Anuário das Testemunhas de Jeová 1988
ELE tinha apenas 33 anos quando lhe tiraram a vida por executá-lo. No entanto, 1.900 anos mais tarde, sua mensagem ainda vive! Seu nome era Jesus Cristo. Menos de três dias antes da sua morte cruel, enquanto sentado num olival, num morro que dava para Jerusalém, ele fez uma profecia, cujo cumprimento confronta hoje todos os viventes com a escolha entre a vida e a morte. Ele predisse que se pregariam as “boas novas” do Reino de Deus em toda a terra habitada. — Mat. 24:14.
A aceitação dessas boas novas, hoje, significa vida eterna; a rejeição traz a morte eterna. (Rev. 14:6, 7) Aqueles que querem a vida, iguais ao Josué da antiguidade, têm de escolher servir a Jeová. (Jos. 24:15) Os interesses do Reino de Deus têm de ocupar o primeiro lugar na sua vida. (Mat. 6:33) Mas, como se divulgaria esta mensagem vital?
As instruções que Jesus deu aos seus seguidores foram simples e diretas: Pregar e ensinar. Queria que seus discípulos o imitassem no que ele mesmo fazia. (Mat. 4:23; 9:35) Deviam ser pregadores das boas novas do Reino; e a pregação do Reino, orientada pelo espírito, se tornaria o pulso do verdadeiro cristianismo. De modo que o cumprimento de Mateus 24:14 tem levado a mensagem do Reino de Deus até as partes mais distantes da terra.
Quem realiza hoje esta grandiosa obra? As Testemunhas de Jeová. Nossa pregação do Reino por mais de cem anos fala por si mesma. Na nossa pregação e no nosso ensino, seguimos o mesmo modelo e usamos o mesmo tema que os discípulos de Cristo no primeiro século. Nosso relatório atual prova que não diminuímos o passo nesta obra.
“FIZESTE GRANDE A ALEGRIA”
As Testemunhas de Jeová fazem a colheita com um espírito de alegria. Conforme expresso em Isaías 9:3: “Fizeste populosa a nação; fizeste grande a alegria para ela. Alegraram-se diante de ti como que com a alegria no tempo da colheita, como os que jubilam ao dividirem o despojo.” Alegramo-nos de que Jeová tem abençoado nossa obra de pregar e de fazer discípulos com mais trabalhadores do Reino, e que ele nos tem dado os instrumentos para ajudá-los. De modo que o relatório que segue nos dá um grandíssimo motivo para ser jubilantes!
Durante o último ano de serviço, em média mensal, 3.237.751 Testemunhas de Jeová pregaram ativamente, atingindo o auge de 3.395.612 ministros. No período de um ano, gastamos o total extraordinário de 739.019.286 horas — O equivalente de 84.000 anos — na pregação do Reino!
As Testemunhas de Jeová são também instrutores. Qual é o objetivo do ensino cristão? Fazer discípulos batizados de Cristo. (Mat. 28:19, 20) E visto que Jesus Cristo adorava a Jeová, os discípulos dele também têm de adorar a Jeová.
No ano de serviço de 1987, 230.843 foram batizados como Testemunhas de Jeová e discípulos de Jesus Cristo. É grande o potencial de haver mais discípulos, visto que dirigimos em média 3.005.048 estudos bíblicos por mês. Demos agora uma breve olhada em volta do mundo, para alguns dos destaques teocráticos que também nos alegrarão.
O ano de serviço que passou teve excelentes resultados na França, com os seguintes auges em maio: 96.954 publicadores — inclusive 10.180 pioneiros auxiliares e 3.411 pioneiros regulares. Foi o 22.º auge consecutivo de pioneiros regulares. Em maio, cerca de 15 por cento de todos os publicadores empenhavam-se em alguma forma de serviço de tempo integral. Os publicadores gastaram também em média 12,9 horas no ministério, e relataram um auge de 65.806 estudos bíblicos, no mesmo mês.
O ano de serviço de Portugal também foi abençoado com novos auges de publicadores em todos os países e territórios em que a Associação das Testemunhas de Jeová supervisiona a pregação do Reino. Só em Portugal houve sete auges de publicadores, ultrapassando pela primeira vez o marco de 32.000. Uma particularidade notável é que o número dos estudos bíblicos domiciliares dirigidos excede agora o número dos publicadores em cinco países e territórios que enviam o relatório a esta Associação. Que emocionante perspectiva duma colheita abundante!
“Somos gratos a Jeová de que pudemos ter outro ano de atividades abençoadas”, diz a congênere no Japão. Durante o ano de serviço, formaram-se 125 congregações novas no Japão. O número dos publicadores do Reino aumentou para 120.722 em agosto — o 104.º auge mensal consecutivo. Muito animador foi o número de estudos bíblicos domiciliares. Em junho realizaram-se 166.277 — um aumento de 14 por cento sobre a média do ano anterior. A nova brochura, “Eis que Faço Novas Todas as Coisas”, mostrou ser no Japão um instrumento eficaz para se fazer revisitas e iniciar estudos bíblicos domiciliares.
Em maio, o mês em que houve um golpe militar ali, a filial de Fiji testemunhou seu 29.º auge consecutivo de publicadores. Em junho houve outro auge, de mais de 1.300 publicadores no campo. “Tudo o que vocês nos estiveram dizendo no passado se está cumprindo”, admitiu um comissário de polícia a uma Testemunha. “Se todos neste país fossem Testemunhas de Jeová, não teríamos este transtorno nacional.”
Na Austrália, pela primeira vez, o número de publicadores ultrapassou os 45.000, e quase cada mês houve um novo auge de pioneiros regulares. Os publicadores foram zelosos no serviço de campo, especialmente em abril, quando tiveram a média de 12,1 horas.
Desde 1947, a imigração desde o além-mar tem sido responsável por perto de 40 por cento do aumento da população da Austrália. Países europeus, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Iugoslávia, Grécia, Alemanha, Países-Baixos e Polônia, foram os grandes contribuidores. Por causa deste influxo, formaram-se 58 congregações e 39 grupos de línguas étnicas. Eles estão encantados de ter reuniões regulares, bem como programas de assembléias de circuito e de congressos de distrito providenciados em 20 línguas diferentes.
Mais recentemente, a Austrália teve um influxo de refugiados do Vietnã, do Laos, do Kampuchea, da Tailândia e de outros países do sudeste da Ásia. A maioria dessas pessoas passou por extremos sofrimentos e privações. Agora que elas vivem num ambiente mais estável, muitas aceitam as boas novas. Por exemplo, em Sídnei, 124 publicadores e 24 pioneiros constituem uma congregação que tem no seu território uma grande população asiática. Esta congregação alegra-se com os seus 220 estudos bíblicos. A filial comentou: “Deveras, uma grande multidão de todas as nações está sendo ajuntada para a sobrevivência!”
Num país da África, em que a obra das Testemunhas de Jeová está proscrita já por uns 20 anos, formaram-se no último ano de serviço 17 congregações novas. As congregações tiveram um aumento de 18 por cento na média dos pioneiros auxiliares. O que ceifaram esses pioneiros auxiliares atarefados? Dirigem-se mais estudos bíblicos — um aumento de 22 por cento!
Zâmbia atingiu um novo auge de 67.144 publicadores em abril — 16,3 por cento mais do que a média do ano anterior. Muitos mais participam também no ministério de pioneiro. Os pioneiros regulares aumentaram em 13,5 por cento, e os pioneiros auxiliares, em 20,5 por cento, em comparação com o ano anterior. Durante o ano, a filial registrou a 1.715.ª congregação, um aumento de 93 congregações desde o começo do ano de serviço de 1987. Um pioneiro, no cinturão do cobre de Zâmbia, descobriu uma maneira diferente de tornar as boas novas atraentes aos outros. Ele diz: “Sempre procurei falar ao meu colega de trabalho sobre as boas novas do Reino, mas ele recusava terminantemente aceitar qualquer publicação ou revista. Certo dia, levei ao trabalho nosso atraente calendário e o mostrei a ele na hora do almoço. O homem exclamou: ‘Que belo calendário!’ Ficou tão impressionado, que até mesmo aceitou um estudo bíblico, e ele está fazendo bom progresso espiritual.”
Em Burkina Fasso, o ponto destacado do ano foi a decisão de usar mais a língua local moore para ensinar nas congregações. Desde fevereiro, são traduzidos e publicados artigos seletos de A Sentinela numa edição mensal. Subseqüentemente, Nosso Ministério do Reino também passou a ser traduzido. Assim, nove das congregações de língua francesa alegremente providenciaram realizar suas reuniões na língua moore.
REVISTAS — AJUDAS NA PREGAÇÃO DO REINO
Os publicadores na Libéria empenharam em média 15,4 horas por mês no ministério de campo, o que resultou num notável auge na distribuição das revistas. “Com a distribuição de 17.630 revistas, mais delas foram colocadas nas mãos do público do que em qualquer mês desde março de 1972”, escreveu a filial. “A aparência atraente das nossas revistas em quatro cores sem dúvida estimulou a atividade com as revistas neste país. Os publicadores descobrem que seu suprimento se esgota em poucos dias depois de receberem os números novos. Freqüentemente, pessoas dirigem-se aos publicadores na rua e perguntam: ‘Tem algumas “Bíblias” para mim?’ — querendo dizer A Sentinela e Despertai!.”
“Desde que as nossas revistas são publicadas em quatro cores, a partir de abril de 1987, muitos publicadores aumentaram enormemente seu serviço com elas”, relata a filial em Zimbábue. Depois de receber um dos primeiros números destas revistas coloridas, um irmão na zona rural do país escreveu: “Peguei um suprimento de revistas e me postei num centro comercial para oferecê-las aos transeuntes. Algumas pessoas as aceitaram. Em caminho para casa, mostraram-nas aos vizinhos, e pouco depois houve uma grande afluência de pessoas daquela vizinhança para obter revistas. Esgotei o meu suprimento em poucos minutos.”
Numa congregação na Costa do Marfim (Côte d’Ivoire), dois irmãos, depois de estudarem o assunto de dar testemunho com as revistas, no número de 1.º de março de 1987 de A Sentinela, decidiram aplicar algumas das sugestões em caminho do Salão do Reino para casa. Passaram a oferecer entusiasticamente as revistas a todos os que encontraram pelo caminho. Quando chegaram a sua casa, haviam colocado 20 revistas.
Alguns publicadores experimentam métodos novos para angariar assinaturas. Na Argentina, um irmão decidiu levar seu volume encadernado da revista Despertai! ao seu estudante da Bíblia e mostrar-lhe os diferentes assuntos considerados durante o ano. O estudante da Bíblia ficou impressionado com todas as informações apresentadas. Ele acabara de comprar alguns livros que abrangiam assuntos similares, pelo equivalente de uns 24 dólares. Agora ele podia obter informações similares das nossas revistas pelo equivalente de apenas 5 dólares por uma assinatura anual. Nem é preciso mencionar que o irmão angariou a assinatura.
NOTÁVEL ASSISTÊNCIA À COMEMORAÇÃO!
Em 12 de abril de 1987, em menos tempo do que levou a terra girar uma vez em torno do seu eixo, 8.965.221 Testemunhas de Jeová e seus convidados, falando mais de 160 idiomas, reuniram-se em 210 países para celebrar a Refeição Noturna do Senhor. As filiais e congêneres da Torre de Vigia enviaram alguns relatórios emocionantes.
A assistência à Comemoração em El Salvador foi de 58.933 pessoas. Visto que o auge de publicadores no ano foi de 16.041, ainda há muito trabalho a fazer ali. O país vizinho de El Salvador, Belize, também teve uma notável assistência à Comemoração. O total de 3.928 pessoas se reuniram, representando um número cinco vezes maior do que o auge de publicadores! Isto significa que havia na assistência aproximadamente uma pessoa para cada 44 habitantes do país.
A assistência à Comemoração em Zâmbia foi de 381.129 pessoas — 16 por cento mais do que no ano anterior. De fato, neste país, é grande o número de pessoas que desejam ajuda espiritual. Em Hong Kong, 3.583 assistiram à Comemoração, 45.466 estiveram presentes na Bélgica, e 198.797 reuniram-se na França — o dobro do número de publicadores nos três países. E nos Estados Unidos assistiram à Comemoração este ano 86.000 mais do que no ano anterior, no total de 1.778.066 pessoas. O México, com um auge de 222.168 publicadores, teve a espantosa assistência de 957.081 na Comemoração!
ESCOLA DO SERVIÇO DE PIONEIRO
Com mais de 44.000 novos pioneiros, a Escola do Serviço de Pioneiro não teve falta de candidatos. Depois de dez anos em existência, a escola é cada vez mais eficaz em treinar evangelizadores de tempo integral. Certa irmã em Guiana, que tem 74 anos de idade e é viúva, disse: “Embora eu na ocasião estivesse doente, tive a alegria de cursar a Escola do Serviço de Pioneiro.” No entanto, para ela foi um problema cursá-la. “Visto que eu mal conseguia andar”, prosseguiu, “o instrutor da escola vinha toda manhã buscar-me e levar-me à aula, e toda tarde me levava para casa. Com o incentivo recebido na Escola do Serviço de Pioneiro, consigo agora fazer muito mais no serviço”.
A Escola do Serviço de Pioneiro fornece conselho prático sobre como ajudar estudantes da Bíblia a progredir até o batismo. Outra pioneira de Guiana disse: “Antes de cursar a escola de pioneiro, tive uma estudante da Bíblia que não conseguia assistir às reuniões. A desculpa dela? Sempre estava atarefada demais com os serviços de casa. Depois de aprender na escola como mostrar mais interesse pessoal nos outros, pus em prática o que havia aprendido. No próximo estudo bíblico, dei à minha estudante conselho que funcionou bem. Visto que freqüentes visitas de amigas e parentes lhe impediam terminar suas tarefas, sugeri que pedisse a eles que a ajudassem com alguns dos serviços domésticos. Agora, minha estudante não só tem tempo para as reuniões, mas também para o ministério de campo.”
No Líbano, dezembro de 1986 foi o mês da primeira Escola do Serviço de Pioneiro depois de 1978. “Antes, não tínhamos um grupo bastante grande para realizar aulas”, explicou o escritório da filial. “Mas, com a bênção de Jeová, o espírito de pioneiro se espalhou tão depressa, que tivemos suficientes pioneiros elegíveis para formar uma classe.”
Um pioneiro que apreciara cursar a escola, em Zâmbia, escreveu: “Repasso o livro de pioneiro três vezes por ano desde que cursei a escola, e melhorei muito no meu serviço.”
CONGRESSOS DE DISTRITO “CONFIANÇA EM JEOVÁ”
Para muitas pessoas, em vista do aumento da tensão internacional, o futuro do mundo parece tenebroso. Por quê? Porque confiam em coisas tais como suas riquezas, sua sabedoria, seu poder ou seus líderes políticos. (Lucas 21:25-28) Mas as Testemunhas de Jeová têm um conceito diferente. Encaramos o futuro com confiança, porque ‘confiamos em Jeová de todo o nosso coração e não nos estribamos em nossa própria compreensão’. (Pro. 3:5) De modo que foi oportuno que a série de congressos de distrito, de três dias, que começou em junho de 1987, destacasse o tema “Confiança em Jeová”.
Nos 24 congressos na República Federal da Alemanha atingiu-se um novo auge de assistência — 159.361 — uns 8.500 mais do que em qualquer ano anterior. O número dos batizados ali também constituiu um novo auge para os congressos do meio do ano: 1.455.
A filial dos Estados Unidos relatou: “Ficamos animados de ver a assistência de 1.288.313 pessoas nos 123 congressos de distrito ‘Confiança em Jeová’, sendo que um pouco mais de 1 por cento dos presentes, ou 13.562, foram batizados. Esta é a primeira vez em cinco anos que o número dos batizados foi superior a 1 por cento.”
Em algumas partes do mundo, os Congressos de Distrito “Paz Divina”, iniciados em fins do ano de serviço de 1986, continuaram no ano de serviço de 1987. Panamá e Gana são dois exemplos disso.
Os irmãos no Panamá tinham um problema. Visto que distúrbios políticos perturbavam o país, será que poderiam realizar livremente os congressos? As condições não pareciam promissores. Pessoas tinham feito greves trabalhistas e manifestações de rua, e o governo enviara tropas antimotins para dispersá-las com bombas lacrimogêneas. Culpava-se a Igreja Católica por usar seus púlpitos para incitar os paroquianos a protestar. Por exemplo, um jornal do governo imprimiu na primeira página manchetes acusando o arcebispo de desafiar o governo e de incitar o povo à revolta. Ao pé da primeira página apareceram em letras garrafais as palavras: “‘A Religião na Política — Será Esta a Vontade de Deus?’ (Veja a página 4).” Na página 4 daquele jornal reproduziu-se um artigo da revista Despertai!, de 22 de abril de 1987, que tinha este título. Incluía a fotografia em que um clérigo apertava a mão do ditador nazista Adolf Hitler.
“O artigo no jornal foi obviamente publicado para mostrar o contraste entre a nossa posição e a da Igreja Católica”, escreveu a filial no Panamá. “Em resultado disso, ao passo que se negavam auditórios públicos para reuniões políticas, no meio da instabilidade política, pudemos realizar nossos congressos de distrito, que tiveram em conjunto uma assistência de mais de 10.000 pessoas.”
A Comissão de Filial de Gana estava interessada em que se desse um testemunho cabal nos territórios não-designados na parte setentrional do país. Por isso, irmãos e irmãs da parte sulina foram incentivados a assistir ao Congresso de Distrito “Paz Divina”, programado para a cidade setentrional de Tamale. A reação? Extraordinária!
“Esperávamos uns mil participantes, alguns dos quais, achávamos, fariam seus próprios arranjos de viagem”, relatou a filial. “De modo que escrevemos a uma empresa de ônibus e pedimos dez ônibus de 70 passageiros cada um. Mas, quando recebemos de volta os formulários de reserva das congregações, mais de 3.000 haviam decidido assistir ao congresso em Tamale! Como iríamos encontrar bastantes ônibus para transportar todos ao congresso?”
Os meios de transporte são escassos em Gana, e grande parte da estrada de 640 quilômetros, da cidade portuária de Acra, no sul, onde se encontra a filial, até Tamale, está em péssimas condições. De modo que as empresas de ônibus hesitavam em aceitar este negócio. Mas duas empresas concordaram em alugar à filial 28 ônibus. No entanto, havia necessidade de mais quatro.
“O Ministério de Comércio e Turismo havia importado quatro ônibus de luxo, com ar-condicionado, a fim de promover o turismo em Gana”, prosseguiu o relatório da filial. O ministério, porém, negara-se a alugar os ônibus a qualquer grupo turístico. Fizemos um requerimento para conseguir esses ônibus. No princípio, parecia não haver esperança. Finalmente, na tarde de terça-feira, pouco antes da manhã de quarta-feira, quando se precisavam esses ônibus, o ministro assinou uma carta, cedendo-nos os ônibus. O diretor do turismo, no ministério, disse aos seus colegas, quando viu o ministro assinar a carta: ‘Jeová está agindo!’”
Os irmãos viajaram assim com suas famílias num comboio de 32 ônibus. Este espetáculo já por si só foi um grande testemunho em todo o trajeto até Tamale. Nenhum outro grupo transportou alguma vez tantas pessoas ao mesmo tempo. As pessoas ao longo do caminho ficaram excitadas, conversando sobre as coisas espantosas que as Testemunhas de Jeová conseguem realizar.
Além disso, a edição ganense de Nosso Ministério do Reino exortava os irmãos que fossem a Tamale a fazer questão de gastar pelo menos uma hora por dia no serviço de campo, quer antes, quer depois das sessões do congresso. Assim, às sete horas da manhã, dois irmãos chegaram à hospedaria onde estavam alojados três membros da Comissão de Filial que foram assistir ao congresso. Disseram: “Irmãos, estamos trabalhando neste território e as publicações se esgotaram. Têm alguma coisa que possamos usar para continuar?”
Portanto, Tamale, uma cidade predominantemente muçulmana, com uma população de 146.000 habitantes, foi cabalmente abrangida pelo testemunho de casa em casa. Iniciaram-se até mesmo estudos bíblicos. O auge de assistência ao congresso, de 4.220 pessoas, mostra que muitos interessados da cidade assistiram ao congresso. O relatório da filial concluiu: “Estamos deveras esperançosos de que as duas congregações de Tamale reguem bem a semente lançada tão abundantemente, e que, a seu próprio tempo, Jeová a faça crescer.” — 1 Cor. 3:6.
‘COROAR COM BONDADE’ RESULTA EM EXPANSÃO
“Coroaste o ano com a tua bondade”, escreveu o salmista. (Sal. 65:11) Os esforços que nossos irmãos fizeram no campo foram ‘coroados’ com aumentos que tornaram necessária a construção de Salões do Reino e a expansão de filiais. Os seguintes são alguns exemplos disso:
Depois de outro maravilhoso ano de atividade, o México espera ter em 1988 um emocionante ano de serviço. A construção dum novo conjunto de Betel, com 126 quartos, já tem bom andamento. Também está sendo acrescentado um grande anexo à atual gráfica. E o México é a primeira filial a instalar simultaneamente duas novas rotativas de impressão em quatro cores e duas linhas de encadernação. Todos estes projetos devem ficar prontos no novo ano de serviço.
A construção dum novo Lar de Betel em Portugal continua a predominar no seu programa de construção. “Até a data”, declarou o relatório da filial, “todas as despesas com a construção foram pagas com contribuições locais”. Estas incluíram o valor de muitos objetos e bens pessoais. Todo tipo de material de construção, bem como porcos, galinhas, ovelhas e patos foram colocados à disposição.
Há poucos anos, na Colômbia, achava-se muito bom quando havia um acréscimo de 15 congregações novas durante um ano. Agora, em apenas um dia, o Departamento de Serviço recebeu 13 petições para a formação de novas congregações, somente na cidade costeira de Barranquilla! No ano de serviço que passou, formaram-se 143 congregações novas no país.
Há uns 30 anos, a cidade de Medellin era conhecida como o centro do catolicismo na Colômbia, e o país gabava-se de que 99 por cento da sua população era católica. Por causa do declínio na moral, do tráfico de drogas e da minguante fé da sua população, Medellin é agora uma das cidades mais inseguras do país. Estas mudanças induziram muitas pessoas sinceras a reagir favoravelmente à pregação das boas novas. Em Medellin e nas vizinhanças há agora 35 congregações. “Todo este aumento criou mais ‘emergências’ quanto a Salões do Reino”, disse a filial. Aquilo que os irmãos locais fizeram na pequena cidade de Segóvia, não muito longe de Medellin, ilustra sua disposição de enfrentar tal situação de emergência.
O superintendente de distrito relatou: “Em Segóvia há 32 publicadores. Deste total, 17 são irmãs, todas trabalhadeiras. Há um ano, este pequeno grupo comprou um terreno, começou a fabricar seus próprios blocos de cimento, e a ajuntar outros materiais para a construção dum Salão do Reino. O superintendente de circuito os visitara pouco depois da compra do terreno. Quando voltou, cinco meses depois, foi uma surpresa encontrar o salão terminado! Todo o trabalho fora feito aos sábados, aos domingos e à noitinha.” O salão é até mesmo suficientemente grande para acomodar uma pequena assembléia de circuito. A primeira realizada ali tinha 263 na assistência, e 5 pessoas foram batizadas.
Uma erupção vulcânica, seguida por uma assassina avalancha de lama, devastou a região de Armero, na Colômbia. Nossa fraternidade mundial reagiu com prestimosidade. Depois de se ter cuidado das necessidades físicas dos sobreviventes, o Corpo Governante aprovou que a filial usasse os fundos remanescentes para cuidar dos interesses espirituais dos irmãos. Assim, construíram-se Salões do Reino adequados na região afetada pelo vulcão, para que a educação espiritual prosseguisse sem interrupção.
A congregação de La Dorada foi uma das três congregações que receberam ajuda internacional para auxiliar na construção dum novo Salão do Reino. Grande parte do trabalho de construção foi feita por irmãs e por interessados, visto que havia apenas seis varões batizados naquela congregação. Entretanto, um grupo de irmãos de Bogotá proveu ajuda amorosa. E em menos de uma semana, La Dorada tinha um novo Salão do Reino. A construção começou na quinta-feira, e na noite da segunda-feira seguinte realizaram sua primeira reunião, com 200 pessoas presentes. Fizeram-se também arranjos para novos salões em Mariquita e Lérida. Depois de sobreviverem aos estragos causados pela avalancha de lama do vulcão, muitos colombianos procuram agora as refrescantes águas da verdade.
Para cuidar da grande multidão de adoradores na Argentina, formaram-se no ano de serviço 121 congregações novas — em média 10 congregações por mês! Em muitos lugares, os Salões do Reino são pequenos demais, e em outros reúnem-se quatro ou cinco congregações no mesmo prédio. A filial iniciou um fundo para Salões do Reino, e em breve começará a conceder empréstimos para novos salões. Fazem-se agora arranjos especiais para unificar a mão-de-obra e as contribuições das congregações, a fim de terminar diversos Salões do Reino, e depois iniciar a construção de novos.
A filial de Sri Lanka presenciou a formação de três congregações novas no ano de serviço que passou, uma delas no norte politicamente atribulado. Cinco congregações construíram seus próprios Salões do Reino. O salão em Chilaw foi completado com a ajuda de irmãos visitantes da República Federal da Alemanha.
Um superintendente de circuito em Querala, na Índia, relatou que duas congregações construíram recentemente seus próprios Salões do Reino. Um deles tem a capacidade de acomodar 120 pessoas. Neste primeiro ano, a assistência aumentou tanto, que a congregação precisa realizar duas sessões de reuniões, em horários diferentes.
Prover Salões do Reino constitui um grande problema em Formosa, visto que as congregações encontram dificuldades em alugar locais adequados, especialmente nas cidades. Freqüentemente, depois de se encontrar um local, após o primeiro ano o proprietário aumenta tanto o aluguel, que os irmãos têm de se mudar. Aproximadamente neste último ano, oito congregações — 38 por cento das congregações — tiveram de se mudar para novos Salões do Reino, ou começaram a obter seus próprios prédios. Congregações nas cidades maiores compram diversos apartamentos adjacentes no mesmo andar dum edifício, e convertem-nos num Salão do Reino.
Nos Estados Unidos, o número de congregações aumentou em 211 até o fim do ano de serviço que acabou. Isto representa a média de quatro congregações novas por semana! Em vista destes aumentos, há necessidade de mais Salões do Reino. Até dezembro de 1987, o Fundo da Sociedade Para Salões do Reino tornou disponível dinheiro para a construção de 387 Salões do Reino. Durante o ano de serviço que passou, 108 salões foram beneficiados por este fundo.
SALÕES DO REINO DE CONSTRUÇÃO RÁPIDA EM TODA A PARTE
A idéia de construir Salões do Reino completamente acabados e prontos para reuniões em apenas uns poucos dias surgiu nos Estados Unidos. Ela foi desenvolvida e tornou-se mais organizada no decorrer da última década. Em 1987, esta idéia já produzira frutos em todo o mundo. Por exemplo, no fim de semana de 26-28 de junho de 1987, Testemunhas na Nova Zelândia iniciaram e completaram o primeiro Salão do Reino de construção rápida naquele país, em Cambridge, na Ilha do Norte — e as pessoas notaram isso.
“Projeto Quase Milagroso”, foi a manchete de primeira página no jornal local, Cambridge Edition. O artigo acompanhante prosseguia: “Na sexta-feira, parecia que o mundo todo se tinha mudado para a Rua Arnold. Umas 800 Testemunhas de Jeová, de toda a Ilha do Norte, vieram a um terreno e passaram a operar algo quase milagroso. Passaram a construir um Salão do Reino, completo com jardinagem, em dois dias e meio. E conseguiram isso! Talvez o aspecto mais incrível do trabalho fosse a organização e a completa calma da operação.”
Em Belize, um grupo de 13 publicadores tinha uma assistência de 30 ou 40 nas suas reuniões em San Pedro, Ambergris Cay, mas não tinham Salão do Reino. Reuniam-se no terraço do lar de um irmão, de modo que decidiram erigir um Salão do Reino de construção rápida. No entanto, havia obstáculos a vencer. Visto que moram numa ilha isolada, a uns 58 quilômetros da cidade de Belize, todo o material do seu Salão do Reino teria de ser transportado para a ilha. Nunca antes se empreendera tal projeto em Belize. Planejaram usar certas espécies de madeira local, resistentes às intempéries, mas extremamente duras. Teriam de se fazer primeiro furos, antes de as peças poderem ser pregadas. Todos os que trabalhassem no projeto teriam de vir de barco ou de avião. A bênção de Jeová era evidente, porque o Salão do Reino foi construído e dedicado com uma assistência de 247 pessoas.
Setembro de 1986 foi o mês em que se programou erigir o primeiro Salão do Reino de construção rápida na Dinamarca. Os jornais, o rádio e a televisão divulgaram notícias favoráveis. Desde então, o ano foi ‘coroado com bondade’ pela ereção de mais sete salões de construção rápida.
Nos Países-Baixos pensava-se por muito tempo que não era possível erigir ali Salões do Reino de construção rápida, por causa de leis e regulamentos governamentais. Mas a cooperação das autoridades e a disposição dos irmãos tornaram o primeiro salão de construção rápida naquele país um enorme sucesso. Em resultado disso, suscitou-se muito interesse na mensagem do Reino naquela região da Europa.
Das 20 congregações de Luxemburgo, 12 trabalharam na construção de novos Salões do Reino ou na ampliação dos existentes, durante o ano de serviço que findou. Isto representa 60 por cento das congregações do país. Um pouco ao norte, na Bélgica, há atualmente duas equipes regionais de construção que erigiram seis salões de construção rápida, e outros projetos estão em vias de começar. Quantos motivos para alegria!
O Canadá, também demonstrando crescimento, construiu 11 Salões do Reino durante o ano. Até agora, o Canadá tem o total de 120 Salões do Reino de construção rápida. Nove destes são salões duplos. Um novo Salão de Assembléias está em construção em Montreal, tendo-se planejado usá-lo já no fim de 1987. O Canadá tem agora oito Salões de Assembléias.
A República Federal da Alemanha tem 11 comissões de construção. Durante o ano de serviço que passou, erigiram-se 19 salões de construção rápida. Outros 62 Salões do Reino foram construídos ou estão em vias de construção. Jeová tem coroado o ano de serviço que passou não somente com a construção rápida de 81 Salões do Reino, mas também com a dedicação do nono Salão de Assembléias. Assim, todos os circuitos na República Federal da Alemanha estão acomodados em belos Salões de Assembléias, que também são usados para congressos de distrito em línguas estrangeiras.
A Grã-Bretanha tem agora cinco Salões de Assembléias, servindo 75 por cento dos publicadores do Reino no país.
O ano de serviço que passou trouxe ao povo de Jeová na Noruega novos auges em publicadores. Este aumento, porém, criou grande necessidade de Salões do Reino. “Até agora, já completamos 25 Salões do Reino de construção rápida, que suscitaram o interesse da imprensa e do público”, relatou a filial. Por exemplo, numa cidade norueguesa, os irmãos foram às autoridades municipais de edificações para esclarecer certo assunto pertinente à construção. Antes de irem embora, mencionaram os seus planos de construir o salão em três dias. Enquanto os irmãos desciam a escada, todos naquela repartição caíram em gargalhadas. Os funcionários simplesmente não podiam crer que era possível construir um prédio tão grande em apenas três dias!
O trabalho no salão andou ainda mais depressa do que se planejara. Ao meio-dia de sexta-feira, o telhado já estava pronto, e os pedreiros já tinham acabado com metade do seu serviço. Daí, um dos funcionários que havia rido passou de carro e viu o que estava acontecendo. Todo exaltado, foi depressa à repartição e disse: “Rapazes, eles o estão conseguindo!”
Todos os funcionários se sentiram embaraçados e concordaram que deviam de algum modo desculpar-se. Um membro do grupo era regente duma banda composta de funcionários da prefeitura. Ele sugeriu que, no sábado, eles marchassem até o canteiro de obras e tocassem para as Testemunhas de Jeová, “desculpando-se” desta maneira. Todos concordaram. De modo que os 180 irmãos ficaram surpresos de ver uma banda vir marchando pela rua até o canteiro de obras, tocando algumas músicas para entretê-los.
‘ESTABELECEM-SE LEGALMENTE AS BOAS NOVAS’
O ano de serviço que passou estava cheio de ação. Nossos irmãos enfrentaram o desafio de estabelecer legalmente a pregação das boas novas. — Fil. 1:7.
A respeito das ilhas de Vanuatu, no Pacífico Sul, a filial da Nova Caledônia escreveu sobre uma notável vitória jurídica na questão da construção dum Salão do Reino. O Conselho de Igrejas Protestantes opusera-se fortemente a este projeto. Apesar de os irmãos terem obtido a concessão do terreno e de terem feito todos os planos específicos para obter um alvará de construção, receberam do governo uma carta, declarando que, por causa da oposição das igrejas, seria impossível construir tal prédio. Escreveu-se uma carta ao primeiro-ministro sobre este problema. Passaram-se meses antes de a congregação local receber uma resposta do primeiro-ministro, que permitiu a construção.
São cada vez mais os casos em que a crença religiosa da pessoa é usada como fator para influenciar decisões dos tribunais nos processos de custódia de filhos. No Alasca, por exemplo, um marido incrédulo solicitou a custódia do filho, porque não queria que este fosse criado como Testemunha de Jeová. Nossa irmã explicou:
“Quando decidi servir a Jeová de toda a alma, meu marido requereu divórcio. Ele era contra a nossa crença quanto ao uso correto do sangue. [Atos 15:28, 29] Minha advogada tampouco concordava muito com a nossa posição quanto ao sangue, mas quando usei o livro Raciocínios à Base das Escrituras, ela passou a simpatizar muito com a nossa posição. Disse que até mesmo ela pensaria três ou mais vezes antes de aplicar sangue nos seus próprios filhos. Perguntou se o livro Raciocínios podia ser usado no tribunal. Assim, enquanto eu estava no banco das testemunhas, usei quase palavra por palavra a informação contida no livro Raciocínios. E qual foi o resultado? Concederam-me a custódia do meu filho. No dia seguinte, o juiz emitiu um mandado judicial, declarando que, quando meu filho visitasse o pai, em caso de acidente, o pai tinha de informar os médicos e enfermeiros que meu filho era da crença das Testemunhas de Jeová, e que eles tinham de procurar métodos alternativos para o sangue.”
Nos Estados Unidos, o Departamento Jurídico da Sociedade coloca à disposição dos publicadores do Reino, confrontados com um processo sobre a custódia de filho, um conjunto de informações com decisões jurídicas favoráveis e sugestões sobre a técnica a ser usada no tribunal. Este conjunto tem sido útil em ajudar alguns publicadores, confrontados pelo cônjuge opositor com um divórcio, a reter a custódia de filhos. Um publicador escreveu: “Achei o conjunto de causas jurídicas de encorajamento para mim, visto que mostra de modo bem claro como Jeová provê os seus servos na terra e como cuida deles. Apreciei também as sugestões sobre como agir no julgamento, o que se mostrou proveitoso.”
A filial do Canadá relatou: “Ganhamos dez processos de custódia de filhos, quer por decisão em tribunal, quer por acordo negociado.” Os processos foram instaurados para proteger os direitos dos genitores crentes de dar instrução religiosa aos seus filhos e de levá-los a reuniões congregacionais — direitos que alguns pais incrédulos e juízes em tribunais inferiores tentaram negar. Nossos irmãos defenderam também 11 causas em que os médicos tentaram aplicar à força transfusões em pacientes. Uma causa envolveu um adulto e as outras envolveram menores, cujos pais queriam tratamento médico alternativo.
Na Dinamarca, dois médicos que não eram Testemunhas, escrevendo no semanário médico Ugeskrift for lœger, abraçaram a questão das Testemunhas de Jeová e da transfusão de sangue. Os médicos solicitaram orientações específicas das autoridades responsáveis. Embora as autoridades sanitaristas não quisessem fazer isso, indicaram que os médicos não seriam oficialmente processados por quererem respeitar a recusa do sangue por parte das Testemunhas, mesmo que o paciente falecesse.
Na Coréia ainda ocorrem amargas confrontações com certos médicos e hospitais por causa da transfusão de sangue. Mas houve alguns avanços. O jornal de medicina Hu Saing Bo, no seu número de 20 de outubro de 1986, noticiou o caso duma bem-sucedida cirurgia de coração aberto, sem sangue, no filho de oito anos de uma Testemunha de Jeová. O Dr. Park Young-kwan disse: “Até hoje, na Coréia tem-se usado sangue demais nas cirurgias de coração aberto. Neste país, temos de desenvolver o método de realizar cirurgias de coração aberto com o mínimo possível de sangue, ou inteiramente sem sangue.” O artigo mencionou que o Hospital Buchun Sejong planejava prover a qualquer paciente a cirurgia de coração aberto sem o uso de sangue. É animador saber que se realizaram com bom êxito operações de coração aberto em filhos de Testemunhas de Jeová.
É possível ganhar ou perder batalhas jurídicas nos tribunais. Mas o que importa é quem ganha a batalha final. Este resultado é certo. Pode haver apenas um vencedor — Jeová Deus, cujo nome e palavra serão vindicados.
A África fala!
O salmista disse: “Da boca de crianças e de bebês fundaste a força.” (Sal. 8:2) O jovem Moisés, de oito anos, de Serra Leoa, é um belo exemplo disso. Ele gosta do ministério de campo, e muitas vezes faz os seus próprios arranjos para trabalhar junto com outros na congregação. Mas, havia uma coisa que o incomodava. Ele sempre tinha de pedir emprestado revistas e brochuras para uso no serviço. Mas, como é que podia obter a sua própria literatura, quando os seus pais nem lhe davam dinheiro para uso pessoal? Sem falar sobre este seu problema com alguém, decidiu dar um jeito — economizaria um pouco do dinheiro destinado ao lanche na escola! Depois de três dias, tinha dinheiro suficiente para três brochuras. O que iria fazer com o dinheiro quando colocasse as brochuras? “Ora, vou levá-lo ao Salão do Reino e obter mais algumas!” respondeu Moisés.
“Fervorosos de espírito” é uma boa descrição dos do povo de Jeová na Libéria. (Rom. 12:11) Tiveram um novo auge de publicadores, quando 1.576 relataram — um aumento de 20 por cento sobre a média do ano anterior. A assistência à Comemoração, de 8.254 pessoas, é um barômetro emocionante do grau de interesse na mensagem do Reino no país.
Um estímulo para maiores atos de serviço foi dado pela dedicação da sua nova filial, em março último. Escolheu-se um novo estádio de esportes, construído pelos chineses, para o programa de dedicação. Esta foi a primeira vez que o local foi usado para um evento religioso. Como reagiria a administração chinesa, atéia? Depois de ver o modo em que os 2.126 presentes se comportavam, um dos gerentes disse: “Podemos notar que vocês já fizeram isso antes. São bem-vindos a voltar a qualquer hora.”
Dois dias antes da Comemoração, uma congregação na Libéria se viu confrontada com um grande problema. O local onde costumavam reunir-se fora cedido para um evento mundano, e a única alternativa era um salão vazio sem cadeiras. Esperava-se a presença de mais de 400, de modo que os irmãos se dirigiram às autoridades escolares locais, das quais já obtiveram antes cadeiras. Seu pedido foi terminantemente recusado. Informaram-lhes que outros grupos haviam furtado muitas cadeiras. Certa vez, um grupo religioso deixara as cadeiras ao ar livre por todo um fim de semana.
Os apelos de nossos irmãos não produziram efeito. As autoridades mostraram-se irredutíveis. Finalmente, depois do serviço de campo, um grupo de irmãos visitou a supervisora do sistema escolar, para fazer um último apelo. Um irmão explicou-lhe que as Testemunhas de Jeová são bem organizadas e honestas, e que não é raro, nas nossas assembléias, que alguém que perde dez centavos os recupere no Departamento de Perdidos e Achados. Certamente, não haveria problema nenhum, se as cadeiras fossem usadas pelas Testemunhas de Jeová nesta ocasião, argumentou ele.
Apesar deste apelo, a supervisora não se deixou convencer. Naquele instante, o silêncio foi interrompido quando o sobrinho de seis anos e meio de um dos irmãos veio correndo do pátio de entrada da supervisora, dizendo todo agitado que havia encontrado dinheiro no pátio. Entregou cinco dólares ao tio, o qual os entregou à espantada supervisora. “Se meus próprios filhos tivessem achado o dinheiro”, confessou ela, “eles o teriam embolsado, achando que era sua ‘boa sorte’ da parte de Deus”.
Os irmãos tiveram permissão para usar todas as cadeiras disponíveis. Ela ia relatar este ato de honestidade ao seu grupo religioso de orações, e se alguma outra religião a interpelasse sobre o motivo de deixar nossos irmãos usar as cadeiras, ela responderia que era porque as Testemunhas de Jeová são honestas, e que sabia que iam cuidar bem delas. Os 474 na assistência gostaram da Comemoração, e todas as cadeiras foram devolvidas naquela mesma noite.
Na África do Sul, um anterior perseguidor das Testemunhas de Jeová aceitou a verdade. Certo dia, quando este homem e seus amigos falavam sobre política, um irmão cortesmente interrompeu a conversa deles e lhes apresentou o conceito bíblico sobre o assunto. Os homens, ansiosos de obter mais informações, bombardearam-no com perguntas. Um dos homens mostrou vivo interesse nas respostas da Bíblia. Quando o irmão o visitou na sua casa, este disse: “Quero realmente ler a Bíblia, mas quem pode ajudar-me?” O irmão providenciou um estudo bíblico, usando a edição em zulu do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. Em pouco tempo, o homem confessou encabulado ao irmão que, alguns anos antes, ele havia morado num país em que as Testemunhas de Jeová estavam proscritas. Enquanto servia como soldado no exército daquele país, havia perseguido as Testemunhas. Agora, a verdade transformou-lhe a vida. Ele se tornou zeloso proclamador do Reino, feliz de carregar uma pasta com publicações, em vez de armas.
A Ásia ‘louva a Jah’
“Louvai a Jah!” é o brado ressoante com que termina o livro dos Salmos. (1506) Leia as experiências que seguem e verá como os países da Ásia também terminaram seu ano de serviço com tal brado alegre.
A filial de Hong Kong seguiu uma tendência interessante no ano de serviço que passou. Os publicadores passaram a estar mais atentos às oportunidades de falar sobre a verdade, e, em resultado disso, as pessoas não só estão escutando, mas também mostram prontamente apreço. Os interessados assistem regularmente às reuniões logo depois de começarem a estudar a Bíblia. Por exemplo, faleceu o pai de um jovem. Este jovem, junto com a mãe, foi à firma onde seu pai havia trabalhado, para tratar de assuntos relacionados com o falecimento deste. Notando o pesar do jovem, um irmão que trabalhava na firma falou-lhe sobre a esperança da ressurreição e deu-lhe um exemplar do livro É Esta Vida Tudo O Que Há?. Pouco depois, outro publicador bateu à porta do jovem e deixou com ele o livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. O jovem leu avidamente o livro inteiro e decidiu assistir a uma reunião no Salão do Reino. Ele ficou impressionado com a cordial recepção que teve e concordou em ter um estudo bíblico domiciliar. Depois de estudar por um mês, já assistia regularmente às reuniões. Além disso, já leu o livro A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?, e atualmente está lendo o livro Segurança Mundial sob o “Príncipe da Paz”.
Uma pioneira idosa, no Japão, considera a sala de espera no hospital o seu território. Qual é a sua estratégia teocrática? Ela fica sentada, lendo as publicações da Sociedade, à espera de que uma pessoa curiosa pare e lhe pergunte de que tratam os livros. Certo dia, uma voz atrás dela disse: “O que tenho de fazer para obter um exemplar?” Ela se virou e viu um jovem em idade colegial. Ele havia olhado por cima do ombro dela, tentando ler o folheto À Procura de um Pai. “Acontece que eu também estou à procura do meu pai”, explicou. A irmã deu-lhe o folheto e prometeu encontrar-se de novo com ele no hospital. Alguns dias depois, encontrou-se de novo com ele. Esta vez o incentivou a ler sobre outro Pai, Jeová Deus. Passados alguns meses, ao contatar este jovem, ela ficou surpresa e animada de saber que ele havia encontrado dois pais — seu pai natural, e o outro, o todo-poderoso Deus Jeová. O jovem, sua mãe e seu pai, encontraram admoestação prática no folheto. Em resultado disso, a família inteira começou a estudar a Bíblia com as Testemunhas.
“Este ano foi de destaque para nós”, declarou a filial de Formosa (Taiuã). A média de seu aumento em publicadores é de 13 por cento — a maior porcentagem de aumento desta filial desde 1959! Salões do Reino construídos há um ano em diversos lugares já estão agora cheios.
Os recém-associados, para progredirem espiritualmente, precisam estar dispostos a fazer ajustes na sua vida. Como ilustração: Diversas mulheres, que trabalhavam na mesma fábrica, começaram a estudar com missionárias. O efeito da verdade logo se tornou evidente. Elas se negaram a fazer horas extras nas noites das reuniões, algo de que nunca se ouvira falar na maioria das fábricas, nas quais os empregados trabalham longas horas. Entretanto, sua honestidade e seus hábitos exemplares de trabalho logo granjearam-lhes mais responsabilidades. Receberam a tarefa de confiança de manter os registros de produção.
Um problema surgiu na fábrica quando todas as estudantes da Bíblia pediram os mesmos dias de férias, para assistir a um congresso de distrito. Qual foi a solução? As mulheres concordaram voltar à fábrica todo dia, depois do congresso, e trabalhar por uma hora à noite. A firma ofereceu às mulheres o salário pelo dia inteiro por este serviço, mas elas recusaram isso, porque haviam pedido férias para assistir ao congresso e não queriam aceitar o salário de um dia pelo trabalho de uma hora.
Depois do batismo delas, queriam ser pioneiras, e por isso deixaram aquele emprego de tempo integral no empenho de encontrar um trabalho com um horário mais adequado. Seu ex-patrão, porém, dirigiu-se às irmãs e ofereceu a cada uma delas três dias de trabalho por semana, e concordou com os termos delas, de “não haver horas extras nas noites de reuniões, e dias de folga para congressos”. A firma calculou que economizaria dinheiro por readmitir as irmãs. Como? Porque elas trabalhavam bem sem supervisor. Tampouco furtavam. O patrão chegou à conclusão de que, se as Testemunhas são tão fiéis ao seu Deus, certamente também mereciam confiança na firma.
A filial das Filipinas relatou: “Da ilha de Mindanau recebeu-se a seguinte experiência sobre manter a integridade no lugar de trabalho. Uma jovem irmã, na cidade de Davau, trabalhava como secretária no escritório do prefeito. Ela era conscienciosa no seu trabalho, chegando cedo e não desperdiçando tempo. Entretanto, ela não era efetiva na posição, de modo que, depois de um tempo, a questão foi submetida a uma avaliação. Seu chefe imediato no departamento não a recomendou para continuar no emprego naquela posição. Em vez disso, ofereceu-lhe uma posição mais elevada, se ela mantivesse uma relação imoral com ele. Ela recusou isso terminantemente, embora significasse perder o emprego. Depositou sua plena confiança em Jeová e foi recompensada. Seu bom empenho no trabalho secular chegara à atenção de outros funcionários. Eles a transferiram para outro departamento governamental, com posição e salário superiores.”
A Malásia (Maláisia) registrou novos auges na maioria das particularidades do serviço. Embora a situação política e econômica seja instável, pessoas sinceras, semelhantes a ovelhas, estão escutando a voz do Pastor Excelente. Por exemplo, iniciou-se um estudo bíblico com uma senhora eurasiana e seus filhos. Eles viviam em pobreza, porque o marido não conseguia sustentar a família. Também, desde a infância, seu filho mais velho estivera possesso por demônios. Para obter ajuda, a mãe muitas vezes consultava médiuns taoístas chineses e curandeiros malaios (bomohs). Na realidade, para se protegerem contra ataques de demônios, todos na família, inclusive o pai, usavam um talismã (tangkal). Quando a família se deu conta de que Jeová se desagrada de tudo o que cheire a espiritismo, todos eles removeram imediatamente seus amuletos “protetores”, exceto o pai. Isto foi um erro. O pai sofreu novamente ataque de demônios. Esta vez, porém, a mãe clamou o nome de Jeová e orou alto por meia hora. Finalmente, o ataque parou. Depois, o pai também removeu seu tangkal. Uma semana depois, encontrou um emprego, e as coisas começaram a melhorar financeiramente para a família. Este homem e sua esposa também se deram conta de que tinham de legalizar seu casamento, e a família inteira progride agora bem na verdade.
As erupções de guerra quente que perturbaram a paz de Sri Lanka não diminuíram o ânimo das Testemunhas de Jeová naquele país. Tiveram um aumento de 13 por cento no número médio de proclamadores do Reino. De fato, o conflito causou a algumas Testemunhas a perda dos seus pertences, mas, até agora, nenhuma sofreu dano físico. Todas as reuniões congregacionais foram realizadas por se ajustarem os horários e os locais às circunstâncias, e aos toques de recolher do governo. Isto incluía as assembléias de circuito e os congressos de distrito, bem como uma escola de pioneiros, no norte dilacerado pela guerra.
No entanto, os publicadores nas zonas de guerra, no norte e no leste, escaparam algumas vezes por um triz. As pessoas escavaram trincheiras e as cobriram com sacos de areia, para que, quando caíssem bombas e de helicópteros se atirasse com metralhadoras, elas tivessem onde se esconder. As diferenças de religião e de casta são prontamente esquecidas quando as pessoas correm para estes abrigos em busca de proteção. Durante um bombardeio, hindus ajuntados numa trincheira gritavam para o seu deus Muragah, pedindo ajuda. Um deles, que havia aprendido algo sobre Jeová, disse-lhes que clamassem por Jeová, porque ele era o único Deus que podia salvá-los. Todos fizeram isso prontamente.
Também, em Sri Lanka, uma jovem pioneira visitou um metodista idoso, que objetou à visita dela por dizer: “Como pode uma mocinha como você ensinar-me a Bíblia?” A pioneira respondeu: “Na realidade, eu não vim ensinar, mas compartilhar algo que aprendi e que me fez tão feliz, que eu simplesmente tenho de falar aos outros.” A resposta da pioneira suscitou o interesse do homem idoso. “Então, diga-me, o que aprendeu?” perguntou. “Aprendi como se pode viver para sempre”, respondeu a pioneira. Ela foi convidada a entrar, e então conversaram extensamente sobre assuntos bíblicos. Agora, o homem idoso está estudando a Bíblia com a pioneira.
A América Latina ‘faz a obra dum evangelizador’
“Ativos” é a palavra que descreve bem os nossos irmãos nos países da América Central e do Sul. Estiveram muito atarefados ‘fazendo a obra dum evangelizador’ no ano de serviço que passou, conforme bem revelam as experiências que seguem. — 2 Tim. 4:5.
O Brasil teve outro ano de expansão, tanto em número de proclamadores do Reino, como, o que é mais importante, na qualidade do seu ministério. A assistência à Comemoração foi 23 por cento superior à de 1986, com 657.784 presentes. Atingiram-se seis novos auges de publicadores, sendo o mais alto de 216.216. Também se dirigiu o auge de 261.423 estudos bíblicos domiciliares.
A qualidade evidenciou-se no crescente número de proclamadores do Reino que ingressou no serviço de tempo integral e nos publicadores que abrem novos territórios. Durante o ano, houve dez auges de pioneiros regulares. Mais de 750 publicadores passaram fins de semana e férias em pelo menos 110 cidades anteriormente não trabalhadas, com espantosos resultados. Colocaram-se milhares de publicações, iniciaram-se dezenas de estudos bíblicos e proferiram-se muitas conferências públicas. A seguinte carta representa a reação típica de pessoas interessadas nestas regiões:
‘Estou muito feliz pelo arranjo feito pelos irmãos, de mandarem pioneiras especiais para minha cidade, pois facilitou que eu voltasse a conhecer mais a organização de Jeová. Elas foram uma grande bênção de Jeová para mim. Só sinto que vão deixar-nos em breve. Por favor, se de todo for possível, providenciem que fiquem conosco aqui por mais um tempo. — R.M.P.’
Um destaque do ano de serviço passado, no Brasil, foi o lançamento da nova Bíblia de letras grandes, a Tradução do Novo Mundo com Referências, em português. Diversos jornais e revistas publicaram artigos sobre ela. A bem conhecida revista noticiosa Veja, de São Paulo, publicou um artigo com o título: “BÍBLIA DE JEOVÁ — Lançada a mais completa versão das Escrituras”, declarando em parte:
“Na semana passada, as Testemunhas de Jeová lançaram no Brasil a Bíblia mais rica em notas de página e textos paralelos de que se tem notícia. Intitulada Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, a obra foi organizada nos Estados Unidos com auxílio de computadores e editada num único volume de 1.600 páginas. . . . No Brasil, [a nova Bíblia] sai com uma tiragem inicial de 50.000 exemplares, o que já é muito. Uma boa edição nacional tem em média 5.000 exemplares.”
As revistas impressas em quatro cores produzem excelentes resultados no Brasil. Nunca antes recebeu a Sociedade tantas assinaturas: 49.154 em um único mês. Vicente, maquinista ferroviário, na maior parte do tempo está em viagens, e está limitado no seu ministério de porta em porta. Ele leu na Sentinela que uma irmã havia angariado 59 assinaturas por oferecê-las aos seus colegas de trabalho. De modo que decidiu experimentar isso. Tomou por alvo angariar dez assinaturas em abril. “Levei um verdadeiro susto”, escreveu ele. ‘Em apenas 2 dias atingi o alvo! Mudei o objetivo para 20 assinaturas, mas o atingi em sete dias. Um terceiro alvo de 30 assinaturas foi também atingido no meio do mês. Assim resolvi conseguir o mesmo número de assinaturas angariado pela irmã cuja experiência eu havia lido. Imaginem a minha alegria quando ao final do mês pude relatar 68 assinaturas!’
Outro irmão, quando soube que os anciãos exortavam ao serviço de pioneiro auxiliar, habilitou-se para este em março. Gostou tanto do serviço, que continuou em abril, e angariou 79 assinaturas nos dois meses, a maioria delas no lugar onde trabalha.
Até mesmo uma menininha de quatro anos fez a sua parte. Uma amiga veio visitar sua família por alguns dias. Certo dia, a visitante queria ler alguma coisa e perguntou: “Não há nada para se ler nesta casa?” A menininha Testemunha colocou a mão na cintura e respondeu: “Não há nada para se ler nesta casa, não é? Pois bem, espere um pouco.” Foi correndo ao quarto da mãe, subiu numa cadeira e apanhou uma pilha de revistas A Sentinela e Despertai! da mãe. Levou-as à visitante e disse: “Veja se agora não tem nada para se ler!” A amiga gostou tanto das revistas, que a menininha disse: “Se você quiser, pode recebê-las pelo correio na sua casa.” O resultado: duas assinaturas.
O Equador teve representantes de 13 países diferentes trabalhando no projeto de construção da sua filial, no ano de serviço que passou. O ponto de destaque para os voluntários de construção era o tempo que passavam no serviço de campo, apesar da barreira lingüística. Feiras ao ar livre, rodoviárias e as ruas eram lugares ideais para eles darem testemunho. Muitas vezes bastava apenas exibir um dos livros ilustrados, tais como Meu Livro de Histórias Bíblicas, ou uma brochura colorida, para atrair muita gente. Um grupo de oito irmãos da turma da construção pregou certa manhã na feira e colocou 73 livros, 51 brochuras e 30 revistas. Em outra ocasião, um grupo de quatro deu testemunho na rodoviária, e colocou 133 brochuras e 13 livros. Poderia ter colocado mais publicações, mas o seu estoque se esgotou.
Um terremoto abalou San Salvador, capital de El Salvador, logo no começo do ano de serviço. Pelo menos 14 irmãos, bem como pessoas interessadas, foram mortos. Muitos Salões do Reino e casas particulares desmoronaram. Mas o maior impacto do terremoto nas pessoas não foi a dor da perda material, mas o choque emocional que causou. Além disso, a contínua violência política que assola o país sobrecarrega o povo. Também, por longos períodos, a água e a eletricidade ficam racionadas, ao passo que a inflação reduz de modo galopante o valor do dinheiro das pessoas.
Em tal ambiente sombrio, os irmãos estão espiritualmente otimistas, porque a filial os tem mantido ocupados em obras teocráticas. Organizou-se ajuda para os membros das congregações, que tivessem perdido seus lares no terremoto. Os Salões do Reino foram reconstruídos. Daí, em dezembro houve um grande impulso espiritual — quatro Congressos de Distrito “Paz Divina”. O total da assistência foi de 30.003 pessoas, com 521 batizadas. Houve 58.933 presentes à Comemoração — quase quatro vezes mais do que o auge de 16.041 publicadores.
A América do Norte e as ilhas do Caribe ‘dão testemunho’
Quer as pessoas sejam ricas quer pobres, pequenas ou grandes, para os servos terrestres de Jeová não faz diferença; continuarão a “dar testemunho” a todos. (Atos 26:22) Alguns moradores talvez se perguntem por que continuamos a visitá-los depois de nos terem dito que não estão interessados. Mas há motivos muito bons para voltarmos. Considere o seguinte exemplo disso, procedente do Canadá:
Uma senhora, visitada por duas Testemunhas, tornou bastante claro que ela não queria ter nada que ver com a nossa religião. Mais tarde, enquanto cuidava da casa, começou a pensar nas Testemunhas. Vieram-lhe à mente perguntas sobre as nossas crenças. De modo que tomou seu carro e percorreu as ruas para baixo e para cima, para procurar as duas Testemunhas. Não as encontrou em parte alguma. Daí ela foi até a casa duma amiga, pensando que elas talvez a tivessem visitado. Não, não haviam passado por ali, foi informada. Sua amiga disse-lhe que ela trabalhava com uma Testemunha e ofereceu-se para fazer com que as duas senhoras se conhecessem. A irmã contatada explicou:
“Na primeira visita, para a minha surpresa, havia cinco senhoras presentes, que me bombardeavam com perguntas tais como: ‘Por que se chamam de Testemunhas de Jeová?’ ‘Por que vão de porta em porta?’ e: ‘Crêem em Jesus?’ Passei três horas respondendo às suas perguntas. Desde aquela primeira visita, tenho voltado em média três vezes por mês, e cada vez tenho encontrado de 5 a 15 pessoas.”
Num período de seis meses, nossa irmã deixou 313 revistas, 171 folhetos e 272 livros com aquele grupo. Mas agora a irmã diz: “Faço todo esforço para incentivar o grupo a se aproveitar de nosso programa de estudo bíblico domiciliar, individual.” Será muito interessante ver o que vai surgir daí.
As escolas são um campo fértil para se lançarem as sementes do Reino. Uma jovem Testemunha, no Canadá, disse a respeito do livro A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?: “Decidi colocá-lo na minha carteira de modo tal, que ficasse bastante visível aos outros estudantes. Cinco deles vieram e o examinaram. Destaquei-lhes diversos pontos. Três estudantes pediram que lhes arranjasse um exemplar. A seguir, perguntei à bibliotecária da escola se queria um. Ela concordou em aceitá-lo como doação para a biblioteca. No dia seguinte, ela me disse que já havia emprestado o livro, e pediu um para ela mesma e outro para uma amiga. Por fim, meu professor de Ciência aceitou dois exemplares. Desde então, a bibliotecária já pediu mais dois. Verifiquei que, quando se faz um esforço, Jeová o abençoa. Ele abençoou meu esforço com a colocação de 11 livros.”
Os jovens em Guadalupe também são incentivados a fazer da escola seu território para dar testemunho a colegas e a professores. Entretanto, uma boa conduta também é essencial na escola. Em dezembro de 1986, numa classe, os alunos receberam a tarefa de recitar uma lição sobre o Natal. Uma jovem irmã negou-se a isso e ofereceu recitar uma lição sobre outro assunto. A professora ficou furiosa e liderou a classe em zombar da nossa irmã.
Mas, no terceiro trimestre do ano letivo, as condições haviam mudado. A professora confessou à mãe de nossa jovem publicadora: “Jeová está com vocês; ele protege sua filha. Ela não somente tem uma conduta excelente, mas também se sai muito bem na escola, obtendo boas notas. Quero congratulá-la. A senhora educou bem a sua filha. Esta tarde mesmo, eu disse à classe inteira que o Deus da sua filha, Jeová, é o verdadeiro Deus e que ele é mais poderoso do que os deuses das outras religiões, porque a conduta da sua filha é sempre respeitosa, ao passo que seus colegas de escola criam desordens e fazem coisas más.”
As Antilhas Holandesas são um território para lingüistas. O idioma oficial é o holandês. O papiamento é a língua nativa, ao passo que o inglês é a língua comercial. Muitos falam também espanhol, porque as Antilhas Holandesas são um grupo de ilhas muito próximo das costas da Colômbia e da Venezuela. De modo que a pessoa mediana fala e lê diversos idiomas. “Para a nossa surpresa”, escreveu a filial, “a ilha de Curaçau, com uma população de 171.500 habitantes, tem seis jornais diários, e todos conseguem manter-se ano após ano. Visto que as pessoas ali gostam de ler, lêem também as nossas publicações. Gostam muito de nossas lindas revistas. Um dos grandes eventos do ano foi o começo da publicação de A Sentinela em papiamento, em cores. Sem dúvida, isto nos tem ajudado a aumentar nossas colocações de revistas durante o ano de serviço.”
Não é de admirar que na Martinica houvesse uma assistência à Comemoração quase três vezes maior do que o número de publicadores. As pessoas, naquela ilha, progridem rapidamente na aplicação da verdade. Por exemplo, uma semana depois de uma pioneira e seu marido terem iniciado um estudo bíblico com um casal, os recém-interessados foram assistir ao estudo de livro, e, pouco depois, a todas as reuniões. Um mês mais tarde, já faziam parte da assistência no congresso de distrito. Visto que o homem era líder num sindicato, ele ficou impressionado com a organização do congresso. Que diferença no decoro com as reuniões do seu sindicato! O homem associava-se também com um grupo que praticava ioga. Mas, agora ele disse: ‘A Bíblia é uma terapia melhor para se ter calma mental e de coração, e ela é de muito mais ajuda em resolver problemas pessoais, do que a prática de ioga.’ Oito meses depois do seu primeiro estudo, ele simbolizou sua dedicação a Jeová pelo batismo em água, e sua esposa e sua filha mais velha são agora publicadoras.
A Europa ‘proclama liberdade’
Ao passo que o perigo duma guerra nuclear paira como uma ameaçadora nuvem sobre a Europa, as Testemunhas de Jeová proclamam uma liberdade que só Jeová pode dar. (Isa. 61:1) Estas boas novas são ouvidas mesmo por aqueles que são difíceis de contatar, conforme mostra a seguinte experiência.
Na Áustria, no ano de serviço que passou, se fez um esforço concentrado de contatar pessoas surdas. Um jovem surdo, naquele país, encontrou um exemplar de A Sentinela na sala de espera duma estação de estrada de ferro. Estando curioso, apanhou a revista e começou a lê-la. Ficou intrigado com a palavra “Jeová”. ‘Deve ser o nome de um dos apóstolos de Jesus’, pensou, e continuou a ler. Um artigo tocou-lhe o coração, e visto que sempre tivera o desejo de ensinar Deus às pessoas, visitou a filial em Viena. Ali recebeu o endereço onde os surdos realizavam suas reuniões. Ele assistiu à primeira reunião naquela mesma semana, embora significasse viajar 90 quilômetros na ida e na volta. Seu zelo já produziu frutos. Outro casal surdo está estudando a Bíblia e assiste regularmente às reuniões.
Na Suécia, a Igreja Luterana Estatal luta contra o vento. Mais de 90 por cento da população pertence à Igreja, mas apenas uma pequena minoria vai regularmente à igreja. As pessoas estão renunciando aos milhares por ano à sua afiliação. Os clérigos na parte meridional da Suécia estão preocupados. Eles providenciaram dois seminários para considerar esta situação. Visto que as Testemunhas de Jeová são conhecidas como grupo religioso que mais rapidamente cresce na Suécia, o organizador do seminário telefonou para a filial e perguntou se era possível que uma Testemunha de Jeová viesse informá-los sobre nossas crenças, nossos métodos e nossa organização. Enviou-se um superintendente de distrito. Ele proferiu um discurso e respondeu às perguntas deles.
No primeiro seminário, realizado em fevereiro de 1986, estiveram presentes uns 50 sacerdotes e outros representantes da Igreja. Eles escutaram com atenção, numa atitude branda e cortês. Depois da sessão, colocaram-se 5 livros, 25 brochuras e 30 revistas.
O seminário seguinte foi realizado em fevereiro de 1987. Nele estiveram presentes uns 20 clérigos, um professor de sociologia de religião, e um professor adjunto de teologia, da Universidade de Lund. Apresentando o superintendente de distrito como orador, o presidente, um vigário, disse: “Em primeiro lugar, quero dizer-lhes que estou certo de que nenhum de nós, sacerdotes, aqui, concordaria em pregar nas mesmas condições que o nosso orador convidado. Sei que ele faz isso por tempo integral e sem salário. Nós, sacerdotes, ao contrário, nos queixamos de nossos salários, querendo sempre mais e mais.”
Durante a sessão, fizeram-se muitas perguntas, e os presentes pareciam aceitar as explicações dadas. Depois da sessão, a maioria deles se enfileirou diante do irmão e pediu publicações. Colocaram-se cerca de 25 brochuras e 20 revistas. Um jovem clérigo disse ao irmão que ele admirava nossa organização. “É espantoso ver como vocês se mantêm juntos em tal crença e fraternidade unidas, em mais de 200 países em volta do mundo”, disse ele, e suspirou por causa das dificuldades que a Igreja tem na Suécia.
A uns 80 quilômetros de Madri, na Espanha, há duas penitenciárias de alta segurança, onde se acham encarcerados perigosos criminosos e terroristas. Numa destas penitenciárias, que está sendo reformada, prepara-se uma sala para uso exclusivo como “Salão do Reino” e sala de estudo para aqueles que querem considerar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová. Na outra penitenciária, tantos quantos 50 dos presos reúnem-se regularmente para ouvir as gravações das reuniões realizadas pela congregação local.
Os presos que assistem a essas reuniões têm aspecto diferente dos outros. Trajam-se e arrumam-se com esmero, e até mesmo usam gravata, algo que nenhum outro preso faz. Um letreiro “Proibido Fumar” tem destaque no local de reunião.
O que é mais importante é que estes presos aplicam o que aprendem. Certo preso havia planejado meticulosamente assaltar um banco, algo que ia fazer depois de ser solto. Ele abandonou esses planos por causa das verdades bíblicas que aprendeu. Outro decidiu casar-se com a mulher com que vivera por nove anos. Mais outro preso apareceu na reunião com um olho roxo. Quando lhe perguntaram o que tinha acontecido, ele explicou alegremente que outro preso o havia socado, mas que ele se sentia muito feliz porque conseguiu refrear-se e não retribuir mal por mal.
‘Glorifique a Jeová nas ilhas no mar’
Das ilhas do mar vem uma voz que deveras glorifica o nome de Jeová. (Isa. 24:15) A ilha de Reunião, no Oceano Índico, ao leste da África, no território da filial de Maurício, dá um exemplo desta voz. Um jovem irmão, enquanto na pregação, contatou um músico, que já possuía algumas das nossas publicações bíblicas. O músico pertencia a um conjunto de rock de cinco pessoas, que cultivavam e vendiam maconha. Não obstante, o irmão convidou o músico a assistir ao congresso de distrito de 1986. Três do conjunto vieram no primeiro dia do congresso, e todos os cinco assistiram a ele no último dia. Iniciou-se um estudo bíblico com todos eles. Quatro membros do conjunto pertenciam à mesma família, e apesar da oposição da família, destruíram sua plantação de maconha. A seguir, doaram à congregação o microfone que haviam usado para tocar música rock. Em três meses, todos os cinco mudaram sua vida de tal modo, que se habilitaram como publicadores.
Ao leste da Austrália se encontra a Nova Caledônia. No ano de serviço que passou, esta filial enviou diversos irmãos às ilhas de Wallis e Futuna, onde a Igreja Católica domina a vida das pessoas e se opõe fortemente à nossa obra. Muitos irmãos dessas ilhas vivem em Nova Caledônia. Durante uma visita recente, os irmãos contataram um professor de faculdade da Igreja Católica. Ele lhes disse que, ultimamente, tem havido algumas palestras em aula sobre outras religiões, e todos os estudantes queriam falar sobre as crenças das Testemunhas de Jeová. Depois de fazer alguma pesquisa e de ouvir discursos baseados nas nossas publicações, um estudante observou: “É surpreendente notar que aqueles do nosso grupo étnico que se tornaram Testemunhas parecem ter mente mais aberta, ser mais razoáveis e ter um notável conhecimento da Bíblia. Parece que este movimento tem conseguido transformar as pessoas. Não observamos o mesmo impacto nas pessoas da nossa igreja.”
Da filial da ilha do Pacífico de Havaí temos o relatório sobre jovens escolares que também tomam uma posição mais forte a favor de Jeová. “Visto que eu tinha medo de uma reação negativa dos meus colegas de aula, lembro-me do tempo em que eu lhes dava os motivos mais simples por estar evitando as coisas mundanas”, admitiu uma moça das Testemunhas. “Pois bem, não o faço “mais! Aprendi a agüentar cada pressão individual e aproveitá-la como oportunidade para dar mais testemunho. Isso melhorou minha relação com Jeová e meu amor-próprio.”
Em vista de tais esforços sinceros, ela tem colocado muitas publicações e dirigido tantos quantos sete estudos bíblicos diferentes. Seu professor de Ciência lhe disse: “Tenho conversado com algumas Testemunhas de Jeová quando vieram à minha porta, mas só foi neste ano, através das palestras que tivemos, das publicações que li e da sua habilidade de se expressar francamente a favor do que crê estar certo, que finalmente ampliei minha compreensão da organização das Testemunhas de Jeová. Sinto grande admiração pelos seus esforços e pelas suas realizações, e agora posso também respeitar a sua religião. Obrigado por não ter ficado calada e por ter tomado tempo para me explicar a sua fé.”
A jovem irmã resume sua atitude para com o dar testemunho na escola da seguinte maneira: “Uma coisa que aprendi é que, embora estejamos separados dos demais publicadores e pioneiros, e das reuniões para o serviço de campo, nunca ficamos separados de nosso território. Durante 30 horas por semana, temos um território que ninguém mais consegue trabalhar.”
Países em que há proscrição ‘cantam a respeito da força de Deus’
A influência de Jeová frustra tramas iníquas de opositores, habilitando assim os Seus servos terrestres a ‘cantar a respeito da força de Deus’. (Sal. 59:16) Nossos irmãos, em países em que a obra do Reino está proscrita, não podem ser silenciados. Sua evangelização prossegue.
Certo dia, em novembro de 1986, numa cidade provincial, africana, um pequeno grupo de irmãos, reunido num lar particular para a Reunião de Serviço, foi preso. Neste grupo havia o pioneiro especial que tomava a dianteira na congregação. Ele foi severamente espancado e chutado por um dos dois policiais que fizeram a prisão. “É ele quem mantêm os outros pregando, apesar da proscrição! É culpa dele que os outros estejam na cadeia”, gritou.
Durante o espancamento, o irmão clamou a Jeová por ajuda e força. O carcereiro, que observava isso, disse àquele que fazia o espancamento que era melhor que parasse, acrescentando: “Você devia ter cuidado de não maltratar os servos de Deus!” Isto produziu efeito, porque, no dia seguinte, o policial dirigiu-se ao irmão, pedindo perdão pelo que havia feito. “O que eu fiz foi muito mau”, disse ele contrito. Confessou ainda que sabia que Jeová era o verdadeiro Deus. O pioneiro especial e os outros foram soltos uma semana mais tarde. Agora, quando a polícia vê nossos irmãos empenhados no ministério, ela os deixa em paz.
Em outro país africano, uma congregação com apenas 35 publicadores teve 19 publicadores novos batizados. “A Sentinela salvou-me a vida”, disse um deles antes do batismo. O que acontecera foi o seguinte:
Ele havia sido funcionário do partido político governante. O chefe dos guerrilheiros locais e seu bando estavam à procura deste homem. Chegando à casa dele, os guerrilheiros o encontraram lendo A Sentinela. Perguntaram-lhe se era membro da igreja que publicava esta revista. Ele respondeu que ainda não era membro, mas que estudava com as Testemunhas e esperava tornar-se uma delas. Disseram-lhe que sabiam que ele era funcionário regional do partido governante, mas que, “por causa da revista” que estava lendo, não iam matá-lo. Deixaram-no viver.
Emocionado, este homem foi correndo ao local de reunião e explicou aos nossos irmãos que ele teria sido morto, se não fosse pela revista A Sentinela. Ficara decidido a se tornar Testemunha de Jeová.
Nos países em que prevalece a perseguição, Jeová pode cegar o inimigo para proteger seus servos, conforme mostra a seguinte experiência dum país africano. O aviso da próxima visita do superintendente de circuito chegou a certa congregação ao mesmo tempo em que um irmão foi desassociado. O desassociado tornou-se vingativo e disse à polícia que ele sabia da data da visita do superintendente de circuito, e que podia levá-la à casa e identificar este “grande peixe”, homem importante na nossa organização.
As autoridades mostraram vivo interesse e ansiosamente aguardavam esta ocasião. Daí, inesperadamente, o superintendente de circuito adiantou em algumas semanas a data da sua visita a esta congregação. Quando o desassociado levou a polícia à casa onde presumia que o superintendente estivesse, houve um grande desapontamento. Ao saber que a polícia esperava prender o superintendente de circuito, os irmãos disseram aos policiais que este informante não era mais Testemunha de Jeová. Quando os policiais perguntaram sobre o motivo disso, os irmãos responderam que ele não levava uma vida cristã e por isso fora desassociado. Irados pela falsa esperança e embaraçados, os policiais disseram: “Bem, se ele não presta para vocês, tampouco presta para nós”, e levaram o desassociado para a cadeia.
Num país asiático onde há proscrição, uma das pioneiras contatou à porta um homem jovem, que mostrou vivo interesse numa palestra bíblica. Visto que ela não tinha nenhuma publicação consigo, prometeu revisitá-lo e dar-lhe algo para ler. Na semana seguinte, ela voltou. Depois de uma palestra de uma hora e meia, ele ficou com o livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. Ele disse: “Sabe, por três semanas tenho orado a Deus para enviar alguém que me ajudasse a entender a Bíblia. Acho que a senhora é a resposta às minhas orações.” Esta irmã e seu marido dirigem agora um estudo bíblico para este interessado.
Num país do Oriente Médio, um irmão era perseguido pela sua família; esta achava que ele era apóstata. Quando ele disse à mãe que iria ser casado por um ministro das Testemunhas de Jeová, ela terminantemente recusou seu convite de assistir à celebração do casamento. Considerava o casamento do filho uma forma de adultério, porque as núpcias seriam contraídas fora da igreja dela. Finalmente, ele conseguiu convencê-la a ir ao casamento. Ela foi com relutância, mas ao ouvir o discurso proferido por um ancião, começou a chorar. Seu outro filho, também presente, ficou surpreso. Perguntou à mãe por que ela estava triste. Ela disse que já havia assistido a muitas celebrações de casamento, mas que esta foi a primeira vez em toda a sua vida que compreendera o que realmente era o casamento, e quais os motivos e o significado dele. Chorava porque se sentia feliz. Agora, a mãe e os outros membros da família estão na verdade.
É interessante notar que um redator, na edição de 15 de março de 1987 do jornal The Sunday Gleaner, de Kingston, Jamaica, depois de ter lido o Anuário das Testemunhas de Jeová — 1987, comentando favoravelmente nosso rápido crescimento, concluiu seu editorial com a seguinte declaração: “Se a insistente exortação a pregar mais for acatada no ano de serviço corrente, o Anuário de 1988 deverá ser ainda mais impressionante.” Sim, depois de considerar o relatório do ano de serviço que passou, podemos concluir que ele deveras é “ainda mais impressionante”. Assim, graças a Jeová, de um confim da terra ao outro, a obra evangelizadora das Testemunhas de Jeová está prosseguindo. — Sal. 75:1.
[Foto na página 7]
Portugal teve sete auges de publicadores superando pela primeira vez o marco de 32.000.
[Fotos na página 15]
Os Congressos de Distrito “Confiança em Jeová” atraíram multidões recordes.
[Foto na página 18]
Salão do Reino recém-construído em Querala, Índia.
[Fotos na página 26]
Filiais que tiveram a ajuda de voluntários internacionais de construção.
[Quadro/Fotos nas páginas 24, 25]
EXPANSÃO NA SEDE MUNDIAL
Em janeiro de 1983, a Sociedade comprou em Brooklyn, Nova lorque, metade dum quarteirão de uns 3.700 metros quadrados, com um prédio fabril de nove pavimentos. Este prédio já foi agora completamente renovado. Daí, em dezembro de 1986, a Sociedade comprou a outra metade do mesmo quarteirão, com outro prédio fabril de nove pavimentos. Estes dois prédios acham-se agora interligados com o conjunto gráfico original de quatro prédios mediante uma passarela de 49 metros de comprimento e 4 de largura.
Desde 1978, a Sociedade tem instalado e posto em funcionamento, na gráfica de Brooklyn, oito rotativas off-set Harris, de alta velocidade, e de impressão em quatro cores. (Quatro rotativas similares estão em uso na gráfica nas Fazendas da Torre de Vigia [dos EUA], a uns 160 quilômetros ao norte de Brooklyn.) Para se manter em dia com a crescente demanda de impressão de Bíblias, a Sociedade comprou no ano de serviço que passou mais três novas rotativas off-set. Trata-se de rotativas off-set Hantscho, de cinco unidades e impressão a alta velocidade, em quatro cores. Duas destas são rotativas de duas bandas, para a impressão de livros e de revistas. A outra é uma rotativa de 35 metros de comprimento, de quatro bandas, para a impressão em papel-bíblia. Com estas novas rotativas, a gráfica de Brooklyn tem agora três delas para a impressão em papel-bíblia.
Em fevereiro de 1987 adquiriu-se mais uma propriedade para acomodar a família de Betel de Brooklyn. O prédio de 11 pavimentos fica na rua Columbia Heights 97, e terá 127 quartos, com área de estacionamento no subsolo para 30 carros. Um empreiteiro contratado completou a parede externa do prédio, e o pessoal da Sociedade terminará com a construção interna aproximadamente em setembro de 1988.
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Os dois recém-comprados prédios fabris de nove pavimentos, que ocupam um quarteirão da cidade.
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O recém-construído Lar de Betel de 11 pavimentos, na rua Columbia Heights, 97.
[Quadro na página 27]
Voluntários Internacionais de Construção
No mês de novembro de 1985, 11 voluntários — em idade desde um irmão solteiro de 26 anos até avós de 59 anos — partiram dos Estados Unidos para a África. Qual era sua missão? Ajudar na construção das novas acomodações duma filial num país que serve mais de 100.000 Testemunhas. Desde então, mais de 800 voluntários, especializados em construção e representando 12 filiais, têm ajudado em 13 projetos de construção em filiais. Alguns trabalhadores se ofereceram a servir no mínimo por um ano, outros para uma estada de duas semanas a três meses. O que acham esses voluntários e sua família sobre tal designação? As seguintes são algumas expressões deles:
□ “Por anos trabalhei arduamente, mas no mundo. Agora, todas as minhas energias vão para a organização de Jeová. É um alívio não ter nada que ver com o mundo, e gastar-se a favor de Jeová dá alegria física, emocional e espiritual.”
□ “É difícil explicar as fortes amizades que se criaram no pouco tempo que trabalhei neste projeto.”
□ “Nós, como família, queremos agradecer-lhes o privilégio que meu marido teve como voluntário internacional de construção. Embora nenhum de nós pudesse acompanhá-lo, a experiência dele beneficiou a família inteira. Mostra-nos quão unificada a organização de Jeová é em toda a parte. Também, ajudou-o a ver como podemos simplificar nossa vida para que, como família, possamos servir a Jeová mais plenamente.”
[Tabela nas páginas 34-41]
RELATÓRIO MUNDIAL DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ SOBRE O ANO DE SERVIÇO DE 1987
(Veja a publicação)