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  • Sujeição às autoridades superiores

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  • Sujeição às autoridades superiores
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
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  • ‘SUJEIÇÃO AS AUTORIDADES SUPERIORES’
  • ORAÇÕES POR AQUÊLES QUE ESTÃO EM POSTOS ALTOS
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
w53 1/5 pp. 67-71

Sujeição às autoridades superiores

“Tôda alma esteja sujeita às autoridades superiores.”-Rom. 13:1, NW.

5. Que proceder seguem os cristãos quando há conflito entre os requisitos de César e os de Deus? Que precedente seguem?

5 OS HOMENS e mulheres cristãos dedicados a Jeová dependem absolutamente de Deus para a vida e suas maiores necessidades. Consequentemente é correto e necessário que rendam seus deveres maiores a Deus em todos os pontos de dependência. Caso as obrigações legais dos césares e as de Deus pareçam estar em conflito, então os cristãos seguem o precedente legal estabelecido por Pedro e os apóstolos na sua defesa perante o tribunal do sinédrio em Jerusalém. O juiz do sinédrio disse, “Expressamente vos ordenamos que não continuásseis ensinando na base desse nome, contudo eis que enchestes Jerusalém de vossa doutrina, e estais resolvidos a lançar sôbre nós o sangue desse homem. Em resposta Pedro e os apóstolos disseram: ‘Devemos obedecer a Deus por governador antes que aos homens’.” (Atos 5:27-29, NW) Se em consequência disto César aplica sanções de castigo aos cristãos por seguirem esse precedente correto, recusando cumprir com os requisitos antagônicos de César, eles então sofrem as consequências às mãos de César. Assim fazem ao invés de serem achados violando a lei de Deus ou negligentes em pagar a Deus as coisas de Deus. Se a lei de César ordena que o cristão faça aquilo que a lei de Deus com clareza proíbe, os servos de Deus não hesitam entre duas opiniões, mas aderem estritamente ao precedente, “Devemos obedecer a Deus por governador antes que aos homens.”

‘SUJEIÇÃO AS AUTORIDADES SUPERIORES’

6, 7. Quem são as “autoridades superiores” a que se refere Paulo em Romanos 13:1, e por quê?

6 O apóstolo Paulo, cuja profissão era a de advogado antes de se tornar um zeloso ministro cristão, indica com grande ênfase a posição preeminente das verdadeiras autoridades superiores no governo de Deus sobre seus servos. Paulo escreve, “Tôda alma esteja sujeita às autoridades superiores, porque não há autoridade que não proceda de Deus.” (Rom. 13:1, NW) Estas últimas palavras, “porque não há autoridade que não proceda de Deus,” é prova concludente de que as “autoridades superiores” das quais Paulo fala não se podiam referir aos poderes políticos dos governos de César. Na Escritura em Apocalipse 13:32, NW, a Bíblia declara específicamente que foi Satanás quem autorizou os césares do velho mundo. Por conseguinte as “autoridades superiores”, do capítulo 13 aos Romanos, que Deus comissiona, incluem unicamente as autoridades governantes teocráticas e excluem as autoridades de César.

7 A Bíblia com clareza identifica as autoridades verdadeiramente superiores. Em primeiro lugar, o próprio Jeová Deus, que reassume seu domínio soberano dos negócios da terra, é a principal autoridade teocrática. Acerca da sua realeza administrativa está escrito, “Louvai a Jah, vós, os povos, porque Jeová nosso Deus, o Todo-poderoso, já começou a dominar como rei”. (Apoc. 19:6, NW; Dan. 7:13) Além disso, as Escrituras dizem, “Não nos sujeitaremos muito mais ao Pai da nossa vida espiritual para vivermos?” (Heb. 12:9, NW) O segundo em comando, a “autoridade superior” restante, e o Rei consorte Cristo Jesus, de quem Pedro escreve, “Honrai o rei.” Paulo confirma isto, falando do grande nome ou cargo exaltado que Deus conferiu a Jesus quando o elevou à posição superior como autoridade consorte. “Mantendo esta atitude mental que houve também em Cristo Jesus. Por esta razão também Deus o exaltou a uma posição superior e bondosamente lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que em nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e na terra e debaixo da terra, e tôda língua confessa abertamente que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.”-1 Ped. 2:17; Fil 2:5, 9-11 e Apo. 11:15, NW.

8, 9. (a) Quem coloca as “autoridades existentes” e qual é a relação do cristão para com elas? (b) Por que é uma questão séria ser inferior sujeito à organização teocrática de Deus? e que aviso deu Paulo nesse sentido?

8 Os cristãos neste século vinte, como inferiores, alegremente dobram o joelho em reconhecimento de que Jeová e Cristo Jesus são aqueles a quem eles rendem a sujeição principal, autoridades divinas que tem o direito de impor-lhes deveres e obrigações; Paulo continua dizendo, “As autoridades existentes permanecem designadas às suas relativas posições por Deus.” (Rom. 13:1, NW) Aqui de novo há prova de que estas são as “autoridades superiores teocráticas”, porque está escrito que “Deus colocou os membros no corpo, cada um dêles, como lhe aprouve.” Portanto um cristão dedicado se deleita em ser obediente em todo sentido com sujeição leal e amorosa, e isto é o que preocupa todo servo de Deus.-1 Cor. 12:18, NW.

9 Confiam-se a estas autoridades superiores teocráticas grandes poderes de castigar por meio de sanções. Têm poder de executar juízo contra todos os opositores. Dando aviso neste sentido, Paulo então escreve, “Por isso quem se opõe à autoridade tem-se definido contra o arranjo de Deus; os que se definiram contra êle receberão sôbre si o juízo. Por que os que dominam não são objeto de temor para a boa ação, mas sim para a má. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Prossiga fazendo o bem e terás louvor dela; porque ela [a autoridade] é ministro de Deus para teu bem. Mas se fizerdes o mal, teme; pois não é debalde que traz a espada; porque [a autoridade] é ministro de Deus, e vingador para expressar a ira [sanções penais] contra aquêle que pratica o mal.” (Rom. 13:2-4, NW) Na verdade é uma relação extremamente séria ser introduzido como inferior sujeito à organização teocrática de Deus. Nunca se deve esquecer de que maus atos, crassa infidelidade e oposição às autoridades governamentais teocráticas de Deus acarretam terríveis consequências.

10. Que fatos adicionais demonstram que as “autoridades superiores” mencionadas em Romanos 13:1 não poderiam ser os governos cesarianos conforme pretende os clérigos?

10 Os textos supracitados da carta de Paulo aos Romanos jamais poderiam ter-se aplicado aos poderes políticos do mundo de César, conforme errôneamente pretendem os clérigos da cristandade. Os césares dêste mundo nunca demonstraram por seus atos que são os ministros de Deus para teu bem. Exatamente ao contrário, os césares fizeram o mal perseguindo os fiéis servos de Deus. Só se precisa citar os fatos concisos de como nos países ocidentais entre 1933 e 1946 milhares de cristãos sinceros foram perseguidos, atacados por motins e injustamente encarcerados porque obedeceram a Deus antes que aos homens. Por exemplo, durante êsses anos homens e mulheres, testemunhas de Jeová, em número de 1.600 foram encarcerados na Grã-Bretanha; 10.000 foram enviados a campos de concentração por Hitler na Alemanha; e nos Estados Unidos da América do Norte se efetuaram 20.000 prisões e encarceramentos além de pelo menos 1.500 ataques por motins. Desde 1946 a Rússia se tornou notória prendendo e desterrando milhares das testemunhas cristãs de Jeová. Resultou exatamente conforme Jesus predisse. Assim como César e seus aliados religiosos perseguiram a Jesus, assim também o césar moderno e seus apoiadores religiosos deixam uma crônica negra por perseguiram os cristãos modernos. - João 15:20.

11, 12. (a) Que diz Paulo acerca do motivo apropriado para estar em sujeição às autoridades teocráticas de Deus? (b) Como ilustra Paulo esse motivo correto, e que outras obrigações menciona êle?

11 Paulo prossegue a reforçar o seu conselho jurídico discutindo o principal motivo para o cristão sujeitar-se às autoridades superiores teocráticas. Ele mostra que o motivo impelente não só consta de evitar a ira de castigo às mãos do govêrno de Deus mas que compreende também a fôrça mais poderosa em nós, a do nosso amor sincero à justiça, nosso profundo amor a Jeová nosso Grande Benfeitor. Paulo diz: “Há portanto uma razão que vos compele a estar em sujeição, não só por causa dessa ira [sanções de castigo] mas também por causa de vossa consciência.” (Rom. 13:5, NW) A consciência é a faculdade da mente pela qual a criatura humana compreende e claramente percebe ou aprecia que o proceder seguido por ela é certo ou errado. A consciência do cristão, educada por muito tempo pela Palavra de Deus, sabe bem qual é a vontade de Deus e qual é a coisa correta a fazer para agradar a seu Mestre celestial. Assim mediante nosso amor sincero a Deus com que nossa consciência se lava constantemente, o cristão, sem hesitar, se mantém em sujeição completa a Jeová e suas autoridades teocráticas que governam.

12 Para enfatizar êste assunto de consciência, Paulo em seguida dá uma ilustração do motivo correto, “Por esta razão também pagais tributos.” O “tributo” mencionado é o de pagar impostos a César. Anos antes do tempo de Paulo, Jesus tinha resolvido essa questão de pagar “tributos” ou imposto a César (vide os parágrafos 3 e 4); de modo que Paulo sem hesitar citou êste exemplo de motivo correto de uma consciência clara como proceder óbvio. Voltando-se então a seu tema principal, Paulo argúi: “Porque [as autoridades teocráticas] são os servos públicos de Deus que constantemente atendem a isto mesmo. Dai a todos o que lhes é devido, a quem exige tributo [o lançamento dos impostos de César sôbre as pessoas e bens imóveis], o tributo; a quem exige impôsto [o impôsto de César sôbre “artigos comerciais e pessoais], o imposto; a quem exige temor [respeito pelas pessoas eminentes tanto na organização de Deus como na de Cesar, êsse temor; a quem exige honra [Pedro diz, ‘Honrai a homens de toda espécie’], tal honra.” -Rom. 13:6, 7 e 1 Ped. 2:17, NW.

ORAÇÕES POR AQUÊLES QUE ESTÃO EM POSTOS ALTOS

13. Que perguntas faz surgir 1 Timóteo 2:1-4?

13 Mais um texto que causou confusão na mente de algumas pessoas é 1 Timóteo 2:1-4. É muitas vêzes associado com Romanos 13:1-7; portanto é apropriado considerá-lo agora. Reza, segundo a New World Translation: “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças, em favor de homens de tôda espécie, em favor dos reis e todos os que se acham em postos elevados, para que continuemos levando uma vida tranquila e sossegada com tôda devoção piedosa e seriedade. Isto é justo e aceitável aos olhos de nosso Salvador, Deus, cuja vontade é que homens de tôda espécie se salvem e cheguem ao conhecimento acurado da verdade.” Quem são os reis e aqueles em pôsto exaltado? Que espécie de orações se ofereceriam por eles?

14. Quem são os reis e os que ocupam altos postos? e como se harmonizam as instruções que Jeremias deu com as de Paulo?

14 Do contexto parece que os reis e outros em pôsto exaltado mencionados são governadores das nações mundanas e outras pessoas de alta categoria nos negócios públicos. Há casos registados na Bíblia em que o povo de Jeová ofereceu orações que tocavam aos governadores, as quais às vêzes eram a favor de tais governadores. No dia de Jeremias e depois que os reis da Judeia foram feitos tributários de Nabucodonosor, rei de Babilônia, houve desassossego politico em Judá, muitos dependendo do Egito para socorro nas suas sedições contra Babilônia. Ainda depois que muitos judeus foram levados cativos a Babilônia em 618 A. C., o espírito sedicioso floresceu e houve grandes esperanças de que o Egito os livraria do jugo babilônico. Jeremias profetizou de modo diferente, e em vez de levantar as esperanças dos judeus cativos em Babilônia de que em breve haveria libertação, ele lhes disse que se preparassem para uma estada longa ali, e acrescentou como parte da mensagem de Deus para eles: “Buscai a paz da cidade, para a qual fiz que fosseis levados cativos, e orai por ela a Jehovah: porque na sua paz vós tereis paz.” (Jer. 29:1-7) O objetivo das orações a Deus pela cidade captora era que os judeus cativos levassem uma “vida tranquila e sossegada”.

15. Como se harmoniza Esdras 6:10 com 1 Timóteo 2:1, 2?

15 Após Babilônia ter caído diante da investida de Dario o medo e Ciro o persa, este decretou que os judeus podiam regressar a Judá e reedificar o templo em Jerusalém. Isto foi em 537 A C., mas só após anos de interrupção e oposição o templo foi acabado, em 516 A. C. A intercessão de Dario, governador do império medo-persa, abriu caminho para que o governador judeu, Zorobabel, completasse o projeto; e depois de ordenar que os opositores ajudassem em vez de impedir, e até mandar que se facilitassem aos judeus abastecimentos das provisões do rei para sacrifício no templo, o rei medo-persa acrescentou em explicação: “Para que offereçam sacrifícios de cheiro suave ao Deus do céu, e orem pela vida do rei e de seus filhos.” (Esd. 6:1-10) Aparentemente todos os desejos de Dario II se efetuaram, incluindo o de que os judeus orassem por ele e seus filhos. Não há evidência ao contrário.

16. De que modo são semelhantes as circunstâncias que acompanharam esses acontecimentos nos dias de Jeremias, Zorobabel e Paulo?

16 Estes dois casos, o do dia de Jeremias e o outro do tempo de Zorobabel, harmonizam-se bem com o conselho que Paulo deu a Timóteo. Ambos casos se deram em tempos em que prevaleciam movimentos ou acusações sediciosas, e as orações a favor dos governadores empossados mostrariam que os que oravam não visavam derrubar o governo, mas que favoreciam a continuação do governo existente em vez de novo regime rebelde dirigido pelos homens: Desejavam a paz, não a revolução. Ademais, Nabucodonosor foi usado por Deus para castigar o Israel apóstata, e Dario II foi um meio para restabelecer a verdadeira adoração em Jerusalém. Existia condição semelhante quando Paulo escreveu a Timóteo sôbre orar relativo a governadores em postos elevados, entre 61-64 E. C. Nesse tempo fomentavam-se sedições em Jerusalém e tôda a Palestina, as quais logo em seguida precipitaram a guerra com os romanos que conduziu à horrível destruição de Jerusalém, em 70 E. C. Os cristãos não participaram das sedições judias, nem tinham preconceitos e ambições políticas, mas só estavam interessados na paz e tranquilidade em que poderiam pregar o evangelho. Não estavam empenhados em derrubar nenhum governo, mas deixariam isso a Cristo Jesus no seu devido tempo. Até então, poderiam orar pela administração pacífica dos negócios públicos que conduziria à vida tranquila e sossegada com tôda devoção piedosas. Além disso, as legiões romanas foram instrumentos usados para executar juízo divino contra os judeus, assim como Nabucodonosor tinha sido usado há séculos, em 607 A. C.-Mat. 22:7.

17. Como poderia alguém orar em tais ocasiões como descreve Mateus 10:18?

17 Não só podiam os cristãos primitivos indicar tais orações para provar que eram inocentes das muitas acusações de sedição lançadas contra eles, mas também podiam usá-las para possivelmente influir nas decisões que os governadores fizessem no tocante à pregação do evangelho. (Luc. 23:2; Atos 17:7; 24:5) Jesus avisou a seus seguidores: “Sereis levados por minha causa à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e às nações.” (Mat. 10:18, NW) O cristão certamente oraria a Deus antes de tais comparecimentos, e a oração teria que ver com o oficial perante quem alguém havia de comparecer, sendo ele mencionado. O cristão podia orar pedindo que a mensagem fôsse apresentada de forma clara, destemida e compreensível à autoridade ou juiz, e que, se agradasse a Deus, ele tornasse essa pessoa de alta categoria bem disposta a mensagem, imparcial e razoável, a fim de que visse a justiça da causa do cristão e decidisse a seu favor, permitindo-lhe liberdade de ação para pregar, e não impedindo tal atividade pelo encarceramento do ministro.

18. Como se exemplificou tal espécie de oração no dia de Ester?

18 Há exemplos na Bíblia também de orações relativas as autoridades governamentais neste sentido ou com esse objetivo em mira. Quando a rainha Ester compareceu perante o rei persa, Xerxes, sem ser chamada, ela pôs em perigo sua vida, portanto antes de fazer isto, mandou dizer a Mardoqueu: “Vai ajuntar todos os judeus que se acham em Susa, e jejuai por mim; não comais nem bebais por três dias nem de noite nem de dia. Da mesma maneira também eu e minhas criadas jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei: se perecer, pereci.” Tal jejum perante Deus certamente se faria acompanhar por orações e súplicas para a segurança de Ester, o que quer dizer que rogariam a Deus que fizesse que o rei olhasse a Ester com favor, pois sôbre esse ponto dependia sua segurança. As intercessões tiveram êxito, porque Ester alcançou o favor do rei. -Ester 4:16; 5:2.

19. Como se orou assim com bom êxito no caso de Neemias?

19 Também, quando Neemias teve de apresentar diante do rei persa uma causa que implicava a adoração de Jeová, jejuou e orou, concluindo sua oração assim: “Rogo-te, Senhor, que estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos, que se deleitam em temer o teu nome; faze hoje bem succedido o teu servo, e concede-lhe misericórdia deante deste homem.” O homem era o rei, de quem Neemias era copeiro. Quando Neemias apareceu perante o rei, perguntou-se-lhe: “Que me pedes tu?” Antes de responder Neemias fez alguma coisa, e ele no-lo diz: “Orei ao Deus do céu. Eu disse ao rei.” Primeiro veio a oração ligeira, e conseguiu resultados, porque a petição foi concedida. “O rei deu-m’as, segundo a boa mão do meu Deus sobre mim.” (Nee. 1:4, 11; 2:4, 5, 8) É bem evidente que Neemias orou para que Deus formasse a decisão do rei, e Deus respondeu a essa oração, e Neemias atribuiu a Deus a resposta favorável do rei.

20. Em que caso manifestou Paulo que estava disposto fazer súplicas pelos governadores?

20 E considerai a seguinte troca de palavras entre o rei Agripa e Paulo, quando estava para se decidir uma importante questão envolvendo a pregação de Paulo: “Disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão. Respondeu Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tais qual eu sou, mas sem estas cadeias.” Junto com o rei estavam presentes o governador e outras pessoas de alta categoria. Essas palavras de Paulo relativas àqueles governadores, ainda que não constituíssem uma oração formal, contudo tinham a natureza de súplica ou intercessão, pois constavam de “prouvera a Deus”. Não seguiu a conversão das altas autoridades, mas a sua decisão era favorável a Paulo: “Este homem não fez nada digno de morte ou prisão”; “Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César.” (Atos 26:28-32, NTR) Neste caso particular Paulo foi subsequentemente solto por César.

21. Como é possível que tais orações sejam de benefício a homens de tôda espécie?

21 Em outras ocasiões os primitivos cristãos oravam relativo a governadores, embora nem sempre fosse a favor deles. (Atos 4:23-31) Fizeram isso a fim de que prosperasse a obra de pregação. Ademais, podiam-se considerar como sendo em favor dos governadores as orações que tocassem a eles, no sentido de que, se se conformassem às petições, estariam em posição mais favorável perante Deus. Se as orações em favor da administração justa dos negócios públicos por parte das autoridades forem respondidas e resultaram em existência tranquila, sem perseguições e ataques amotinados violentos, sem proscrições e encarceramentos, então redundam em benefício aos homens de tôda espécie, e não só às testemunhas de Jeová e aos governadores. Por conseguinte e no interesse de salvar os homens de tôda espécie e trazê-los ao conhecimento da verdade que oramos com respeito aos governadores e outros em altos cargos. A pregação extensa ajuda os homens de tôda espécie.

22. Portanto, ao mantermos o nosso equilíbrio neste assunto o que pediremos em oração e o que não?

22 Alguns funcionários públicos aceitaram a verdade, porém não oramos por isso. Oramos pela oportunidade de pregar a tôdas as “outras ovelhas” do Senhor que ainda estão dispersas, e se entre elas se acham alguns governadores estamos contentes. Nem oramos a favor dos projetos políticos dos governadores, tão pouco pelo mundo de que fazem parte. (João 17:9; Tia. 4:3, 4) As nossas orações não devem assumir aspecto político, porque somos neutros no tocante aos negócios deste mundo. Os judeus no tempo de Jesus, bem como antes e depois do seu tempo, foram longe em mostrar respeito a César, podendo dizer em prova do seu patriotismo: “Oferecemos diariamente sacrifícios duas vezes, por César, e pelo povo romano.” (Guerra judaica por Josefo, Tomo II, Capitulo X, Secção 4) Foram até o extremo suicida de rejeitar o Messias com o grito clamoroso: “Não temos outro rei senão César.” (João 19:15) Que outros se tornem semelhantemente desequilibrados na sua opinião sôbre esse assunto e caiam na destruição se insistem nisso, mas atentemos nós ao conselho de Paulo: “Tu, porém, mantém equilíbrio em tôdas as coisas.” (2 Tim. 4:5, NW) Portanto não oraremos pela conversão do mundo, nem pela conversão de uma nação ateísta, tão pouco pela conversão de corpos governamentais ou autoridades individuais; ao invés disto oraremos a Deus rogando que, se fôr do seu agrado dirigir os governadores e juízes a perceber claramente os debates relativos ao seu povo, assim faça para o bem da obra. Podemos orar com respeito a processos nos tribunais, proscrições, perseguições atrás de “cortinas de ferro”, e outros processos em que está envolvida a obra, e tal oração também tocará às autoridades implicadas no caso, e se reagirem de modo justo, isso lhes redundará em proveito. Deus certamente efetuará a sua obra e abençoará seu povo, e às vezes ele manobra governadores mundanos para fazer a vontade divina. (Apo. 17:17) De tôda maneira, as nossas orações relativas àqueles que estão em altas posições jamais os exaltarão acima das Autoridades Superiores, Jeová Deus e Cristo Jesus.

23. Que significa para o cristão “estar em sujeição”?

23 O resumo final do assunto de estar em sujeição às “autoridades superiores” é questão de humildade. Reconhecemos a nossa posição sumamente inferior perante o Deus vivo. Compreendemos que dele só dependemos para a vida e tôdas as suas presentes e futuras bênçãos ilimitadas. À medida que aumenta o nosso conhecimento da sua Palavra, a nossa adequada apreciação desta sujeição cresce. Isto não só se reflete nas nossas atividades de pregação, mas também na nossa associação como membros bem alertas da sociedade do novo mundo e nas nossas esferas domésticas de vida. Sujeitarmo-nos às verdadeiras autoridades superiores produz uma relação amorosa que é de favor divino.-Tia. 4:6, 7, NW.

24. Como nos deveríamos preocupar quanto a (1) nosso proceder anterior e (2) nossa nova carreira?

24 A maneira em que procedíamos anteriormente na sociedade do velho mundo deixou suas marcas no tempo antes de chegarmos a nos submeter às verdadeiras autoridades superiores. Mas esse tempo anterior de insubordinação deixamos atrás. Já que entramos na nova carreira sigamo-la com pleno entendimento. É necessário exercermos grande cuidado para que sigamos os princípios sãos e precedentes valiosos expostos na Bíblia para guiar o nosso caminho. Não corrais o risco de desagradar às autoridades superiores teocráticas por qualquer ato de infidelidade. Tal coisa poderia resultar em não alcançardes a vida eterna no novo mundo. É aconselhável pordes de lado os velhos escrúpulos e costumes. Convém a todos nós aceitar e executar os novos deveres que podemos averiguar das Escrituras. Sintamo-nos impulsionados a dedicar tôdas as nossas energias e substância em sujeição total ao governo do novo mundo. Façamos todo esfôrço para que essa nova carreira tenha bom êxito. Vivei diariamente e conformar-vos como se estivésseis no novo mundo. De fato, já é realidade a vida na sociedade do novo mundo. Apreciai agora plenamente os frutos e a paz da sujeição ao novo mundo.

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