BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w53 1/5 pp. 71-77
  • Restrições à liberdade cristã

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Restrições à liberdade cristã
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA NATUREZA
  • AS NORMAS DE RELAÇÕES SOCIAIS
  • PRINCÍPIOS DA VERDADE
  • AS LEIS TEOCRÁTICAS
  • AS REVELAÇÕES DA VONTADE DIVINA
  • RESTRITOS PELOS DIREITOS CONFERIDIOS A OUTROS
  • ALCANCE DA LIBERDADE CRISTÃ
  • Liberdade
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Não desacerte o objetivo da liberdade que Deus nos dá
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1992
  • Liberdade
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
  • Um povo livre, mas responsável
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1992
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1953
w53 1/5 pp. 71-77

Restrições à liberdade cristã

“Vós irmãos, fôstes chamados à liberdade; porém não mais esta liberdade para dar induzimento à carne, antes pelo amor sede escravos uns dos outros”– Gên 5:13, NW

1, 2. (a) Por que não pode o universo existir para sempre parte escravo e parte livre? (b) Descrevei a liberdade que o cristão já desfruta, e quais são algumas das suas limitações gerais?

O UNIVERSO não poderá existir para sempre parte escravo e parte livre como no presente. Jamais se tencionou que a criação universal fôsse escrava do egoísmo e injustiça. (Rom. 8:21, NW) Quanto ao resultado, há muito predito, desta controvérsia de longa duração, não pode haver dúvida. A causa da liberdade ganhará a eternidade da paz. Visto que a liberdade é o elemento apropriado em que as fiéis criaturas de Jeová podem viver, compete aos que viverem para servi-lo eternamente fazer isso de livre arbítrio e com júbilo. Para habilitar alguém a fazer uma escolha inteligente, ele deve conhecer o alcance da liberdade que lhe é facultada no divino serviço de Deus. É verdade que o cristão não deve aproveitar-se da liberdade que desfruta por não estar debaixo do concerto da Lei judaica para andar descuidada ou lascivamente segundo a carne. (Col. 2.14, NW) Há, porém, ainda outra liberdade à qual o cristão foi chamado. Essa liberdade tem restrições em razão do seu amor a Deus e, ao seu próximo concristão. Portanto a liberdade do cristão é, de modo sábio, uma liberdade restrita.– Gálatas 5:13, NW.

2 No início o cristão tem de compreender que, em grande escala, a liberdade que já desfruta é relativa. Não existe à parte do Superior Soberano, Jeová Deus, que está em condição de limitar o alcance da ação livre para o maior benefício dos seus servos. Esta liberdade relativa pode ser desfrutada somente por viver e proceder em harmonia com as restrições reveladas por Deus, o Autor da liberdade. (Sal. 146:7) Estas restrições formam as fronteiras que limitam a liberdade relativa da criatura. Alguns dêstes confins da liberdade estão alistados como segue: as limitações impostas pela própria natureza; as normas de relações sociais, os princípios da verdade, as leis teocráticas, as revelações da vontade divina, e as restrições por motivo dos direitos conferidos a outros. Estas serão consideradas cada uma por sua vez.

LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA NATUREZA

3, 4. (a) Que limitações se impõem pela natureza ao cristão quanto ao uso de seu corpo? (b) Que se dá a entender ao dizer que alguns se tornam de mente animalizada?

3 Homens são homens; não são espíritos nem animais. Por natureza se dividem em sexos, masculino e feminino. Muitos são crianças e os demais crescidos, maduros. Dos adultos, certa porcentagem são solteiros e os demais casados, tendo responsabilidades como maridos e espôsas. Os corpos humanos dos cristãos se assemelham a vasos, os quais devem ser guardados limpos e usados com prudência de acôrdo com a natureza. (2 Cor. 4:7; 1 Tes. 4:3-5, NW) Em tôdas as épocas Satanás e os demônios têm induzido os homens a exercer livre arbítrio, usando seus corpos de maneira desnatural, contrária ao propósito original de Deus em fazê-los varão e mulher. Descrevendo esses réprobos que ultrapassaram os limites estabelecidas na natureza, Paulo escreve, “Por isso Deus entregou-os a paixões de ignomínia. Porque as suas próprias mulheres mudaram o uso natural em outro uso, que é contra a natureza, E, do mesmo modo, também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam nos seus desejos mutuamente, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento.” -Rom 1:26:27, So.

4 Pedro e Judas também descrevem aqueles que excedem os limites da natureza tornando-se animalizados. Eles advertem que tais até procuram associar-se com os cristãos. “Êsses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos.” “‘No último tempo haverá ridiculizadores, andando segundo as suas ímpias concupiscências.’ São estes o às que causam divisões, homens animalizados, não tendo espiritualidade.” -2 Ped. 2:12, ARA; Jud 18, 19, NW.

5. Estão livres os cristãos para não demonstrar afeição natural?

5 Ademais, a natureza tem fortes vínculos que ligam pais e filhos numa relação íntima. Tais incluem os vínculos da afeição natural que deve existir entre os filhos e os pais. Os cristãos não podem ignorar esses fatos na natureza. Eles existem como limite à sua liberdade relativa. Com respeito aqueles que desatendem este limite, está escrito; “Homens. . .desobedientes aos pais, ingratos, sem benignidade, não tendo afeição natural, incontinentes,” etc. (2 Tim. 3:2, 3 NW) Obedecerem a esses vínculos na natureza e fortalecerem-nos ajudará muitos pais a criar seus filhos com êxito no favor divino.

6. Quais são as restrições quanto às relações com os do sexo oposto?

6 Outro assunto é o das relações sexuais corretas. Impuseram-se aos cristãos as limitações de não terem relações sexuais com outras pessoas além do próprio marido ou espôsa. (Mat. 19:3-9, NW) Entregar-se a fornicação e adultério ultrapassa os limites estabelecidos. A natureza exige dos casados que cumpram certas obrigações que não devem ser retidas. “Tenha cada homem sua própria mulher, e cada mulher seu próprio marido. O marido concede à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade ,sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido, e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sôbre o seu próprio corpo, mas sim a mulher.” (1 Cor. 7:2-4, NTR) O homem tem de viver com sua esposa segundo o conhecimento das leis fundamentais divinas da “natureza”. O marido toma em consideração a constituição biológica da mulher, as suas limitações, os seus ciclos, as suas vicissitudes, que grandemente afetam os seus processos mentais, disposição e temperamento. Deus não despercebe tais restrições femininas; nem devem os maridos. –Lev. 18:19; 20:18; 1 Ped. 3:7-9, NW.

AS NORMAS DE RELAÇÕES SOCIAIS

7. Que restrições sábias há no tocante às relações sociais do cristão com os de fé igualmente preciosa?

7 Quando as pessoas se tornam cristãs, elas entram em associação íntima com outros cristãos, formando assim uma congregação como parte do “um rebanho” de Deus. (João 10:16, NW) Um cristão dedicado não é chamado para viver só para si, mas é convidado a entrar com seus concristãos no serviço unido do Senhor. Espera-se que êle use mais do que a decência comum na sua associação com outros. Ele precisa usar bom senso e demonstrar seu amor para com seus irmãos na congregação local. (1 Ped. 2:17, NW) Jesus nos deu uma boa norma que rege tal relação social quando disse, “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles.” (Mat. 7:12, NW) Na realidade, as inteiras Escrituras Gregas Cristãs estão cheias de valioso conselho no tocante ao proceder do cristão para com os seus próximos. O cristão não pode ser obstinado, fazer a sua vontade na congregação sem considerar os sentimentos dos seus associados. Definitivamente quanto a associação, temos uma série de restrições sábias a nossa segura liberdade relativas .Tais limitações no exercício do nosso livre arbítrio nos importarão em benefício não só com respeito à nossa felicidade atual como também no que toca a granjearmos um lugar na eterna organização familiar de Deus.

PRINCÍPIOS DA VERDADE

8, 9. (a) Que são princípios verdadeiros, e onde se encontram? Dai alguns exemplos. (b) Como se formam as doutrinas bíblicas? Ilustrai.

8 Reconhecer os princípios da verdade e aplicá-los de maneira sabia é o caminho da justiça. O cristão sempre anda na justiça e destarte evita de exercer seu livre arbítrio por adotar o que é injusto. Que, então, são princípios? Um verdadeiro princípio é uma verdade fundamental. Desde que a verdade se conforma com os fatos ou é aquilo que se harmoniza com o real estado de coisas, princípios são essencialmente declarações de fatos básicos. A Bíblia contém milhares dêsses princípios declarados de modo nítido, à medida que outros são deduzidos ou se acham no livro da natureza. (Rom. 1:20, NW) Apresentamos aqui somente alguns. ‘Deus formou a terra para ser habitada.’ ‘O homem é mortal.’ ‘A alma que peca, morre.’ ‘Adão pecou e foi sentenciado à morte.’ ‘Deus é rico em misericórdia’ ‘Dá-se vida perfeita por vida perfeita.’ ‘A vida da carne esta no sangue.’ Jesus foi feito carne perfeita.’ ‘A perfeita vida de Jesus era resgate correspondente.’ ‘O sangue de Jesus comprou para o homem a libertação eterna da morte.’ Isa 45:18; Gên. 2:17; Eze. 18:4 Gên. 3:6, 19; Efé. 2:4 NW; Êxo. 21:23; Lev. 17:11; João 1:14; 1 Tim. 2:6; Heb. 9:12, NW.

9 Assim como se coloca o material de construção segundo um plano na edificação dum prédio, assim também se colocam os princípios da verdade bíblica segundo o plano divino para formar as doutrinas bíblicas da verdade. Pela colocação dos princípios acima mencionados na ordem apresentada, temos o esqueleto da importante doutrina bíblica relativa a ser o homem liberto da morte pelo resgate que Jesus Cristo forneceu. Dessarte todas as doutrinas bíblicas são formadas de princípios das verdades básicas.-Heb. 6:1, NW.

10. Como edificou Satanás a sua vasta organização sôbre o fundamento da sua primeira mentira?

10 Notai então o que Satanás, o originador das mentiras, fez com a sua primeira mentira, ‘Certamente não morrereis.’ (João 8:44, NW; Gên. 3:4) Êle se serviu dela para produzir o seguinte falso princípio injusto que não se baseia nem nos fatos nem na verdade. “A alma é um princípio animador. . . separada em natureza do corpo e considerada geralmente como sendo separada em existências”.a Desse único princípio mentiroso Satanás promulgou sua falsa doutrina religiosa quase universal da imortalidade humana, no sentido de que o homem continua a ter uma existência após a morte. Imaginai só sobre o fundamento de areia desta primeira mentira o Diabo converteu outras mentiras em princípios injustos, daí empregou tais falsos princípios para edificar sua gigantesca organização de injustiça composta da religião, comércio e política falsos! Portanto, mediante muitos mentirosos e nocivos ensinamentos e teorias de Satanás, ele cativou a mente dos homens por milhares de anos, alimentando-os de palha mental sem vida, que os mantém doentes de espírito, acorrentados nas trevas mentais longe da verdade.- 1 Cor. 10:21, NW.

11, 12. (a) A que está restrito o cristão quanto à sua alimentação espiritual, e por quê? (b) Como ilustra Jesus o proceder prudente e o insensato?

11 Assim vemos quão essencial é o cristão não ultrapassar seu limite de relativa liberdade para cavar nas doutrinas dos demônios conforme exaradas pela religião falsa. Tal exercício do livre arbítrio leva alguém às garras do Diabo e o escraviza à injustiça. Tal pessoa logo verifica que é lançada nas trevas exteriores; e quão grandes são tais trevas! Portanto a vida e os pensamentos do cristão têm de se alimentar diariamente dos ensinamentos da verdade colhidos da revelada Palavra veraz de Deus. A verdade permanece para sempre. A verdade é indestrutível. Aquecer-se no sol da verdade é verdadeira liberdade-Sal. 146:6; João 7:16, 17; 2 Cor. 13:8, NW.

12 Jesus contrastou bem os dois caminhos. No seguinte ele compara aquêles que edificam sua estrutura de fé sobre a “massa de rocha” da verdade com os insensatos que a edificam sobre a “areia” da inveridicidade. “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem discreto, que edificou a sua casa sobras massa de rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, contudo não desabou, porque fora fundada sôbre a massa de rocha. Outrossim, todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato; que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa e ela desabou e foi grande a sua queda.”-Mat. 7:24-27, NW.

AS LEIS TEOCRÁTICAS

13, 14. (a) Como se contrasta a base das leis de Deus com a de muitas das leis do homem? Ilustrai. (b) Que fim levaram os princípios que apoiavam o concerto da Lei mosaica quando Deus pôs termo à vigência legal da Lei em 33 E. C. e assim a tornou não-obrigatória aos cristãos?

13 Embora se baseiem muitas das leis humanas sôbre princípios falsamente concebidos, contudo as leis teocráticas conforme legisladas pelo grande Superior Soberano, Jeová Deus, baseiam-se com firmeza sôbre os princípios da verdade. “A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é verdade.” (Sal. 119:142) A lei de Deus não se compõe de ficções legais: Por exemplo, a lei divina que proíbe o assassínio, a qual ainda vigora até o dia de hoje, baseia-se sobre o princípio evidente de que o homem é mortal. (Gên. 9:6) Exatamente ao contrário, as falsas religiões ensinam a ficção de que o homem é imortal. Portanto, assim como princípios verídicos são empregados para edificar todas as diversas doutrinas bíblicas, assim também princípios verídicos formam a base de todas as leis de Deus. 1 Cor. 9:8-10, NW.

14 Realmente, cada uma das centenas de leis que compõem o concerto da Lei, conforme dado a Moisés em 1513 A C., se baseia sôbre um ou mais princípios da verdade. De fato, uma multidão de princípios justos vieram à atenção do homem pela primeira vez quando o concerto da Lei, como revelação, foi dado aos israelitas. Por esse motivo quando Deus pôs termo à força restritiva legal do concerto da Lei, “cravando-o no madeiro de tortura [de Jesus]” em 33 E.C., êle não destruiu os princípios eternos da verdade que chegaram à atenção do homem por meio dele. (Col. 2:14, NW) Esses princípios da verdade encontrados na Lei e ainda preservados para nós na Bíblia, continuam a guiar os cristãos no seu caminho da justiça. Por isso as sanções do concerto da Lei estão mortas da mesma forma que o próprio concerto da Lei, e em consequência não são obrigatórias aos cristãos hodiernos. “Não estais debaixo da lei mas debaixo da imerecida benignidade.”-Rom 6:14, NW.

15. Quais são algumas das leis teocráticas que restringem o cristão no tocante às suas ações?

15 Há, porém, leis teocráticas além da Lei de Moisés que limitam a extensão da liberdade relativa do cristão. Sendo que as leis são normas de ação ditadas pelo superior para dirigir o inferior, este está obrigado a obedecer nesses assuntos. Além de proibir o assassínio, conforme já mencionado, a lei proíbe ao cristão que coma sangue, ordena que se abstenha da fornicação, da adoração a ídolos, que não abandone à congregação nas assembleias, e assim por diante. (Gên. 9:4; Atos 15:20, 29; Heb. 10:25, NW) Então não nos esqueçamos das duas grandes leis ou mandamentos que Jesus nos deu. “‘Tens de amar a Jeová teu Deus de todo o teu coração e de tôda a tua alma e de todo o teu entendimento. Êste é o maior e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Tens de amar a teu próximo como a ti mesmo.’” (Mat. 22:37-39, NW) Estas e muitas outras normas exaradas para os cristãos nas Escrituras Gregas Cristãs, das autoridades superiores verdadeiras, Jeová Deus e Cristo Jesus, formam parte dos limites da liberdade relativa do cristão.

AS REVELAÇÕES DA VONTADE DIVINA

16, 17. (a) Qual é a atitude do cristão para com a vontade de Deus? Ilustrai isso no caso de Jesus. (b) Dai exemplos da vontade revelada de Deus que afastam grandemente a atividade e proceder do cristão na atualidade.

16 Corretamente o cristão ora a Deus, “Cumpra-se a tua vontade, como no céu, assim na terra.” (Mat. 6:10, NW) Por isto o cristão concorda em restringir seu livre arbítrio em harmonia com a vontade do seu Superior Soberano. Isto quer dizer que, sejam quais forem as revelações da vontade divina que as Escrituras lhe esclareçam, ele governará as suas ações em conformidade com estas. Notamos isso no caso de Jesus, que deduziu dos seus estudos das Escrituras Hebraicas e pela orientação do espírito santo que era a vontade de Deus que ele sofresse voluntariamente uma morte sacrifial a fim de fornecer a liberdade da morte para toda a fiel humanidade. No clímax do seu ministério, pouco antes de pagar o custoso preço mediante sua morte no madeiro de tortura, temos o registo das suas palavras, “Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”-Luc. 22:42, NTR.

17 A Biblia está cheia da vontade revelada de Deus para seus servos dedicados. Com diligência eles buscam mais conhecimento e apreciação da Sua vontade e fervorosamente se empenharn em ordenar seus atos em conformidade com essa justa vontade de Deus. Por exemplo, agora é a vontade manifesta de Deus que Suas testemunhas declarem o nome de Jeová por tôda a terra habitada. (Isa. 61:1, 2; Mat. 24:14; Rom. 9:17, NW) Em aditamento, é evidente das Escrituras que é Sua vontade que seu reino estabelecido prossiga a despedaçar todos os reinos deste velho mundo na iminente batalha do Armagedon. (Dan. 2:44; Sof. 3:8) Quem somos nós para resistir à vontade majestosa de Deus? Antes, apressamo-nos a ordenar as nossas vidas e afazeres em plena harmonia com Sua vontade, a fim de que esta sempre seja feita na terra assim como nos céus.

RESTRITOS PELOS DIREITOS CONFERIDIOS A OUTROS

18. (a) Quem confere direitos, e que cinco tipos são mencionados? (b) Que é um dever, e que relação tem com um direito? Ilustrai.

18 Os cristãos ficam sabendo que a sua liberdade é ainda restrita pelos direitos conferidos por Deus a outros. Como assim? Em todo governo, quer seja teocrático, quer feito pelos homens, o superior tem o poder de conferir direitos a pessoas individualmente. Direitos são vantagens ou poderes adicionais de ação livre. Tais podem constar de (1) vantagens legais no tocante a assuntos de interesse particular, (2) autoridade especial em relação com o cargo, (3) comissões em geral, (4) privilégios ou (5) dons. Tais direitos podem ser criados por lei para o grupo inteiro, conferidos diretamente a meros indivíduos ou estabelecidos por concertos. Em seguida, deve-se entender bem que para todo direito conferido pelo superior se cria também um dever igual correspondente. “Onde quer que exista na pessoa um direito, recai também sôbre outra pessoa ou sôbre todas as pessoas em geral um dever correspondente.”b Por conseguinte, dever é uma obrigação de fazer alguma coisa ou refrear-se de fazer alguma coisa de acordo com o direito de outrem. Por exemplo, deveis Cr$ 200, 00 a alguém. Ele tem o direito de reclamar os Cr$ 200, 00. Vós tendes o dever de lhe pagar os Cr$ 200, 00. Se houver disputas sôbre o assunto acima, então cabe ao juiz determinar que lado tem o direito. Daí ordena que se honre tal direito e aquele a quem cabe o dever, o cumpra. Assim vemos como a nossa liberdade cristã é restrita pelos deveres que temos de desempenhar de acôrdo com os direitos que Deus; conferiu a outras criaturas.

19. Comparai os direitos de Deus sem os do homem.

19 Jeová Deus, pelo motivo de ser o Criador, goza dos supremos direitos no universo. Os seus direitos ou vantagens legais são designados direitos soberanos em razão de ele ser o Grande Superior no govêrno teocrático. (Rom. 9:20, 21, NW; Sal. 95:3) Todos os direitos menores se originam de Jeová Deus e emanam dos seus direitos soberanos. (Jó 36:6).Tais direitos menores conferidos a seus inferiores, tôdas as fiéis criaturas desde Cristo Jesus para baixo até o homem leal sôbre a terra, se chamam direitos delegados. Em outras palavras, estes direitos menores são delegados por Deus aos seus servos quer em recompensa pelo serviço fiel, quer como simples manifestação de seu grande amor às suas criaturas. Para ilustrar o ponto, considerai a seguinte impossibilidade. Nenhuma criatura jamais poderia processar a Deus numa disputa, porque compete ao tribunal determinar quem tem os direitos superiores em certo ponto. Desde que Deus sempre teria os direitos muito superiores em qualquer questão que surgisse, ele ganharia todas as causas. Tudo isto significa que nunca se pode disputar com êxito os direitos soberanos de Deus. Até o próprio Satanás será obrigado a reconhecer este grande fato na sua completa derrota no Armagedon.- Jer. 18:1-10.

20. Quais são os direitos do necessitado, e como afetam os atos dos hodiernos cristãos?

20 Segue um estudo resumido de exemplos dos direitos referidos na Bíblia que se originam das várias maneiras mencionadas no parágrafo 18. “Sei que Jehovah manterá. . .o direito do necessitado.” (Sal. 140:12; Isa. 10:2) Esses ‘direitos do necessitado’ foram criados por lei debaixo do concerto da Lei a fim de dar aos estrangeiros não israelitas e aos outros necessitados na terra a vantagem de servir-se dos rabiscos da sega nos campos. Destarte se fez ampla provisão por lei para alimentar os pobres. (Lev. 19:9, 10) Essa lei, sendo mera sombra de coisas maiores do nosso tempo, representa, parece, o direito do espiritualmente pobre ou dos que não são genuínos cristãos a ouvirem a mensagem da verdade conforme pregada pelas testemunhas cristãs de Jeová. Às testemunhas de Jeová, portanto, cabe o dever importante de alimentar espiritualmente esses “necessitados” do Senhor. Deus lhes conferiu o direito de ouvir da misericórdia de Deus e de aceitar a verdade para a vida no novo mundo. Quem somos nós para lhes negar tal direito de obter a salvação?-Luc. 7:22; 14:21, NW.

21. (a) Qual é o direito referido em Ezequiel 21:27, e como afeta os atos do hodierno cristão? (b) Qual é a situação quando se confere autoridade a outros na organização de Deus?

21 As Escrituras se referem a mais um direito que é interessante examinar. Ezequiel diz, “O que é não continuará, até que venha aquele a quem pertence o direito: e lh’o darei a elle.” (Eze. 21:27) O direito mencionado aqui é o de assentar-se sôbre o trono de Jeová quando ele estabelecer seu reino. Dá-se esse direito mediante um concerto, ou contrato em linguagem moderna. Os termos foram negociados no concerto que Deus celebrou com Davi. Esse contrato era também conhecido como as benignidades juradas a Davi. Naquele concerto disse Deus, “Estabelecerei seu reino. Ele edificará uma casa para meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono de seu reinos.” (2 Sam. 7:12, 13) O apóstolo Paulo mostra claramente que é Cristo Jesus quem adquire por concêrto este direito ao trono do reino dos céus. Isto significa que todos os cristãos tem o dever de aceitar o direito real de Cristo Jesus e honrar a ele como sendo um governador exaltado no governo teocrático de Deus. (Atos 13:32-37; João 1:49; 1 Ped. 2:17, NW) Esse arranjo se aplica também a quaisquer outros a quem se confia um cargo na organização de Deus. Eles, da mesma forma, recebem uma medida de autoridade, que, por sua vez, lhes dá o direito (uma liberdade amplificada para atuar com sabedoria na superintendência da organização) de fazer atos que os demais não podem fazer. Aos demais compete obedecer à atuação daquele a quem se confiou tal autoridade teocrática.-Mar. 11:28; Luc. 19:17; João 5:27; 2 Cor. 10:8; Mat. 10:1, NW.

22. Que direitos vem aos cristãos em resultado da comissão que Jesus deu em Mateus 28:19, 20?

22 Agora consideremos um exemplo de direitos conferidos mediante comissão geral. Antes da sua ascensão aos céus, Jesus deu aos seus seguidores cristãos a comissão de serem ministros e suas testemunhas até os confins da terra. “Portanto ide e fazei discípulos do povo de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do espírito santo, ensinando-os a observar tôdas as coisas que eu vos tenho mandado.” “Ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em tôda Judéia e Samária, e até os confins da terra.” (Mat. 28:19, 20, NW; Atos 1:8, NTR) Isto deu aos cristãos dedicados o direito mediante comissão de pregar acerca de Cristo Jesus em tôda parte da terra. Impõe a todos os governadores terrestres e aos povos em geral o dever de permitir que tais ministros executam a sua comissão. Para que o governo romano reconhecesse este direito cristão de pregar a Cristo, Paulo apelou para o supremo tribunal do império situado em Roma. Referindo-se ao estabelecimento legal do direito de pregar as boas novas Paulo diz, “sendo vós todos participantes comigo da imerecida benignidade, tanto nas minhas cadeias como em defender e legalmente estabelecer as boas novas.” (Fil. 1:7, NW) Por este motivo os hodiernos ministros cristãos insistem em seus direitos de pregar a mensagem do Reino em todos os países. Ademais, nenhum cristão individual pode impedir que outro cristão defenda seu direito como ministro.

23. Discuti os direitos que vieram aos cristãos por motivo de um privilégio divino que desfrutam.

23 Também pela concessão de privilégios, se trazem à existência certos direitos. Considerai, por exemplo, um destes, o privilégio inestimável de levar o nome de Jeová. Na presença dos seus fieis apóstolos, Jesus orou a Jeová Deus, dizendo: “Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do mundo.. . .fi-los conhecer o teu nome e lho farei conhecer.” (João 17:6, 26, NW) Os verdadeiros ministros cristãos, sabendo o real significado do nome divino, Jeová, respondem com gozo à declaração de Deus em que ele diz, Vós sois as minhas testemunhas, diz Jehovah,. . .e eu sou Deus.” (Isa. 43:10, 12) Este privilégio vem acompanhado do direito de falar como embaixador de Deus e de representá-lo perante os governadores e povos da sociedade deste velho mundo. Aqui outra vez se proíbe a uma testemunha cristã de Jeová que impeça o concristão de exercer seu direito que provém deste privilégio. A razão disto é que tal privilégio emana diretamente do próprio Deus e não de nenhuma autoridade terrestre.

24, 25. (a) Como mostra Paulo que os vários dons conferidos aos primitivos cristãos vinham acompanhados de direitos? (b) Em que dons estão interessados os cristãos hodiernos? Podem manter os direitos associados com tais dons sem interferência de outros?

24 Finalmente, todos os diversos dons maravilhosos de Jeová vem acompanhados de direitos. Considerai como, nos dias da primitiva congregação, Deus conferiu diversos dons aos vários servos cristãos. “Ora há diversidade de dons, mas o espírito é o mesmo. Por exemplo, a um se dá, pelo espírito, a palavra de sabedoria, a outro, a palavra de conhecimento segundo o mesmo espírito, a outro a fé pelo mesmo espírito, a outro os dons de curar mediante esse único espírito, a outro ainda operações de obras poderosas, a outro a profecia, a outro o discernimento de pronunciações inspiradas, a outro a variedade de línguas e a outro a interpretação de línguas.” (1 Cor. 12:4, 8-11, NW) Paulo manifesta em outro lugar como cada servo abençoado com tal dom tinha o direito de falar perante a congregação, e ninguém lho pôde impedir por motivo do direito. “Quando vos reunis, um tem salmo, outro doutrina, este traz revelação, aquele outra língua, e ainda outro interpretação. Seja tudo feito para edificação.” (1 Cor. 14:26, ARA) Os dons aqui enumerados não estão em existência hoje entre os cristãos.

25 Todavia, Jeová o Dador de tôda boa dádiva, não despercebeu os cristãos após os dias dos apóstolos. (Tia. 1:17) Os seguintes são apenas alguns dos dons mencionados na Biblia, todos os quais vém acompanhados de certos direitos. A própria verdade é um dom precioso que ninguém tem o direito de vos tirar. A fé em Deus e Cristo é igualmente um dom de que ninguém pode privar outrem. Daí há os dons do celibato e do casamento, o dom da imerecida benignidade de Deus e o indescritível dom gratuito da bondade de Deus. (João 4:10; Efé. 2:8; Mat. 19:11;1 Cor. 7:7; Rom. 5:15; 2 Cor. 9:15, NW) O maior dom, porém, reservado para todos os fiéis cristãos, é o da vida eterna. “O dom que Deus dá é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rom. 6:23, NW) Quando alguém receber esse dom terá ganho o prêmio do direito à vida. Quem tem esse direito o retém sem que ninguém lho possa impedir exceto Jeová Deus, seu Dador de vida, que possui os direitos soberanos superiores. Que tesouro será êsse direito à vida!

ALCANCE DA LIBERDADE CRISTÃ

26. Têm as criaturas, tanto espirituais como humanas, iguais liberdades relativas? Explicai.

26 O homem não é a única criatura que tem limites estabelecidos no tocante à sua liberdade relativa. Desde que está escrito que o homem foi ‘feito um pouco inferior aos anjos’, parece que a esfera da liberdade relativa usufruída pelos anjos seria algo maior que a do homem fiel. (Heb. 2:6, 7, NW) Há, também, os 144.000 membros da glorificada organização do Reino nos céus que são “participantes da natureza divina”, que é categoria ainda superior á de qualquer anjo. Portanto com semelhante arrazoamento há de se concluir que êsses gloriosos filhos imortais de Deus desfrutam um vasto campo de liberdade relativa em conformidade com sua nova criação. (2 Ped. 1:4; 2 Cor. 5:17, NW) Do ressuscitado Cristo Jesus, o Rei, está escrito, “Êle é a reflexão da sua glória [de Deus] e a exata representação do seu ser.” (Heb. 1:3, NW) É verdade que esta personagem exaltada tem uma liberdade relativa que lhe permite grande ação de livre arbítrio que, sem dúvida, se aproxima da do próprio Deus. Contudo, na realidade, Jeová como o Superior Soberano é o único que tem liberdade absoluta.

27. Descrevei e discuti o alcance da liberdade que Deus apresenta às suas criaturas.

27 Dessemelhantes a Jeová, todos os demais têm limites que determinam a sua liberdade a certo ponto, dependendo do grau de inferioridade da sua categoria, desde Cristo Jesus até o homem fiel. Todavia, o alcance da esfera de liberdade relativa basta para habilitar as criaturas de qualquer categoria a dar a mais ampla expressão a suas vidas perfeitas com proveito para si mesmas e para todos ao redor delas, tudo para a glória de seu Criador, Deus. É vasta a proporção de liberdade que se oferece à criatura individual. Nunca nas épocas vindouras sentirá frustração nem restrição de sua livre expressão. A esfera da liberdade que permite ações de livre arbítrio, tanto físicas como mentais, nunca será completamente ocupada pelas consecuções do indivíduo naquela categoria. No fim do reinado milenário de Cristo, quando os súditos terrestres de Deus receberem plena possessão da sua ‘gloriosa liberdade como filhos de Deus’, então eles empreenderão proezas que absorverão todo engenho, arte e talento plenamente desenvolvidos do homem perfeito. Estas capacidades, que envolvem os poderes mentais, físicos e espirituais do homem perfeito, conseguirão feitos inimagináveis neste tempo de transição mundial.-Isa. 64:4.

28. Que se ilustra no caso de Jesus quanto ao alcance futuro do homem perfeito relativo à sua liberdade?

28 Refleti brevemente como isto foi demonstrado no caso do homem perfeito, Jesus, durante seu ministério terrestre. No início do seu ministério, quando foi batizado no Jordão em 29 E. C., “se lhe abriram os céus” e o espírito de Deus veio sôbre ele. (Mat. 3:16, NTR) Daquele tempo em diante ele recordou tôdas as suas experiências e vida espiritual pré-humanas. Isto quiz dizer que o cérebro desse homem perfeito era de tamanho suficiente para que a mente de Jesus retivesse tôdas as consecuções mentais e memórias da sua carreira pré-humana como poderosa criatura espiritual nos céus, as quais ele colheu através de um período de indizíveis bilhões de anos. Isto explica as alusões de Jesus a muitas das suas conversações pessoais com Jeová Deus nos céus, as quais êle recordou acuradamente. É razoável concluir que, nos bilhões de anos adiante, jamais o homem perfeito sôbre a terra atingirá as consecuções mentais superinteligentes exibidas no caso de Jesus, o Filho de Deus. De modo que, se Jesus como homem perfeito nunca achou frustrada nem restrita sua carreira na terra, então é certo que perante o homem perfeito no novo mundo vindouro se apresenta uma interminável vida empolgante de liberdade e atividade intensa. Não só isso como será uma vida de liberdade com segurança eterna. -João 5:19-21; 8:58; 12:48, 49; 17:5; Col. 1:15-17, NW.

29. Por que e como devem os cristãos estimar a sua liberdade?

29 A chamada à liberdade cristã foi proclamada por tôda a terra. Grande é a multidão que respondeu. São muitos os que se livraram da escravidão na sociedade do velho mundo de Satanás. Todavia, ainda maior é o número daqueles a quem se tem de dar a chamada, ‘Dizei aos presos, Saí.’ (Isa. 49:9, Al) Ao grande número de pessoas que já por vários anos gozam do clima apropriado da liberdade teocrática se dá este conselho, Sede exemplos genuínos aos novatos que atualmente abraçam a liberdade pela primeira vez. Por vosso exemplo de andar circunspectamente no que toca aos direitos dos demais e em manter-vos dentro dos limites pelas corretas restrições teocráticas a liberdade cristã, ajudareis os que vêm entrando a prosseguir à madureza. Estes desenvolverão respeito pelos requisitos de Deus e se tornarão membros mais eficientes da sociedade do novo mundo. Conformando-nos com os procedimentos atuais da organização cristã, estaremos muito melhor adestrados para nos tornar administradores do novo mundo depois do Armagedon. Continuai provando a vossa integridade como ministros das boas novas a fim de que se transforme em realidade bendita o vosso alvo de receberdes o dom anelado da vida eterna sôbre uma terra paradisíaca infindável. Por conseguinte, jovens e velhos, estimai a vossa liberdade cristã como sendo uma jóia de grande valor. Que ninguém vo-la roube. Retende-a com firmeza.

[Notas de Rodapé]

a O new International Dictionary, por Webster, Segunda Edigéo de 1934.

b Black’s Law Dictionary, Terceira Edição de 1933.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar