamos de que os três escravos na parábola representavam classes e que estas classes são compostas de pessoas. Requer mais tempo e atenção lidar com uma classe ou um grupo do que com uma única pessoa. No caso duma classe ou dum grupo, é preciso tratar com cada membro dele. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 14:9, 10:

      4 “Pois, para este fim morreu Cristo e passou a vive novamente, para que fosse Senhor tanto sobre morto’ como sobre viventes. . . . Porque nós todos ficaremos postados diante da cadeira de juiz de Deus.”

      5. (a) Em lugar de quem julga Jesus Cristo ao julgar os vivos e os mortos? (b) O que precisavam fazer com respeito a recompensa os das classes representadas pelos “escravos” que morreram antes da parusia de Cristo?

      5 No cumprimento da parábola dos “talentos”, o Senhor Jesus Cristo julga em lugar de Jeová Deus. Nem todos os seus “escravos” aos quais confiou “talentos” estão vivos na carne aqui na terra, neste século vinte. Por exemplo, os do primeiro século, durante os dias dos doze apóstolos, até João, quem recebeu a Revelação (Apocalipse), morreram há muito tempo atrás, adormecendo na morte e aguardando a parusia de seu Senhor e Dono celestial quando receberiam a recompensa dele, como justo Juiz. Assim como o apóstolo Paulo, pouco antes de seu martírio, escreveu a Timóteo, seu companheiro missionário: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” (2 Timóteo 4:7, 8) Sim, de fato, o apóstolo Paulo aguardava ‘aquele dia’, o dia da parusia do Senhor, para ter a ressurreição dentre os mortos e receber o prêmio da vida celestial, imortal. Todos os que morreram antes de sua parusia tinham de esperar.

      6. Quando foram ressuscitados os “escravos” que dormiam na morte e a quem têm estes precedência quando à ressurreição?

      6 Durante a parusia invisível dele no espírito, todos aqueles “escravos” fiéis que dormiam na morte foram acordados, no tempo em que começou o julgamento, para a vida celestial no domínio espiritual. De modo que a recompensa dos “escravos” vivos não teve precedência à recompensa dos “escravos” fiéis, adormecidos. Isto não é mera imaginação nossa; pois o apóstolo Paulo escreveu à congregação cristã em Tessalônica e disse: “Pois, se a nossa fé é que Jesus morreu e foi levantado de novo, então, também Deus trará com ele os que adormeceram [na morte] por intermédio de Jesus. Pois, nós vos dizemos pela palavra de Jeová o seguinte: que nós, os viventes, que sobrevivermos até a presença do Senhor, de modo algum precederemos os que adormeceram [na morte]; porque o próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. Depois nós, os viventes, que sobrevivermos, seremos juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar; e assim estaremos sempre com o Senhor.” — 1 Tessalonicenses 4:14-17.

      7. Que espécie de ressurreição receberam os que dormiam?

      7 Isto significa que, durante a parusia do Senhor, na ocasião de começar o julgamento, houve uma ressurreição invisível dos fiéis “escravos” adormecidos para a vida celestial no espírito. Naturalmente, isto não foi visível aos olhos carnais dos “escravos” sobreviventes ainda na terra, assim como foi também invisível para as pessoas mundanas que não eram “escravos” do Senhor Jesus, invisivelmente presente.

      8, 9. (a) O que mostra a evidência quanto a se o encontro dos “escravos” do Senhor no ar significa a elevação de corpos físicos na atmosfera? (b) O que influi neste assunto, conforme salientado em 1 Coríntios 15:50-54?

      8 O encontro dos “escravos” ressuscitados com o “Senhor no ar” também foi invisível a todos os olhos carnais na terra, de modo que os homens na terra não sabiam de sua ocorrência, exceto pela fé na Palavra de Deus e pelos indícios dos tempos. Os “escravos” que dormiam na morte foram todos ressuscitados juntos, ao mesmo tempo, “para encontrar o Senhor no ar”. No entanto, os “escravos” na terra, que sobreviveram até o tempo do julgamento ou do ajuste de contas começar, não foram arrebatados literalmente nos seus corpos físicos, visíveis, para a atmosfera da terra, a fim de se encontrar com um Senhor visível no ar, porque a história moderna não registra tal acontecimento. Membros deste grupo sobrevivente de “escravos” têm morrido de vez em quando durante os já mais de cinqüenta anos que decorreram desde então, mas, segundo a promessa bíblica, tiveram uma ressurreição instantânea à vida no espírito, nos céus invisíveis. Visto que a parusia do Senhor já havia começado, não precisavam dormir na morte à espera de sua chegada. A eles se aplica o que Paulo disse:

      9 “Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrução herdar a incorrução. Eis que eu vos digo um segredo sagrado: Nem todos adormeceremos [na morte], mas todos seremos mudados, num momento, num piscar de olhos, durante a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão levanta dos incorrutíveis, e nós seremos mudados. Pois isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrução e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas quando [isto que é corrutível se revestir de incorrução] isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre.’” — 1 Coríntios 15:50-54; Isaías 25:8.

      10. De que modo são estes “escravos” chamados de “felizes” em Revelação 14:13?

      10 Aos escravos ungidos que sobreviveram na terra até e durante a parusia ou presença do Senhor, e que morreram depois em união fiel com o Senhor, aplica-se a promessa de Revelação 14:13: “Felizes os mortos que morrem em união com o Senhor, deste tempo em diante. Sim, diz o espírito, descansem eles dos seus labores, porque as coisas que fizeram os acompanham.” São “felizes” porque ao morrerem na carne passam por uma transformação instantânea de corrução para incorrução, de mortalidade para imortalidade, de humano para espírito, de modo que, sem dormirem na morte cessam seus labores terrenos e entram logo na obra celestial com seu Senhor, de quem são co-herdeiros.

      11. Quem foi este R. J. Martin, usado como exemplo para o precedente?

      11 Por exemplo, tome o caso de Robert J. Martin. Ele foi um dos oito homens cristãos, consagrados, que incluíam o presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, os quais sofreram cerca de nove meses de encarceramento injusto na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A., de 5 de julho de 1918 a 25 de março de 1919. Quando este “escravo” foi liberto sob fiança, em Brooklyn, Nova Iorque, na quarta-feira, 26 de março de 1919, praticamente não tinha nada no que se referia a “talentos” de seu Senhor celestial. A Primeira Guerra Mundial com sua perseguição dos “escravos” do Senhor já havia passado mais de quatro meses antes, e R. J. Martin praticamente tinha de começar de novo. Ainda estava em união fiel com o Senhor Jesus e tinha prazer em aceitar “talentos”, com os quais podia ‘fazer negócios’ para seu Senhor celestial, a fim de ampliar o campo que seria fértil na produção de discípulos do Senhor Jesus Cristo. No ano que se seguiu à sua libertação da prisão ele foi feito gerente da gráfica recém-estabelecida em Brooklyn para a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Em 1.º de novembro de 1926, foi constituído um dos diretores desta Sociedade, cargo que ocupou até o seu fim terrestre.

      12. Quando faleceu Martin e que comentário fez sobre isso A Torre de Vigia?

      12 Passaram-se assim os anos, durante os quais R. J. Martin fielmente fez negócios para aumentar os “talentos” que lhe foram confiados no campo de fazer discípulos. Morreu no seu cargo em 23 de setembro de 1932, à idade de cinqüenta e quatro anos. (Nasceu em 30 de março de 1878.) Seu falecimento, “em união com a Senhor”, foi anunciado no número inglês de 1.º de outubro de 1932 da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, página 304, onde se dizia em parte:

      Foi pouco depois da meia-noite ou do começo da manhã de 23 de setembro de 1932, que Robert J. Martin, soldado na organização de Jeová, desarmou sua tenda terrena e partiu pacificamente. Esta testemunha boa e fiel terminou sua carreira na terra. Há todo motivo para se crer que passou imediatamente para o reino e está agora para sempre com o Senhor, na organização capital de Jeová.

      . . . Os companheiros fiéis do irmão Martin tem a esperança de que eles também vejam o Senhor em toda a sua glória e beleza, e que participem depois para sempre no cumprimento dos propósitos de Jeová. A devoção do irmão Martin à causa de Jeová é uma inspiração para os do restante que continuam a levar a batalha até o portão. . . .

      13. Quando faleceu o co-prisioneiro de Martin, Rutherford, e o que assinalou historicamente o seu falecimento?

      13 Seu companheiro de prisão, J. F. Rutherford, terminou a sua carreira terrestre à idade de setenta e dois anos, enquanto ainda presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), na quinta-feira, 8 de janeiro de 1942. Seu falecimento foi anunciado sob o título “Testemunha Fiel”, na página 45 do número inglês de 1.º de fevereiro de 1942 da Sentinela Anunciando o Reino de Jeová. A história de mais de trinta anos desde então mostra que sua morte assinalou o fim duma época nas atividades modernas das testemunhas cristãs de Jeová.

      14. (a) O que se pode biblicamente crer a respeito destes dois “escravos” quanto à sua recompensa por negociarem com os “talentos” de Cristo? (b) Será que os “escravos” ainda vivos na terra entraram numa “alegria”? E que dizer do assunto da regência?

      14 Certamente, a carreira dos “escravos” cristãos, tais como os dois mencionados, indica que ‘fizeram negócios’ com os “talentos” do Senhor que lhes foram confiados, e que assim aumentaram o campo terreno de operação para a produção de mais discípulos de Cristo. Há motivos bíblicos para se crer que, ao comparecerem perante a cadeira de juiz de seu Senhor Jesus Cristo, ouviram as suas palavras de elogio: “Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.” (Mateus 25:21, 23) Mas agora, muitos anos depois, ainda há um pequeno restante destes “escravos” cristãos, leais, na terra, que procuram amorosamente aumentar os “talentos” de seu Amo celestial. Esperam no tempo devido terminar sua carreira terrestre e comparecer perante a cadeira celestial de julgamento de Jesus Cristo e felizes ouvir estas mesmas palavras de elogio. Mesmo agora, ainda na terra, porém, ao ponto em que aumentam os “talentos” de seu Dono celestial, já entraram em boa medida na alegria de seu Amo. Entretanto, não entraram na posse de alguma regência, mas apenas aguardam participar no seu reinado milenar no céu.

      O “ESCRAVO INÍQUO E INDOLENTE”

      15, 16. (a) De que modo deixou de usar sua “capacidade” o escravo com um talento, e com que conseqüências? (b) Que desculpa apresentou por devolver apenas aquilo que recebeu?

      15 Estamos agora interessados em saber o que aconteceu ao escravo da parábola de Jesus, que recebeu apenas um talento e a respeito de quem se disse: “Mas aquele que recebera apenas um foi e cavou no chão, e escondeu o dinheiro de prata de seu amo.” (Mateus 25:15, 18) Não se esforçando, nem mostrando coragem para ‘fazer negócios’, assim como fizeram o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos não se podia esperar que este terceiro escravo aumentasse o talento de prata de seu amo. Possuía a “capacidade” proporcional para manejar aquele um talento de prata e produzir um aumento com ele, mas ele deixou de mostrar sua capacidade. Na vinda e durante a presença ou parusia de seu amo, não teria nenhum aumento para mostrar, ao se ajustarem as contas. Portanto, que desculpa teria para não apresentar nenhum aumento ao seu amo? Na parábola, Jesus nos diz:

      16 “Por fim, apresentou-se aquele que recebera um talento e disse: ‘Amo, eu sabia que és homem exigente, ceifando onde não semeaste e ajuntando onde não joeiraste. Por isso fiquei com medo, e fui e escondi no chão o teu talento. Aqui tens o que é teu.’” — Mateus 25:24, 25.

      17. (a) Aprovava este escravo que seu amo fosse semelhante ao fazendeiro que descreveu? (b) Por que achava o escravo que seu amo não tinha direito de se queixar por não receber aumento?

      17 Este escravo sabia que se esperava dele um aumento. Mas faltou-lhe a coragem de assumir o risco por ‘fazer negócios’ com o talento de prata de seu amo. Não tinha amor ao seu amo, para agir apesar de seus temores, e assumir o risco e fazer o empenho de aumentar os “bens” de seu amo. Comparou o seu amo a um fazendeiro, que não só obtém safras de sua própria terra, mas também colhe produtos de terras que não são suas e que não cultivou, colhendo cereais que não havia joeirado. O escravo não aprovava que seu amo produzisse aumentos desta maneira. Pelo menos, acusou seu amo de produzir aumento de tal maneira. Assim coerente com a sua crença e atitude professa, devolveu apenas o único talento de prata que seu amo lhe confiara. Assim, conforme ele pensava, visto que seu amo não sofrera nenhuma perda, por que se devia queixar? Recebia de volta o que era seu. O escravo não reconhecia que o dinheiro era para circular e para ser usado de modo lucrativo.

      18. O amo respondeu ao escravo segundo que raciocínio, e por isso, por que apelidou ele o escravo desta maneira?

      18 O amo do escravo respondeu-lhe segundo o seu próprio argumento, pois lemos: “Em resposta, seu amo disse-lhe: ‘Escravo iníquo e indolente, sabias, não é verdade, que ceifo onde não semeei e ajunto onde não joeirei? Pois bem, devias ter depositado meu dinheiro de prata junto aos banqueiros, e, na minha chegada [literalmente: e tendo chegado], eu estaria recebendo o meu com juros.’” — Mateus 25:26, 27.

      19. Por que merecia o escravo ser chamado de “iníquo”, e de que “maneira fácil” poderia ter satisfeito os requisitos de seu amo?

      19 Este escravo inútil era “iníquo”, visto que deixar ele de produzir aumento para seu amo era deliberado e proposital. Não estava interessado no aumento dos bens de seu amo. Não que não soubesse que seu amo exigia um aumento. Sabia disso e podia ter adotado o modo fácil de depositar o talento de prata junto aos banqueiros, para que estes fizessem investimentos com ele e produzissem lucros, pagando assim juros sobre o dinheiro depositado junto a eles. Assim, o amo do escravo, ao voltar, não só teria recebido de volta o talento de prata, mas também os juros pagos sobre o depósito de dinheiro junto aos banqueiros. Ele não só não imitou o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos, mas tampouco cooperou com eles. Embora devolvesse o talento de prata original que se lhe confiou, realmente causou uma perda ao seu amo. Causar ele deliberadamente tal perda ao seu amo o tornou “iníquo”

      20. Em que sentido era “indolente” aquele escravo, com que resultado para ele?

      20 O escravo inútil era também “indolente”. Era preguiçoso, não querendo ‘fazer negócios’ com prontidão, assim como os outros escravos fizeram. Tinha a capacidade de trabalhar proveitosamente, senão o seu amo não lhe teria confiado pelo menos um talento. Receber ele um talento o tornou o menos responsável de todos os três escravos, mas esta quantia menor de dinheiro não estava acima de “sua própria capacidade” de cuidar. Contudo, em vez de aplicar sua capacidade de modo proveitoso, cavou no chão, escondeu o talento do amo e o tornou improdutivo. Era tão indolente, que até mesmo avaliar ele seu amo como “homem exigente” não impeliu a trabalhar com o talento precioso durante longa ausência de seu amo. O escravo tinha bastantes oportunidades. Deixar de produzir aumento resultou em desastre para ele.

      21. Qual é o equivalente do escravo no clímax hodierno do cumprimento da parábola?

      21 Este “escravo iníquo e indolente” tem um equivalente moderno no cumprimento da parábola, no seu clímax nos nossos dias. Assim como no caso dos dois co-escravos, o escravo improdutivo também representa uma classe ou um grupo de escravos cristãos que realmente estão no serviço do Amo celestial, o Senhor Jesus Cristo, ou que estão comprometidos a estar no serviço dele. Esta classe inútil apareceu após o ajuste de contas ter começado naquele primeiro ano do após-guerra de 1919 E.C.

      22. Quem mais afirmava estar no serviço do Amo celestial, mas como negligenciaram os “bens” dele depois do fim da Primeira Guerra Mundial?

      22 Naturalmente, os membros sectários das igrejas da cristandade professavam estar no serviço do Senhor celestial, Jesus Cristo. Pois bem, foram cultivar o campo aberto diante deles no fim da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918, e passaram a produzir discípulos para o Rei reinante Jesus Cristo então na sua parusia? Não; adotaram um proceder transigente com os políticos e militaristas deste mundo. Negligenciaram os “bens” do Reino, do Rei, cujo domínio principesco deve aumentar sem fim. Voltaram seu interesse e sua atenção para a proposta Liga das Nações, que o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América chamou de “expressão política do Reino de Deus na terra”. (Isaías 9:6, 7) Tentaram aumentar o número dos apoiadores e adoradores daquela organização internacional em prol de paz e segurança mundiais, feita pelo homem. Atualmente, as seitas e denominações religiosas da cristandade advogam a organização sucessora dela, as Nações Unidas.

      23. Qual foi o resultado de não cultivarem o campo do mundo em benefício do reino messiânico de Deus?

      23 No ajuste de contas durante este tempo de exame por parte do Senhor Jesus Cristo, tais professos “escravos” na cristandade não lhe podem apresentar nenhum aumento de seus bens. Não cultivaram o campo mundial em benefício do reino messiânico de Deus, porque lhe voltaram as costas e deixaram o povo na ignorância a respeito do reino messiânico estabelecido de Jeová.

      24. Como se ajustam os descritos no parágrafo três da resolução “Novo Nome” ao quadro do “escravo . . . indolente”?

      24 No entanto, mesmo entre os que estavam em contato com os “escravos” fiéis do retornado e reinante Rei Jesus Cristo apareceu uma classe de cristãos ungidos que se enquadrava na representação do “escravo iníquo e indolente”. Evidentemente, esta é a classe mencionada no terceiro parágrafo da Resolução intitulada “Um Novo Nome”, adotada na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A., sob os auspícios da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Citamos aqui este parágrafo:

      CONSIDERANDO que pouco depois da morte de Charles T. Russell surgiu uma divisão entre os associados com ele em tal obra, resultando em que certo número de tais se retirassem da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados [dos E. U. A.], os quais, desde então, têm recusado cooperar com dita Sociedade e sua obra e se têm negado a concordar com a verdade conforme publicada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados na Torre de Vigia e em outras publicações recentes das ditas sociedades acima mencionadas, tendo-se oposto e agora se opondo à obra de dita Sociedade na proclamação da mensagem atual do reino de Deus e do dia da vingança de nosso Deus contra todas as partes da organização de Satanás, e estes opositores se têm agrupado em diversas e numerosas associações e têm adotado e agora levam nomes tais como, a saber: “Estudantes da Bíblia”, “Estudantes Associados da Bíblia”, “Russelitas ensinando a verdade conforme exposta pelo Pastor Russell”, “Resistentes” e outros nomes similares, todos os quais tendem a causar confusão e mal-entendidos . . .”

      25. Por conseguinte, os que se acabam de mencionar não compartilharam em que experiência e realizações dos que levam o “novo nome”?

      25 Efetivamente, estes não-cooperativos e até mesmo opositores, mencionados acima, não adotaram este “novo nome”, testemunhas de Jeová, nem se tornaram conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová. Tampouco compartilharam dos terríveis sofrimentos que os portadores do “novo nome” tiveram de suportar desde então, nem na obra de anunciar o reino estabelecido de Jeová nas mãos de seu Messias, em todas as partes da terra. Por estes motivos, não compartilharam na expansão maravilhosa do campo para se cultivar e produzir discípulos de Cristo, incluindo atualmente 207 terras e ilhas ou grupos de ilhas, e exigindo a publicação da mensagem do Reino em mais de 160 idiomas. Apesar da ferrenha perseguição em vários países, este cultivo do campo (que é o mundo da humanidade) para se produzir discípulos adicionais de Cristo prossegue até o seu cúlmino! Atualmente é realizado sob a supervisão das noventa e seis organizações filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia.

      26. Que evidência há de que os do restante dos “escravos” ungidos tiveram a bênção do Céu no uso dos “talentos” do Amo no cultivo do campo do mundo?

      26 É evidente, pois, que este aumento dos “bens” da Rei messiânico, de seus “talentos”, tem a aprovação e a bênção do Deus Altíssimo Jeová e de seu Filho Jesus Cristo. Os “escravos” ungidos, empenhados em usar os “talentos” do Rei, acham esta responsabilidade alegre e esforçam-se a se habilitar como “escravo bom e fiel”, do ponto de vista de seu Amo celestial. Não querem que alguém da classe do “escravo iníquo e indolente” se associe com eles. Antes, procuram ajudar a todos os que satisfazem as especificações bíblicas a se associarem com eles, para se tornarem ministros produtivos da Palavra de Deus. Em evidência da bênção divina sobre os seus empenhos amorosos, durante o ano de serviço de 1973, houve 193.990 dos ensinados que foram batizados em água como discípulos do Senhor Jesus Cristo. Durante os últimos cinco anos de serviço 1969-1973, mais de três quartos de um milhão, realmente 792.019, foram assim batizados em países em todo o globo. De modo que os do restante dos “escravos” ungidos, que aumentam os “bens” do Senhor, não acreditam que ele esteja colhendo indevidamente a que ele mesmo não tenha semeado, quando estava na terra.

      TIRADO O “UM TALENTO” NÃO USADO

      27. Qual foi a decisão do amo a respeito do escravo inútil?

      27 Na parábola, o que decidiu o amo a respeito do escravo que deixou de apresentar “com juros” a este amo o que lhe pertencia? “Portanto”, disse o amo indignado a respeito do “escravo iníquo e indolente”, que se mostrou inútil, “tirai-lhe o talento e dai-o àquele que tem dez talentos. Pois a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E lançai o escravo imprestável na escuridão lá fora. Ali é onde haverá o [seu] choro e o ranger de [seus] dentes”. — Mateus 25:28-30.

      28. Que considerações mostradas para com os escravos proveitosos foram negadas a este escravo, e o que significava para ele ser lançado na escuridão lá fora?

      28 Este escravo não é convidado a entrar na alegria de seu amo. Não é designado para governar muitas coisas por ter sido achado fiel sobre poucas. Ele não é chamado “escravo bom e fiel”, mas é chamado “escravo imprestável.” Não é retido no serviço e na casa do amo como escravo, mas é lançado fora da casa, “na escuridão lá fora”. Evidentemente, o retomado amo ajustou as contas com seus escravos à noite, e por isso havia “escuridão lá fora”, na qual o escravo podia ser lançado. Em vez de encontrar lá fora a alegria de seu amo, ele choraria e rangeria os dentes por causa das condições nas quais é lançado.

      29. Por que fornece isso uma lição solene para os “escravos” ungidos, atualmente fiéis, na situação tenebrosa do mundo?

      29 Isto apresenta uma lição solene para o restante dos “escravos” ungidos da atualidade. Eles precisam continuar a trabalhar pelo aumento dos “bens” de seu Amo celestial. Senão, a série de valores que lhes foi confiada pelo seu amo lhes será tirada. Também, serão lançados na “escuridão lá fora”, para se juntar ali à classe do “escravo iníquo e indolente”. Desde o fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, tem sido noite para o mundo da humanidade fora da casa iluminada do Amo celestial, Jesus Cristo, estando até mesmo a cristandade envolvida em tal escuridão noturna. Mas esta escuridão enegrecerá intensamente ao chegar o tempo, segundo a cronometria de Deus, para irromper repentinamente a “grande tribulação” nesta geração da humanidade. (Mateus 24:21, 22; Lucas 21:34-36) A classe do “escravo iníquo e indolente” será lançada nesta escuridão mortífera, para ali chorar e ranger os dentes com os hipócritas religiosos, até perecerem.

      30. Como se tira aquele “um talento” da classe do ‘escravo indolente’, a quem é dado e por quê?

      30 Neste tempo da parusia do Amo, quando ele ajusta as contas com seus “escravos”, quer com os que morrem individualmente, quer com as respectivas classe’ de escravos ainda na terra, uma coisa se torna evidente. Os da classe do “escravo iníquo e indolente” não fazem negócios com seu “um talento” e não lhe produzem juros sobre seu “dinheiro” Por conseguinte, ele já tirou aquele “um talento” desta classe infiel, que sobrevive até agora como classe. Não os deixa ter qualquer designação da parte dele quanto a território a ser cultivado e tornado produtivo de discípulos adicionais de Cristo. Não são mais tratados como escravos Dele; não os reconhece nem aceita suas atividades religiosas. Não os deixa compartilhar a luz alegre de sua casa Seu “um talento” lhes é tirado e seu campo designado de potencial para fazer discípulos é dado aos da classe do “escravo bom e fiel”, que aumentou ou está aumentando os “bens” do Rei a “dez talentos”, usando da maior capacidade no campo de fazer discípulos. — Mateus 28:19, 20; Salmo 2:8.

      31. (a) Que regra de proceder, da parte do Amo, é assim exemplificada? (b) O que não possuía adicionalmente a classe do ‘escravo indolente’, além da “capacidade”, e, por isso, o que se lhe fez?

      31 Assim se exemplifica hoje o princípio divino ou a regra de procedimento de que “a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado”. (Mateus 25:29) Na parábola, o “escravo iníquo e indolente” tinha “um talento”, mas não tinha o que devia ser estimulado e manifestado pela posse deste “um talento”. Este algo a mais devia ser o zelo leal pelo seu amo, o apreço do que se lhe confiou a crença de que seu amo merece ter um aumento do “um talento”, que tinha poder operacional, poder de lucrar. Deixar ele de apresentar um aumento ao se ajustarem as contas atesta de modo eloqüente, em adição às suas próprias desculpas, que ele não tinha aquele algo a mais da sua parte. Portanto, o “um talento” lhe foi tirado por ser “escravo imprestável”. Havia desapontado a confiança que seu amo depositara nele. Foi despedido do serviço de seu amo e afastado de sua casa.

      32. O que é aquele adicional que os da classe do ‘escravo indolente’ não têm desde 1919, e, assim, o que lhes é tirado?

      32 O mesmo princípio é aplicado à hodierna classe do “escravo iníquo e indolente”. Aos desta classe foi confiado o que corresponde a “um talento”. Este procedia de seu Amo celestial, especialmente a partir do primeiro ano de após-guerra de 1919. Mas, tinham de ter algo da sua própria parte para complementar ou para acompanhar apropriadamente aquele “um talento”. Esta coisa complementar que sua posse do “um talento” devia ter estimulado neles era o zelo e a devoção para com o reino messiânico de Jeová, a crença em que seu Amo celestial merecia receber um aumento no campo da produção de discípulos, o motivo corajoso e amoroso de ter a maior participação possível na proclamação do estabelecido reino messiânico de Deus e em fazer discípulos de pessoas de todas as nações, não apenas da nação judaica, à qual Jesus Cristo, na terra, restringiu seu ministério público e particular. Visto que não possuem o que eles mesmos deviam aplicar no uso do “um talento” do Amo, este “talento” lhes é tirado, conforme indicam os fatos atuais.

      33. (a) Portanto, as custas de quem recebem os da classe do “escravo bom e fiel” uma “abundância”? (b) Que alegria têm e que regência aguardam?

      33 Por outro lado, as classes do “escravo bom e fiel” têm aquilo que deve complementar confiarem-se-lhes os “talentos” de seu Amo celestial. Fiel ao quadro da parábola, dá-se-lhes mais, às custas da classe do “escravo iníquo e indolente”, e acrescentam-se-lhes oportunidades e privilégios, como “escravos” responsáveis, fidedignos e rendosos. Em conseqüência, tem deveras uma “abundância” no campo aumentado de fazer discípulos. Ao alegrarem o coração de seu Amo, sua própria alegria transborda e eles tem um antegosto da alegria que seu Amo sente no seu já estabelecido reino. Esta alegria fortalece-os a prosseguirem no serviço dele até o fim de sua carreira terrestre. E quando isto acontecer, esperam, pela ressurreição dentre os mortos, entrar na plenitude de sua alegria e serem feitos governantes sobre muitas coisas no seu reino milenar. Conhecerão então plenamente a felicidade dos “escravos” que tem parte na “primeira ressurreição”. — Revelação 20:6.

      34. O cumprimento observável destas partes culminantes da parábola de Jesus prova que esta em progresso o que? E por quê?

      34 É desta maneira já mencionada que a parte culminante da parábola dos “talentos” se tem desenrolado desde o ano de 1919 E.C. Isto pôde ser observado por pessoas e nações em toda a terra habitada. Especial. mente os da classe do “escravo bom e fiel” se apercebem disso. Tudo isso prova que a parusia ou presença invisível do Rei Jesus Cristo já está em andamento desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Portanto, faz parte do grande “sinal” da “presença” de Cristo e da “terminação do sistema de coisas”, sendo a parábola dos “talentos” uma parte da profecia pormenorizada dele a respeito deste “sinal”. — Mateus 24:3.

      35. Por que desejamos prosseguir na consideração da profecia de Cristo, a fim de provar que fato?

      35 No entanto, o “sinal” da presença invisível de Cristo em espírito envolve mais do que as parábolas das “dez virgens” e dos “talentos” já consideradas. Mais uma parábola constitui uma parte importante de sua profecia sobre o “sinal”, e o cumprimento dela em nosso tempo espantoso aumenta a prova de que a presença, ou parusia, do Senhor Jesus Cristo prossegue ainda para outras coisas maravilhosas. Vamos continuar a considerar a grande profecia de nosso Senhor?

      [Foto na página 245]

      R. J. Martin

      [Foto na página 246]

      J. F. Rutherford

Publicações em Português (1950-2025)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar