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  • g90 8/11 pp. 22-24
  • Como lidar com meu pai ou com minha mãe que abandonou o lar?

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  • Como lidar com meu pai ou com minha mãe que abandonou o lar?
  • Despertai! — 1990
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Despertai! — 1990
g90 8/11 pp. 22-24

Os Jovens Perguntam . . .

Como lidar com meu pai ou com minha mãe que abandonou o lar?

“Nos dias em que papai tinha prometido vir pegar-nos para uma visita, mamãe vestia tanto a mim como a minha irmã com roupas bem bonitas. Daí, nos sentávamos, esperando por ele. E nos cansávamos de esperar. Passavam-se horas. Finalmente, mamãe nos dizia: ‘É hora de irem dormir.’ Começávamos a chorar, dizendo: ‘Ele virá, ele virá!’ Mesmo na manhã seguinte, ainda estávamos esperando por ele, mas nada de o papai aparecer. Às vezes, isso parecia ser a história de nossa vida.” — Ana.a

SE, COMO Ana, presenciou a separação de seus pais, poderá provavelmente entender por que Jeová, o Delineador do casamento, desestimula tão fortemente o divórcio. (Compare com Malaquias 2:16.) O divórcio fere a todos os envolvidos — mesmo quando um genitor inocente tem o direito bíblico de divorciar-se do outro.b

Mas, quando os pais por fim rompem um com o outro, talvez por um divórcio legal, isso não põe fim necessariamente a todos os problemas que a discórdia entre eles pode trazer-lhe. Efetivamente, talvez você agora enfrente um desafio mais duro: o de decidir se manterá algum tipo de relacionamento com o genitor que deixou o lar. Magda se recorda de exatamente quão duro isso pode ser: “Eu fiquei tão atônita que simplesmente me fechei emocionalmente. Assim, por algum tempo, não expressava nenhum sentimento. Era como se meu pai tivesse morrido.” E Manoel relembra: “Comecei a odiar meu pai e esse sentimento durou muito tempo. Quando pensava em como ele deixou uma mulher com quatro filhos pequenos, oferecendo a ela o mínimo de apoio com que podia se safar — bem, isso me deixava louco de raiva.”

Construa Pontes, Não as Queime

No caos e no tumulto deste período de sua vida, é fácil demais fechar por completo a porta de sua afeição para com um de seus genitores e permitir que a ira e a amargura o dominem. Mas nutrir tal tipo de ressentimento pode envenenar sua perspectiva sobre a vida. Tal ira pode levá-lo a queimar as pontes atrás de si, prejudicando seus laços com um genitor até que seja quase que impossível restabelecê-los.

A Bíblia não nos dá licença para desonrar nossos pais. (Compare com Lucas 18:20.) Os peritos concordam que, na maioria dos casos, você deve tentar manter algum relacionamento com ambos os pais depois de eles se separarem. O professor de psiquiatria Dr. Robert E. Gould declarou, na revista Seventeen, que ver regularmente a ambos os genitores pode até facilitar seu ajuste ao divórcio deles. As pesquisadoras Wallerstein e Kelly verificaram, igualmente, que os jovens que enfrentaram com êxito o divórcio de seus pais em geral mantiveram um relacionamento íntimo com ambos os pais. Mas, como pode você ser achegado a um genitor que deixou o lar, ou que traiu sua confiança?c

Perspectiva — A Chave Para a Paz

Sua ira natural poderá, de início, interferir. Mas, se tornar o seu alvo compreender melhor seu genitor, a resultante perspicácia poderá ajudar a desativar a sua ira. Como Provérbios 19:11 diz: “A perspicácia do homem certamente torna mais vagarosa a sua ira, e é beleza da sua parte passar por alto a transgressão.” Isto certamente se torna mais fácil quando a parte culpada demonstra pesar ou arrependimento. Lembre-se, obter perspicácia quanto ao ponto de vista, à personalidade e às fraquezas humanas dum genitor que se separou do outro, não significa necessariamente que você esteja desculpando o genitor culpado ou tomando o lado deste na disputa do divórcio; nem significa que você esteja traindo o genitor com quem mora. Significa simplesmente cultivar um conceito mais realístico sobre seu pai ou mãe.

Para exemplificar, muitos jovens presumem que o genitor que deixou o lar deve odiá-los — de outra forma, por que tal genitor iria embora? Mas, na realidade, o rompimento foi devido a problemas conjugais, e não a você. O genitor que se foi provavelmente não quis rejeitar você por ir embora — mesmo que você pense isso. Como se expressou o Dr. Gould: “Com toda a probabilidade, os pais que já o amavam antes do divórcio, continuarão amando-o do mesmo modo depois disso.”

‘Então, por que ele dificilmente me visita?’, talvez pergunte. Quando um genitor repetidas vezes deixa de vir fazer as visitas programadas, ou apenas esporadicamente entra em contato com você, isso deveras pode parecer como se ele não quisesse vê-lo. Mas esse talvez não seja, absolutamente, o caso. Às vezes, um genitor sabe que sua conduta antes do rompimento deixou a família profundamente ofendida. Caso você já tenha ferido os sentimentos dum amigo, sabe quão difícil pode ser encará-lo de novo depois disso! Como diz Provérbios 18:19: “Um irmão ofendido é pior do que uma cidade fortificada.” — The Interlinear Hebrew-Aramaic Old Testament (Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Aramaico).

Devido aos sentimentos de culpa, seu pai ou sua mãe talvez receie semelhantemente encarar a família. O orgulho também pode ser um fator. Poderá até acontecer que o genitor separado simplesmente não consiga encarar o ex-cônjuge, especialmente se houve um novo casamento; o que costumava ser o “lar” pode agora parecer estranho. Estes e outros fatores podem fazer com que seja difícil que seu genitor o visite. O que poderá fazer para facilitar as coisas? Em Romanos 12:18, lemos: “No que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz uns com os outros.” (A Bíblia na Linguagem de Hoje) Como poderá fazer isso?

Por um lado, talvez tenha de reduzir um pouco suas expectativas. Esperar que seu genitor lhe dedique mais tempo e atenção do que está obtendo nesse exato momento apenas irá deixá-lo frustrado e desapontado. Tente, em vez disso, usufruir o tempo limitado que passam juntos.

‘Mas, sobre o que conversar?’, poderia ficar imaginando. Na verdade, tais visitas podem ser constrangedoras de início. Mas, existe provavelmente muita coisa que seu pai ou sua mãe deseja saber — sobre seus amigos, seu progresso na escola, e seus interesses extra-escolares. E você poderia perguntar muita coisa. O divórcio sem dúvida deixou um vazio na vida de seu genitor, assim como deixou na sua. Assim, seja como “o homem de discernimento” mencionado em Provérbios 20:5, que ‘puxa’ as ‘águas profundas’ de conselhos que há na outra pessoa. Faça perguntas. Fique a par do novo lar ou novo emprego de seu genitor, ou dos interesses dele em passatempos, esportes e amizades. E se não puder superar a dor que seu genitor lhe causou, talvez, com o tempo, encontre um modo de conversar pacificamente sobre isso.

Mantenha Seu Equilíbrio

Existe o perigo, porém, de idealizar um genitor separado. O pai de Randy, um alcoólatra e mulherengo, deixou a família repetidas vezes e finalmente se divorciou da mãe de Randy. Todavia, Randy relembra: “Por algum motivo, eu realmente quase que adorava aquele homem.”

Tal adoração desorientada não é incomum. Nos Estados Unidos, cerca de 90 por cento dos filhos de pais divorciados vivem com a mãe e visitam o pai. Assim, a mãe é muitas vezes responsável pelos cuidados diários com os filhos — inclusive pela disciplina. E, apesar dos pagamentos de pensão para o sustento deles, a condição econômica da mãe geralmente baixa depois do divórcio; a do pai poderá até elevar-se. O resultado é que a visita ao papai significa receber presentes e divertir-se! A vida com a mamãe significa poupar centavos e receber ordens sobre o que fazer e o que não fazer. Infelizmente, alguns jovens chegaram até a deixar um genitor cristão para morar com um genitor descrente mais rico e mais permissivo. — Compare com Provérbios 19:4.

Caso se veja tentado a fazer tal escolha, examine seus valores. Lembre-se de que seu Criador dá mais valor àquilo de que você realmente necessita — de orientação moral e de disciplina. Nenhuma outra coisa que um genitor lhe possa oferecer poderá influir tão profundamente em seu caráter e na qualidade de sua vida. A disciplina é um sinal de verdadeiro amor. — Veja Provérbios 4:13; 13:24.

Lembre-se, também, de que seu Criador só possui um padrão do certo e do errado, não importa o que um genitor lhe permita fazer. Tom diz: “Mamãe jamais nos desencorajou de ver o papai. Mas, toda sexta-feira, quando íamos visitá-lo, ela dizia: ‘Lembre-se apenas de que vocês são cristãos e que Jeová observa o que vocês fazem.’ Isso me ajudava a aderir a minhas crenças quando eu visitava o papai.”

Não importa quanto tente, contudo, nem sempre granjeará a aprovação dum genitor. As sugestões deste artigo podem ajudá-lo a transpor o abismo que existe entre você e seu genitor. Mas, mesmo se todos os seus esforços fracassarem, não perca a esperança. As pessoas realmente mudam. E, pelo menos, terá a satisfação de saber que ‘no que depender de você’, a paz foi mantida. O que é melhor, ainda poderá sentir o calor dum sorriso parental de aprovação. Como Jeová diz, em Provérbios 27:11: “Sê sábio, filho meu, e alegra meu coração, para que eu possa replicar àquele que me escarnece.” Quando você adere obedientemente às normas de Deus, e se empenha em mostrar misericordiosa perspicácia em seu relacionamento com seus pais, Ele se agrada. E ele é um Amigo e um Pai do qual você jamais precisa separar-se.

[Nota(s) de rodapé]

a Alguns nomes foram trocados.

b Veja o capítulo “Por Que Papai e Mamãe Se Separaram?”, no livro Os Jovens Perguntam Respostas Práticas, editado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

c Não estamos falando de pais que sejam culpados de abusos sexuais ou de espancamento físico grave de seus filhos. Em tais casos, um íntimo relacionamento entre pais e filhos talvez não seja possível nem aconselhável.

[Foto na página 23]

Às vezes é uma provação deixar um dos genitores para passar tempo com o outro.

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