Perguntas dos Leitores

● A Sociedade Tôrre de Vigia diz que as crianças devem ser levadas às reuniões. Mas, que se faz quando são pequenas demais para entender? Ou quando os que tem idade suficiente não querem ir? — D. C.,Nova Iorque

A Sociedade diz que as crianças devem ser levadas as reuniões congregacionais porque a Bíblia o diz. Deuteronômio 31:11-13 diz: “Quando todo o Israel vier a comparecer perante Jehovah teu Deus no lugar que escolher, lerás esta lei diante do todo o Israel aos seus ouvidos. Congrega o povo, os homens e as mulheres, os pequeninos e o peregrino que está das tuas portas para dentro, para que ouçam e para que aprendam e temam a Jehovah teu Deus, e cuidam de cumprir todas as palavras desta lei; para que seus filhos que não a tinham conhecido, ouçam e aprendam a temer a Jehovah vosso Deus.“ E se os pequeninos não entendem, os pais podem explicar-lhes o assunto mais tarde.

Assim se deu em Israel, quando certo procedimento religioso não era entendido pelas crianças. “Quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este vosso? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.” (Exo. 12:26, 27, Al.) Lemos novamente com respeito à lei referente ao primogênito: “Se acontecer que teu filho no tempo futuro te pergunte, dizendo: Que é isto? dir-lhe-ás: O Senhor nos tirou com mão forte do Egito, da casa da servidão. Porque sucedeu que, endurecendo-se Faraó, para não nos deixar ir, o Senhor matou todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do homem até ao primogênito dos animais: por isso eu sacrifico ao Senhor os machos de tudo o que abre a madre; porém a todo o primogênito de meus filhos eu resgato.“ (Exo. 13:14-16, Al) .Os filhos dos israelitas não entendiam tudo o que viam e ouviam a respeito da Lei, por isso faziam perguntas, que eram respondidas pelos pais, e o resultado era uma instrução que nunca teria sido devidamente enfatizada se os filhos não tivessem estado presentes para observar e ouvir. Assim também hoje, quando as crianças assistem as reuniões congregacionais, veêm e ouvem coisas que não entendem, e talvez perguntem mais tarde aos seus pais, recebendo assim instrução.

Que se pode dizer dos filhos mais velhos que não querem assistir as reuniões? Se deixar que os filhos, quer muito jovens, quer adolescentes, se esquivem a assistir as reuniões teocráticas dizendo que não querem ir, então, permite que se esquivem de ir às escolas públicas seculares, quando ainda são jovens, ou já adolescentes, só porque não gostam de ir à escola? Obriga-os a ir, não importa o que prefiram pessoalmente, não é verdade? Por que os obriga a ir? Porque acha a educação fornecida pela escola pública mais valiosa do que a educação teocrática? (Pro. 8:10, 11) Ou insiste em irem à escola porque a lei do país o exige e porque tem medo de desobedecer à lei secular? Ora, não exige a lei de Deus que treine os seus filhos de todos os modos teocráticos providos? E não é a desobediência à Sua lei uma coisa muito mais temível do que a desobediência ao estado? Quando se trata de fazer a escolha entre obedecer a Deus ou ao estado, não obedecemos a Deus como o todo-importante? — Atos 4:19; 5:29.

Alguns pais na verdade cometem o engano de adotar o ponto de vista mundano quanto a assistir às reuniões. Se a criança não deseja ir ao Salão do Reino, os pais talvez o desculpem em razão de ela ser ainda muito pequena, ou de não entender nada da reunião se for obrigada a ir, ou de causar perturbação. A Bíblia não admite exceções nestas bases. Se os pais com filhos pequenos podem ser levados para o fundo do salão, os filhos podem ser levados para fora até se acalmarem, se começarem a chorar. Se os pais se sentarem com seus filhos e cuidarem deles, as perturbações causadas por jovens podem ser impedidos desde o início: alguns pais argumentam que não obrigam seus filhos a assistir porque não querem obriga-los a aceitar a verdade; crêem que é melhor esperar até que o filho tenha bastante idade para tomar a sua própria decisão. Quando o filho chegar à idade da responsabilidade, tomará a sua posição; mas, por que não dar-lhe um bom início durante os seus anos formativos, um início no caminho certo que leva a vida, em vez de deixa-lo sozinho, para tornar-se presa da tolice infantil e de Satanás? Proteja o filho contra si próprio e contra outros. — Pro. 22:6, 15.

Enquanto os filhos estão sob o teto dos pais e sob a responsabilidade parental, devem obedecer ao chefe da família. Os filhos têm de aprender que não podem fazer sempre o que bem entendem, que eles tem uma cabeça sobre si, assim como a esposa, o homem, a igreja e Cristo a têm. (1 Cor. 11:3) Jeová Deus é o único no universo que não tem cabeça sobre si. Quando os filhos de Jeová na família teocrática universal não lhe obedecem, são expulsos de sua família e êle não os considera mais como filhos e filhas, mas considera-os como sendo ilegítimos. (Heb. 12:4-11.) Se o chefe da família humana, o homem, estiver na verdade, mas não tiver seus filhos em sujeição — o que certamente inclui sujeição no assunto mais importante da adoração de Jeová — então ele não deve ser usado como servo na congregação. Se não puder presidir a sua própria familia, como pode presidir teocraticamente a uma congregação? (1 Tim. 3:4, 5, 12; Tito 1:6) De modo que os filhos devem estar em sujeição aos pais, e isso inclui a sujeição a exigência paternal de assistir às reuniões.

Portanto, evite o conceito relaxado e cômodo do mundo, que os filhos podem estar a vontade até crescerem e que depois podem escolher a sua própria religião. A delinqüência juvenil em toda a parte não recomenda as normas do mundo com respeito ao treinamento dos filhos, nem é a delinquencia religiosa uma recomendação dos seus métodos neste campo. Suas normas sobre a educação dos filhos não anula as normas de Deus, assim como suas baixas normas morais não eliminam os elevados requisitos morais da Palavra de Deus. Somos medidos pelas normas bíblicas, não pelas do mundo. A Bíblia é nosso guia, não o mundo. Somos reconhecidos como diferentes do mundo, porque seguimos normas mais levadas. Por isso não devemos raciocinar como o mundo, com mentalidade mundana, mas devemos buscar o pensamento de Deus sobre o assunto e adotar o seu modo de pensar. (Isa. 55:8, 9) Nas famílias mundanas, os filhos talvez mandem nos pais; nas famílias teocráticas não acontece isso. Desde quando é o filho o chefe da casa, dizendo aos pais o que o filho fará e o que não fará? Em Israel, filhos obstinados podiam ser apedrejados. (Deu. 21:18-21) Josué não permitiu que cada um na sua família escolhesse a sua própria religião, quer para servir a Jeová, quer a algum deus falso. Josué decidiu não apenas quanto a si próprio, mas para toda a sua família, assumindo a responsabilidade familiar e fazendo uma escolha sábia para a preservação de todos os que estavam sob a sua chefia. (Jos. 24:15) É possível que alguns pais tenham de reconsiderar seu programa quanto ao treinamento dos filhos, em vista do entendimento mais claro a respeito do mérito familiar e da responsabilidade familiar.