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    A Sentinela — 1968 | 1.° de setembro
    • mundiais da História bíblica, a Assíria era cruel e agressiva. O profeta de Jeová, Naum, chamou a capital dela, Nínive, de “cidade sanguinária”, e assemelhou-a a uma prostituta “que enganava as nações . . . com seus sortilégios”. (3:1, 4, CBC) No tempo de Ezequias, apenas Tiraca, o egipto-etíope rei do sul, apresentava qualquer ameaça à supremacia assíria. Entre a Assíria e o Egito estavam as nações da Síria, Israel (Samaria), Filístia, Moabe, Amom e outras, nenhuma delas sendo suficientemente forte para resistir, até mesmo com a ajuda de seus deuses pagãos. Mais cedo ou mais tarde, um ou outro dos sucessivos governantes tirânicos da Assíria as transformou em satélites da guerra fria, ou, de outra forma, as sobrepujou na guerra quente e transplantou seu povo para outros territórios dentro do domínio da Assíria.

      5 Olhe, então, para os tempos modernos. Será que encontramos algo correspondente ao agressivo Assírio? Certamente que encontramos! O nacionalismo ditatorial acha similar expressão nas potências sucessivas do “rei do norte”, notàvelmente o Kaiser alemão, o Hitler nazista, e agora, os ditadores comunistas.a Ademais, o nacionalismo se dissemina como videira venenosa pelas Américas, pelas recém-formadas nações africanas e por toda a Ásia. Jamais foi tão grande na terra o problema das pessoas deslocadas. Agressivo e desarrazoado, o nacionalismo estimula os fervores emocionais. Como resultado, os 3.300.000.000 de habitantes da terra estão sendo divididos em segmentos segundo a nação onde acontece terem nascido. Estão sendo escravizados ao estado.

      6. Segundo certa autoridade, como é que o nacionalismo tem-se tornado uma barreira de estrada?

      6 Os estudantes dos assuntos mundiais despertam-se quanto ao perigo impôsto pela onda crescente de nacionalismo. Um destes é o historiador britânico, Arnold Toynbee, que escreveu um artigo exclusivo para o Yomiuri Shimbun de Tóquio, de 1.° de janeiro de 1965. Este foi publicado sob uma manchete de cinco colunas, “Nacionalismo Ameaça a Sobrevivência da Raça Humana na Era Atômica”, e dizia em parte:

      “Não seria nenhum exagero dizer que o nacionalismo é, hoje em dia, 90 por cento da religião de 90 por cento da humanidade. O nacionalismo é a mais potente das três ideologias atuais. Os comunistas e os capitalistas concordam em serem nacionalistas primeiro de tudo e acima de tudo . . . Esta devoção suprema ao nacionalismo é hoje em dia compartilhada não s6 pelos comunistas e capitalistas, mas também pelos ocidentais e não-ocidentais, pelos povos ‘em desenvolvimento’ e ‘desenvolvidos’, pelos budistas, xintoístas, hindus, muçulmanos, cristãos, judeus e parses. É irônico que estejamos unidos em devotar-nos a uma ideologia que nos divide. Além de irônico, isto é perigoso; pois, na Era Atômica, a esperança de sobrevivência da humanidade reside em conseguirmos transformar-nos juntos em algo semelhante a uma única família mundial. Estamos fazendo esforços de mover-nos nessa direção, mas o nacionalismo se Interpõe, como uma barreira de estrada, entre nós e nosso alvo — o alvo que temos de alcançar se havemos de sobreviver.”

      Como pode a humanidade atravessar esta barreira da estrada?

      7, 8. (a) Identifiquem o original e o principal patrocinador do nacionalismo. (b) Que fim o aguarda, e por quê?

      7 É importante, primeiro, que identifiquemos o originador e o principal patrocinador do nacionalismo. Na Assíria, o nacionalismo era promovido pelo Rei Senaqueribe. Seu nome significa “Sin (a deusa-lua) Aumentou Seus Irmãos”. Representa Satanás, o Diabo, que atraiu outros anjos celestes a rebelar-se contra Jeová Deus, de modo que se tornou “Belzebu, o governante dos demônios”. (Mat. 12:24) Ele estabeleceu a estes demônios quais príncipes sobre as divisões nacionalistas da humanidade, dois deles sendo “o príncipe do domínio real da Pérsia” e “o príncipe da Grécia”. (Dan. 10:13, 20) Orgulhosamente, Satanás se jacta a respeito deste domínio demoníaco sobre as divisões nacionalistas da terra: “Não são os meus príncipes ao mesmo tempo reis” (Isa. 10:8) Deveras, “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. — 1 João 5:19.

      8 Em seus próprios anais, Senaqueribe se gloria “do esplendor do meu senhorio, que inspira terror”. Apropriado, então, é o juizo que Jeová declarou a este bazofiador: “E tem de ocorrer que, quando Jeová terminar toda a sua obra no Monte Sião e em Jerusalém, exigirei uma prestação de contas pelo fruto da insolência do coração do rei da Assíria e pela auto-importância de sua altivez de olhos.” (Isa. 10:12) No cumprimento final desta profecia, podemos saber que o arquiinimigo, Satanás, será abatido em destruição, e que o espírito de nacionalismo que ele atiça como a um fogo através da terra será, semelhantemente, reduzido a nada. Mas, como?

      É UM BALUARTE A RELIGIÃO MUNDIAL?

      9. Para onde se voltam alguns em busca da resposta ao nacionalismo, e que perguntas são destarte suscitadas?

      9 A religião mundial — não será essa a resposta para as hordas ascendentes do nacionalismo? Não será possível achar proteção no reavivamento da religião — de todos os tipos de religião? Em crises tais como a atual, há algumas pessoas que começam a freqüentar “a igreja de sua escolha”, ou que voltam à religião de seus ancestrais. Esperam, de alguma forma, que o império mundial da religião possa mantê-los juntos e afastar a ameaça à sobrevivência humana. Mas, será que pode? Não é o próprio nacionalismo uma religião?

      10-12. (a) Que exemplos antigos devem servir de aviso atualmente? (b) Em que laço caiu Israel, e com que resultado?

      10 O fim das nações religiosas que se opuseram ao antigo Assírio deve ser aviso da falácia de se confiar nas muitas hodiernas religiões tradicionais. O reino de dez tribos de Israel é exemplo. Esta nação conhecera a Jeová, o Deus da Bíblia. E, mesmo depois de seu povo se desviar para a idolatria, Jeová continuava a favorecê-lo por enviarlhe Seus profetas. Não obstante, era rebelde e ufano, preferindo, “leitos de marfim” e o luxo materialista à adoração de Jeová. (Amós 3:15; 6:1-6) Em sua apostasia escolheram uma religião amalgamada, que combinava os costumes religiosos degradados das nações em volta deles com a blasfema adoração de bezerros por meio da qual os seus reis fingiam invocar a Jeová. A Bíblia declara o resultado:

      11 “Transgrediram todos os mandamentos do Senhor [Jeová], seu Deus, fundiram para si dois bezerros, fabricaram um simulacro da Asera, adoraram os astros dos céus e serviram a Baal. Além disso, fizeram passar seus filhos e suas filhas pelo fogo, praticaram adivinhações e feitiçarias e entregaram-se de tal modo a fazer o que desagrada ao Senhor, que lhe provocaram a ira. Por isso, o penhor irritou-se sobremaneira contra Israel e arrojou-o para longe da sua presença; só restou a tribo de Judá.” — 2 Reis 17:16-18, PIB.

      12 A religião escolhida por Israel deixou de salvá-lo. Mas, o que dizer de Judá, e de sua religião?

      13. Como é que Acaz flertava com a destruição?

      13 Até mesmo enquanto o Assírio derrubava o reino de dez tribos de Israel, Judá, sob o Rei Acaz, pai de Ezequias, flertava com a destruição. Como? Neste tempo crítico, Acaz se declarou “não interessado” no conselho de Jeová por meio de seu profeta, Isaías. (7:10-12) Ao invés, voltou-se para a diplomacia mundana, transigiu com a Assíria e — pior de tudo — tornou obrigatórias práticas religiosas detestáveis e imorais em Judá, de modo que havia “um modo de agir com grande infidelidade para com Jeová”. — 2 Crô. 28:19.

      14, 15. (a) Que aviso foi dado a respeito de um desvio nos tempos posteriores? (b) Que parelelo ao proceder de Acaz encontramos na história do catolicismo?

      14 Será que este desvio tem algum parelelo nos tempos posteriores? Ora, por certo que tem! As Escrituras Gregas Cristãs registram um aviso que o apóstolo Paulo deu, por volta do ano 56 E. C., aos superintendentes da jovem congregação cristã em sua pureza. Disse-lhes que “lôbos opressivos” entrariam entre eles ‘e falariam coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos’. (Atos 20:29, 30) Fiel ao aviso, esta apostasia surgiu no seguinte século, quando professos lideres cristãos começaram a desviar-se da verdadeira doutrina e adoração, e se tornou completa em 325 E. C., estabelecendo Constantino ao catolicismo como a religião estatal do Império Romano, e adotando a “trindade” pagã como “a doutrina central da religião cristã”.b Quão semelhante era isso com a substituição feita por Acaz do altar de Jeová, no templo de Jerusalém, — o ponto central da adoração verdadeira-por um altar pagão de adoração idólatra! — 2 Reis 16:10-18.

      15 Da mesma forma que Acaz remodelou o templo e promoveu a adoração de Baal por todo o país, assim também os “lôbos” apóstatas passaram a corromper a estrutura da congregação cristã. Eles se transformaram numa classe clerical para se assenhorarem dos leigos em adoração falsa. Segundo admitido por um de seus cardeais, a igreja católica assimilou muitos dos “instrumentos e acessórios da adoração demoníaca”, que afirma que foram “santificados pela sua adoção pela igreja”.c No decorrer do tempo, o Cristianismo apóstata adotou a filosofia grega de Platão, da alma inerentemente imortal, e a isto acrescentou os ensinos do “inferno de fogo” e do “purgatório”.d Não contente com os mitos da tortura após a morte, a Inquisição católica do século treze introduziu as torturas ardentes para os “hereges” nesta vida. As cruzadas católicas imolaram outras vidas inocentes no altar da guerra carnal.

      16. No que falhou o protestantismo?

      16 Daí, no século dezesseis, a Reforma trouxe o protestantismo. Embora de início o protestantismo impugnasse alguns dos abusos do catolicismo, deixou de livrar-se da maioria dos “acessórios da adoração demoníaca”. Pouco depois ficou envolvido nas guerras e na política da cristandade. As seitas divididas do protestantismo não obtiveram solução alguma para os hodiernos problemas mundiais.

      17. (a) O que prefigurou a morte de Acaz? (b) Que escolha então fizeram as religiões da cristandade? Com que resultado? Por quê?

      17 Em 745 A. E. C., morreu o Rei Acaz, e isto assinalou o fim de uma era. Semelhantemente, o ano de 1914 E. C. assinalou o fim dos “tempos designados das nações” durante os quais Deus permitira que o nacionalismo e seus deuses exercessem domínio ininterrupto sobre a terra. Então, junto com a Primeira Guerra Mundial, começaram as atuais “dores de aflição”. (Luc. 21:24; Mat. 24:8) No frenesi da guerra, as religiões da cristandade preferiram o nacionalismo à união cristã. Os clérigos instaram com os católicos a matar católicos, e com os protestantes a matar protestantes, e as seitas apóstatas do chamado “Cristianismo” se mostraram tão espiritualmente mortas quanto o Rei Acaz o está, fisicamente. Provaram que perderam sua real identidade quais cristãos da mesma forma que Israel perdeu qualquer identidade restante qual nação de Deus quando foi derrubada pelo Assírio e seu povo foi transplantado para dentro do império dele. E, por quê? “Por não terem escutado a voz de Jeová, seu Deus . . . Nem escutaram nem agiram.” — 2 Reis 18:12; Dan. 11:29.

      A VERDADEIRA ADORAÇÃO EM EVIDÊNCIA!

      18, 19. (a) Identifiquem o Paladino da verdadeira adoração de Jeová. (b) Como foram este Paladino e sua obra representados por Ezequias?

      18 Mas, Jeová tem um Paladino da verdadeira adoração! Este não falhará na hora crucial. É o Fundador do verdadeiro Cristianismo, o Rei ungido de Jeová, Cristo Jesus. O salmista escreve sobre ele, profeticamente: “Tu tens amado a justiça e odeias a iniqüidade. Por isso Deus, teu Deus, te ungiu com o óleo da exultação, mais do que os teus companheiros.” — Sal. 45:7.

      19 Um dos “companheiros” de Jesus no pacto do Reino, que Jeová fez com Davi, era o filho de Acaz, o bom Rei Ezequias. Seu nome significa “Jeová Tem Fortelecido”. Parece que, até mesmo antes de Jeová estabelecer Ezequias como rei em Judá, este talvez tenha servido por algum tempo como co-regente de Acaz. Sem dúvida ele então começou a mostrar vigor em favor da adoração verdadeira. Atualmente, também, Cristo começou a fazer uma obra preparatória entre os cristãos sinceros na terra antes de receber seu reino. Foi com relação a isto que começou a ser publicada em 1879 a revista A Sentinela, em forte apoio à doutrina cristã do resgate e outras verdades bíblicas.

      20. (a) Que profecias cumpriu Jeová para com Cristo em 1914 e depois disso? (b) Como são salvos os “escolhidos”?

      20 Daí, no ano que marcou época de 1914, Jeová empossou Cristo no poder do Reino, no céu, assim cumprindo para com ele a profecia: “Jeová enviará de Sião a vara da tua força, dizendo: ‘Domina no meio dos teus inimigos.’ (Sal. 110:2) Incontinenti, o Paladino de Deus expulsou do céu e para a vizinhança da terra o arquiinimigo, Satanás. Isto tem significado ‘ai para a terra’, conforme vemos hoje por toda a nossa volta. (Rev. 12:7-9, 12) Alas, Deus então abreviou a tribulação sobre seus inimigos, de modo que pudessem ser salvos os “escolhidos”. (Mat. 24:21, 22) Como salvos? Por serem ajuntados à adoração verdadeira no templo espiritual de Jeová. É emocionante examinar como a ação intrépida de Ezequias em Judá representa a restauração da adoração verdadeira, por parte de Cristo, entre os “louvadores” de Jeová na terra, nos tempos modernos.

      21. O que foi prefigurado pela pronta ação de Ezequias em abrir e consertar as portas do templo?

      21 Bem no início de seu reinado, Ezequias cuidou de algo bem achegado a seu coração. Ele “abriu as portas da casa de Jeová e começou a consertá-las”. (2 Crô. 29:3) A adoração verdadeira tem de ser restaurada! Semelhantemente, havendo Satanás e seus demônios sido expulsos do céu, Jeová e seu Filho real começaram a cumprir a profecia de Malaquias:‘E de repente virá ao Seu templo o verdadeiro Senhor [Jeová] a quem buscais, e o mensageiro do pacto [Cristo] em quem vos deleitais. Eis que certamente virá’, disse Jeová dos exércitos . . . ‘E sentar-se-á como refinador e purificador da prata e purificará os filhos de Levi; . . . e eles certamente se tornarão povo de Jeová, apresentando uma oferta em justiça. E a dádiva ofertada por Judá e por Jerusalém será realmente agradável a Jeová, como nos dias há muito passados e como nos anos da antiguidade.” (Mal. 3:1-4) Subitamente, no ano de 1918, e ao passo que a Primeira Guerra Mundial ainda estava em seu auge, este refinamento e esta purificação dos cristãos professos começou, com favor no sentido daqueles que se separaram das decaídas religiões da cristandade e se apresentaram para servir a Jeová em justiça.

      22. Como foi exposta de 1919 em diante “a coisa impura”?

      22 Este não era tempo para acobertar o imundo registro que a apóstata cristandade fizera durante os “tempos das nações” e até mesmo depois disso! De maneira que Cristo, o Rei, ecoou a ordem dada por Ezequias da antiguidade: “Levai para fora do santo lugar a coisa impura.” (2 Crô. 29:5) A cristandade, instigadora da guerra e do derramamento de sangue em ampla escala, tinha de ser exposta como tendo sido julgada e rejeitada por Jeová. O livramento das testemunhas cristãs de Jeová do cativeiro babilônico em 1919 mostrava que a religião da cristandade caíra então, junto com todo o resto do império mundial da religião demoníaca. Então, qual “objeto de espanto e causa para assobio” aguarda apenas a execução do justo juízo de Deus. — 2 Crô. 29:8.

      23. Como foi que o Maior que Ezequias firmou “um pacto com Jeová” em favor dos verdadeiros cristãos?

      23 Quão diferente é a condição hodierna dos fiéis levitas espirituais, o restante ungido dos verdadeiros cristãos! O Maior do que Ezequias, Cristo Jesus, firmou “um pacto com Jeová, o Deus de Israel”, em favor deles. Renovou para com eles o “novo pacto” com sua provisão para perdão do erro, e reativou-os para a adoração verdadeira. (Luc. 22:20; Jer. 31:31-34) Estão cheios do mesmo espírito e determinação que Ezequias estimulou nos levitas sacerdotais: “Agora, meus filhos, não vos deis descanso, pois sois aqueles a quem Jeová escolheu para que se coloquem diante dele a fim de lhe ministrarem e para continuarem como seus ministros.” — 2 Crô. 29:10, 11.

      24. Que porta aberta foi apresentada ao restante?

      24 Assim como as portas do templo de Jerusalém foram abertas e consertadas, assim, então, Cristo ofereceu ao restante ungido uma porta aberta de serviço, “a qual ninguém pode fechar”. (Rev. 3:8) Revigorados pelas assembléias cristãs, notàvelmente as de Cedar Point, Ohio, EUA, em 1919, e, de novo, em 1922, passaram a testemunhar intrèpidamente em resposta à convocação: “Anunciai, anunciai, anunciai, o Rei e seu reino.”

      25. Como tem sido limpa a casa antitipica de Jeová, e restaurados seus utensílios?

      25 Não obstante, estes louvadores do verdadeiro Deus tinham de livrar-se completamente das doutrinas e dos costumes pagãos. Por exemplo, durante os anos de 1919 em diante, persistiram por certo tempo o modo de vestir-se com santimônia, a consideração da grande pirâmide do Egito como “a Bíblia em Pedra”, a guarda de festas pagãs como o chamado “Natal”, o uso de símbolos pagãos tais como a cruz, e outras impurezas religiosas. Era preciso livrarem-se delas! “Utensílios” apropriados à adoração de Jeová tinham de ser postos em serviço. A medida que a vontade de Deus lhes foi sendo revelada progressivamente, os do restante ungido se sentiram felizes de purificar sua adoração do templo, de modo que pudessem relatar a seu Rei da mesma forma que os sacerdotes e levitas relataram a Ezequias:“Limpamos a inteira casa de Jeová, o altar da oferta queimada e todos os seus utensílios. . . . E todos os utensílios que o Rei Acaz removeu do uso durante seu reinado, em sua infidelidade, temos preparado, e os temos santificado; e ali estão, diante do altar de Jeová.” (2 Crô. 29:18, 19) A mesma norma da verdadeira adoração que Jesus estabelecera no primeiro século foi restaurada entre os verdadeiros cristãos na terra.

      26. O que é representado por Ezequias se levantar cedo e ajuntar os príncipes para a adoração a Deus?

      26 “E Ezequias, o rei, veio a levantar-se cedo e a ajuntar os príncipes da cidade, e a ir à casa de Jeová.” (2 Crô. 29:20) Fiel ao tipo, foi logo no início da era posterior à Primeira Guerra Mundial que o Rei, Jesus Cristo, ajuntou os membros remanescentes na terra da casa real de Jeová — aqueles que hão de ‘reger como sacerdotes e reis junto com ele por mil anos’ do seu Reino sobre a terra. (Rev. 20:6) Daí, os sacerdotes passaram a oferecer sacrifícios em favor de todos, “porque foi em favor de todo o Israel que o rei disse que seria a oferta queimada e a oferta pelo pecado”. (2 Crô. 29:24) No cumprimento, todos os restantes dos judeus espirituais — os 144.000 — têm então de ser trazidos e santificados como o verdadeiro povo para o nome de Jeová. Isto foi em cumprimento, também, de outro salmo: “Ajuntai a mim os meus leais, os que firmaram meu pacto com sacrifício.” (Sal. 50:5) Como nos dias de Ezequias, todos estes ajuntados segundo o arranjo do novo pacto de Jeová, baseado no perfeito sacrifício de Jesus, “começaram a oferecer louvor, sim, com regozijo”. — 2 Crô. 29:30.

      27, 28. (a) Como foi terminado o ajuntamento, e com o que pode agora regozijar-se o povo de Deus? (b) Mas, que pergunta ainda precisa ser respondida?

      27 O ajuntamento não foi terminado em 1919, nem mesmo em 1922. Mais trabalhadores eram necessários para executar eficazmente o sacrifício de louvor a Jeová. Assim, tem havido notável cumprimento de 2 Crônicas 29:34: “Aconteceu que eram muito poucos os sacerdotes apenas . . . De maneira que seus irmãos, os levitas, os ajudaram até que a obra terminou e até que os sacerdotes puderam santificar-se, pois os levitas eram mais retos de coração quanto a se santificarem do que os sacerdotes.” Como no padrão, os membros remanescentes do restante ungido dos seguidores de Cristo foram ajuntados, especialmente até 1931-1935, e muitos destes mostraram-se até mesmo mais zelosos quanto aos requisitos e o serviço de Jeová do que outros que haviam sido ajuntados anteriormente.

      28 Da mesma forma que “Ezequias e todo o povo se regozijaram” em virtude da “súbita” restauração da adoração verdadeira naqueles dias, assim também o restante ungido, sob Cristo, regozijou-se de Jeová ter, semelhantemente “feito preparativos” para seu povo. (2 Crô. 29:36) Mas, como isto nos ajuda a responder à moderna ameaça do nacionalismo? Veremos.

  • Eleve-se a verdadeira, abaixo a falsa!
    A Sentinela — 1968 | 1.° de setembro
    • Eleve-se a verdadeira, abaixo a falsa!

      “E Ezequias . . . continuou a fazer o que era bom e justo e fiel diante de Jeová, seu Deus.” — 2 Crô. 31:20.

      1. (a) O que assinalou o ano de 1513 A. E. C.? (b) Por que era importante que Israel observasse a norma da Páscoa?

      O ANO 1513 A. E. C. assinalara a libertação de Israel da opressão nacionalista da primeira potência mundial, o Egito. Também assinalara a primeira Páscoa. Nessa ocasião, os israelitas obedeceram implicitamente às instruções de Jeová dadas por meio de Moisés. “Fizeram exatamente isso.” A norma da Páscoa se tornou uma comemoração a ser observada em Israel de ano em ano. “Com respeito a Jeová, esta noite é uma que deve ser observada por parte de todos os filhos de Israel por todas as suas gerações.” (Êxo. 12:50, 42) Era importante que a observassem, pois desta forma o Israel natural permanecia em condição de se tornar a “congregação dos primogênitos . . . alistados nos céus”, que guardam a grande Páscoa antitípica de Deus por exercerem fé no “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. — Heb. 12:23; João 1:29.

      2. Como foi que Israel se mostrou ingrato, mas, que exemplo eaplêndido de verdadeira adoração foi visto desde 745 A. E. C.?

      2 No decorrer dos séculos, Israel passou a praticar o mal, e tornou-se ingrato para com seu Libertador, Jeová Deus. Até em Judá e Jerusalém, onde o templo de Jeová convidava à adoração verdadeira, os judeus desviaram-se para o paganismo. Não obstante, quando Ezequias ascendeu ao trono de Jeová em Jerusalém, em 745 A. E. C., brilhou como reluzente estrela na linhagem dos reis davídicos. “E em toda obra que começou, no serviço da casa do verdadeiro Deus e na lei, e na ordem de buscar seu Deus, ele agia de todo o seu coração, e se mostrou bem sucedido.” (2 Crô. 31:21) Que esplêndido exemplo para todos que adoram hoje em dia a Jeová!

      3, 4. (a) O que viria em seguida, depois da reabertura do templo? (b) No entanto, que obra preliminar era necessária, tanto no tipo como no cumprimento?

      3 Ezequias prestou a devida atenção à ordem de Jeová, por meio de Moisés, concernente à Páscoa. Planejou em seguida a sua restauração, depois de reabrir o templo, e até mesmo antes de o Assírio lançar seu ataque final e esmagador sobre Israel, ao norte. “E Ezequias passou a enviar a todo o Israel e Judá, e até mesmo escreveu cartas a Efraim e Manassés [em Israel], para virem à casa de Jeová em Jerusalém realizar a páscoa a Jeová, o Deus de Israel. No entanto, o rei e seus príncipes e toda a congregação em Jerusalém resolveram realizar a páscoa no segundo mês; pois não puderam realizá-la naquele tempo, porque não havia sacerdotes suficientes, por um lado, que se santificaram, e o povo, por outro lado, não se ajuntara em Jerusalém.” — 2 Crô. 30:1-3.

      4 No cumprimento, também, uma obra preliminar tinha de ocorrer. Especialmente na primavera setentrional de 1918 E. C., houve uma prova e expurgo ardentes de todo o povo de Deus na terra. A ungida classe sacerdotal foi purificada quanto a um coração temeroso. Arrependendo-se de certa medida de transigência que demonstrara durante a Primeira Guerra Mundial, foi de novo ajuntada à adoração de Jeová. Então, conforme expresso nos artigos da Sentinela intitulados “Benditos São os Destemidos”, publicados em 1919, estavam “prontos, dispostos e ansiosos em todos os tempos” a obedecer destemidamente às orientações de seu Senhor, Jesus Cristo. Ais condições eram próprias para a renovação de seu sacrifício de louvor a Jeová, à base do sacrifício do “Cordeiro de Deus”.

      O CONVITE A SE CONGREGAREM

      5, 6. (a) Que tipo de emissários enviou Ezequias, e com que mensagem? (b) Que padrão similar têm seguido atualmente os emissários cristãos?

      5 O convite de participar na adoração a Jeová tem de ser soado amplamente. Será que Jeová surpreendeu a terra mediante uma proclamação milagrosa por meio de um anjo dos céus? Não. Jeová usou emissários humanos. “Em conformidade com isso, os mensageiros com as cartas da mão do rei e de seus príncipes percorreram todo o Israel e Judá, sim, segundo o mandamento do rei, afirmando: ‘Vós, filhos de Israel, retornai para Jeová, o Deus de Abraão, Isaque e Israel, para que ele possa retornar aos que escaparam, que restam dentre vós, da palma da mão dos reis da Assíria.” — 2 Crô. 30:6.

      6 Desde o ano de 1919, emissários da moderna congregação cristã têm percorrido todo o domínio da cristandade com um jubiloso convite para se reunirem à adoração de Jeová. Seguindo o padrão de Jesus e seus apóstolos, que ‘viajavam de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do reino de Deus’, e falando coisas proveitosas “de casa em casa”, estes têm apelado para as consciências das pessoas de coração honesto que ainda se acham cativas das organizações religiosas da cristandade, para que ‘retornem para Jeová’, em busca de salvação. — Luc. 8:1; Atos 20:20.

      7. Que convite tem sido estendido, naquele tempo e agora, e com que acolhida?

      7 Quem apoiará a verdadeira adoração de Jeová? Atualmente, como nos dias de Ezequias, essa é uma questão vital. Que todos os que amam verdadeiramente a justiça se desviem do nacionalismo divisório, e da religião e da filosofia pagãs. Que deixem de teimosia, e honrem a Jeová, seu Criador. “Então, não endureçais o vosso pescoço como fizeram vossos antepassados. Dai lugar a Jeová e vinde a seu santuário, que ele santificou por tempo indefinido, e servi a Jeová, vosso Deus, para que sua ira ardente se possa desviar de vós. . . . pois Jeová, vosso Deus, é gracioso e misericordioso, e êle não desviará de vós a sua face, se retornardes para ele.” (2 Crô. 30:8, 9) Ah, mas quem se humilhará perante Jeová? Os judeus do reino de dez tribos apegaram-se à sua adoração de Baal. E, hoje em dia, o convite para a adoração unificada de Jeová no Seu templo só tem sido recebido com desprezo zombador por parte do clero da cristandade.

      8. O que tem sido exigido daqueles que acolhem o convite, mas, que “um só coração” mostram?

      8 “Assim os mensageiros continuaram, passando de cidade em cidade por toda a terra de Efraim e Manassés, até a Zebulom; mas eles continuaram a falar com zombaria deles e a escarnecer deles.” Coube a um pequeno restante, alguns indivíduos apenas das tribos setentrionais, darem ouvidos ao convite de Jeová. “Apenas indivíduos de Aser e Manassés e de Zebulom se humilharam, de modo que vieram a Jerusalém.” (2 Crô. 30:10, 11) Assim, desde 1919, apenas um pequeno número daqueles que professavam o Cristianismo se apresentaram a favor da adoração de Jeová no Seu templo purificado. Os grandes sistemas religiosos da cristandade mantiveram com orgulho sua posição idólatra qual parte do império mundial da religião falsa. Mas, entre os vigorosos louvadores de Jeová, tem havido “um só coração para cumprir o mandamento do rei e dos príncipes no que toca a Jeová”. — 2 Crô. 30:12.

      9. Como é que o antigo registro aponta para o único caminho da salvação?

      9 Mais de duzentos anos antes do dia de Ezequias, os sacerdotes, os levitas e outros abandonaram o idólatra reino setentrional na ocasião de sua fundação, e vieram adorar a Jeová em Jerusalém. (2 Crô. 11:13-16) E agora, aqueles que vieram de Aser, Manassés e Zebulom também se colocaram no caminho da salvação. Sem dúvida muitos destes continuaram a prestar sua adoração no lugar que ele escolhera, seu templo em Jerusalém, até que o nacionalismo assírio tragou Israel. Assim, obtiveram a salvação junto com os verdadeiros adoradores de Jeová quando “Israel foi-se de seu próprio solo para o exílio na Assíria”. (2 Reis 17:23) Nestes dias, quando o nacionalismo grassa de novo, que nós também nos apeguemos à verdadeira adoração para termos a salvação!

      10. Que obra purificadora ainda restava em Jerusalém, e o que indica isto hoje?

      10 Não se realiza num instante a purificação de costumes arraigados da adoração falsa. Assim, à medida que aqueles judeus e israelitas celebravam a Páscoa e a festa de pães ázimos por sete dias, que se seguia, tinham de prestar atenção também à limpeza dos restos da adoração demoníaca em Jerusalém. “Então, ergueram-se e removeram os altares que estavam em Jerusalém, e removeram todos os altares de incenso e então os lançaram no vale da torrente de Cedrom.” (2 Crô. 30:14) Lancem-nos no montão de lixo! Apenas ao terminarem esta obra de purificação ficaram eles em condição adequada para celebrar a Páscoa. Isto inculca nitidamente em nós, hoje, que os verdadeiros adoradores de Jeová precisam livrar-se de todo e qualquer vestígio de paganismo. As imagens, os emblemas religiosos, os altares, os quadros que representam o erro religioso — precisamos tirar a todos eles de nossas afeições, de nossos lares, da sociedade do Novo Mundo das testemunhas cristãs de Jeová!

      11, 12. (a) O que representou a festa de sete dias? (b) Como devem as testemunhas de Jeová considerar a extensão moderna da festa?

      11 E o que é representado pela festa dos pães ázimos, por sete dias? Nisto vemos a contínua festa espiritual que os adoradores de Deus usufruem à medida que ‘escutam e agem’, exercendo fé no sacrifício do “Cordeiro de Deus”. Agora, em relação aprovada com Jeová, oferecem sacrifícios espirituais de louvor, “o fruto dos lábios” devotados a ele, testemunho do seu nome e reino. — Heb. 13:15.

      12 Em face das perseguições físicas por parte de governos nacionalistas, estimulados por clérigos escarnecedores, as testemunhas de Jeová continuam a ‘pregar as boas novas do reino estabelecido de Deus em toda a terra habitada’, e o testemunho continua a ganhar intensidade, até nesta década de 1960. (Mat. 24:14) E o que dizer se a festa de serviço for estendida por um período, além do tempo que esperávamos? Nos dias de Ezequias, “toda a congregação decidiu realizá-la por mais sete dias, e, assim, realizaram-na por sete dias com regozijo”. (2 Crô. 30:23) Regozije-se de ser privilegiado a louvar a Jeová em toda a terra, até este ano de 1968!

      13. Que provisão misericordiosa faz Jeová para aqueles que apresentam nódoas da religião pagã, mas, com que resultado final?

      13 Aqueles que vieram das tribos setentrionais não tiveram tempo de se purificarem para a Páscoa de Ezequias. Assim, o rei orou em favor deles:‘Que o bom Jeová mesmo faça concessões a cada um que preparou seu coração para buscar o verdadeiro Deus, Jeová, o Deus de seus antepassados, embora sem a purificação para o que é santo.’ Em conformidade, Jeová escutou a Ezequias e curou o povo.” (2 Crô. 30:18-20) No cumprimento moderno, muitos vieram à organização de Jeová com nódoas da religião pagã. Foi preciso tempo para que transformassem a mente para a doutrina e a adoração puras, mas Jeová tem observado sua condição de corações e lhes fez misericordiosa concessão, encorajando-os a compartilhar a festa de louvor. Com a revelação progressiva da verdade que emana do templo de Jeová, todos têm sido, por fim, “aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar”, de modo a trabalhar ombro a ombro no serviço do grandioso Rei, Jeová Deus. — 1 Cor. 1:10.

      14, 15. (a) Quem compartilhava da festa jubilosa, e será que Jeová aprovou isto? (b) Isso nos faz lembrar de que assembléia moderna?

      14 Houve outros que se juntaram aos israelitas em sua adoração lá naquele tempo. Tratava-se de estrangeiros, de dentro e de fora de Judá, que exerciam fé no Deus de Judá, Jeová. Incluíam os escravos do templo, os netineus. “E toda a congregação de Judá e os sacerdotes e os levitas e toda a congregação que veio de Israel e os residentes estrangeiros que vieram da terra de Israel e os que habitavam em Judá continuaram a regozijar-se. E veio a haver grande regozijo em Jerusalém . . . Por fim, os sacerdotes, os levitas, levantaram-se e abençoaram o povo; e deu-se ouvidos à voz deles, de modo que sua oração chegou à sua santa habitação, os céus.” — 2 Crô. 30:25-27.

      15 Tudo isto faz lembrar outra assembléia para adoração descrita em Revelação, capítulo 7. Primeiro, surgem os 144.000 membros do espiritual Israel de Deus. Daí, a visão descreve “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono [de Jeová] e diante do Cordeiro”. E por que estão diante do trono de Jeová “Prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo.” Assim, atualmente, e em especial desde o ano de 1935, uma “grande multidão” de “residentes estrangeiros” — íntimos associados do Israel espiritual — estão sendo ajuntados à adoração de Jeová, provenientes de todas as nações da terra. Jeová lhes faz uma provisão abençoada, e o Cordeiro, Cristo Jesus, os guia “a fontes de águas da vida”. E, por fim, “Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles”. — Rev. 7:9, 10, 15, 17; 21:4.

      16. Como poderá obter vida a “grande multidão”?

      16 Nutre a expectativa de pertencer a esta “grande multidão” que sobreviverá à moderna ameaça do nacionalismo a fim de obter a vida interminável na terra paradísica? Então, apegue-se a Jeová, em adoração verdadeira!

      ABAIXO A FALSA!

      17, 18. (a) Ao que foi que a Páscoa estimulou o povo? (b) No cumprimento, como é que isto se enquadra na obra hodierna das testemunhas de Jeová?

      17 Ao que foi que a grandiosa celebração da Páscoa, a maior desde os dias de Salomão, estimulou o povo? “E, logo que terminaram tudo isso, todos os israelitas que se achavam ali foram para as cidades de Judá, e passaram a rebentar os pilares sagrados e a abater os postes sagrados e a derrubar os lugares altos e os altares de todo o Judá e Benjamim e em Efraim e Manassés, até terminarem; depois do que todos os filhos de Israel retornaram para suas cidades, cada um para a sua própria possessão.” (2 Crô. 31:1) Foi uma completa limpeza da religião falsa no reino de Judá.

      18 Isto se enquadra bem com o aspecto polêmico da obra que as testemunhas de Jeová têm feito por toda a terra desde 1919. Não tem havido “tolerância de qualquer rivalidade para com Jeová” — nenhuma transigência com a idolatria, quer seja católica, protestante, judaica ou expressamente pagã. (2 Reis 10:16) A lúcida verdade da Palavra de Deus, a Bíblia, tem sido proclamada por toda a cristandade, e às outras nações, expondo os fanáticos adeptos da religião falsa, belicosos, nacionalistas e idólatras, como tendo sido rejeitados por Jeová, o verdadeiro Deus.

      19. (a) Em que resulta esta obra polémica? (b) Como foi considerada por Ezequias a idolatria, e como devemos considerá-la atualmente?

      19 Esta campanha de declarar “o dia da vingança da parte de nosso Deus” tem livrado a muitos dos grilhões da religião demoníaca, de modo a obter a “boa vontade” de Jeová. (Isa. 61:2) Tem sido ‘correta aos olhos de Jeová’, não importa o que os clérigos apóstatas talvez pensem ou digam. Jeová a aprova, assim como aprovou a ação de Ezequias: “Foi ele quem removeu os lugares altos e quebrou em pedaços os pilares sagrados e abateu o poste sagrado e esmiuçou a serpente de cobre que Moisés fizera:” (2 Reis 18:4) Pois esta serpente, representativa de Cristo e seu sacrifício, vera a ser idolatrada, quase da mesma forma que a “santa cruz” é adorada por muitos hoje na cristandade. Não há lugar entre o verdadeiro povo de Deus, quer antigo quer moderno, para a idolatria. — Sal. 106:35-40; 1 Cor. 10:6, 11, 14.

      20. O que foi prefigurado por Ezequias se rebelar contra o rei da Assíria?

      20 Recusando escravizar-se ao nacionalismo assírio, Ezequias em seguida entrou em desacordo com o próprio Senaqueribe. “E passou a rebelar-se contra o rei da Assíria e não o serviu.” (2 Reis 18:7) Assim, depois de reunir o restante ungido no templo espiritual de adoração, Cristo o tirou da escravidão ao nacionalismo e à religião pagã, e o lançou numa campanha de proclamar a destruição de Satanás e toda a organização deste, com seus injustos “céus” e “terra”. No ano de 1922, e por sete anos sucessivos, as assembléias das testemunhas de Jeová adotaram mensagens de juízo que foram primeiro proclamadas nos “céus” de Jeová, e as fizeram ecoar por toda a terra. Notàvelmente, estas proclamações, delineadas em Revelação, capítulos 8 a 11, expressaram os justos decretos de Jeová contra a poderosa organização, demoníaca, religiosa e nacionalista, que Satanás edificou durante milênios.

      21. Como foi satanás avisado na assembléia de Detroit, EUA, em 1928?

      21 Em clímax, como o ponto alto da assembléia de oito dias realizada em Detroit, Michigan, EUA, de 30 de julho a 6 de agosto de 1928, doze mil pessoas adotaram de forma entusiástica uma “Declaração Contra Satanás e a Favor de Jeová”. Isto tornou conhecido que “a grande batalha do Armagedom, que em breve começará, resultará na completa restrição de Satanás e na total derrubada de sua organização ruim, e que Jeová estabelecerá a justiça na terra por meio de Cristo, o novo regente e emancipará a humanidade do mal”.a Assim, deu-se aviso ao duro regente dos governos nacionalistas que têm dominado a terra no decorrer das eras que sua oposição ao reino de Deus e aos representantes deste na terra está fadada ao fracasso certo.

      GUERRA CONTRA OS FILISTEUS

      22, 23. (a) Que ação tomou Ezequias contra os filisteus? (b) O que caracterizava este inimigo tradicional?

      22 Ezequias assolou, também, um inimigo tradicional entrincheirado em fortalezas bem dentro do território de Judá, para o lado sudoeste de Jerusalém. “Foi ele quem assolou os filisteus até Gaza e também seus territórios, desde a torre dos vigias até à cidade fortificada.” (2 Reis 18:8) Será que isto tem um parelelo moderno?

      23 A Palavra de Deus mostra que os filisteus faziam constante guerra a Israel desde o tempo em que Israel entrou na Terra Prometida. Eram um povo orgulhoso, e tinham o máximo desrespeito às leis justas que Jeová fizera para Israel, tais como as leis sobre o sangue. (Zac. 9:6, 7; Lev. 17:14) Continuamente enviavam exércitos em cruzada, ou bandos de guerrilhas contra o povo de Deus. Amós 1:6-8 menciona suas revoltas contra Israel, e o levarem muitas pessoas para o cativeiro e as venderem a Edom. Sua religião era cruel e pagã, e apresentava um deus-peixe, Dagom, cujas imagens eram encimadas por uma cabeça ereta de peixe, assemelhando-se às mitras usadas por patriarcas e bispos dos sistemas religiosos da cristandade.

      24. Que inimigo milenar parecem prefigurar em especial os filisteus?

      24 Os filisteus parecem prefigurar os milenares inimigos da verdadeira adoração na terra. Um de tais inimigos é especialmente a Hierarquia Católica Romana, cujo sistema religioso está saturado de doutrinas e cerimônias babilônicas pagãs. Por toda a sua carreira, a Hierarquia tem lutado com unhas e dentes contra todos que tiveram a coragem de se definir em favor da verdadeira adoração. Tem-se oposto amargamente à pregação de “estas boas novas do reino” em toda a terra desde 1919.

      25. Que campanha atual, realizada pelas testemunhas de Jeová, corresponde à feita por Ezequias contra os filisteus?

      25 A campanha de Ezequias contra a antiga Filístia faz lembrar uma campanha que os seguidores de Cristo realizaram na terra, especialmente na década de 1930. Naquele tempo, a Hierarquia Católica Romana, como a principal religião da cristandade, há muito estava entrincheirada no domínio da adoração que de direito pertence aos “louvadores” de Jeová. E, assim como os filisteus degradados da antiguidade regatearam com a Potência Mundial Assíria em troca de proveito político, assim também a Hierarquia Católica Romana da história moderna formou alianças com os ditadores nacionalistas, tais como a do Tratado de Latrão, com Benito Mussolini em 1929, e a Concordata com Adolf Hitler em 1933. Não com armas carnais, mas com poderosa mensagem bíblica, as testemunhas de Jeová agiram de forma a expor estes galanteios políticos da parte da professa “igreja” de Cristo, tendo o seu alvo o domínio mundial.

      26. Como foi que os filisteus modernos contra-atacaram, mas, com que êxito?

      26 E a Hierarquia Católica Romana contra-atacou! Como a “espada da igreja”, o fuehrer nazista, assumiu a liderança numa campanha para aniquilar as testemunhas de Jeová nos países dominados pelos católicos. Um sacerdote católico de Berlim testificou sobre isso num artigo em The German Way, de 29 de maio de 1938: “Quando Adolf Hitler assumiu o poder e o Episcopado alemão repetiu seu pedido, Hitler disse: ‘Estes chamados “Fervorosos Estudantes da Bíblia” [testemunhas de Jeová] são causadores de dificuldades. . . . Não tolerarei que os católicos alemães sejam manchados de tal maneira. . . . Dissolvo [as testemunhas de Jeová] na Alemanha.’ Ao que anuiu o sacerdote: “Bravo!” Mas, as testemunhas de Jeová não foram efetivamente dissolvidas na Alemanha nem em nenhuma outra parte. Hitler e seu parceiro em assinar a Concordata, o Cardeal Pacelli (Papa Pio XII), estão agora mortos, mas as 8.000 testemunhas de Jeová que sobreviveram aos campos de concentração nazistas e da Ação Católica aumentaram agora para mais de 80.000 na Alemanha Ocidental e em Berlim, junto com muitos milhares mais na Alemanha Oriental.

      27-30. Como é que as testemunhas de Jeová continuam a travar uma guerra espiritual contria “os filisteus”?

      27 Os governos controlados pelos católicos e a turbocracia inspirada pelos sacerdotes continuam a lutar para silenciar as testemunhas de Jeová. Mas, por usar os canais publicitários, os tribunais judiciários e outros meios legais, as testemunhas de Jeová têm travado persistente luta espiritual contra os cerceamentos da liberdade de adoração por parte da Hierarquia Católica. Esta guerra cristã tem sido o meio de abrir os olhos de muitos católicos honestos e de outros, ajudando-os a tomar sua posição do lado da verdadeira adoração. E o que dizer se alguns ainda tiverem de suportar perseguições às mãos dos filisteus modernos

      28 Considere Malaui! Em 17 de setembro de 1967, o Presidente Banda de Malaui disse: “As pessoas em qualquer área terão o direito de dizer-‘Testemunhas de Jeová, vão-se embora.’ E, se as Testemunhas de Jeová não forem embora, bem, o Governo vem, prende-as e leva-as presas.” Segundo o Malawi News, impresso na língua cinianja, de 10 de novembro, o Sr. J. D. Gunda, membro do Parlamento malaui, avisou as “pessoas que pertencem à religião das Testemunhas de Jeová, que foi proscrita pelo governo, que se quaisquer delas continuasse a ser cristão desta religião, será severamente punida pelo governo”. Explicou o “alvo do governo de acabar com esta religião e passou a lhes dizer que, se estivessem realmente arrependidas, deveriam comprar cartões do partido (político) de Malaui”. Os missionários da Sociedade Torre de Vigia (EUA) foram expulsos do país e milhares de testemunhas de Jeová foram então presas. Apenas em uma localidade, vinte e três casas das testemunhas de Jeová foram incendiadas.

      29 Daí, também, veja o Egito (R. A. U.) onde as testemunhas de Jeová foram presas por ocasião da observância da Comemoração da morte de Cristo em 1967. Foram mantidas presas por meses, porque pregavam as boas novas do reino de Deus. Os missionários da Torre de Vigia (EUA) foram expulsos também do Egito, e muitas Testemunhas locais foram submetidas a extrema tortura. A gráfica da Sociedade na Grécia foi fechada por decreto do Governo, sofrendo a pregação do reino de Deus interferência em vários estados árabes, e todos os missionários da Torre de Vigia (EUA) foram expulsos da Birmânia.

      30 Será que tal ação por parte dos governos nacionalistas impedirá as testemunhas cristãs de Jeová de pregar as boas novas? Não! Mas, elas se sentirão fortelecidas pelo conhecimento de que Jeová já lhes rendeu seu julgamento final e em breve os executará, junto com o resto do império mundial da religião paganista. O decreto de Jeová é: Eleve-se a verdadeira adoração, abaixo a falsa! — Jer.1:10; Eze. 25:15-17.

      31, 32. (a) Por que é Ezequias um nobre exemplo para nós? (b) Como podemos agora seguir as pisadas do Maior do que Ezequias?

      31 As testemunhas de Jeová têm tido êxito em sua guerra espiritual, da mesma forma que Ezequias teve êxito em abater os filisteus incomodativos. E, quão esplendidamente se contrastava a justa posição de Ezequias, em favor da verdadeira adoração, com a apostasia de seus predecessores e o paganismo de seus vizinhos! “Em Jeová, o Deus de Israel, ele confiava; e depois dele não houve nenhum como ele entre todos os reis de Judá, até mesmo aqueles que eram anteriores a ele. E continuou a apegar-se a Jeová. Não se desviou de segui-lo, mas continuou guardando Seus mandamentos, que Jeová ordenara a Moisés. E Jeová demonstrou estar com ele. Sempre que saía, agia com prudência.” — 2 Reis 18:5-7.

      32 Que nós, também, continuemos a agir com prudência, à medida que seguimos as pisadas do Maior do que Ezequias, Cristo Jesus. Que sejamos destemidos em face das ameaças da religião falsa e dos governos nacionalistas, declarando inabalàvelmente a vingança de Deus contra este sistema de coisas satânico atual e confortando os que pranteiam devido à injustiça dele. (Isa. 61:1, 2) Sim, que continuemos ‘apegando-nos a Jeová’, confiantes de que ele ‘demonstrará estar conosco’ em nossa zelosa adoração e à medida que participamos na eterna vindicação de Seu nome. Contudo, num artigo futuro, haverá algo mais a respeito do triunfo da verdadeira adoração sobre o nacionalismo.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Veja-se A Sentinela, de 15 de setembro de 1928, página 278, em inglês.

      [Foto na página 535]

      Israelitas destruindo os pilares sagrados da adoração falsa.

      [Foto na página 535]

      Testemunhas modernas usam a Bíblia para expor a adoração de ídolos.

  • Pensa em tornar-se uma das Testemunhas de Jeová?
    A Sentinela — 1968 | 1.° de setembro
    • Pensa em tornar-se uma das Testemunhas de Jeová?

      EM IMITAÇÃO da primitiva organização cristã, as testemunhas de Jeová vão diretamente aos lares das pessoas interessadas e fornecem-lhes gratuita instrução bíblica. No ano passado, dirigiram a média de 867.009 estudos bíblicos domiciliares, na maioria dos casos uma vez por semana. Sem dúvida está familiarizado com este serviço gratuito de estudos bíblicos domiciliares. Com efeito, é possível que seja uma das muitas pessoas que agora estudam a Bíblia com as testemunhas de Jeová.

      Se assim for, ela tem trazido indubitavelmente ao leitor muito conforto em obter melhor entendimento dos propósitos de Deus. Com efeito, talvez tenha chegado à conclusão de que as testemunhas de Jeová ensinam a verdade da Palavra de Deus, e que são a verdadeira organização de Deus. Talvez, portanto, esteja pensando seriamente em se tornar uma das testemunhas de Jeová. Contudo, talvez se quede imaginando: Exatamente o que está envolvido? O que faz alguém para se tornar uma testemunha de Jeová! Será questão de “aderir” a algo?

      A PRIMITIVA ORGANIZAÇÃO CRISTÃ

      Para ajudá-lo a avaliar o que está envolvido; talvez possa considerar: Como foi que aquelas pessoas a quem os cristãos primitivos davam instrução bíblica domiciliar se tornaram cristãs? Será que simplesmente “aderiram” à organização cristã? Será que solicitaram que seus nomes fossem postos num rol de membros, e, destarte, tornaram-se cristãs?

      Não, a Bíblia não indica isso. Antes, à medida que alguém que era instruído vinha a apreciar as maravilhosas verdades que lhe eram ensinadas, associavase regularmente com os cristãos em suas reuniões congregacionais. (1 Cor. 14:24-26; Heb. 10:24, 25) Movida pela gratidão a Deus devido a Suas maravilhosas provisões, voluntariamente harmonizava sua vida com os requisitos morais da Palavra de Deus. (Sal. 15:1-4) Também respondia ao convite de participar na obra de instruir outros na Palavra de Deus. — Mat. 4:19.

      Jesus Cristo comissionara seus seguidores a ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’, e a servir como “testemunhas . . . até à parte mais distante da terra”. (Mat. 28:19, 20; Atos 1:8) Para realizar este tremendo trabalho, a organização cristã fazia provisões para treinar os cristãos, e tal treinamento incluía a instrução em realizar a obra

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