Boas Novas Para a Humanidade Perplexa
Há boas novas. Há mais razão para regozijo agora do que em qualquer outra época da história, apesar da onda de aflições que sobreveio à terra. Conheça esta razão por ler o que se publica aqui.
NESTE mundo intranqüilo e descontente são simplesmente inexistentes quaisquer boas novas. Portanto, para que haja boas novas para a humanidade perplexa, elas precisam necessariamente originar-se duma fonte separada deste mundo. E assim é. De fato, elas procedem do Criador dum novo mundo, dum sistema inteiramente novo, em que habita a justiça, um mundo que tem “fundamentos, cujo arquiteto e edificador é Deus”. Embora isso talvez pareça improvável aos céticos e aos pessimistas, este fato se torna cada vez mais evidente com o passar dos dias. — Heb. 11:10.
A fim de contrabalançar as boas novas da irresistível aproximação do novo mundo, o velho mundo zomba e mofa, e tenta até criar seu próprio espírito de esperança. Por exemplo, o “espírito de Genebra”, que afrouxou brevemente as tensões do mundo e estimulou as esperanças da humanidade, foi um de tais esforços. Mas as boas novas que se ofereceram na conferência de cúpula em Genebra não foram dadas de boa fé, não eram nem sinceras, nem genuínas. Foram de pouca duração, e pouco depois recomeçou a guerra fria.
Esta tendência de clamar pela paz, seguida pelo desapontamento está em harmonia com as palavras do profeta: “Eles curam superficialmente o mal da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz: quando não há paz.” “Aguardamos a paz, porém não chegou bem algum; e o tempo da cura, e eis o pavor!” “A esperança prolongada faz adoecer o coração.” E quem pode negar que o coração da humanidade perplexa não só está aflito, mas está mortalmente doente por causa da delonga das promessas de paz? — Jer 8:11, 15; Pro. 13:12.
Outra arrancada esperançosa que assumiu aspectos de ruína é o próprio surto religioso. No principio, a reanimação religiosa parecia ser boas novas, especialmente ao mundo ocidental que sofre severamente de agnosticismo, ateísmo e materialismo. Mas, ao passo que as religiões mundanas ficaram mais populares e estão agora na moda, há uma queda na moralidade, um surto de crimes e de corrução, um aumento na delinquência de adultos e de jovens, e tudo isso notávelmente entre o público religioso.
Em outras palavras, o surto religioso não é genuíno, não é real, nem procede do íntimo do coração dos homens. É uma religião superficial, e por isso não pode produzir bons frutos. A fôrça motriz atrás da reanimação não é o espírito que diz: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu.” (Sal. 40:8, Al) Antes, é: “Faça-se a minha vontade, com a Tua ajuda.” A nova religião esforça-se a usar Deus como instrumento e não se interessa em tornar-se instrumento de Deus. Tentar usar Deus para qualquer fim, não importa quão nobre seja aparentemente, é sempre errado. Mesmo usá-lo para o objetivo vital de resistir ao comunismo e por fim derrotá-lo, é fazer Dêle um instrumento, e portanto é errado. Ele não se deixará usar dêste modo. Deus lidará ao seu tempo com todos os governos iníquos. O Dr. Eugene Carson Blake, destacado porta-voz protestante, disse: “Assim, o aumento no interesse religioso torna-se um possível perigo. Pode tornar-se realmente trágico, caso se torne um esteio e uma justificação para uma vida essencialmente não-religiosa, em vez de uma ajuda para uma nova introspecção moral e espiritual.”
Portanto, este crescente simulacro religioso não é boas novas. É de fato um sinal que indica os últimos dias dêste sistema iníquo de coisas. Disse Paulo, o apóstolo: “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, . . . mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, tendo uma aparência de devoção piedosa, mas provando ser falsos para com seu poder; afasta-te dêstes.” O profeta Oséias, em tipo, falou dos nossos dias, dizendo: “Jehovah tem uma contenda com os habitantes da terra, porque na terra não há verdade, nem misericórdia, nem conhecimento de Deus. Não ha senão o jurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar; cometem violencias, e homicídios sucedem a homicidios. Portanto a terra pranteará, e todo o que nela habita, desfalecerá.” Por causa da sua corrução inerente, é impossível que o velho mundo tenha boas novas. — 2 Tim. 3:1-5, NM; Osé. 4:1-3.
QUAIS SÃO AS BOAS NOVAS E ONDE AS HÁ?
Desagradáveis como sejam as condições que acabamos de descrever, constituem, contudo, um sinal das boas coisas que hão de vir. Como? Depois de falar sôbre as guerras, as fomes, as pestilências, os terremotos e os temores que engolfariam a atual geração, Jesus disse aos seus discípulos: “Quando, porém, estas coisas começarem a acontecer, exultai a levantai as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” A indicação da redenção das atuais condições perplexas já é em si mesmo boas novas. Mas as boas novas a que Jesus se referiu envolviam o estabelecimento do reino de Deus, aquêle govêrno há muito prometido que há de abençoar a humanidade com paz, prosperidade e vida eterna num novo mundo de justiça. Estas são as boas novas, o evangelho, que há de ser pregado “por todo o mundo em testemunho a todas as nações”, antes que venha o fim completo dêste sistema de coisas. O fato de que este reino já esta aqui agora, hoje, estando já em operação, são as melhores boas novas que já houve na terra! — Luc. 21:28; Mat. 24:14.
Mas onde está? é talvez a sua pergunta. O próprio Reino é um governo celestial; portanto, não pode ser visto por olhos humanos. Mas a sociedade do Novo Mundo é o resultado da operação do Reino que pode ser visto pelos homens. Já está em funcionamento na terra desde 1919, com resultados definidos, visíveis. Portanto, a própria presença da sociedade do Novo Mundo já é sinal do estabelecimento do Reino, portanto, boas novas e causa de grande regozijo.
Como podemos ter certeza disso? Que prova há disso? E por que não foi aclamado pelas nações? Quando ocorreu tudo isso? A Bíblia responde.
A entrega do Reino a Jesus, segundo a profecia, tinha de se dar no fim dos “sete tempos” do domínio ininterrupto de Satanás sôbre as nações. Estes tempos tiveram seu início em 607 A. C., no tempo da destruição de Jerusalém, e continuaram por sete tempos simbólicos, ou 2.520 anos. Estes anos terminaram em 1914 E. C. O ano de 1914 marca o tempo do estabelecimento do governo do Reino, nos céus. O estabelecimento de um novo governo universal é o principal requisito para a introdução dum novo mundo. É por isso que por ocasião do seu estabelecimento ressoou o grito: “O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e êle dominará como rei para todo o sempre.” — Apo. 11:15, NM; Dan. 4:16, 25, 32.
Em vista de tôdas as expressões piedosas das organizações religiosas, o povo da cristandade fica enganado a pensar que na ocasião em que o reino de Deus, por Cristo, assume o poder, as nações, e especialmente as nações da cristandade, regozijar-se-ão e darão graças a Deus, entregando imediatamente as suas soberanias terrestres a seu Cristo. Mas a hipocrisia da religião falsa revela-se no fato de que se deu exatamente o contrário. Ele disse que aqueles que favorecessem o seu govêrno diriam: “Graças te damos, Jeová Deus, o Todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a dominar como rei.” Mas, quanto às nações da terra por ocasião de se assumir o poder divino, Jesus continuou a dizer: “Mas as nações se iraram, e veio a tua ira, e o tempo designado . . . para arruinar os que arruínam a terra.” O próprio fato de que esta ira das nações irrompe por ocasião do estabelecimento do govêrno divino para a terra, constituí parte do sinal que os discípulos pediram a Jesus. Ocorreu exatamente no fim dos 2.520 anos do domínio gentil. Este fato mostra que tal ira é evidência de que já chegou o fim do velho mundo e o tempo de se iniciar o domínio do Reino. — Apo. 11:15-18; Mat. 24:7, 8; Luc. 21:7-28, NM.
O nascimento do Reino em 1914 E. C. significava que o fim do mundo de Satanás não estava longe, o que, naturalmente, não é boas novas para os apoiadores dêste sistema moribundo. Mas é boas novas para a humanidade perplexa, porque significa que tampouco está longe um novo mundo justo de vida, alegria e paz. As boas novas dêste fato têm sido pregadas especialmente desde 1920, e continuam a ser pregadas em tôda a terra, por um número cada vez maior de testemunhas de Jeová, em cumprimento de Mateus 24:14. Atualmente estão sendo pregadas em mais de 175 países, sendo que mais de 798.326 proclamadores dedicaram mais de 110.390.944 horas, durante 1958, a levar estas boas novas à atenção do povo. Centenas de milhões de livros, Bíblias, revistas e tratados foram distribuídos e empregaram-se outros meios ainda para anunciar esta verdade irrefutável.
O mundo ficou abalado em resultado do dilúvio de informações publicadas, pessoas de tôdas as nações, raças e línguas dirigindo-se á sociedade do Novo Mundo e exercendo fé no seu Deus. Só no ano passado, mais de 62.660 pessoas declararam-se a favor do novo mundo pela imersão em água, tornando-se assim novos proclamadores ativos das boas novas. Estes, junto com as centenas de milhares de outros, formam uma sociedade que não é parte dêste velho mundo. Formam uma sociedade do Novo Mundo, pela Palavra e pelo espírito de Jeová. Como tal sociedade, deixaram para trás as normas do velho mundo, as tradições políticas e religiosas, as rixas, os ódios raciais e religiosos, os orgulhos e as rivalidades, e as inúmeras outras coisas que dividem. Mantêm-se imaculados do mundo.
Como povo puro e sadio do Novo Mundo, têm a promessa divina de sobreviverem à guerra universal desta geração — o Armagedon — e, como povo unido, passarão para o novo mundo justo de Deus, usufruindo ali para sempre as bênçãos de Deus. Esta grandiosa perspectiva pode também ser sua, leitor. Apropria-se dela por dar ouvidos a estas boas novas do Reino, que se pregam atualmente.