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  • Há algum perigo em jogar RPGs?

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  • Há algum perigo em jogar RPGs?
  • Despertai! — 1999
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g99 22/8 pp. 12-14

Os Jovens Perguntam . . .

Há algum perigo em jogar RPGs?

“É pura imaginação. Numa hora você é mago, na outra, guerreiro. Você pode ser qualquer personagem que sonhar. Não há limites.” — Christophe.

“TORNE-SE tudo o que você não pode ser.” Uma revista usou esse slogan para descrever um jogo popular. Para milhões de jovens, a idéia de fugir para o mundo de fantasia dos RPGs (iniciais de Role-Playing Games, ou “jogos de representar papéis”) é muito atraente. Mas o que exatamente são RPGs?

Segundo o livro Jeux de rôle (Jogos de Representar Papéis), “cada jogador encarna um personagem legendário numa missão ou numa busca e se prepara para viver aventuras num mundo imaginário”. O objetivo do jogo é fazer o personagem se desenvolver adquirindo a experiência, o dinheiro, as armas ou os poderes mágicos necessários para realizar a missão.

Os RPGs tornaram-se populares nos anos 70 com o jogo Dungeons & Dragons (Masmorras e Dragões).a Desde então, se tornaram uma indústria multimilionária que inclui jogos de tabuleiro, jogos de cartas colecionáveis, livros interativos, jogos de computador e até Live Action (“ação ao vivo”), um tipo de jogo em que os participantes encenam as aventuras. Dizem que existem mais de seis milhões de jogadores regulares nos Estados Unidos e centenas de milhares na Europa. Na França, muitas escolas de nível médio têm clubes de RPG e no Japão são a categoria mais popular de jogos de computador.

Os defensores desses jogos afirmam que eles estimulam a imaginação, desenvolvem a habilidade de resolver problemas e promovem a interação em grupo. Os oponentes, porém, dizem que eles estão ligados a suicídios, assassinatos, estupros, violações de túmulos e satanismo. Em Madri, Espanha, dois jovens foram presos, sob suspeita de terem matado um homem de 52 anos enquanto jogavam RPG. No Japão, um adolescente matou os pais e cortou os pulsos no final de um jogo semelhante. É claro que essas são exceções, pois a maioria dos jogadores são inteligentes e sociáveis. Mesmo assim, seria bom que os jovens cristãos se perguntassem: “Será que o RPG é para mim? Preciso agir com cautela?”

Violência e ocultismo

Os RPGs são muito variados, tanto na forma quanto no conteúdo. Mesmo assim, muitos ou talvez a maioria desses jogos apresentam violência. De fato, nos universos imaginários criados nesses jogos, a violência é muitas vezes uma parte fundamental do progresso ou da sobrevivência. Será que participar nesses jogos se harmoniza com o conselho bíblico? Provérbios 3:31 diz: “Não tenha inveja do homem violento, e de modo nenhum imite o comportamento dele.” (Bíblia Sagrada, Edição Pastoral) A Bíblia também nos incentiva a ‘buscar e a nos empenhar pela paz’, não pela violência. — 1 Pedro 3:11.

Outra preocupação é que muitos desses jogos dão grande destaque à magia. Freqüentemente, os jogadores podem se tornar feiticeiros ou outros personagens com poderes mágicos. Daí, obstáculos e inimigos são vencidos com o uso de ciências ocultas. Dizem que um jogo popular “permite que os jogadores assumam o papel de Anjos ou de Demônios a serviço dos Arcanjos ou dos Príncipes dos Demônios . . . Insinuações sacrílegas garantem a diversão”. Um jogo de computador até permite que o jogador se torne todo-poderoso digitando apenas a palavra “Satanás”.

Alguns jovens cristãos raciocinam que não há nada de errado em jogar RPG desde que não se gaste tempo demais. “É só um jogo”, diz um jovem. Talvez. Mas Deus advertiu os israelitas contra o envolvimento no ocultismo. A Lei dada a Moisés declarava que ‘aquele que emprega adivinhação, o praticante de magia ou quem procura presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prende outros com encantamento, ou alguém que consulta um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos são detestáveis para Jeová’. — Deuteronômio 18:10-12.

Então, será que é sensato participar de um jogo que promove o ocultismo? Interpretar papéis de seres com poderes mágicos não equivale a mergulhar nas “coisas profundas de Satanás”? (Revelação [Apocalipse] 2:24) Um jovem admite: “Depois de jogar um RPG o dia inteiro, fiquei com medo de sair de casa. Achava que alguém ia me atacar.” Será que algo que gera um medo paralisante como esse é saudável?

Outros fatores

“O tempo que resta é reduzido”, diz 1 Coríntios 7:29. Assim, outra coisa a se levar em conta é o tempo gasto com RPGs. Alguns jogos duram horas, dias, ou até semanas. Além disso, o papel que a pessoa desempenha talvez se torne tão envolvente, até viciador, que tudo mais se torna secundário. “À medida que eu passava por cada fase”, admite um jovem, “queria desafios maiores e mais realismo. Fiquei viciado mesmo”. Como esse vício afetaria suas tarefas escolares e suas atividades espirituais? — Efésios 5:15-17.

Um rapaz do Japão recorda: “Eu ficava o tempo todo pensando no que faria a seguir no jogo, até quando não estava jogando. Na escola e nas reuniões, só conseguia pensar no jogo. Cheguei a um ponto em que não conseguia pensar em mais nada. Minha espiritualidade estava em frangalhos.” Christophe, mencionado no início, fala de como estava “fora de sintonia com o mundo real”. É verdade que há ‘tempo para rir e tempo para saltitar’, mas será que a recreação deve sufocar as atividades espirituais? — Eclesiastes 3:4.

Pense também sobre a atitude que o jogo promove. Uma revista francesa anuncia assim um RPG: “Você enfrentará uma variedade de situações decadentes, doentias e perversas, organizadas e calculadas para gelar o seu sangue e mudar para sempre sua visão do mundo.” Será que essa atitude está em harmonia com o conselho bíblico de sermos “pequeninos quanto à maldade”? (1 Coríntios 14:20) Christophe com o tempo chegou à conclusão de que os jogos em que participava não eram “compatíveis com a moral cristã”. Acrescenta: “Não conseguia me imaginar pregando, assistindo às reuniões e aprendendo coisas boas, como o amor cristão, e, ao mesmo tempo, representando um papel que não tinha nada que ver com o cristianismo. Não tinha lógica.”

Ilusão ou realidade?

Muitos jovens se sentem atraídos a esses jogos como uma fuga da realidade. Mas é saudável mergulhar num mundo de fantasia? O sociólogo francês Laurent Trémel comenta: “O universo real, dominado pela incerteza a respeito do futuro, . . . contrasta terrivelmente com esses universos virtuais, mas muito realistas, onde você por fim domina as regras e onde pode moldar um personagem para que se assemelhe com o que você é ou com o que gostaria de ser.” A especialista em saúde mental Etty Buzyn observa também: “Ao jogar, os jovens têm a impressão de que estão levando uma vida perigosa, remodelando o mundo, mas, na realidade, não estão enfrentando nada que sequer se pareça com os riscos reais. Estão fugindo da sociedade e de seus limites.”

Por fim, esse escapismo só gera frustração, visto que as realidades da vida ainda continuam depois que o jogo acaba. Mais cedo ou mais tarde, será preciso enfrentá-las. Na verdade, não importa quanto êxito ou aventura a pessoa tenha tido num papel imaginário, isso nunca compensará falhas ou a mediocridade da vida real. A coisa inteligente a fazer é enfrentar as realidades da vida. Melhore sua faculdade de discernimento enfrentando situações reais. (Hebreus 5:14) Desenvolva as qualidades espirituais que lhe permitirão lidar com os problemas. (Gálatas 5:22, 23) Isso é muito mais satisfatório e gratificante do que participar em um jogo.

Não quer dizer que todo jogo que envolve representação seja ruim. Nos tempos bíblicos as crianças participavam em jogos que envolviam uma certa dose de fantasia e encenação, como o próprio Jesus mencionou. (Lucas 7:32) Ele não condenou a recreação inocente. Mas os jovens cristãos, e seus pais, devem ‘persistir em certificar-se do que é aceitável para o Senhor’. (Efésios 5:10) Ao analisar um jogo, pergunte-se: “Ele reflete ‘as obras da carne’? Vai prejudicar minha relação com Deus?” (Gálatas 5:19-21) Se levar em conta esses fatores, poderá tomar uma decisão sensata sobre os RPGs.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja a Despertai! de 22 de fevereiro de 1983, páginas 15-16.

[Fotos na página 13]

Que tipo de atitude alguns RPGs promovem?

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