Observando o Mundo
Onde Estão os Marcianos?
◆ Depois do dilúvio de notícias sobre a possível vida em Marte, conseguiu-se chegar a alguma conclusão? Vance Oyama, do Centro de Pesquisa Ames da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA, afirma que “não existe necessidade de se invocar processos biológicos” (vida) para explicar os aparentes conflitos das experiências realizadas pelas sondas que pousaram em Marte. Segundo Science News, Oyama desenvolveu uma teoria sobre a não existência de vida que, segundo afirma, ‘adequa-se a todos os fatos, e de forma elegante’.
Livro Mais Traduzido
◆ A Bíblia já foi publicada agora, no todo ou em parte, em pelo menos 1.603 idiomas, segundo recente Relatório das Línguas Bíblicas da Sociedade Bíblica Americana. Recentes adições incluem livros únicos da Bíblia na língua ngaanyatjarra, da Austrália, a língua ga’dang, das Filipinas e a língua arapexe da Papua Nova Guiné.
Cirurgia no Congo
◆ Numa carta dirigida ao jornal belga De Standaard, certo Dr. Le Compte escreve: “No Congo, realizei mais de 3.000 operações e jamais administrei uma transfusão de sangue sequer. Todavia, só perdemos dois pacientes. A razão de não usarmos sangue é que não podíamos determinar o grupo sangüíneo, devido à falta do equipamento necessário. Usávamos o soro fisiológico [água esterilizada com sal] que preparávamos numa panela grande no fogão que pertencia às freiras. Durante a operação, ministrávamos este soro ao paciente, uma gota de cada vez. Os dois pacientes que perdemos não teriam sido salvos, de qualquer modo, por uma transfusão de sangue. Eram casos perdidos.”
A Janela Reage
◆ Quando um jovem inglês tentou jogar um tijolo sobre uma janela dum pavilhão de críquete, o vidro reagiu. Era do tipo inquebrável, noticia o Daily Express, de Londres, e “o tijolo ricocheteou e o atingiu duramente no pé”. Mas ao invés de considerar isto como justa retribuição ao vandalismo do seu filho, a mãe do jovem queixou-se de que o uso de tais vidraças “perigosas” era “criminoso”! Tal atitude “explica muito bem as ações de sua prole”, comentou o chefe de polícia de Sussex, Inglaterra, George Terry.
Dinheiro de Sangue
◆ O correspondente de Nova Délhi, Rajendra Bajpai, noticiando a respeito duma campanha da Cruz Vermelha contra os comerciantes de sangue da índia, afirma que “a maioria dos doadores profissionais são pobres e, em muitos casos, transmitem hepatite sérica aos pacientes doentes que compram deles”. Ele declara que “próximo dos hospitais, nas grandes cidades, os parentes, que procuram obter sangue, de pessoas doentes, são contatados por ‘corretores’ que fazem arranjos para doações de sangue por parte de profissionais”. Esses profissionais “amiúde cobram US$ 26 (Cr$ 390,00) por uma unidade [250 centímetros cúbicos, cerca de meia pinta] — grande soma na Índia, equivalente ao salário mensal de muitos trabalhadores”, afirma ele.
Incêndios em Favor dos Mortos
◆ Um efeito colateral da recente festa de Ching Ming, de Hong Kong, em honra aos mortos, foram 157 incêndios florestais. “Os chineses observam tradicionalmente a festa por queimarem cartuchinhos de incenso — papel-moeda falsificado, cor de ouro — e oferecer comida para os mortos junto ao túmulo”, comenta uma notícia da “Associated Press”. Apesar dos apelos públicos para que se tivesse cuidado quando se agitavam os cartuchinhos de incenso que ardiam, cerca de 165 hectares de florestas de pinheiros foram enegrecidos, destruindo cerca de 250.000 árvores.
A Ruína das Baratas
◆ Quando aerossóis químicos falharam em deter as arremetidas das baratas em seu apartamento, três nova-iorquinos chamaram um exterminador profissional do sudoeste da Ásia. “Compraram um geco-de-tócai, uma lagartixa de 30 centímetros, com olhos aljofarados, amarelo-esverdeados, com manchinhas laranjas berrantes e apetite voraz de insetos”, noticia o Times de Nova Iorque. De sua casa, sob o refrigerador, a lagartixa saía para alimentar-se dos insetos pululantes. “Costumávamos ouvi-la mastigando-os à noite”, disse um dos moradores do apartamento. “Isso, de início, nos fazia acordar à noite, mas depois de algumas noites nós nos acostumamos.” Em questão de alguns meses, o geco reduziu o número de baratas a “proporções controláveis”.
As Outras Catacumbas
◆ Milhões de turistas já viram as bem-conhecidas catacumbas cristãs. Mas as catacumbas judaicas do mesmo período são praticamente desconhecidas, porque o Vaticano as mantém fechadas ao público em geral. No entanto, a revisão corrente da concordata de 1929 do Vaticano com o governo de Mussolini exige que as catacumbas judaicas sejam entregues à comunidade judaica da Itália. Muitos milhares de judeus do primeiro ao quarto século, segundo se diz, foram sepultados nelas. A maioria das inscrições são no grego então falado pelos judeus, e símbolos pagãos, tais como pavões e monstros marinhos, decoram as paredes, junto com os símbolos tradicionais judaicos, a menorá, a sofar e os rolos.
O “Porco de Deus”
◆ Recentemente, 20 teólogos e antropólogos se reuniram em Goroca, Papua Nova Guiné, para considerar como as pessoas “poderiam ajustar-se à cultura tradicional e à sua tradição mais recente do cristianismo”, noticia o Post-Courier de Porto Moresby. Em sua pressa de misturar o cristianismo com as tradições locais, os teólogos apresentaram proposições com algumas sugestões esquisitas, se não blasfemas. Um deles escreveu a respeito duma festa tradicional do porco: “O que os porcos prefiguraram se tornou realidade em Cristo, o ‘porco de Deus’, que, por meio de sua morte, trouxe vida ao mundo, e não apenas aos homens.”
Pagar aos Curandeiros
◆ Os índios navajos que trabalham para uma grande companhia de mineração no Arizona, EUA, solicitaram que o fundo de saúde e aposentadoria de seu sindicato pague os serviços dos curandeiros tribais. Diz-se que as consultas variam de Cr$ 300,00 a Cr$ 750,00 para cerimônias breves e até mesmo chegam a milhares de cruzeiros, para “cerimônias curativas” longas, complexas. Os navajos “dependem dos curandeiros para reduzir as aflições e dores, e os problemas emocionais”, noticia The Wall Street Journal, ao passo que os médicos comuns cuidam das moléstias físicas.